@REUTERS Por RFI 08/07/2025
Poucos dias após anunciar a suspensão do fornecimento de alguns mísseis à Ucrânia, o presidente americano, Donald Trump, informou que voltará a enviar armas a Kiev. O anúncio foi feito em meio a um impasse diplomático sobre um cessar-fogo com a Rússia.
"Teremos que enviar mais armas, principalmente armas defensivas" para a Ucrânia, disse o presidente dos EUA na segunda-feira (7), expressando sua "insatisfação" com Vladimir Putin. "Eles estão sendo atingidos muito, muito duramente", acrescentou Trump, referindo-se aos ucranianos.
O presidente americano vem se aproximando de Vladimir Putin desde janeiro, pressionando o líder russo para obter a interrupção dos combates, sem conseguir progressos concretos.
De forma inesperada, a Casa Branca anunciou a suspensão do fornecimento de determiandos armamentos para Kiev, medida justificada oficialmente devido a preocupações com a redução dos estoques de munição dos EUA. Essa fi a primeira alteração significativa no apoio militar norte-americano para a Ucrânia desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.
Após o anúncio, autoridades americanas procuraram minimizar o impacto da decisão, mas sem fornecer detalhes.
Durante o mandato do ex-presidente Joe Biden, Washington prometeu mais de US$ 65 bilhões em ajuda militar à Ucrânia. Donald Trump, por sua vez, não anunciou nenhuma nova ajuda a Kiev desde janeiro.
Diplomacia em impasse
As negociações diplomáticas entre Kiev e Moscou estão estagnadas. Duas rodadas de negociações entre russos e ucranianos na Turquia, em 16 de maio e 2 de junho, não produziram avanços, e uma terceira rodada ainda não foi anunciada.
Na sexta-feira (4), Donald Trump disse ter ficado "muito insatisfeito" após sua conversa telefônica que teve no dia anterior com o presidente russo Vladimir Putin.

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