© ALBERTO PIZZOLI/AFP via Getty ImagesPor LUSA 16/03/22
O Papa Francisco realizou hoje uma oração pela paz, pedindo "perdão" pelas mortes e violência na Ucrânia enquanto evocava Caim e Abel.
"Senhor Jesus, nascido sob as bombas de Kiev", "morreu nos braços da mãe num 'bunker' em Kharkiv", "enviado para a frente aos 20 anos, tenha piedade de nós!", afirmou o Papa, visivelmente emocionado, lendo a oração de um bispo italiano pela Ucrânia no final da sua audiência semanal no Vaticano.
Francisco pediu perdão em nome dos humanos que "continuam a beber o sangue dos mortos dilacerados pelas armas" e cujas mãos "criadas para proteger se tornaram instrumentos de morte".
O líder de 1,3 mil milhões de católicos em todo o mundo "implorou" também a Deus para "parar a mão de Caim", pedindo perdão "por se continuar a matar o irmão e se continuar, como Caim, a atirar pedras do nosso campo para matar Abel", numa referência ao personagem bíblico, filho mais velho de Adão e Eva, que matou o seu irmão mais novo.
"E quando se conseguir parar a mão de Caim, tem de se cuidar dele também. Ele é nosso irmão", acrescentou Francisco.
"Perdoe-nos se (...), pela nossa dor, legitimamos a brutalidade dos nossos atos", sublinhou o Papa diante de milhares de fiéis reunidos no salão Paulo VI, alguns dos quais seguravam bandeiras ucranianas.
No domingo, o Papa Francisco multiplicou os apelos pela paz na Ucrânia, o que tem feito regularmente desde a invasão russa àquele país e pediu para "se parar o massacre".
A Rússia lançou, a 24 de fevereiro. uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou quase 700 mortos civis e mais de 1.100 feridos, incluindo algumas dezenas de crianças, e provocou a fuga de quase cinco milhões de pessoas, entre as quais três milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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A guerra na Ucrânia já causou 43 ataques contra instalações de saúde, indicou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS) num novo balanço.Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, mais de 300 instalações de saúde ucranianas estão na linha do conflito ou em áreas que a Rússia passou a controlar e outras 600 estão a 10 quilómetros da linha do conflito.
Na videoconferência de imprensa semanal da organização, Ghebreyesus pediu aos países doadores mais investimento para que os civis e os refugiados ucranianos recebam a assistência de que necessitam...Ler Mais
A votação neste mesmo organismo contou com 13 votos a favor e apenas dois contra a decisão.OTribunal Internacional de Justiça da ONU (Organização das Nações Unidas) ordenou, esta quarta-feira, à Rússia a interrupção imediata da sua invasão sobre a Ucrânia, noticia o The Washington Post.
A votação neste mesmo organismo contou com 13 votos a favor e apenas dois contra a decisão, que ordena a Rússia a suspender as operações militares na Ucrânia e impede as forças armadas de tomarem novas medidas neste sentido.
"A Federação Russa deve garantir que qualquer unidade militar ou grupo armado ilegal que apoie (...) evite tomar medidas que encorajem operações militares" na Ucrânia, disse o presidente do TIJ, Joan Donoghue, durante a leitura pública da ordem judicial, aqui citado pela Lusa...Ler Mais
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© SAUL LOEB/AFP via Getty ImagesNotícias ao Minuto 16/03/22
Segundo o presidente dos Estados Unidos, este novo pacote "vai fornecer uma assistência sem precedentes à Ucrânia".
O presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou, esta quarta-feira, um apoio adicional no valor de 800 milhões de dólares (727,70 milhões de euros) para auxiliar a Ucrânia com as suas missões de Segurança e Defesa. Isto eleva o valor total para cerca de mil milhões de dólares (910 milhões de euros) em auxílio anunciado apenas na última semana.
Em causa estão "transferências diretas de equipamento do nosso Departamento de Defesa para os militares ucranianos, para os ajudar na sua luta contra esta invasão. Agradeço ao Congresso por se apropriar destes fundos", afirmou Biden acerca desta medida, citada pela CNN.
Segundo o presidente dos Estados Unidos, este novo pacote "vai fornecer uma assistência sem precedentes à Ucrânia". E é composto, nomeadamente, por "800 sistemas antiaéreos, para garantir que os militares ucranianos possam continuar a deter os aviões e helicópteros que têm vindo a atacar o seu povo e a defender o seu espaço aéreo ucraniano".
Do material que vai ser disponibilizado fazem ainda parte mísseis antitanque, drones e outras armas defensivas que, anteriormente, os Estados Unidos tinham já vindo a disponibilizar aos ucranianos - incluindo mísseis antitanque Javelin e mísseis antiaéreos Stinger.
"O mundo está unido no nosso apoio à Ucrânia e na nossa determinação em fazer Putin pagar um preço muito elevado", referiu ainda Joe Biden, que garante que os Estados Unidos vão continuar a fornecer um "elevado nível" de apoios ao nível da "segurança" e da "assistência humanitária" ao país "nos próximos dias e semanas".