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Biden autorizou a Ucrânia a usar mísseis de longo alcance dos EUA em solo russo. Kremlin considera isso um ataque militar direto dos EUA: "Atiraram gasolina para a fogueira". Guerra faz mil dias e entra num novo rumo a dois meses de Trump tomar posse
Se a Ucrânia atacar solo russo com mísseis de longo alcance dos Estados Unidos ou de outros aliados ocidentais, o Kremlin diz que não vai responsabilizar Kiev por isso mas sim os países em que essas armas foram desenvolvidas.
Na sua habitual conferência de imprensa diária, Dmitry Peskov reafirmou esta segunda-feira a posição que Putin já tinha manifestado em setembro - ou seja, que a Rússia considera um ataque direto dos norte-americanos qualquer ataque a solo russo com armas feitas nos EUA. O Kremlin diz que Biden atirou "gasolina para a fogueira" e que tudo isto representa um "envolvimento diferente dos EUA" na guerra na Ucrânia.
Peskov sublinhou ainda que a Rússia só teve conhecimento da decisão da administração de Joe Biden através de notícias publicadas nos meios de comunicação ocidentais. E acrescentou que, a confirmar-se, trata-se de uma escalada do conflito e da tensão - e acusa os EUA disso. Reino Unido e França ainda não se pronunciarem sobre se tomam ou não decisão semelhante à da administração Biden.
A notícia desta decisão dos EUA foi avançada domingo pelo New York Times, que cita uma fonte da Casa Branca. O jornal sublinha ainda que a decisão não foi consensual entre os conselheiros do presidente. Esta opção de Joe Biden, que anteriormente já tinha autorizado a utilização do sistema de rockets HIMARS em resposta aos avanços da Rússia em Kharkiv, surge após a decisão de Moscovo de enviar tropas norte-coreanas para a frente de guerra na Ucrânia.
Através da rede social X, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu na noite deste domingo a todos os parceiros que apoiam o país com sistemas de defesa aérea e mísseis, afirmando que "este é um esforço verdadeiramente global".
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