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Notícias ao Minuto 26/09/22
Em diferentes partes da fronteiras há relatos de diferentes tratamentos. Na Geórgia, os residentes conseguem sair da Rússia a pé. No Cazaquistão, são mandados para trás - para os escritórios de alistamento.
Pelo menos 261 mil homens abandonaram a Rússia entre a última quarta-feira, quando o presidente anunciou a mobilização parcial, e domingo.
A informação é avançada pelo site Meduza, um meio de comunicação independente russo, com sede em Riga, na Letónia.
Já o meio de comunicação Novaya Gazeta Europe terá discutido estes números com uma fonte ligada à administração presidencial da Rússia, que lhes disse, no domingo, que as conversas no Kremlin sobre fechar as fronteiras tinham começado logo na quarta-feira, quando as forças de segurança russas começaram a registar o aumento do número de pessoas a sair do país.
A mesma fonte disse que tinha dúvidas sobre estes números, já que o Serviço Federal de Segurança (FSB) "nunca tinha trabalhado tão rápido". No entanto, a mesma fonte adianta que "o ambiente que se vive na administração leva a crer que as forças de segurança e o ministério da Defesa vão convencer Putin a fechar as fronteiras antes que seja demasiado tarde", explica a Novaya Gazeta Europe.
Fronteiras ainda estão abertas?
Cinco dias após o anúncio da mobilização de cerca de 300 mil russos para a guerra na Ucrânia, os residentes tentam fugir por vários pontos do país, entre os quais o Cazaquistão e a Geórgia.
De acordo com o que várias fontes contaram à agência Tass, citada pela Sky News, os russos com idades entre os 18 e 65 anos - e, por isso, com idade para cumprir o serviço militar - estão a ser proibidos de atravessar a fronteira com o Cazaquistão.
Segundo a mesma fonte, aos homens que estão a ser "mandados de volta" é dito para contactarem os escritórios de alistamento militar.
Já no sábado, as autoridades russas admitiram a existência de filas na fronteira com a Geórgia, que eram compostas por mais de dois mil veículos. A Nexta partilhou, esta segunda-feira, um vídeo no qual se veem pessoas a atravessar uma estrada a pé. "Os russos foram autorizados a atravessar a fronteira com a Geórgia a pé", escrevem.
De recordar que este país tem duas repúblicas separatistas, a Abecásia e Ossétia do Sul. A Rússia reconheceu a independencia destas duas repúblicas em 2008, quando Dmitry Medvedev - hoje primeiro-ministro - era o presidente do país.
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