O Secretário-geral da Agência de Gestão e Cooperação entre a Guiné-Bissau e o Senegal, Inussa Baldé, disse esta segunda-feira, 22 de novembro de 2021, que ainda não se iniciou a exploração do petróleo na zona marítima partilhada com o Senegal, tendo anunciado que a agência prepara-se para, no próximo ano, fazer dois furos para prospeção do petróleo naquela zona.
Inussa Baldé falava aos jornalistas à saída da audiência com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, na qual explicou que o encontro é de rotina com o objetivo de partilhar informações sobre as atividades desenvolvidas na zona comum, porque “o Presidente guineense é o vice-presidente da Alta Autoridade da Agência de Gestão e Cooperação com Senegal”.
Solicitado a pronunciar-se sobre as críticas feitas pela ONG Tiniguena sobre a falta de transparência na gestão da zona marítima partilhada com o Senegal, esclareceu que até agora a única coisa que se fez é a prospeção dos furos, tendo garantido que os dois Estados membros estão implicados na avaliação da parte ambiental em toda a área, e por conseguinte os ministérios do ambiente dos dois países (Guiné-Bissau e Senegal) estão implicados e tomaram em conta a salvaguarda do plano ambiental e social nos estudos.
“Todos os documentos em relação ao ambiente e biodiversidade foram submetidos ao ministério do Ambiente para parecer técnico antes do início da exploração. Em caso de se confirmar a descoberta na zona marítima comum partilhada com o Senegal. Temos muitos trabalhos teóricos realizados e muitos estudos, agora precisamos fazer a perfuração para confirmar ou não a perspetiva de descoberta petrolífera”, disse.
Frisou que o Presidente Embaló recomendou consenso com o Senegal no que concerne a segurança jurídica e institucional das empresas que estão a investir na prospeção, que segundo a sua explicação, estão a investir uma soma avaliada em mais de duzentos milhões de dólares para os trabalhos da prospeção de petróleo.
Por: Epifânia Mendonça
Foto: Cortesia da Presidência
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