segunda-feira, 23 de agosto de 2021

PR Umaro Sissoco Embalo à caminho de Brasil para uma visita Oficial de Estado

Por RadioBantaba 

PR à caminho de Brasil para uma visita Oficial de Estado de uma semana no âmbito da dinamização da cooperação.

Umaro Sissoco Embalo aproveitou para abordar a posição dos EUA em relação ao antigo CEMGFA, António Indjai e a solicitação de demissão do PGR, Fernando Gomes, feita por varias sensibilidades do país.


Leia Também: 

Umaru Sissoco Embalo inicia visita oficial ao Brasil



Por VOA

O governo brasileiro enviou segunda-feira à Guiné Bissau um avião da Força Aérea do Brasil, a FAB com o objectivo de levar o presidente guineense, Umaro Sissoco Embalo para uma visita oficial ao Brasil, especialmente para encontrar o presidente Jair Bolsonaro.

Umaro Sissoco Embaló ficou conhecido pelos brasileiros como "Bolsonaro da Africa" e por diversas vezes fez elogios públicos ao presidente do Brasil. Em julho, Bolsonaro convidou Embaló para um encontro em Brasília, que deve acontecer a partir desta terça-feira, 24 Agosto.

A Voz da América confirmou junto ao Itamaraty, órgão brasileiro de relações exteriores, que a aeronave foi enviada como cortesia ao presidente de Guiné-Bissau. Segundo o Itamaraty, as conexões internacionais foram prejudicadas pela pandemia e, por isso, o Brasil ofertou o avião para a viagem de Embaló.

A agenda oficial ainda não está confirmada, mas Bolsonaro deve recepcionar Embaló ainda na terça no Palácio do Planalto e depois com um almoço no próprio Itamaraty. Na quarta, ele participa da cerimônia em homenagem ao Dia do Soldado. A embaixada do país africano ainda tenta encontros com os presidentes do Congresso e do Senado brasileiro.

O presidente bissau-guineese também vai passar por São Paulo e Rio de Janeiro. Na capital paulista, deve conhecer o recém-inaugurado museu da Língua Portuguesa. E no Rio vai se reunir com membros da Marinha Brasileira.

A comunidade de Guiné-Bissau no Brasil pretende protestar contra a presença de Embaló no país.

A Voz da América vai acompanhar de perto essa visita oficial nesta semana

Leia Também: 

PR guineense rejeita qualquer possibilidade de extraditar ex-chefe das Forças Armadas para EUA


In RTP
    
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, garantiu hoje que o ex-chefe das Forças Armadas, general António Indjai, não será extraditado para os Estados Unidos de América (EUA), que oferecem uma recompensa por acusações de tráfico de droga.

Em declarações aos jornalistas, momentos antes de viajar para o Brasil, em visita oficial de cinco dias, Sissoco Embaló afirmou que a existir algum crime praticado por António Indjai, este terá de ser julgado na Guiné-Bissau.

"As acusações de crimes contra António Indjai têm validade apenas nos Estados Unidos da América, não na Guiné-Bissau. Nenhum cidadão guineense será capturado no país para ser julgado noutra parte do mundo. Se um cidadão guineense cometer algum crime, o que deveriam fazer é notificar as autoridades da Guiné-Bissau", disse Embaló.

O departamento de Estado norte-americano acusou, na semana passada, António Indjai de envolvimento no "narco-terrorismo, conspiração para importar cocaína, conspiração para fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira e conspiração para adquirir e transferir mísseis antiaéreos para os rebeldes de FARC da Colômbia".

Os EUA colocaram à disposição de quem fornecer informações que levem à captura de Indjai, uma soma de cinco milhões de dólares americanos.

"Os americanos sabem que o general António Indjai é guineense e está na Guiné-Bissau", frisou Umaro Sissoco Embaló, salientando que as acusações contra o general também afetam a imagem do país.

Embaló notou que os dois países não são signatários do tratado de Roma.

"A Guiné-Bissau é um Estado como os Estados Unidos da América. Se o general Indjai cometer na verdade os crimes de que está a ser imputado e se os mesmos forem provados, podemos julgar o António Indjai na Guiné-Bissau sem problema" assegurou, recordando que tanto a Guiné-Bissau quanto os EUA não ratificaram o tratado de Roma.

"O cidadão norte-americano não é extraditado para outros países, é da mesma forma que não permitiremos também que os cidadãos guineenses sejam extraditados para outros países. António Indjai é livre de circular em todo o território nacional na Guiné-Bissau", afirmou o Presidente guineense.

Umaro Sissoco Embaló disse já ter instruído o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país para pedir "explicações claras" ao Governo norte-americano sobre a situação de António Indjai.

"O Estados Unidos não têm o direito de colocar a prémio a cabeça de António Indjai por cinco milhões de dólares, porque o general Indjai não é terrorista", observou Sissoco Embaló, salientando ainda que, a existir qualquer acusação, as autoridades judiciais deveriam ser contactadas, assim como a Interpol.

O Presidente guineense fez um paralelismo com Bubo Na Tchuto, antigo chefe da Armada guineense, capturado, julgado, condenado e detido nos Estados Unidos entre de abril 2013 e outubro de 2016, com a situação de António Indjai, também acusado de narcotráfico.

"Vimos a situação de género que passou com Bubo Na Tchuto, mas isto já faz parte do passado. António Indjai vai circular livremente no país. Creio que ninguém ousará vir ao nosso país teimosamente para capturá-lo", enfatizou Embaló.

Sem comentários:

Enviar um comentário