O recolher obrigatório foi imposto na Guiné-Bissau na sexta-feira. http://gabu-melhor.webnode.pt/
Texto por: Aliu Candé RFI 29/08/2021
As críticas e ataques contra o Alto-Comissariado para o Combate à Covid-19 subiram de tom nos últimos dias na sequência da declaração de estado de calamidade, reforçado pelo recolher obrigatório que paralisou praticamente o país.
Em conferência de imprensa, o Espaço de Concertação, que agrupa várias organizações da sociedade civil, lançou duras críticas ao Governo e exigem que o Alto-Comissariado para Covid-19 apresente contas de gestão dos fundos destinados ao combate da covid-19.
Para além de condenar a decisão do governo de imposição do recolher obrigatório, que consideram inconstitucional, estes representantes dos empresários e da sociedade civil guineenses, exigem uma auditoria aos fundos doados no âmbito de combate a covid-19.
"É incompreensivel a impermeabilidade do Alto Comissariado para a covid-19 na Guiné-Bissau, cujas decisões só se aplicam aos cidadãos comuns", disse Abubacar Ture, vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos e Porta-voz do Espaço de Concertação.
Em reacção, a Alta Comissária contra a covid-19, Magda Nely Robalo, diz que o Alto Comissariado tem livros abertos a qualquer auditoria e, desafia à sociedade civil a organizar um fórum público sobre o assunto.
"Tem havido muita especulação, muita calúnia relativamente à minha pessoa, nomeadamente aos materiais, equipamentos e fundos que são doados pelos parceiros. Qualquer auditoria, interna ou externa, é bem vinda", reforçou Magda Nely Robalo.
Críticas e respostas do Alto Comissariado para COVID-19 numa altura em que o país procura travar a propagação da covid-19, cumprindo o terceiro dos 15 dias de recolher obrigatório.
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