quinta-feira, 29 de outubro de 2020

MADEIREIROS DENUNCIAM DESCARREGAMENTO DE TRONCOS DE MADEIRAS NA SERRAÇÃO DE PM NABIAM

28/10/2020 / Jornal Odemocrata 

O presidente da Associação das Indústrias Madeireiros, José António Sá, revelou esta quarta-feira 28 de outubro de 2020 que os troncos de madeira que estão a ser trazidos das matas do país, são descarregados na antiga Stanac, local onde está a ser construída uma nova serração, pertencente ao atual chefe do governo, Nuno Gomes Nabian.

José António Sá falava numa conferência de imprensa realizada na sede desta organização em Bissau, para tornar pública a situação dos madeireiros nacionais. Na ocasião, José Sá disse que o atual decreto aprovado no conselho de ministro que deu autorização para exploração florestal não favorece os madeireiros, porque autorizou a entrada de troncos na capital Bissau, quando os troncos deveriam ter sido transformados nas serrações sediadas no interior do país.

Segundo José António Sá, o boletim oficial nº 8 de 22 de fevereiro de 2011 no seu artigo 18, proíbe a entrada de troncos de madeira na cidade de Bissau, mas neste momento essa lei foi violada pelos agentes da força, fazendo o que lhes beneficia, sem levar em conta o prejuízo que causam aos madeireiros que ficaram cinco anos sem trabalhar, devido a moratória decretada em 2015. Nesse sentido, Sá pediu ao ministério público e à Polícia Judiciária para investigarem os violadores da lei, antes que a situação se torne pior.

O responsável dos madeireiros da Guiné-Bissau assegurou que desde que o decreto que extinguiu a moratória de 20215 foi aprovado até a data presente, não foram notificados, enquanto organização legalmente estabelecida e que trabalha na exploração de madeiras.

Por seu lado, o Vice-presidente da organização Danilson Nicolai Luís Silva, advertiu que neste momento nenhum madeireiro está capitalizado para iniciar os trabalhos de exploração de madeiras e muito menos cumprir com todos os requisitos recomendados pela lei. Danilson Silva pediu ao presidente da República para lhes ajudar a sair da situação em que se encontram neste momento.

Adiantou ainda que as 12 serrações constituídas legalmente empregavam mais de mil pessoas, mas neste momento estão sentadas em casa, sem trabalhar e as serrações davam emprego indiretamente a homens que trabalham nas carpinteiras.

Por: Aguinaldo Ampa

Foto: A.A  

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