segunda-feira, 4 de maio de 2020

GUINÉ-BISSAU/ Boletim diário covid-19: de 04 de maio de 2020, MINISTÉRIO DA SAÚDE PÚBLICA


Jornal O Democrata 

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Covid-19: LABORATÓRIO APONTA NECESSIDADE DE MAIS APARELHO PCR


O Director-geral do Laboratório Nacional da Saúde Pública defendeu, esta segunda-feira (04), a necessidade do serviço ser reforçado com um outro aparelho PCR (Reacção em Cadeia de Polimerase) com capacidade de analisar as amostras em tempo real para fazer face à triplicação de números de amostras da Covid 19 que têm vindo a dar entrada nos últimos dias no laboratório.

Nos últimos dias, os números de pessoas infectadas com o novo coronavírus no país subiram de forma drástica. No último sábado e domingo, não foram feitas as habituais actualizações do boletim epidemiológico do país, pelo Centro de Operação de Emergência em Saúde (COES), devido aos trabalhos técnicos em curso no Laboratório Nacional da Saúde Pública.

A esse propósito, numa entrevista telefónica, hoje (04), à Rádio Sol Mansi (RSM), o director do Laboratório Nacional da Saúde Pública, o microbiologista guineense Serifo Monteiro, justifica a não actualização devido aos números de amostras que deram entradas nos últimos dias terem triplicado e que devem ser analisadas.

“O facto que fez com que não há novos dados [da Covid-19] no sábado e domingo, tem a ver com as amostras que triplicaram a quantidade que devíamos analisar e nestes dois dias os técnicos pernoitaram para poder fazer quatro placas da PCR, então fazendo placa de PCR não pode analisar para sair nas horas habituais da apresentação dos resultados”, explica.

Segundo nele, a, amostra de duas placas totalizam 188 amostras, e estas amostras é preciso organizar todas as suas fichas e depois fazer o registo completo para depois tirar os resultados para saber quantos deram positivo e negativo”

O responsável nega a necessidade de requisitar o número dos técnicos com a triplicação dos números de amostras, uma vez que “o espaço é pequeno e o aparelho é único e há uma necessidade de um outro aparelho do PCR de tempo real”.

No entanto, algumas pessoas dadas como infectadas continuam a questionar o resultado porque, segundo elas, continuam sem apresentar nenhum sintoma ligado à Covid-19 (febre, tosse ou dificuldade respiratória).

Confrontado com este facto, o microbiologista guineense defende que este tipo de dúvida não só é levantado na Guiné-Bissau mas sim em quase todo o mundo, assegurando que estão a fazer trabalho técnico com base no resultado de laboratório.

“Esta questão não é só na Guiné-Bissau, mas é em toda a parte do mundo. há pessoas infectada mas não apresentar nenhum sintoma. Nós aqui estamos a fazer o trabalho técnico e não está misturado com nenhum outro [jogo], resultado que o aparelho nos fornece é o que demos a quem do direito para publicar mas nada”, explica.

Em Portugal por exemplo, segundo o presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, a maior proporção de testes positivos ocorreu entre pessoas que nunca chegaram a manifestar qualquer sintoma nem tiveram qualquer contacto com casos suspeitos ou confirmados da covid-19.

Entretanto, questionado sobre o Estado epidemiológico actual de técnicos do laboratório, Serifo Monteiro admitiu que foi um lapso não os ter testado de antemão, adiantando que em breve os técnicos serão submetidos ao teste. O responsável tranquilizou que os equipamentos do laboratório estão perfeitos.

“Em termos laborais tudo está perfeito e brevemente iremos testar os técnicos que estão aqui”, garante.

Segundo o mais recente relatório do estudo Diários de uma Pandemia, uma iniciativa do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), que conta com o apoio do PÚBLICO. Segundo a mesma instituição, para cada caso sintomático, haverá quatro, cinco ou talvez mais casos de infecção que passam sem sintomas. 


Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá


COVID 19: SUBIU PARA 413 NOVAS INFECÇÕES NA GUINÉ-BISSAU


A Guiné-Bissau volta a registar aumento drástico dos números de infecções da Covid 19. Hoje (04), depois de dois dias sem actualização dos dados, as autoridades sanitárias anunciaram que subiu para quatrocentos e treze (413) números das pessoas infectadas, número dos recuperados mantem-se em 19 e um óbito.

Dados avançados, esta segunda-feira, pelo coordenador do Centro de Operação de Emergência em Saúde (COES), durante a habitual conferência de imprensa da atualização do boletim epidemiológico sobre a evolução da Covid-19 no país.

O médico Dionísio Comba, igualmente presidente do Instituto Nacional da Saúde Pública (INASA), foi quem explicou a evolução dos casos nas últimas 72 horas.

“No dia 01 de Maio, no final do dia, foram tiradas 94 amostras e 58 deram positivos, isto é, 38 do sexto masculino e 20 feminino e 36 deram negativos e não foram relatos casos inconclusivos”. No dia 02 foram feitas 4 tiragem e nas duas primeiras tivemos 188 casos analisados; 68 positivos e correspondem a 49 masculino e 19 feminino, tivemos 119 negativos e 1 caso inconclusivo. Nas últimas tiragens tivemos 188 casos testados 30 casos positivos, no total de 134 deram negativo, 23 inconclusivos e 1 que depois de repetir deu negativo”, explica.

O médico guineense Cumba anunciou na mesma ocasião que entre os 413 casos positivo do coronavírus no país, quinze dos quais são os técnicos de saúde e, não obstante, todos apresentam um quadro clínico normal.

“Rondam cerca de 15 técnicos e profissionais de saúde que estão infectados e alguns estão confinados nos hotéis e portanto alguns profissionais estão nos domicílios e vamos ver como canaliza-los melhor”

Em relação ao confinamento de alguns membros do governo nos hotéis, uma vez que estes apresentam melhores condições de isolamento nas suas residências como tem sido acontecido com outros que já testaram positivo da convid-19, coordenador de COES justifica a decisão para melhor cortar a cadeia de transmissão.

“Ninguém político estava interessado em ficar nos hotéis e tivemos que pedir ajuda do primeiro-ministro «do governo em função do país» para convencer outros políticos a ficarem nos hotéis. Alguns políticos têm condições de ficarem em suas casas mas não tivemos garantia que conseguiriam ficarão confinados para não transmitir outras pessoas. Sabemos que na nossa população a maioria é carenciada e pede ajudas aos políticos e de lá poderá ter mais contaminação mesmo inconscientemente”

Dados apresentados, na última sexta-feira, eram de 257 número das pessoas infectadas pelo novo coronavírus. 3 Dias depois, cento e cinquenta e seis (156) novos caso foram registados nas últimas 72 horas, e na qual não há registo dos recuperados assim como de óbito, mantendo número dos recuperados em 19, e um óbito. 


Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Sigá

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