domingo, 28 de julho de 2019

Milhares de pessoas e líderes mundiais homenageiam presidente da Tunísia

Milhares de tunisinos encheram hoje as ruas da capital da Tunísia para prestar a última homenagem ao seu presidente Béji Caïd Essebsi, cujo funeral decorreu na presença de vários chefes de Estado estrangeiros, entre eles Marcelo Rebelo de Sousa.



Logo pela manhã, uma multidão de muçulmanos espalhava-se ao longo do trajeto que deveria seguir o cortejo funerário, de cerca de vinte quilómetros, entre o palácio presidencial de Carthage e o cemitério de Djellaz no sul da cidade Tunes.

Béji Caïd Essebsi, que faleceu na quinta-feira, aos 92 anos, foi enterrado ao lado de outros membros da sua família.

"Vim para prestar homenagem à sua ação a favor das mulheres", sublinhou Farah, uma arquiteta de quarenta anos, que aguardava pelas cerimónias junto à estátua de Habib Bourguiba, pai da independência tunisina e mentor de M. Essebsi.

Ao mesmo tempo, uma cerimónia oficial era transmitida em direto nos ecrãs, reunindo familiares do Presidente, altos responsáveis tunisinos e vários chefes de Estado estrangeiros, entre os quais, o francês, Emmanuel Macron, o Líder da Autoridade palestiniana Mahmoud Abbas, o primeiro-ministro líbio, Fayez El Sarraj, e o presidente interino da Argélia Abdelkader Bensalah.

Os presidentes de Malta e de Portugal, o emir do Qatar, o rei de Espanha, o príncipe Moulay Rachid, de Marrocos, eram outras das altas figuras de Estado estrangeiras presentes nas cerimónias fúnebres.

"Foi um Homem de Estado por excelência", declarou o Presidente interino da Tunísia, Mohammed Ennaceur, de 85 anos. "Arquiteto do consenso nacional" entre o partido Ennahdha e os anti-islamistas, conseguiu "fazer a transição democrática, e criar um equilíbrio político positivo".

"Quero manifestar-vos aqui a afeição muito particular e o respeito que tinha" por Essebsi, disse Macron. "Nos tempos difíceis em que o obscurantismo ameaçava (...) ele tomou partido dos que defendiam com coragem uma Tunísia aberta, tolerante, respeitadora dos valores universais".

A cerimónia decorre rodeada de um forte dispositivo de segurança.

O Ministério do Interior já tinha indicado que tinha montado um forte dispositivo de segurança, respeitando "a concentração espontânea dos cidadãos".

NAOM


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