quarta-feira, 29 de novembro de 2017

JORNALISTA NICOLAU GOMES SAI DO TRIBUNAL SEM MEDIDA DE COAÇÃO

O jornalista e apresentador do programa matinal “Alô Guiné” da Rádio Bombolom FM, Nicolau Gomes Dautarim, foi ouvido esta terça-feira, 28 de Novembro 2017, na Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau sem nenhuma medida aplicada.

O jornalista foi ouvido no âmbito de um processo em que é acusado de ter abusado de forma “excessiva” no seu programa, alegando suposto favoritismo, nepotismo na nomeação de membros da família do actual ministro da Saúde Pública, Carlitos Barai.

À saída de audiência na Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau, o advogado do Jornalista, Luís Vaz Martins, disse que o processo do seu cliente não tem “asas para voar mais longe”, sendo que o Nicolau Gomes Dautarim é inocente e também acredita que a justiça será feita duma forma justa e clara, “portanto saiu definitivamente sem nenhuma medida de coação”, conclui.

“É um processo apresentado por um cidadão de nome Albino Barai, contra o jornalista sobre suposta declaração excessiva por parte do jornalista em como teria havido nepotismo na nomeação familiar no Ministério da Saúde Pública, mas por enquanto é muito cedo falar dos meandros, sendo que é um processo crime, portanto acredito na inocência do meu cliente e na integridade da justiça de maneira que e o processo não tem asas para voar mais longe”, sustenta.

O Bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau, António Nhaga, assegurou que ainda não tem muita coisa para falar sobre o caso do Jornalista, Nicolau Gomes Dautarim, sendo que o processo ainda está em segredo de justiça.

“Estamos convictos e a luta vai continuar e vamos vencer”, afirmou Nhaga. “Trata-se de uma etapa de uma luta que estamos a atravessar e estou convencido que vamos sempre ganhar esta batalh. Ninguém pode beliscar a liberdade de imprensa hoje na Guiné-Bissau. Não é possível combater corrupção no país, combatendo o instrumento de luta contra da corrupção que é a imprensa. É errado. Os órgãos da comunicação social devem servir melhor para combater a corrupção. Portanto continuo apelar os profissionais da comunicação no sentido de trabalharem de forma independente, imparcial e isenta sem reboque de ninguém”, exortou António Nhaga. 

Por: Aguinaldo Ampa
Foto: NGD
OdemocrataGB

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