terça-feira, 16 de maio de 2017

Autoridades investigam aterragem de helicóptero numa estrada da Guiné-Bissau


O administrador do sector de Quebo, região de Tombali, no sul da Guiné-Bissau, Braima Djalo confirmou hoje à Rádio Jovem que um helicóptero "desconhecido" posou, no domingo, na vila de Mampata Forrea, sem que as autoridades tenham sido informadas previamente.

Nesta terça-feira, um jornalista da rádio comunitária local divulgou, no Facebook, fotos de um helicóptero de cor azul, parado no meio de casas, com um grupo de indivíduos não identificados à sua volta. A população local informa que uma viatura, ainda por identificar, foi ter com a tripulação, alegadamente para levar combustível para abastecer o aparelho.

"Não fui informado de nada previamente e, de repente, recebi a ligação das autoridades locais de que um helicóptero aterrou em Mampata, causando pânico no seio das pessoas. Não se sabe ao certo o que transportava", afirmou Braima Djaló, em exclusivo à Rádio Jovem.

O administrador diz que chamou de emergência o responsável de Mampata para apurar a veracidade das informações, mas isso não foi possível até agora. Djalá adiantou que, neste momento, a prioridade é identificar a viatura e a tripulação do helicópterotero, esperando fornecer relatórios detalhados nas próximas horas.

Um popular local contou à Rádio Jovem que, pela primeira vez, viu na sua vida um helicóptero ao vivo, com "brancos" e "pretos" a bordo.

Segundo a rádio comunitária local, a população alega que o helicóptero terá sido abastecido. Alguns acreditam que tinha droga a bordo.

Mampata é uma vila cuja capital administrativa se situa na localidade Quebo, onde se encontra o administrador, a mais alta autoridade política da região.

"Não sei se é droga ou combustível, ainda estamos a investigar", disse administrador.

Este caso dá-se numa altura em que relatórios de instituições internacionais, nomeadamente ONUDC e Interpol, apontam para o recrudescer de tráfico de droga nalgumas zonas do interior profundo e nas ilhas da Guiné-Bissau.

A Interpol refere que o fenómeno está a recrudescer devido à fragilidade no sistema de controlo e vigilância, situação aproveitada pelos narcotraficantes para retomarem as suas atividades no país.

O ministro da Justiça, Rui Sanhá, e o Procurador-Geral da República, Sedja Man, sempre negaram o aumento do tráfico de droga no país, citando dados recolhidos pela Polícia Judiciária guineense.

Fonte: Braima Darame


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