Nesta terça-feira, um jornalista da rádio comunitária local divulgou, no Facebook, fotos de um helicóptero de cor azul, parado no meio de casas, com um grupo de indivíduos não identificados à sua volta. A população local informa que uma viatura, ainda por identificar, foi ter com a tripulação, alegadamente para levar combustível para abastecer o aparelho.
"Não fui informado de nada previamente e, de repente, recebi a ligação das autoridades locais de que um helicóptero aterrou em Mampata, causando pânico no seio das pessoas. Não se sabe ao certo o que transportava", afirmou Braima Djaló, em exclusivo à Rádio Jovem.
O administrador diz que chamou de emergência o responsável de Mampata para apurar a veracidade das informações, mas isso não foi possível até agora. Djalá adiantou que, neste momento, a prioridade é identificar a viatura e a tripulação do helicópterotero, esperando fornecer relatórios detalhados nas próximas horas.
Um popular local contou à Rádio Jovem que, pela primeira vez, viu na sua vida um helicóptero ao vivo, com "brancos" e "pretos" a bordo.
Segundo a rádio comunitária local, a população alega que o helicóptero terá sido abastecido. Alguns acreditam que tinha droga a bordo.
Mampata é uma vila cuja capital administrativa se situa na localidade Quebo, onde se encontra o administrador, a mais alta autoridade política da região.
"Não sei se é droga ou combustível, ainda estamos a investigar", disse administrador.
Este caso dá-se numa altura em que relatórios de instituições internacionais, nomeadamente ONUDC e Interpol, apontam para o recrudescer de tráfico de droga nalgumas zonas do interior profundo e nas ilhas da Guiné-Bissau.
A Interpol refere que o fenómeno está a recrudescer devido à fragilidade no sistema de controlo e vigilância, situação aproveitada pelos narcotraficantes para retomarem as suas atividades no país.
O ministro da Justiça, Rui Sanhá, e o Procurador-Geral da República, Sedja Man, sempre negaram o aumento do tráfico de droga no país, citando dados recolhidos pela Polícia Judiciária guineense.
Fonte: Braima Darame
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