terça-feira, 21 de outubro de 2025

Cimeira entre Trump e Putin não deve ocorrer num "futuro próximo"... A cimeira entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, anunciada na passada quinta-feira, não deverá ocorrer num "futuro próximo", afirmou hoje um responsável da Casa Branca.

Por LUSA 

"Não há necessidade de uma reunião cara a cara adicional entre o secretário de Estado [norte-americano], Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, e não há planos para o Presidente Trump se reunir com o Presidente Putin no futuro imediato", disse o funcionário, sob condição de anonimato, citado pelas agências de notícias espanhola EFE e norte-americana Associated Press (AP). 

Segundo o responsável, a decisão foi tomada na sequência de um telefonema, realizado na segunda-feira, entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, para debater os contornos da cimeira entre os líderes norte-americano e russo sobre o fim do conflito na Ucrânia.

A conversa entre Rubio e Lavrov ocorreu depois de Donald Trump ter dito que os dois chefes da diplomacia se reuniriam esta semana para organizar a cimeira.

Já o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou hoje que não era urgente o encontro entre Putin e Trump, sublinhando que "é necessária uma preparação, uma preparação séria". 

A reunião, anunciada pelo Presidente republicano na rede social Truth Social na quinta-feira após uma conversa telefónica com Putin, deveria ter lugar em Budapeste, embora a data não tenha sido fixada.

Trump, que qualificou a conversa com Putin como "muito produtiva", indicou na mesma ocasião que o encontro entre ambos iria ocorrer dentro das "próximas duas semanas" ou seja, antes de novembro.

O Presidente norte-americnao também sugeriu na semana passada que a fronteira entre os dois Estados (Rússia e Ucrânia) deveria passar a corresponder à atual linha da frente de batalha.

Na sexta-feira, durante a sua visita a Washington, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de ceder territórios para pôr fim à guerra e defendeu que para parar o conflito e "ir para negociações de paz urgentemente, pelo caminho diplomático" é preciso "não dar mais a Putin".

O jornal Financial Times noticiou que a reunião entre Trump e Zelensky ficou marcada por uma discussão com gritos, ofensas e uma alegada ameaça feita pelo líder norte-americano de que Putin iria "destruir" a Ucrânia se o líder ucraniano não aceitasse os termos russos para o fim do conflito.

Ainda hoje, um responsável ucraniano revelou que Trump pressionou Zelensky a aceitar a cedência da região oriental do Donbass à Rússia durante a reunião na Casa Branca. 

A fonte, que falou à agência France-Presse (AFP) sob anonimato, descreveu a reunião como "tensa e difícil", acrescentando que Trump pediu a Zelensky para ordenar a retirada das tropas ucranianas das zonas ainda sob controlo de Kyiv, uma das exigências centrais do Presidente russo.

"A diplomacia de Trump deu-nos a sensação de estar a andar em círculos", comentou a fonte ucraniana.

O Kremlin tem insistido que qualquer acordo exige a retirada ucraniana das quatro regiões anexadas por Moscovo - Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - e a renúncia formal de Kyiv à adesão à NATO.

CNE sorteia posição dos candidatos nos boletins de voto... A Comissão Nacional de Eleições (CNE) realizou, nesta terça-feira, 21 de outubro, o sorteio que definiu a ordem dos candidatos presidenciais e dos partidos políticos nos boletins de voto para as eleições de 23 de novembro.


 Radio Voz Do Povo   Cortesia: TGB

Ministro da Cultura, Juventude e Desportos, Alfredo Malu, confere posse esta terça-feira (21.10), a Comissão Nacional Organizadora do Carnaval 2026.


‼️EXCLUSIVO: Delegação da Chevron Chega a Bissau para Cerimónia Oficial de Remissão de Licenças de Pesquisa Petrolífera... A delegação da empresa petrolífera norte-americana Chevron chegou esta terça-feira (21.10) a Bissau para participar na cerimónia oficial de remissão do Suplemento Oficial das Licenças de Pesquisa de blocos. O evento marca uma nova fase de cooperação entre a Guiné-Bissau e a multinacional, no quadro da exploração de recursos energéticos no offshore guineense.

PAI TERRA RANKA E API - CABAS GARANDI Carta aberta aos Venerandos Juízes Conselheiros do Supremo Tribunal de justiça.

PAIGC 2023

Putin na Hungria: Bulgária deixa, ex-KGB aponta plano para matar. E mais?

Por LUSA 

De Portugal aos países nórdicos há várias opiniões sobre a cimeira entre Vladimir Putin e Donald Trump estar marcada para Budapeste. Há quem considere "estranho" e quem aponte que "o mais importante é que há negociações". Fora da diplomacia há quem diga que há um plano para matar Putin.

O anúncio de que Vladimir Putin iria viajar até Budapeste, na Hungria, surgiu na semana passada pela voz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que explicou que depois de uma conversa "produtiva" com o homólogo russo tinha ficado 'fechado' um encontro, com vista à discussão do fim da guerra na Ucrânia.

Já na segunda-feira, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) da Rússia, Sergey Lavrov, falaram ao telefone para discutirem pormenores da próxima cimeira entre Putin e Trump, estando na agenda um encontro presencial para 'fechar' a data do encontro entre os líderes norte-americano e russo.

Mas, se no momento do anúncio, o presidente dos EUA falou em "aproximadamente duas semanas", agora este encontro pode estar sem marcação à vista. Isto porque o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, explicou que "são precisas realizar preparações sérias" e que "nenhum prazo certo foi inicialmente definido".

Mas entre conversas e uma agenda cheia há ainda quem deixe conselhos e avisos, nomeadamente, para o presidente russo não seguir até Budapeste, onde o primeiro-ministro do país, Viktor Orbán, já disse estar pronto para receber os dois líderes.

"Acabei de falar por telefone com o presidente Donald Trump. Os preparativos para a cimeira de paz entre os Estados Unidos e a Rússia estão em andamento. A Hungria é a ilha da PAZ!", escreveu o chefe do governo húngaro na rede social X (antigo Twitter), assim que Trump tornou pública a cimeira.

E 'fora' da tríade, o que se diz?

Na segunda-feira, o governo búlgaro manifestou disponibilidade para que o presidente russo atravessasse o seu espaço aéreo para participar na anunciada cimeira. "Como poderia a reunião decorrer se um dos participantes não pudesse comparecer?", questionou o chefe da diplomacia de Sófia, Georg Georgiev, segundo o jornal 'online' búlgaro Novinite, a respeito da autorização à passagem de Putin, que é procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e contra a humanidade.

Georgiev fez estas declarações a partir do Luxemburgo, onde participou no Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE).

"Quando se envidam esforços pela paz, é lógico que todas as partes contribuam para que esta reunião seja possível", comentou.

Já esta terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radosław Sikorski, afirmou que não garante "que um tribunal polaco independente não ordenará ao governo que escolte a aeronave para que o suspeito [Putin] seja entregue", em Haia, quando o presidente russo estiver a viajar para o seu encontro com Trump na Hungria.

Recorde-se que em 2023, o Tribunal Penal Internacional, sediado em Haia, nos Países Baixos, emitiu um mandado de prisão contra Vladimir Putin, acusando-o da deportação ilegal de crianças ucranianas para a Rússia.

Já um antigo agente secreto russo foi 'mais longe', pedindo a Vladimir Putin para não viajar até à capital húngara, alegando que está em curso um "plano de assassinato britânico" contra o presidente russo.

Em causa está Andrey Bezrukov, um antigo espião da KGB [Organização dos Serviços Secretos da União Soviética entre 1954 e 1991]. Segundo a publicação Daily Express U.S., este antigo agente diz que a operação em cima da mesa está a ser orquestrada pelos britânicos. Andrey Bezrukov solicitou ainda que o local da cimeira fosse alterado para o Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Já o chefe da diplomacia da Lituânia, Kestutis Budrys, descartou que Putin tivesse um lugar à mesa em qualquer cidade europeia, dizendo: "O único lugar para Putin na Europa é em Haia, em frente ao tribunal, não em nenhuma de nossas capitais", disse na segunda-feira, citado pela Reuters

Já a MNE da Finlândia, Elina Valtonen, também expressou alguma preocupação com a possível visita de Putin a um país da União Europeia (UE), apontando: "Vamos ver onde a reunião será realizada e em que formato, mas é evidente que, dentro da UE, um criminoso de guerra como Putin não deve ser bem-vindo."

O ministro  francêsJean-Noel Barrot considerou que a viagem só faria sentido se houvesse um cessar-fogo imediato, e o MNE dos Países Baixos, David van Weel, referiu que "o mais importante era que há uma mesa de negociações".

E Portugal? O que pensa?

Também Portugal já se pronunciou sobre a cimeira entre os dois líderes, com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, a considerar que a escolha do local não era a mais óbvia.

"É um pouco estranho que seja em território da União Europeia que isto seja feito, mas a Hungria tem a sua posição, que é conhecida, isto também não é assim nenhuma surpresa", disse Paulo Rangel, no final de uma reunião ministerial no Luxemburgo.

Apesar do local apontado para o futuro encontro entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, o chefe da diplomacia portuguesa considerou que qualquer "diálogo que se faça no sentido de obter acordos de paz ou de cessar-fogo é sempre bem-vindo".

"Sendo em território europeu e da União Europeia, isso também tem um significado, mas a Hungria é um país soberano e pode acolher esse tipo de negociações (...), acho importante que haja diálogo, as perspetivas neste momento ainda não são as mais encorajadoras", sustentou o governante.


Leia Também: Trump diz que aliados regionais estão prontos a enviar tropas para Gaza

O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou hoje que os seus aliados no Médio Oriente estão dispostos a enviar tropas para a Faixa de Gaza caso o Hamas não ponha fim às violações do cessar-fogo.


Nigéria: Tribunal obriga tiktokers a casar após vídeo "indecente"... Um tribunal da cidade de Kano, no norte da Nigéria, ordenou à polícia islâmica que celebre o casamento entre duas celebridades da rede social TikTok por terem publicado um vídeo considerado "indecente".

Por LUSA 

Um tribunal da cidade de Kano, no norte da Nigéria, ordenou à polícia islâmica que celebre o casamento entre duas celebridades da rede social TikTok por terem publicado um vídeo considerado "indecente".

Na segunda-feira, um juiz ordenou a polícia religiosa de Kano, conhecida como Hisbah, a realizar o casamento entre dois utilizadores de TikTok por terem publicado vídeos em que apareciam a beijar-se - um ato considerado pela sociedade muçulmana conservadora da cidade como imoral e depravado - no prazo de 60 dias, afirmaram hoje fontes judiciais e policiais à agência de notícias France-Presse.

"O tribunal ordenou à Hisbah que casasse o homem e a mulher, uma vez que estão tão apaixonados que exibem o seu romance no TikTok", declarou o porta-voz judicial do estado de Kano, Baba-Jibo Ibrahim.

Idris Mai Wushirya e Basira Yar Guda divulgaram vídeos onde se estão a beijar e a abraçar. Wushirya, que já teve confrontos com as autoridades por vídeos semelhantes, foi detido e colocado em prisão preventiva.

Um responsável da polícia religiosa confirmou ter recebido a ordem do tribunal na segunda-feira e que os preparativos do casamento já começaram.

"Embora o tribunal tenha determinado que o casamento deve ocorrer dentro de 60 dias, estamos determinados a realizá-lo o mais rápido possível", afirmou o diretor-geral da Hisbah, Abba Sufi, que acrescentou que ambos "deram o seu consentimento".

Os pais de Idris Mai Wushirya foram convocados na segunda-feira pela Hisbah, onde deram também o seu "consentimento explícito", enquanto as autoridades tentavam contactar a família de Basira Yar Guda, que vive no estado de Zamfara, a mais de 300 quilómetros.

Kano é um dos 12 estados da Nigéria de maioria muçulmana onde a sharia - lei religiosa - coexiste com o direito comum. A Hisbah, criada em 2001 para garantir o cumprimento das disposições da lei islâmica no estado, detém e condena com regularidade influenciadores cujos conteúdos publicados nas redes sociais considera imorais.



Primeiro-Ministro Braima Camará felicita a Selecção Nacional Sub-17 pela conquista do 3.º lugar no torneio regional

Por  Radio TV Bantaba

Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro, Braima Camará, recebeu em audiência a Selecção Nacional de Futebol Sub-17, que recentemente conquistou o 3.º lugar no torneio regional, competição que reuniu as selecções sub-17 de oito países da sub-região da África Ocidental.

Durante o encontro, o Chefe do Governo agradeceu e enalteceu o comportamento honroso dos jovens atletas, destacando o seu espírito de equipa, disciplina e patriotismo, que projectam além-fronteiras o nome da Guiné-Bissau.

 “Esta Selecção deve continuar a pensar no futuro. A vossa dedicação inspira milhares de jovens e mostra que, com esforço, é possível elevar a nossa bandeira”, afirmou o Primeiro-Ministro.

O encontro terminou num ambiente de celebração, simbolizando o compromisso do Governo em apoiar as novas gerações e promover o desporto como instrumento de união e desenvolvimento nacional.


Enviado especial dos EUA reúne-se com ex-reféns do Hamas em Telavive

Por  LUSA  21/10/2025

O enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, este reunido, em Telavive, com nove (dos 20) reféns libertados, na passada segunda-feira, pelo Hamas, como parte da primeira fase do acordo de paz entre o grupo islamita e Israel.

O enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, reuniu-se, esta terça-feira, em Telavive, Israel, com nove dos 20 reféns libertados pelo Hamas, na segunda-feira passada, dia 14 de outubro.

Conta o Times of Israel que, no encontro, estiveram presentes Omri Miran, os gémeos Gal e Ziv Berman, Yosef Chaim Ohana, Matan Angrest, Bar Kuperstein, Segev Kalfon, Nimrod Cohen e Eithan Horn.

Os ex-reféns foram-se reunidos, um a um, com Steve Witkoff e houve até quem lhe entregasse um presente para mostrar a sua gratidão pelo papel dos Estados Unidos em assegurar a libertação dos reféns.

Durante o encontro, todos pediram ao enviado especial norte-americano, assim como ao genro de Donald Trump, Jared Kushner, para que ajudasse a trazer de volta os corpos dos reféns que ainda se encontram na Faixa de Gaza. 

Recorde-se que os 20 reféns libertados pelo Hamas na passada segunda-feira, são os últimos reféns vivos. O grupo islamita palestiniano, como parte do acordo de paz, está também a entregar os corpos dos reféns que foram mortos e levados para Gaza no dia 7 de outubro de 2023 e os corpos daqueles que morreram em cativeiro.

Até ao momento, já foram entregues 12 corpos a Israel, faltando ainda 15. O Hamas tem relatado dificuldades em encontrar os restos mortais dos reféns, tendo dito que precisa de equipamento especializado para ajudar nessa procura. 

Ex-refém Matan Angrest visita Praça dos Reféns

Depois da reunião com Steve Witkoff, o ex-refém Matan Angrest visitou a Praça dos Reféns, em Telavive - local onde, durante dois anos, milhares de pessoas se juntaram para exigir o regresso dos reféns.

Matan Angrest caminhou pela praça, viu os cartazes e os diversos panfletos com os rostos dos reféns sequestrados espalhados.

Num vídeo partilhado, Angrest para junto a uma faixa com o seu rosto, onde estão detalhados os pormenores da sua captura, assim como informações da sua vida antes de ser levado para Gaza. Ergueu ainda um cartaz do soldado Itay Chen que foi morto durante o ataque do 7 de outubro de 2023.

De recordar que o acordo de cessar-fogo entre o grupo islamita e Israel, em vigor desde 10 de outubro, prevê que o Hamas devolva os corpos à Cruz Vermelha, que por sua vez o leva ao exército israelita, ao qual cabe o transporte para o Centro Médico Abu Kabir, em Jaffa (a sul de Telavive). Por seu turno, Israel liberta os prisioneiros palestinianos.

Saliente-se também que nesta primeira fase foi também acordada a retirada gradual das forças israelitas e a entrada em massa de ajuda humanitária.

Hamas diz ter recebido garantias de Trump de que guerra em Gaza terminou

O grupo islamita palestiniano Hamas afirmou, esta terça-feira, ter recebido garantias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assim como dos mediadores do acordo de paz - que foi assinado no Egito -, de que a guerra na Faixa de Gaza terminou. 

Khalil al-Hayya, alto funcionário do Hamas, citado pelo Al Jazeera, referiu que o grupo islamita está a levar a sério a entrega dos corpos de reféns, tal como foi exigido no acordo de cessar-fogo.

Acordo de cessar-fogo? Se Hamas violar [acordo] "vão ser erradicados"

No dia de ontem, segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, assegurou que o Hamas será "erradicado" se voltar a violar o acordo de cessar-fogo em Gaza, depois de Israel ter denunciado alegadas violações da trégua.

"Fizemos um acordo com o Hamas segundo o qual eles vão comportar-se bem e, se não o fizerem, vamos erradicá-los, se necessário. Vão ser erradicados e sabem disso", ameaçou Trump, em declarações aos jornalistas na Casa Branca, ao lado do primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, que está de visita a Washington.

E a segunda fase do acordo? Em que consiste?

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, na terça-feira, dia 14 de outubro, que a segunda fase do acordo de paz entre o Hamas e Israel "começa agora mesmo", que inclui o desarmamento do grupo islamita.

A segunda fase vai abordar a reconstrução do enclave, bem como o desarmamento do Hamas e a governação da Faixa de Gaza. O grupo palestiniano já disse não ter interesse em permanecer no governo, mas há relatos díspares quanto à sua disponibilidade para entregar as armas.

Já a reconstrução da Faixa Gaza vai estar em debate numa cimeira, em breve, também no Egito, conforme foi anunciado pelo presidente do país durante o encontro.

Manifestações pós-eleitorais em Moçambique provocaram 411 mortos e 7.200 detidos... No mesmo período, 3.700 pessoas ficaram feridas

Por  cnnportugal.iol.pt. 21/10/2025

Pelo menos 2.790 pessoas continuam detidas, de um total de 7.200, um ano após o início das manifestações pós-eleitorais em Moçambique, que provocaram 411 mortos, segundo dados da plataforma Decide, consultados esta terça-feira pela Lusa.

De acordo com o relatório “Cicatrizes da Democracia em Moçambique: Impactos Humanos e Falhas de Proteção nas Manifestações Pós-Eleitorais (2024–2025)”, daquela plataforma que monitoriza os processos eleitorais, nos protestos que se seguiram às eleições gerais de 09 de outubro de 2024, registaram-se 7.200 “detenções arbitrárias” em todo o país, das quais 4.410 pessoas já estão em liberdade.

 “As províncias de Maputo, Nampula, Zambézia e Sofala concentraram 78% dos casos, com predomínio de jovens entre 18 e 35 anos. As mulheres representaram 14% das vítimas em casos de detenção, ferimentos e morte, revelando vulnerabilidade acrescida no contexto de repressão”, refere no documento, que analisa os protestos, que eclodiram a partir de Maputo, em 21 de outubro de 2024, dois dias após o duplo homicídio do advogado Elvino Dias e de Paulo Guambe, apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane.

No mesmo período - os protestos prolongaram-se até março último -, 3.700 pessoas ficaram feridas, das quais mais de 900 por arma de fogo, além de cinco pessoas ainda dadas como desaparecidas e houve registo de 17 execuções “com indícios políticos”, segundo o relatório.

Os agentes das Forças de Defesa e Segurança representam 4,2% do total de 411 mortos (17), enquanto as crianças são 5% dos mortos (20), acrescenta.

As eleições gerais moçambicanas, que deram a vitória, nas presidenciais, a Daniel Chapo, do partido Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), com 65,17% dos votos, resultaram numa onda de manifestações, convocadas pelo candidato Venâncio Mondlane, que nunca reconheceu os resultados, alegando fraude eleitoral.

No relatório, a plataforma Decide denuncia a ausência total de investigação pública, responsabilização judicial e reparação de danos às vítimas da onda de manifestações, para além de falhas das instituições judiciais, “sujeitas a interferências políticas”, na proteção dos direitos fundamentais.

 “O Governo negou reiteradamente a gravidade dos factos, classificando as manifestações como ‘distúrbios isolados’, enquanto as forças de segurança atuaram com licença tácita para reprimir. Nem os casos confirmados como mortos e feridos por parte da polícia tiveram nenhum reparo condigno por parte das autoridades locais”, denuncia.

O diretor-executivo do Decide, Wilker Dias, afirmou à Lusa que os dados representam a inércia da Justiça e a contínua marginalização dos grupos desfavorecidos, como jovens e mulheres, devendo servir para a melhoria por parte do Governo, sendo também uma chamada internacional para uma intervenção “certeira” nos direitos humanos.

 Como forma de minimizar os danos das vítimas, acrescenta, a plataforma Decide tem estado a prestar apoio psicossocial e assistência médica, para além de um processo em curso, junto com a Ordem dos Advogados, para a responsabilização e indemnização das vítimas.

Segundo o relatório, mais de 30 pessoas receberam apoio médico e psicossocial pela plataforma, numa ação que abrangeu tratamento de feridos, reabilitação física, apoio emocional, fornecimento de alimentos e pagamento de rendas, bem como apoio económico para reintegração social.

“E agora vamos começar a trabalhar com a Ordem dos Advogados, muito provavelmente, para a questão da responsabilização e indemnização das vítimas”, acrescentou Wilker Dias, lamentando a falta de responsabilização por parte de Estado em relação às vítimas das manifestações: “É importante para resgatar a confiança do povo moçambicano, é importante, para trazer a reconciliação, que haja essa questão da responsabilização em primeiro plano”.

A violência em Moçambique cessou após um primeiro encontro, em março, entre o Presidente da República, Daniel Chapo, e Venâncio Mondlane, estando em curso um processo de pacificação que prevê o compromisso governamental de realizar várias reformas, incluindo na Constituição e leis eleitorais.

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Guerra na Ucrânia: Kyiv? "Ainda podem vencer. Não acho que vençam, mas ainda podem vencer"... O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que tem dúvidas que Ucrânia possa derrotar a Rússia na guerra, embora admita que isso possa acontecer.

© TOM BRENNER/AFP via Getty Images    Lusa  20/10/2025

Os comentários de Trump acrescentaram uma nova onda de ceticismo em relação a Kyiv, enquanto quando o presidente dos EUA planeia encontrar-se novamente, nas próximas semanas, com o Presidente russo, Vladimir Putin, para conversações presenciais em Budapeste, Hungria, visando pôr fim à guerra.   

"Eles ainda podem vencer. Não acho que vençam, mas ainda podem vencer", disse hoje Trump aos jornalistas no início de uma reunião na Casa Branca com o Primeiro-Ministro australiano, Anthony Albanese.  

No mês passado, Trump reviu a sua posição há muito mantida de que a Ucrânia teria de ceder território, considerando que o país poderia reconquistar todas as zonas que perdeu para a Rússia.  

Mas, após uma longa chamada com Putin na semana passada, seguida de uma reunião com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, Trump voltou a mudar de posição, e apelou a Kyiv e Moscovo para que "parassem onde estão" e pusessem fim à sua guerra brutal.  

Questionado hoje sobre a sua opinião volátil acerca de Kyiv, Trump deu uma avaliação sombria sobre as hipóteses da Ucrânia. E acrescentou: "Nunca disse que eles iriam ganhar. Disse que poderiam. Qualquer coisa pode acontecer. Sabem que a guerra é uma coisa muito estranha."

Hoje, mais cedo, Zelensky disse que, durante a reunião na Casa Branca, Trump o informou de que a exigência maximalista de Putin para que a Ucrânia cedesse a totalidade das suas regiões orientais de Donetsk e Luhansk, permanecia inalterada.

Ainda assim, Zelensky descreveu a reunião como "positiva", embora Trump também tenha rejeitado o seu pedido de mísseis de cruzeiro Tomahawk de longo alcance.

Em comentários públicos nas semanas que antecederam a sua reunião com Zelensky, Trump parecia estar inclinado para a possibilidade de enviar os Tomahawks, o que permitiria às forças ucranianas atacar mais profundamente em território russo. Mas o tom do líder dos EUA mudou após a sua última chamada com Putin e ficou claro que estava relutante em enviar à Ucrânia o sistema de mísseis, pelo menos por enquanto.

"Na minha opinião, ele [Trump] não quer uma escalada com os russos até se encontrar com eles [Russos)", afirmou Zelensky aos jornalistas no domingo.

Os seus comentários estavam embargados até hoje de manhã. Zelensky também expressou o ceticismo sobre a proposta de Putin de trocar algum território que mantém nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia, se a Ucrânia ceder Donetsk e Luhansk, dizendo que a proposta era pouco clara. As regiões de Donetsk e Luhansk constituem o Donbass.

O líder ucraniano afirmou que Trump, em última análise, apoiava uma pausa ao longo da linha da frente atual. "Partilhamos a visão positiva do Presidente Trump se isso levar ao fim da guerra", afirmou Zelensky, citando "muitas rodadas de discussão durante mais de duas horas com Donald Trump e a sua equipa."

Zelenskyy foi diplomático sobre a sua reunião com Trump, apesar de relatos de que enfrentou pressão para aceitar as exigências de Putin.

A reunião seguiu-se ao desastroso desentendimento na Sala Oval em 28 de fevereiro, quando o presidente ucraniano foi repreendido em direto na televisão por não estar grato pelo apoio dos EUA.

Zelensky disse que espera que a reunião de Trump na próxima semana com Putin na Hungria, que não apoia a Ucrânia, abra caminho para um acordo de paz.

Zelensky disse que não foi convidado a participar, mas consideraria ir se o formato das negociações fosse justo para Kyiv.

O presidente ucraniano também criticou o Primeiro-Ministro húngaro, Viktor Orbán, dizendo que não acredita que um chefe de executivo "que bloqueia a Ucrânia em todo o lado possa fazer algo positivo para os ucranianos ou mesmo fornecer uma contribuição equilibrada."

Zelensky disse que acha que todas as partes se "aproximaram" de um possível fim da guerra. "Isso não significa que terminará definitivamente, mas o Presidente Trump conseguiu muito no Médio Oriente, e, aproveitando essa onda, quer pôr fim à guerra da Rússia contra a Ucrânia," acrescentou.

A Ucrânia espera comprar 25 sistemas de defesa aérea Patriot de empresas norte-americanas, usando ativos russos congelados e ajuda de parceiros, mas Zelensky disse que adquiri-los exigiria tempo devido a longos prazos de produção.


Leia Também: Bulgária pode deixar Putin cruzar o seu espaço aéreo para negociações

O Governo búlgaro manifestou hoje disponibilidade para que o Presidente russo, Vladimir Putin, atravesse o seu espaço aéreo para participar na anunciada cimeira sobre a Ucrânia com o homólogo norte-americano, Donald Trump, em data a definir em Budapeste.


O Primeiro-Ministro, Braima Camará, realiza hoje, segunda-feira, (20.10), uma visita ao Hospital Nacional Simão Mendes, acompanhado por vários membros do Governo. Após a visita, o Chefe do Governo fala à imprensa.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades Carlos Pinto Pereira, fala a imprensa sobre o iniciou do processo de Casa Aberta, pela Embaixada de Portugal em Bissau.

 

Ministro dos Transportes entrega novos equipamentos à Sala de Exames de Condução da DGVTT

Bissau, 20 de outubro de 2025 — O Ministro dos Transportes, Eng.º Marciano Silva Barbeiro, presidiu nesta segunda-feira a cerimónia de entrega de novos equipamentos à Sala de Exames de Condução da Direção-Geral de Viação e Transportes Terrestres (DGVTT).

O ato contou com a presença do Coordenador do Projeto UGP-CN representante do Banco Mundial, Eng.º Malam Banjal, do Diretor-Geral da DGVTT, Sr. Jaimentino Co, dos dirigentes do Ministério dos Transportes e responsáveis da DGVTT.

Durante o evento, o Ministro Marciano Silva Barbeiro destacou que esta entrega representa “um passo concreto na modernização dos serviços de transporte e na promoção da segurança rodoviária no país.”

Esta iniciativa enquadra-se no Projeto UGP-CN, financiado pelo Banco Mundial, que visa reforçar a conectividade nacional, nomeadamente através da reabilitação da estrada que liga Bissau à fronteira com o Senegal — uma via estratégica para o acesso a mercados e para o fortalecimento do desenvolvimento económico nacional.

Segundo o Ministro, a disponibilização destes novos equipamentos “reforça a capacidade institucional da DGVTT, permitindo exames de condução mais eficientes, atendimento de maior qualidade aos cidadãos e um processo de habilitação mais fiável, contribuindo assim para uma condução mais segura nas nossas estradas.”

Com esta ação, o Ministério dos Transportes reafirma o seu compromisso em melhorar a eficiência, a qualidade e a modernização dos serviços públicos, alinhando-se às metas de desenvolvimento sustentável e integração regional.


Encontro entre PAI Terra Ranka e COLIDE-GB . O Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo verde ( PAIGC), manteve esta segunda feira 20/10/2025, encontro COLIDE-GB para abordar a situação de exclusão do PAI TERRA RANKA e de COLIDE-GB das legislativas marcadas para 23 de novembro... Após o encontro, um dos Coordenadores da Plataforma Inclusiva PAI Terra Ranka, Agnelo Regalla e o Presidente da COLIDE-GB Juliano Fernandes, prestaram declaração à imprensa.

Portugal: Mais de 2.800 pais pediram ajuda por violência dos filhos nos últimos três anos

Por cnnportugal.iol.pt/ 

Silêncio e recusa das vítimas em apresentar queixa junto das autoridades competentes poderá ser explicado pelo facto de os crimes ocorrerem sobretudo em contexto de violência doméstica, em que agressor e vítima partilham habitação

O número de progenitores agredidos pelos filhos que pediram ajuda à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) aumentou mais de 27% nos últimos três anos, ultrapassando as 2.800 pessoas, uma média de 2,6 casos por dia.

Segundo as estatísticas da APAV sobre “Filhos/as que agridem Os Pais/As Mães”, a que a Lusa teve acesso, entre 2022 e 2024, o número de vítimas aumentou de ano para ano, registando-se 815 casos no primeiro ano, 962 no ano seguinte e 1.036 em 2024.

Significa que, no global, há um aumento de 27,1% e que, em média, a APAV ajudou cerca de 78 pessoas por mês, 18 por semana e 2,6 por dia.

Em declarações à Lusa, Cynthia Silva, criminóloga na APAV, apontou que este aumento “pode significar que há mais vítimas a procurarem o apoio da APAV”, o que é um “aspeto positivo”, mas chamou a atenção para outra percentagem, a das pessoas que ficam em silêncio.

“Percebemos que, por exemplo, em 48% das situações não há apresentação de queixa, o que significa que, apesar de poder haver maior procura de apoio, ainda há muitas situações que se mantêm silenciadas no que toca à apresentação de queixa junto às autoridades”, apontou.

Na opinião da responsável, esse silêncio e recusa das vítimas em apresentar queixa junto das autoridades competentes poderá ser explicado pelo facto de os crimes ocorrerem sobretudo em contexto de violência doméstica, em que agressor e vítima partilham habitação.

“Os motivos mais comuns para a não procura de apoio ou mesmo para a falta de queixa têm muito a ver com estas questões da vergonha, da culpa, a vergonha de dizer que estão a ser vitimadas ou vitimados pelos próprios filhos ou filhas”, apontou.

Explicou, por outro lado, que também pode haver medo de retaliações ou mesmo das consequências legais que o pedido de ajuda ou a apresentação da queixa possam ter para o filho ou filha.

Segundo Cynthia Silva, apesar da violência de que são vítimas, os progenitores continuam a querer “proteger as próprias pessoas infratoras” porque se trata do filho ou da filha.

“Depois há outros motivos, nomeadamente o querer ainda manter a imagem de que existe harmonia familiar e de que tudo corre bem dentro daquele seio familiar ou situações de dependência”, adiantou.

A responsável adiantou que como a maior parte destes crimes acontecem em contexto de violência doméstica, a APAV também pode apresentar queixa, uma vez que se trata de um crime público, mas referiu que tentam sempre que seja a vítima a fazê-lo com o apoio da APAV.

A criminóloga alertou, por outro lado, para a “questão da vitimação continuada”, apontando que “uma grande parte” das pessoas que procuram a ajuda da APAV pela primeira vez, são vítimas há dois ou três anos, o que “significa que, às vezes, as vítimas demoram algum tempo até conseguir procurar algum tipo de ajuda mais profissional”.

Os dados da APAV mostram que dos 2.813 progenitores ajudados pela associação, 96,8% foram agredidos por um filho, enquanto 3,2% foram vítimas de mais do que um filho ou filha.

A caracterização da vítima mostra que na maior parte dos casos (79,7%) são mulheres, com 65 anos ou mais (58,3%), enquanto os homens estão em maioria (69%) no caso dos agressores, com idade entre os 18 e os 64 anos (62,8%).

Entre os 5.654 crimes ou formas de violência registadas para estas 2.813 vítimas, a violência doméstica sobrepõem-se, representando 82,3% do total.

Cynthia Silva defendeu que deveriam existir mais estruturas de acolhimento para as vítimas, mas apontou que “às vezes também existe a dificuldade de conseguir que as vítimas queiram sair das suas residências”.

Choque no Senegal. Jovem é raptado e morre após mãe não pagar resgate... Cheikh Touré, guarda-redes senegalês, de 18 anos, foi enganado por um conjunto de burlões, depois de ter sido convencido de que iria fazer testes numa equipa profissional em Marrocos. Acabou assassinado no Gana.

Por LUSA 20/10/2025

Uma notícia trágica chegou-nos nos últimos dias do Senegal. Um jovem de apenas 18 anos foi assassinado a sangue frio, na passada sexta-feira, depois da mãe não ter conseguido pagar um resgate, vítima de um esquema elaborado por um grupo criminoso.

As informações reveladas nos últimos dias pela imprensa internacional são algo difusas, mas, ao que tudo indica, Cheikh Touré, uma promessa do Esprit Foot Yeumbeul, terá sido atraído por um grupo de pessoas com a promessa de testes para ingressar num clube profissional em Marrocos.

Touré viajou para Kumasi para cumprir o sonho de ser futebolista Mas o pior acabaria por acontecer e o jovem teve um final de vida trágico. Convencido de que iria viajar para Marrocos, Cheikh Touré acabou por ser raptado e levado para o Gana, onde foi sequestrado e mantido em cativeiro por um grupo de criminosos que se faziam passar por empresários de futebol.

Os raptadores começaram por exigir à mãe do jogador um resgate pelo filho. No dia em que chegou ao local, Cheikh Touré ainda enviou uma mensagem de voz à mãe a dizer que estava tudo bem e só quatro dias depois voltou a dar notícias. Nessa altura, e de novo através de um áudio, o filho enviou o pedido de resgate: 850 mil francos africanos (cerca de 1.300 euros). De acordo com o jovem, este pedido já tinha sido feito pelos supostos agentes a outros jogadores que estariam com ele e serviria para que pudesse continuar a prosseguir o seu sonho. Pediu ainda que a mãe não se preocupasse.

Sem pensar duas vezes, a mãe colocou-se em campo para tentar arranjar esse dinheiro. No dia desta segunda mensagem, a progenitora recebeu, por volta da meia-noite, uma chamada de uma pessoa do Gana a dizer-lhe que o filho tinha tido um acidente. Foi aí que percebeu que o filho tinha caído num esquema. A mãe, que já tinha pago 380 euros pela suposta viagem para Marrocos, conseguiu juntar cerca de 760 euros, valor que não chegava ao exigido pelos raptores. Haveria de receber um novo pedido de mais 228 euros.

Mais tarde, a mãe acabou por receber uma nova mensagem que trazia consigo um vídeo de Cheikh Touré morto depois de ter sido visivelmente torturado.

"Tentei perceber se era seguro para ele porque é o meu único filho. Dei-lhe dinheiro para cortar o cabelo, comprar uma roupa nova, um fato. Rezei muito por ele e pedi-lhe para ter cuidado porque ele é a coisa mais importante do mundo para mim", revelou a mãe, destroçada e lavada em lágrimas, em declarações ao canal 'People 221 TV'.

Entretanto, e através de um comunicado oficial, o Ministério da Integração Africana, dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Exterior deixou uma nota de pesar na qual diz estar ao lado da família do jovem Cheikh Touré

"O Ministério da Integração Africana, dos Negócios Estrangeiros e dos Senegaleses no Estrangeiro tomou conhecimento, neste sábado, 18 de outubro de 2025, do falecimento ocorrido em Kumasi (República do Gana), na sexta-feira, 17 de outubro de 2025, do Sr. Cheikh Touré. As primeiras investigações conduzidas pelos serviços consulares indicam que o Sr. Touré, um jovem futebolista senegalês, teria sido vítima de uma rede de fraude e extorsão de fundos", pode ler-se no comunicado.

De acordo com as informações recolhidas pela Embaixada do Senegal em Acra, o corpo do falecido foi depositado na morgue Ebenezer de Tafo, na região de Ashanti, localizada a cerca de 250 km de Acra. As autoridades ganesas competentes foram oficialmente notificadas para conduzir uma investigação aprofundada sobre as circunstâncias exatas da morte", prossegue a mesma nota.

"Neste contexto, dois agentes da Embaixada serão enviados a Kumasi, a partir de domingo, 19 de outubro de 2025, para ajudar as autoridades locais nas diligências administrativas e judiciais, a fim de preparar, em conjunto com a família, o repatriamento do corpo para o Senegal, assim que as autorizações necessárias forem obtidas. O Ministério deseja expressar a sua profunda compaixão à família enlutada e garantir que este caso está a ser acompanhado de perto", termina o comunicado.

domingo, 19 de outubro de 2025

Zelensky disponível para ir a Budapeste reunir-se com Trump e Putin... O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse estar disponível para, aproveitando o encontro que ambos planeiam realizar em Budapeste, reunir-se com os seus homólogos dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin.

Por LUSA 

"Se realmente quisermos ter uma paz justa e duradoura, precisamos das duas partes desta tragédia. Como se vai chegar a algum acordo sobre nós sem nós?", argumentou numa entrevista à cadeia ABC gravada na sexta-feira e transmitida hoje.

Por essa razão, questionado sobre se tentaria estar em Budapeste, Zelensky revelou que disse a Trump, com quem se reuniu na sexta-feira em Washington, que está pronto.

Embora manifestando interesse num encontro cara a cara com o líder russo, Zelensky disse que Putin "é semelhante, embora mais forte, ao (terrorista) Hamas", ao comentar as possibilidades de Trump alcançar um acordo para a guerra na Ucrânia como o que conseguiu para parar a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza.

"A guerra é maior e o exército russo é o segundo maior do mundo e por isso é necessária mais pressão", argumentou o Presidente ucraniano, insistindo em reclamar a entrega de mísseis norte-americanos de longo alcance Tomahawk.

"É bom que o Presidente Trump não tenha dito 'não' (à entrega dos mísseis), mas até hoje também não disse 'sim'", referiu Zelenski.

À pergunta sobre a possibilidade de ceder territórios para pôr fim à guerra, o líder ucraniano defendeu que para parar o conflito e "ir para negociações de paz urgentemente, pelo caminho diplomático" é preciso "não dar mais a Putin".

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Leia Também: UE espera que reunião Trump-Putin em Budapeste conduza à paz

A Comissão Europeia saudou hoje a reunião entre os Presidentes norte-americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, prevista para a próxima semana em Budapeste, esperando que conduza à "paz justa e duradoura".