sábado, 27 de setembro de 2025

Pelo menos 38 mortos após debandada durante comício político na Índia... O incidente ocorreu durante o comício do partido Tamilga Vetri Kazhagam (TVK), numa ação de campanha para as eleições estaduais, que acontecem no início do próximo ano. Há ainda 50 feridos a registar.

Por LUSA 

Pelo menos 38 pessoas morreram após uma debandada num comício, em Karur, no sul da Índia, e outras 50 estão a ser socorridas em hospitais locais. Entre as vítimas mortais estão oito crianças.

O ministro da Saúde indiano, Ma Subramanian, citado pela Associated Press, adiantou que as vítimas foram levadas para um hospital, mas muitas já estavam mortas quando lá chegaram, incluindo as oito crianças.

A maioria dos feridos permanece estável, segundo a mesma fonte.

O incidente ocorreu durante uma ação de campanha para as eleições estaduais do próximo ano do partido Tamilga Vetri Kazhagam (TVK), em que estava planeado que o líder, o ator Vijay, se dirigisse aos apoiantes reunidos, conta o jornal The Hindu. O partido previa que  estivessem reunidas no comício cerca de 10 mil pessoas.

O jornal acrescenta ainda que estão a ser enviados para o local reforços das forças especiais da polícia indiana para ajudar nas operações de resgate em Karur.

Quando questionadas sobre as motivações do incidente, tendo em conta que o comício tinha sido autorizado pelo governo local, as autoridades responderam apenas que a situação estava sob investigação.

Presidente e primeiro-ministro da Índia lamentam o incidente

Os relatos iniciais davam apenas conta de que diversas pessoas na multidão tinham desmaiado, aparentemente sem razão. Só mais tarde, em publicações de chefes de Estado e do governo indiano é que veio a confirmar-se de que tinha ocorrido uma debandada durante o comício.

Na rede social X, a presidente da Índia, Droupadi Murmu, diz-se "angustiada com a trágica perda de vidas num infeliz incidente", enviando as "mais sinceras condolências aos familiares enlutados" e rezando "pela rápida recuperação dos feridos".

Já o primeiro-ministro do país, Narendra Modi, considera que o incidente é "profundamente triste". "Os meus pensamentos estão com as famílias que perderam os seus entes queridos. Desejo-lhes força neste momento difícil. Rezo por uma rápida recuperação de todos os feridos", acrescenta.

O governador estadual de Tamil Nadu, onde se situa Karur, afirmou que deu instruções aos responsáveis para que mobilizem todos os meios possíveis para prestarem assistência médica urgente aos feridos. E acrescentou ainda que pediu apoio ao distrito vizinho de Tiruchirappalli, para que "fornecesse toda a ajuda necessária com a máxima urgência".

Até agora, foram enviados 44 médicos dos distritos vizinhos para ajudarem a tratar os feridos.

Estas debandadas com multidões são relativamente comuns na Índia quando grandes aglomerados se reúnem.

Em janeiro, pelo menos 30 pessoas morreram quando dezenas de milhares de hindus correram, numa debandada em massa, para se banhar num rio sagrado durante o festival Maha Kumbh, a maior reunião religiosa do mundo.


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A Índia despediu-se hoje dos caças soviéticos MIG-21, após mais de 60 anos de serviço e um pesado historial de 400 acidentes que custaram a vida a 200 pilotos.


O Primeiro-Ministro, Braima Camará, presidiu este Sábado (27.09) à cerimónia de encerramento do workshop internacional sobre “Ciclos e Processos Eleitorais na Era Digital: Boas Práticas, Desafios e Oportunidades”.

Cerimónia de fixação da estátua do Presidente da República, Umaro Sissoko Embaló, em Gabu, neste sábado, 27 de setembro

Kyiv acusa Moscovo de cortar eletricidade da central nuclear de Zaporijia... A Ucrânia acusou hoje a Rússia de cortar a central nuclear de Zaporijia da rede elétrica ucraniana há quatro dias e, assim, tentar "roubá-la" ligando-a à rede controlada pela Rússia, alertando para ameaças à segurança.

© Andriy Varyonov/Suspilne Ukraine/JSC "UA:PBC"/Global Images Ukraine via Getty Images  Lusa  27/09/2025 

"Pedimos a todas as nações preocupadas com a segurança nuclear que deixem claro a Moscovo que a sua jogada nuclear deve parar", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiga, numa mensagem na rede X. 

Conquistada pelas tropas russas em março de 2022, no início da invasão em grande escala da Ucrânia, a central, localizada em Enerhodar, na região de Zaporijia (sul), é a maior da Europa.

Os seis reatores da central nuclear estão desligados, mas é necessária uma fonte de alimentação externa para continuar a arrefecê-los.

O operador da central, controlada pelo grupo russo Rosatom, confirmou hoje que a instalação está sem fornecimento de energia externa desde terça-feira e que os geradores de emergência estavam atualmente a suprir as suas necessidades.

"Desde 23 de setembro de 2025, o fornecimento de energia para as necessidades da central nuclear de Zaporijia tem sido fornecido por geradores a diesel de emergência", disse o operador na plataforma Telegram.

Segundo esta fonte, existem reservas de combustível suficientes para um "funcionamento prolongado" em autonomia e o arrefecimento dos motores é realizado "na totalidade".

Mas o ministro ucraniano, Andrii Sybiga, acusou os operadores russos de "ignorarem qualquer consideração pela segurança nuclear" para "agradar aos seus chefes em Moscovo".

Segundo o chefe da diplomacia ucraniano, "a Rússia construiu 200 quilómetros de linhas de energia em preparação para uma tentativa de roubar a central, ligá-la à rede [sob controlo russo) e reiniciá-la".

Sybiga acusou Moscovo de "ações irresponsáveis" que causaram "muitos riscos" à energia nuclear desde o início da invasão em 2022.

"Mas a tentativa russa de voltar a ligar a central pode ser a pior até agora, representando os maiores riscos. Moscovo está a tentar envolver a AIEA nesta aventura e justificar o roubo" da central, disse Sybiga, exigindo que a central volte ao controlo ucraniano.

O chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, foi recebido no Kremlin na sexta-feira pelo Presidente Vladimir Putin, no âmbito de uma visita à Rússia.

Na sua conta na rede X, Grossi disse ter discutido com o chefe da Rosatom, Alexey Likhachev, "a segurança e proteção" da fábrica de Zaporijia.


Sem sítio para onde ir, ucranianos estão a ser encaminhados para centros de refugiados... Mais de 50 mil pessoas já foram retiradas só na zona de Donetsk e muitos estão a ser encaminhados para Dnipro, que é a cidade mais próximas. Quem não tem para onde ir é encaminhado para centros de refugiados. Há quem esteja a viver em contentores há mais de 10 anos, desde o início dos combates no sul, em 2014.

Por sicnoticias.pt

Quando foi obrigada a fugir da região de Donetsk, estava grávida. Sofia já nasceu neste campo de refugiados na região de Dnipro. A mãe, Lisa, continua a sonhar com o dia em que vai poder voltar a casa.

"Sinto falta da cidade, sinto falta do meu pai que ainda está lá. Só o vejo uma vez por ano quando ele vem cá no meu aniversário. Estou preocupada com ele porque não quer sair de lá, não sei como convencê-lo", conta Lisa. 

Veio em 2022 com a mãe e o marido. "É melhor viver na nossa casa, claro. Mas devagarinho estamos a tentar trazer algumas das nossas coisas para aqui. Também estamos a tentar comprar algumas coisas, mas o que posso dizer é que a nossa casa é a nossa casa."

A cidade onde vive continua entregue aos ucranianos, mas há muita pressão e ataques das tropas russas. Vive num contentor desde que começou a invasão, em 2022. O marido conseguiu emprego, ela está a cuidar da filha.

A família toda recebe no total 200 euros de ajuda do Estado. Um contentor pode ter um ou dois quartos, alguns têm casa banho outros têm de a partilhar com quem vive no mesmo bloco.

Há mais de 100 pessoas a viver neste complexo. Cada bloco de contentores tem uma cozinha e lavandaria que é partilhada. e há quem esteja a viver nestas condições há 10 anos. É o caso de Natália. Fugiu de Donetsk em 2014 e desde então que vive nestes contentores e tem muitas críticas a fazer ao governo.

"Como posso ficar lá ? Sou patriota, defendo o meu país. Nunca ficaria lá, mas neste momento, depois de viver nestas condições este tempo todo, talvez ponderasse voltar para lá. Sei que não podia falar, mas pelo menos teria a minha casa, o meu teto."

Muitas destas pessoas vivem cansadas. Dizem que o Governo não está a fazer o suficiente para ajudar quem não teve outra opção senão fugir da guerra. O governo diz que 52 mil pessoas foram retiradas nos últimos tempos só da zona de Donetsk e que vai precisar muito em breve aumentar a resposta porque continua a sair muita gente das zonas críticas.

Diz-se que no imediato vão ser precisas mais 30 mil camas pelo menos.

Responsável da NATO compara intrusões russas com violações soviéticas de 1939... O principal responsável militar da NATO comparou hoje as violações soviéticas do espaço aéreo do Báltico de há 86 anos com as intrusões de drones russos dos últimos dias, considerando que os incidentes são mais do que provocações.

© Lusa   27/09/2025 

"A 25 de setembro de 1939, os bombardeiros e aviões de reconhecimento soviéticos violaram o espaço aéreo dos três Estados bálticos: Letónia, Lituânia e Estónia. Estas incursões foram mais do que uma mera provocação. Foram o sinal inicial da determinação de Moscovo em impor a sua vontade", afirmou o almirante italiano Giuseppe Cavo Dragone na abertura de uma reunião do Comité Militar da Aliança Atlântica, que decorre em Riga.

"Esse momento deve ressoar profundamente em nós hoje", defendeu, perante os principais comandantes militares dos 32 países da NATO (Organização do Tratado do Atlântico do Norte).

As principais violações soviéticas de 1939 incluíram a invasão da Polónia após a assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrop, que dividia o país em esferas de influência com a Alemanha nazi.

"Por duas vezes, no espaço de duas semanas, o Conselho do Atlântico Norte reuniu-se ao abrigo do Artigo .4º [consultas mútuas quando os Estados-membros da NATO considerem estar ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das Partes]", lembrou o presidente do Comité Militar da Aliança.

"Vários aliados, incluindo a Estónia, a Finlândia, a Letónia, a Lituânia, a Noruega, a Polónia e a Roménia, sofreram violações do espaço aéreo russo", acrescentou.

Outros participantes na sessão de abertura sublinharam que a invasão da Ucrânia pela Rússia e as ações de guerra híbrida contra os seus vizinhos constituem atualmente a principal ameaça à segurança da Aliança.

O presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, disse aos líderes militares reunidos que, na perspetiva de Riga, a avaliação da situação "é clara" e que a Rússia representa "uma ameaça a longo prazo à segurança euro-atlântica".

Rinkevicks aludiu ainda à "pressão diária com a migração ilegal" que o seu país sofre como parte das táticas híbridas da Rússia e da Bielorrússia, que, segundo adiantou, levaram cerca de 10.000 migrantes e requerentes de asilo a serem rejeitados na fronteira com a Bielorrússia só este ano.

Para o comandante-chefe das Forças Armadas da Letónia, o major-general Kaspars Pudans, a agressão russa estende-se para além da Ucrânia e faz "parte de uma campanha mais ampla contra o continente [europeu], cujo impacto se faz sentir a nível global" com tentativas de coerção energética e económica e esforços para reformular as normas internacionais.

"Estamos a assistir a ameaças de 360º, que abrangem invasões do espaço aéreo, campanhas de desinformação, ataques cibernéticos e a manipulação de instituições democráticas", afirmou Pudans.

O comandante-chefe das Forças Armadas da Letónia enfatizou ainda que a Ucrânia "não está apenas a defender a sua soberania, mas também a credibilidade da ordem internacional" e defendeu que este conflito se tornou num "laboratório para a guerra moderna", onde a força convencional se entrelaça com ataques cibernéticos, desinformação e novas tecnologias.

A reunião do Comité Militar da NATO, a mais alta autoridade militar da Aliança, visa debater as questões já levantadas na cimeira de líderes em Haia, particularmente o reforço da dissuasão e defesa coletivas, de acordo com um comunicado da instituição.

Participam ainda na reunião o Comandante Supremo Aliado da Europa (SACEUR), general Alexus G. Grynkewich, e o Comandante Supremo Aliado da Transformação (SACT), almirante Pierre Vandier.

A reunião termina hoje com uma conferência de imprensa de Cavo Dragone e Pudans.

As consultas entre membros da NATO foram marcadas na sequência da invocação do artigo 4.º pelo primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, depois de o espaço aéreo do seu país ter sido invadido por drones russos.

Nos últimos dias, foram registadas dezenas de intrusões nos espaços aéreos de vários países -- além da Polónia, também a Estónia, a Roménia, a Lituânia e Dinamarca -, tendo o caso mais grave sido o da Estónia, onde três caças russos MiG-31 permaneceram em território da NATO durante 12 minutos.

O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, defendeu as ações da organização no incidente na Estónia, no qual os caças russos foram escoltados por forças italianas, suecas e finlandesas, mas assegurou que aquelas aeronaves não representavam uma ameaça direta à segurança dos aliados.

De qualquer forma, o caso gerou debate sobre se a NATO deveria abater todas as aeronaves que invadissem o seu espaço aéreo, depois de a Polónia ter avisado que iria agir sem hesitação.

Rutte abriu caminho para abater aviões russos "se necessário", mas esclareceu que estas ações seguem uma série de protocolos e avaliações. "Isto não significa que vamos sempre abater um avião imediatamente", ressalvou.

Desde que o Tratado do Atlântico Norte foi assinado, em 1949, esta é a oitava vez que o Artigo 4.º é acionado, sendo que, depois das consultas, os países podem passar para o Artigo 5.º, que determina que um ataque armado contra um ou mais dos membros da organização é considerado um ataque contra todos.

Até hoje, este artigo só foi acionado uma vez, depois do ataque às Torres Gémeas dos Estados Unidos, a 11 de setembro de 2001.


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O Ministério do Interior alemão informou hoje que os sistemas de defesa contra 'drones' foram reforçados nos estados do norte da Alemanha, após identificação de voos suspeitos na última noite. 



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Drones não identificados foram observados sobre a maior base militar da Dinamarca na noite de sexta-feira, depois de várias violações do espaço aéreo daquele país da NATO nos últimos dias, anunciou hoje a polícia local.


Crânio com um milhão de anos pode alterar linha temporal da evolução humana... Uma reconstituição digital de um crânio com um milhão de anos sugere que os humanos podem ter-se separado dos seus antepassados 400 mil anos mais cedo do que se pensava, e na Ásia, não em África.

Por LUSA 

Este crânio esmagado, descoberto na China em 1990 e apelidado de Yunxian 2, era anteriormente considerado como pertencente ao Homo erectus, um antepassado da espécie humana.

Mas, graças às modernas tecnologias de reconstrução, um grupo de investigadores descobriu características no crânio --- como um cérebro presumivelmente maior --- que o ligam a espécies como o Homo longi ou o Homo sapiens, que antes se acreditava terem existido apenas mais tarde na evolução humana.

"Isto muda muita coisa", sublinhou Chris Stringer, antropólogo do Museu de História Natural de Londres e membro da equipa de investigação cujo estudo foi publicado na revista Science, noticiou a agência France-Presse (AFP).

"Isto sugere que, há um milhão de anos, os nossos antepassados já se tinham dividido em grupos distintos, indicando uma divisão evolutiva humana muito mais antiga e complexa do que se pensava anteriormente", explicou.

Se estas descobertas se confirmarem, isto significaria que pode ter havido membros muito anteriores de outros hominídeos primitivos, como os Neandertais ou o Homo sapiens.

Também "turva as águas" em relação às hipóteses antigas de que os primeiros humanos se dispersaram de África, realçou à AFP Michael Petraglia, diretor do Centro Australiano de Evolução Humana da Universidade Griffith, que não esteve envolvido no estudo.

"Pode estar a ocorrer uma grande mudança, com o Leste Asiático a desempenhar agora um papel fundamental na evolução dos hominídeos", apontou.

O estudo utilizou tomografia computorizada avançada, imagens de luz estruturada e técnicas de reconstrução virtual para modelar um Yunxian 2 completo.

Os cientistas usaram outro crânio semelhante para criar o seu modelo, que depois compararam com mais de 100 outros espécimes.

"Yunxian 2 pode ajudar-nos a resolver" a grande confusão em torno de um "confuso conjunto de fósseis humanos datados de há 1 milhão a 300 mil anos", detalhou Stringer em comunicado de imprensa.

Uma série de estudos recentes revolucionaram o conhecimento sobre as origens humanas, como o Homo longi, reconhecido como uma nova espécie e parente próximo dos humanos em 2021.

"Fósseis como Yunxian 2 mostram o quanto ainda temos de aprender sobre as nossas origens", observou Stringer.

Congressista republicano diz que Kyiv pode derrotar Moscovo... O republicano que liderou a delegação do Congresso norte-americano à Ucrânia manifestou-se hoje mais otimista de que Kiev possa ter sucesso na guerra contra a Rússia com o apoio adequado dos Estados Unidos e outros aliados.

© Ukrinform/NurPhoto via Getty Images   Lusa   26/09/2025

O congressista Mike Turner, do Ohio, membro do Comité de Serviços Armados da Câmara dos Representantes que liderou a delegação bipartidária à Ucrânia, Polónia e Alemanha, instou o presidente da câmara baixa, Mike Johnson, a votar rapidamente um projeto de lei de sanções amplamente apoiado. 

A medida pretende impor tarifas elevadas aos países que compram petróleo, gás e outras exportações à Rússia como forma de conter a entrada de divisas que alimenta a produção industrial e a máquina de guerra de Moscovo.

Turner sublinhou que o Presidente Donald Trump tem razão e que a Ucrânia pode ter sucesso na reconquista de territórios à Rússia "com o apoio adequado".

"E Esta é a ressalva. O que vemos na Ucrânia é que isto é realmente uma questão de matemática", apontou Turner numa conferência de imprensa em Washington.

"A economia russa está a permitir-lhes produzir armas de guerra, e essas armas estão a resultar no mortífero campo de batalha na Ucrânia", acrescentou, instando ao 'corte' da "torneira da economia russa".

A forte pressão de um congressista republicano sénior dá um novo impulso ao projeto de lei sobre sanções, que está parado há meses no Capitólio, aguardando luz verde da administração Trump, apesar do seu amplo apoio.

Quase todos os senadores e muitos membros da Câmara dos Representantes assinaram o projeto, um raro consenso bipartidário no Congresso dos EUA.

O projeto de lei impõe o que os legisladores dizem ser sanções esmagadoras, com tarifas de até 500% sobre produtos de países como a China e a Índia, que compram petróleo, gás e outras exportações à Rússia.

Líderes ocidentais opuseram-se à medida, incluindo o húngaro Viktor Orban, que afirmou hoje que interromper o fornecimento de energia à Rússia seria um "desastre" para a economia do seu próprio país.

Turner sublinhou ainda que a visão da Ucrânia era muito diferente de um 'briefing' recente das Forças Armadas que recebeu em Washington, que era "muito mais terrível".

"Tendo estado na Ucrânia, é claro que o engenho ucraniano, a sua resiliência, a sua tenacidade estão a manter-se, e que a Rússia não está a ter sucesso", frisou.

Na carta a Johnson, Turner deixou ainda claro que acredita que Putin não se limitará à Ucrânia.

"O que testemunhei deixou claro que a guerra da Rússia não se limita à Ucrânia --- é uma ameaça direta à própria NATO", escreveu ao presidente da câmara baixa.

Turner afirmou que as recentes incursões de drones russos no espaço aéreo polaco e romeno não são acidentes, mas provocações calculadas que atingem o território da NATO e a segurança europeia.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado, em ofensivas com 'drones' (aeronaves não-tripuladas), alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.


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Em causa está o facto de o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter afirmado que a Ucrânia suspeita que a Hungria está a utilizar drones de reconhecimento no seu espaço aéreo.


A 23ª Sessão do Comité de Gestão das Atividades Aeronáuticas Nacionais da Guiné-Bissau foi oficialmente aberta hoje, em Bissau, numa cerimónia organizada pela ASECNA (Agência para a Segurança da Navegação Aérea em África e Madagáscar).

Por Ministério dos Transportes e Comunicações

Bissau, 26 de setembro de 2025 – A 23ª Sessão do Comité de Gestão das Atividades Aeronáuticas Nacionais da Guiné-Bissau foi oficialmente aberta hoje, em Bissau, numa cerimónia organizada pela ASECNA (Agência para a Segurança da Navegação Aérea em África e Madagáscar).

O Secretário Geral do Ministério dosTransportes preside abertura da 23ª Sessão do Comité de Gestão das Atividades Aeronáuticas Nacionais em representação do Ministro Eng°. Marciano Silva Barbeiro. 

O Comité de Gestão das Atividades Aeronáuticas Nacionais é um órgão de concertação que reúne representantes das instituições do setor e da ASECNA, com o objetivo de avaliar a implementação das políticas aeronáuticas e propor estratégias para o reforço da segurança e da modernização das infraestruturas aeroportuárias do país.

Ao presidir a sessão, o Secretário-Geral destacou o papel central da ASECNA como parceiro técnico e institucional, sublinhando que “a Aviação Civil Nacional é um setor prioritário para a integração da Guiné-Bissau nos corredores aéreos regionais e internacionais, sendo fundamental reforçar a cooperação com a ASECNA para garantir segurança, qualidade e inovação”.

A 23ª Sessão constitui uma oportunidade para analisar os desafios do setor, incluindo a necessidade de investimentos em equipamentos modernos, capacitação de técnicos e melhoria contínua das normas de segurança.

Com este encontro, o Ministério dos Transportes reafirma o seu compromisso em liderar os esforços de desenvolvimento do setor aeronáutico nacional, assegurando que a Guiné-Bissau avance de forma sustentável e integrada no espaço aéreo africano e internacional.

O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, participou numa recepção oficial oferecida pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, e pela Primeira-Dama, Melania Trump.


sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Ex-primeiro-ministro Nuno Nabiam visita o Chefe do Governo Braima Camará: um gesto político que desmonta narrativas e consolida a nova ordem

Por Abel Djassi Primeiro  26-09-2025

O encontro realizado entre Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro, Braima Camará, e o ex-primeiro-ministro Nuno Nabiam, ultrapassa a formalidade de uma mera visita de cortesia. Trata-se de um ato político carregado de simbolismo: primeiro, pela manifestação inequívoca de reconhecimento e legitimidade à liderança de Braima Camará como novo Chefe do Governo; segundo, pela decisão estratégica de Nuno Nabiam em reafirmar a sua adesão à Plataforma Republicana – Nô Kumpu Guiné, gesto que não apenas fortalece a coesão nacional, mas também isola e fragiliza aqueles que insistem em práticas divisionistas e narrativas ultrapassadas.

Este momento marca um ponto de inflexão: a política guineense está a romper com as velhas lógicas de exclusão e clientelismo que minaram décadas de governação. A unidade em torno da Plataforma Republicana demonstra que a nação não está mais refém de partidos corroídos pela corrupção e pela arrogância de lideranças autoproclamadas. O gesto de Nuno Nabiam é, em si, um desmentido histórico às ambições de quem aposta no retrocesso e um passo firme no sentido da estabilidade, da modernidade e da verdadeira soberania política da Guiné-Bissau.


"O pior cenário possível": Federação europeia das farmacêuticas avisa que custo dos medicamentos vai aumentar... Donald Trump anunciou que a partir de 1 de outubro, os EUA vão impor uma tarifa de 100% sobre as importações de "qualquer produto farmacêutico de marca ou patenteado", exceto para as empresas que construam fábricas nos EUA.

Por  SIC Notícias    26/09/2025

A diretora-geral da Federação Europeia das Indústrias Farmacêuticas (Efpia) avisou, esta sexta-feira, que a introdução das novas taxas alfandegárias dos Estados Unidos sobre medicamentos vai aumentar custos e impedir doentes de obter tratamentos.

Estas taxas alfandegárias sobre os medicamentos "criariam o pior cenário possível", afirmou a diretora-geral da Efpia, Nathalie Moll, num comunicado enviado à agência de notícias AFP, referindo que estes impostos "aumentam os custos, interrompem as cadeias de abastecimento e impedem os doentes de obter tratamentos vitais".

"A União Europeia (UE) e os Estados Unidos já têm um acordo comercial em vigor, agora, devem continuar as discussões sobre a forma como a UE pode melhorar o seu apoio ao custo da investigação e desenvolvimento globais de forma a não prejudicar os doentes na UE e nos Estados Unidos", acrescentou.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na quinta-feira que a partir de 1 de outubro, os Estados Unidos vão impor uma tarifa de 100% sobre as importações de "qualquer produto farmacêutico de marca ou patenteado", exceto para as empresas que construam fábricas nos Estados Unidos.

A indústria farmacêutica está há meses em alerta sobre a reintrodução de tarifas sobre medicamentos após mais de 30 anos de isenção.

Nuclear: Rússia vai construir quatro centrais no Irão... O Irão assinou com a Rússia um contrato de 25 mil milhões de dólares (21,4 mil milhões de euros) para a construção de quatro centrais nucleares no sul do país, anunciou hoje a televisão iraniana.

© Reuters    Lusa   26/09/2025 

"Um acordo para a construção de quatro centrais nucleares, no valor de 25 mil milhões de dólares, em Sirik, na província de Hormozgan (sul), foi assinado entre a empresa Iran Hormoz e a Rosatom", indicou a televisão estatal. 

O Irão dispõe apenas de uma central nuclear operacional, em Bushehr (sul), destinada à produção de eletricidade, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Conferência de imprensa da Coligação PAI - TERRA RANKA.

 

Israel ataca alvos do Hezbollah no leste do Líbano... Israel atacou hoje o leste do Líbano, apesar do cessar-fogo em vigor desde novembro de 2024, para destruir uma alegada instalação de produção de armamento do partido xiita Hezbollah, anunciou o exército israelita.

© Getty Images   LUSA  26/09/2025 

"As Forças de Defesa de Israel bombardearam uma instalação de produção de mísseis de precisão do Hezbollah na região do [vale do] Becá, no Líbano", disse o exército num comunicado.

O ataque foi efetuado por "uma aeronave da Força Aérea com base em informações da Direção de Informações Militares", acrescentou, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.

O Hezbollah não se pronunciou até ao momento sobre o ataque.

Os órgãos de comunicação social libaneses noticiaram vários ataques aéreos contra a zona oriental do vale do Becá, nomeadamente nos arredores de Yurd el Shaara, Nabi Chit e Jraibé, sem informações sobre vítimas mortais.

Israel já lançou dezenas de bombardeamentos contra o Líbano após o cessar-fogo de novembro de 2024, justificando as ações com a necessidade de combater atividades do Hezbollah.

Com esse argumento, defende que não viola o acordo.

Tanto as autoridades libanesas como o grupo xiita têm criticado as operações israelitas, também condenadas pelas Nações Unidas.

Além dos ataques, Israel continua a realizar voos de vigilância no espaço aéreo libanês.

O cessar-fogo foi alcançado após meses de combates após os ataques do grupo extremista palestiniano Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023, que desencadearam a ofensiva israelita em curso na Faixa de Gaza.

O Hezbollah, apoiado pelo Irão tal como o Hamas, atacou Israel a partir do sul do Líbano em solidariedade com as forças extremistas de Gaza.

O acordo de cessar-fogo estipulava que tanto Israel como o Hezbollah deveriam retirar os efetivos do sul do Líbano

O exército israelita manteve, no entanto, cinco postos no território do país vizinho.

A decisão tem sido criticada pelas autoridades de Beirute e pelo Hezbollah, que exigem o fim da presença militar israelita no país.

O Irão lidera o chamado "eixo de resistência" contra Israel que integra também os rebeldes hutis do Iémen, os palestinianos da Jihad Islâmica e vários grupos extremistas do Médio Oriente, além do Hamas e do Hezbollah.


API-Cabas Garandi fora das eleições legislativas... Eleições: STJ INDEFERIU PEDIDO DE INSCRIÇÃO DA COLIGAÇÃO API – CABAS GARANDI

Por Rádio Sol Mansi  26.09.2025

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu, esta quinta-feira, 25 de setembro, o pedido de inscrição da coligação política Aliança Patriótica Inclusiva – Cabas Garandi (API-CG), apresentada pelos partidos Movimento Guineense para o Desenvolvimento (MGD) e Frente Patriótica Nacional de Salvação Nacional (FREPASNA), para participar nas eleições gerais de 23 de novembro de 2025.

Na Deliberação n.º 21, o plenário do STJ fundamentou a decisão na impossibilidade objetiva de apreciação do requerimento dentro do prazo legal. O pedido foi entregue apenas a 23 de setembro, quando a lei exige que coligações eleitorais sejam formalizadas antes da apresentação das candidaturas, cujo prazo terminou nesta quinta-feira.

O Tribunal apontou ainda irregularidades no processo, nomeadamente a ausência da certidão do último congresso ordinário dos partidos signatários e a falta de indicação sobre o modo de distribuição dos mandatos no convénio político. Pela lei, essas falhas poderiam ser supridas no prazo de 72 horas, mas o período ultrapassaria a data limite fixada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Com esta decisão, a coligação API – Cabas Garandi fica fora da corrida eleitoral de novembro, restando aos partidos signatários a possibilidade de concorrerem individualmente.

PRIMEIRO-MINISTRO RECEBE DELEGAÇÃO DA CNAF-Caju

Por Abel Djassi Primeiro /Radio Voz Do Povo

O Primeiro-Ministro, Braima Camará, recebeu em audiência a delegação da Confederação Nacional dos Atores da Fileira do Caju (CNAF-Caju), organização que congrega todos os intervenientes do sector, incluindo a Associação Comercial, ANAG, ANIE, ANIE-GB, AMAE, ROPPA e TCA.

Na ocasião, a Confederação expôs ao Chefe do Governo que, desde finais de 2023 até à presente data, a atual Direção não recebeu quaisquer verbas do Apoio Institucional, apesar de estas estarem legalmente consignadas na estrutura do preço de exportação. A CNAF declarou desconhecer as razões da suspensão e informou que, apesar dos vários pedidos de esclarecimento junto das entidades competentes, não obteve resposta.

A última transferência de fundos ocorreu durante a presidência de Agnelo Regalla Lima Gomes (2022–2023). Desde outubro de 2024, a Confederação é dirigida por uma nova Direção, presidida por Alanso Fati, tendo como Vice-Presidente Malam Mané.

O Primeiro-Ministro, conhecedor do sector, ouviu as explicações da delegação e anunciou que convocará os Ministérios do Comércio, Finanças e Economia para averiguar as razões que levaram à suspensão das verbas, a fim de tomar uma decisão informada. Braima Camará garantiu ainda que a questão será levada ao conhecimento do Presidente da República, que já tinha sido contactado pela CNAF a respeito do mesmo assunto.

A suspensão dos fundos tem provocado graves constrangimentos na gestão da CNAF-Caju, resultando em salários em atraso há cerca de 20 meses, rendas não liquidadas e dívidas acumuladas junto de fornecedores e prestadores de serviços.

Recorde-se que o financiamento da CNAF-Caju decorre de um decreto-lei em vigor, e que qualquer dúvida quanto à sua gestão apenas poderia justificar uma auditoria ou inquérito administrativo, nunca a suspensão automática das transferências.

O Governo reconhece a CNAF-Caju como parceiro estratégico do Estado no domínio da produção, comercialização, transformação, exportação e promoção da castanha de caju e seus derivados, prestando igualmente assistência a diversos operadores do sector.


O Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, reuniu-se com o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, à margem da 80.ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque.

Durante a visita de cortesia, o Chefe de Estado assinou o livro de honra da Organização e participou numa reunião de trabalho onde foram abordados temas relevantes ligados à paz, à segurança internacional e à cooperação multilateral.

Este encontro insere-se nos contactos diplomáticos que o Presidente da República tem vindo a realizar no quadro da participação activa da Guiné-Bissau na maior cimeira política mundial.

Presidência da República da Guiné-Bissau

Interpol: Mais de 200 detidos por burlas e chantagem sexual em 14 países africanos... Uma operação da Interpol contra o cibercrime levou à detenção de 260 suspeitos de crimes relacionados com chantagens usando imagens íntimas ou sexualmente explicitas ('sextortion') nas redes sociais, em 14 países africanos, incluindo Angola e Guiné-Bissau.

© Lusa   por noticiasaominuto.com    26/09/2025

A investigação - Operação Contender 3.0 - resultou também na apreensão de 1.235 dispositivos eletrónicos, em países como Angola, Guiné-Bissau, Gana, Senegal e Costa do Marfim, anunciou a Interpol, em comunicado. 

"A operação centrou-se em redes criminosas transnacionais que exploram plataformas digitais, especialmente as redes sociais, para manipular as vítimas e enganá-las financeiramente", refere.

Mais concretamente, as investigações envolveram burlas românticas "em que os perpetradores estabelecem relações 'online' para extorquir dinheiro às vítimas" e extorsão sexual, em que "as vítimas são chantageadas com imagens ou vídeos explícitos".

As polícias dos países envolvidos identificaram endereços IP, infraestruturas digitais, domínios digitais e perfis de redes sociais de alegados membros de organizações fraudulentas.

No total, os investigadores --- que partilharam dados a nível transnacional com o apoio da Interpol e de empresas privadas como o Group-IB e a Trend Micro --- identificaram também quase mil vítimas, que sofreram um total de perdas financeiras estimadas em 2,8 milhões de dólares (cerca de 2,4 milhões de euros).

"As unidades de combate ao cibercrime em toda a África estão a reportar um aumento acentuado dos crimes digitais, como o 'sextortion' e as burlas românticas", alertou Cyril Gout, diretor executivo interino dos serviços policiais da Interpol, citado em comunicado.

O crescimento das plataformas online "abriu novas oportunidades para as redes criminosas explorarem as vítimas, causando perdas financeiras e danos psicológicos", acrescentou.

Segundo explica a Interpol na nota divulgada, no Gana, as autoridades detiveram 68 pessoas, apreenderam 835 dispositivos e identificaram 108 vítimas. As investigações revelaram perdas financeiras de 450.000 dólares (383 mil euros), com 70.000 dólares recuperados (59.630 euros).

Nas burlas românticas, os suspeitos usaram perfis falsos, identidades falsas e imagens roubadas para enganar as vítimas. Os burlões extorquiram pagamentos utilizando uma variedade de esquemas, incluindo taxas falsas de entrega e alfândega.

Nos casos de 'sextortion', gravaram secretamente vídeos íntimos durante conversas e usavam-nos para chantagear as vítimas.

Em Angola, as autoridades detiveram oito pessoas e identificaram 28 vítimas nacionais e internacionais, sobretudo nas redes sociais.

Neste caso, o criminosos usaram documentos fraudulentos para criar identidades falsas, facilitando transações financeiras e ocultando as suas verdadeiras identidades quando contactavam com as vítimas explica a Interpol.

No Senegal, a polícia deteve 22 suspeitos, descobrindo uma rede formada por pessoas que se faziam passar por celebridades e utilizaram a manipulação emocional nas redes sociais e nas plataformas de encontros para enganar 120 vítimas, burlas num valor total de 34 mil dólares (29 mil euros).

Um total de 65 dispositivos, documentos de identidade falsificados e registos de transferência de dinheiro foram apreendidos durante a operação.

A polícia da Costa do Marfim desmantelou, por seu lado, uma rede de cibercrime que criava perfis falsos 'online' para manipular pessoas vulneráveis e levá-las a partilhar imagens íntimas. Uma vez na posse de material comprometedor, os criminosos chantageavam as vítimas, exigindo pagamentos para evitar a exposição pública.

No total, foram detidos na Costa do Marfim 24 suspeitos, apreendidos 29 dispositivos e identificadas 809 vítimas.

Participaram na operação as autoridades de países como Angola, Guiné-Bissau, Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Quénia, Nigéria, Ruanda, Senegal, África do Sul, Uganda e Zâmbia.


Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, regressa ao país, após ter participado na 80.ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova Iorque.


Fumar alivia o stress? É sempre tarde para deixar? Médica desfaz 7 mitos... Esta sexta-feira, assinala-se o Dia Europeu do Ex-Fumador. O Lifestyle ao Minuto falou com a médica Ana Raquel Marques, responsável pela consulta intensiva de cessação tabágica do Agrupamento Centros de Saúde de Matosinhos, para perceber melhor alguns dos mitos associados a este vício.

Por  noticiasaominuto.com   26/09/2025

A nicotina é o que existe de mais perigoso nos cigarros? Será que aliviam mesmo o stress e é sempre tarde para deixar de fumar? Neste Dia Europeu do Ex-Fumador, que se assinala esta sexta-feira, o Lifestyle ao Minuto procurou ter resposta a estes e outros mitos associados ao tabaco junto da médica Ana Raquel Marques.

É responsável pela consulta intensiva de cessação tabágica no ACES (Agrupamento Centros de Saúde de Matosinhos) da Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Além de desfazer alguns dos mitos, fez ainda um retrato geral dos fumadores portugueses e das mudanças de consumo que se têm verificado.

"Segundo dados de 2019, cerca de 17% da população portuguesa é fumadora. Em 2019, o tabaco foi responsável por cerca de 13.800 mortes no país, 12 % de todas as mortes na população com idade igual ou superior a 35 anos", explica a médica.

Além dos cigarros tradicionais, tem vindo a aumentar o consumo de formas alternativas, como os cigarros eletrónicos, que também levam a vários problemas. "Nota-se um consumo crescente de cigarros eletrónicos para cerca de 5 % da população, que refere o seu uso nos últimos 30 dias. O tabaco aquecido passou de quase inexistente em 2019 para 5% de utilizadores atuais em 2025."

Nos últimos anos, tem-se registado um aumento de fumadores em território nacional. "Segundo os últimos dados europeus 2022-2023, a prevalência de fumadores em Portugal aumentou para 21%."

Conheça alguns dos principais mitos, e as devidas verdades, sobre o consumo de tabaco esclarecidos pela médica Ana Raquel Marques.

© Agrupamento Centros de Saúde de Matosinhos A médica Ana Raquel Marques é responsável pela consulta intensiva de cessação tabágica do Agrupamento Centros de Saúde de Matosinhos

Mito 1: A nicotina é o principal ingrediente tóxico dos cigarros

A verdade: A nicotina é a substância que causa a dependência pelo cigarro. Após a combustão, o cigarro convencional gera cerca de 7500 substâncias e destas aproximadamente 69 são cancerígenos conhecidos. Falamos em metais pesados, nitrosaminas entre outros tóxicos que existem quer no tabaco convencional quer nos novos produtos do tabaco. 

Mito 2: Fumar ajuda a aliviar o stress

A verdade: Fumar alivia o stress gerado pela abstinência do tabaco. A nicotina é um excitante e não um calmante. Por isso, não, a nicotina não alivia o stress em geral. 

Mito 3 Fumar apenas alguns cigarros é inofensivo

A verdade: Basta fumar menos de cinco cigarros por dia para ter maior risco cardiovascular e maior risco de ter cancro do pulmão, quer em homens quer em mulheres. Só é inofensivo não fumar. 

Mito 4: É sempre tarde demais para deixar de fumar. O mal já está feito

A verdade: Os benefícios em deixar de fumar existem sempre, em qualquer altura e em qualquer idade. Serão cada vez maiores quanto mais cedo deixar de fumar. Por exemplo, a função pulmonar reduz com a idade. Em doentes fumadores essa perda é mais acentuada. Mesmo deixando de fumar aos 60 ou aos 70 anos, há sempre uma desaceleração dessa perda de função e ganho de qualidade de vida. 

Mito 5: O cancro do pulmão é a única doença associada ao tabaco

A verdade: Existem múltiplos cancros associados ao tabaco e ainda outras doenças como doenças cardiovasculares (enfarte do coração, acidente vascular cerebral) e doenças respiratórias (asma, DPOC), tal como diabetes. 

Mito 6: O fumo passivo não é assim tão mau

A verdade: É sim. Nas últimas décadas tem sido muito estudada a exposição passiva ao fumo do tabaco. Existem múltiplas doenças associadas à exposição passiva como doenças cardiovasculares, respiratórias e cancros. A associação com doenças nas crianças como rinites, infeções respiratórias como bronquiolite, otites, asma, existe e está bem documentada. 

Mito 7: Os cigarros de enrolar são mais seguros

A verdade: Os cigarros de enrolar não são mais seguros e são menos controlados do que os cigarros convencionais. São produtos com tabaco e que sofrem combustão como o cigarro convencional. Podem adicionar quantidades variadas de tabaco, usar filtro ou não, características de papel diferente, e todas essas variações alteram o ato de fumar e os compostos que se geram e são inalados.