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Crise Política: PERSISTEM AS DISPUTAS SOBRE LIDERANÇA DO MADEM-G15. BRAIMA CAMARÁ AGENDOU PARA SETEMBRO CONGRESSO EXTRAORDINÁRIO DO PARTIDO
O Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15) sob a liderança do Braima Camará, agendou para os próximos dias 7 e 8 do próximo mês de setembro o seu primeiro congresso extraordinário.
A data consta numa resolução da reunião da comissão política nacional realizada nesta quinta-feira, cinco dias depois da eleição de Adja Satu Camará como nova coordenadora do partido em um congresso extraordinário não reconhecido pela direção eleita e liderada por Braima Camará.
Na reunião desta quinta-feira (22 de agosto de 2024) que reuniu membros da comissão política nacional, o coordenador do MADEM-G15, Braima Camará, considerou que a Guiné-Bissau tem vivido numa situação de inobservância das leis democráticas.
O líder do Movimento para Alternância Democrática reagiu igualmente o afastamento de seus militantes e dirigentes que continuam a acreditar na sua liderança do partido no governo da iniciativa presidencial. Camará afirma que a convicção política de uma pessoa não deve imiscuir na sua disponibilidade de servir a nação.
“Estamos numa situação à típica onde as leis e a democracia não são observadas e a constituição da república continua a ser violada”, afirmou o político considerando a convicção política de uma pessoa não deve imiscuir na sua disponibilidade de servir a nação.
“A nossa convicção política não deve imiscuir-se no nosso sentido ou a nossa disponibilidade de servir a nossa pátria na administração pública”, defendeu.
Alguns militantes e dirigentes do Movimento para Alternância Democrática foram exonerados do governo, horas depois de terem participado na reunião do conselho nacional, contrariando o congresso extraordinário convocado pela ala que contesta a liderança do Braima Camará.
Durante a abertura da reunião da comissão política reunida na sede nacional do partido, Braima Camará, alertou todos os seus militantes para estarem preparados para uma eventual decisão judicial sobre o congresso que elegeu a Adja Satu Camará.
“Devemos preparados e continuamos a acreditar e dar o benefício de dúvidas a justiça porque ninguém na Guiné-Bissau acredita na nossa justiça”, alertou o Braima, afirmando que em nenhum momento Satu Camará pode convocar um orgão do partido.
Braima Camará alerta ainda que neste momento na Guiné-Bissau impera a lei de “selva” não da justiça, acusando ainda o chefe de estado de querer impor nas lideranças políticas.
“O país não está bem, é sério, o país não está bem”, concluiu.
O coordenador Nacional da segunda maior força na dissolvida assembleia nacional popular Braima Camará, disse que em nenhum momento Adja Satu Camará pode convocar um órgão do partido na sua presença. Bá Quecuto, como é conhecido entre amigos, afirma que o estatuto do partido só reserva as competências ao coordenador nacional de marcar ou convocar qualquer órgão dentro do partido.