segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Astrónomos revelam "buraco negro com crescimento mais rápido até à data"

© Lusa

POR LUSA    19/02/24 

Astrónomos descobriram o quasar mais brilhante, que dista da Terra mais de 12 mil milhões de anos-luz, anunciou hoje o Observatório Europeu do Sul (OES), que opera o telescópio que permitiu a descoberta. O buraco negro do quasar 'J0529-4351' está a crescer em massa o equivalente a um Sol por dia.

Os quasares são núcleos brilhantes de galáxias distantes, formados por buracos negros (corpos densos e escuros inferidos pela atração gravitacional que exercem sobre a matéria) com massas colossais.

O buraco negro do quasar 'J0529-4351' está a crescer em massa o equivalente a um Sol por dia, "o que faz dele o buraco negro com o crescimento mais rápido descoberto até à data", adianta em comunicado o OES, que opera o telescópio VLT, no Chile, na origem da descoberta, divulgada na revista da especialidade Nature Astronomy.

Seundo o OES, "os buracos negros que alimentam os quasares retiram matéria do meio que os rodeia por um processo tão energético que faz com que o objeto emita enormes quantidades de luz".

"É por isso que os quasares são dos objetos mais brilhantes do céu, sendo que mesmo os mais distantes são visíveis a partir da Terra", salienta o comunicado.

No caso do quasar 'J0529-4351', a sua luz demorou mais de 12 mil milhões de anos a chegar até à Terra.

O OES, organização astronómica da qual Portugal faz parte, acrescenta que a matéria que está a ser puxada em direção ao buraco negro, sob a forma de um disco, emite tanta energia que faz com que o quasar 'J0529-4351' seja mais de 500 mil milhões de vezes mais luminoso do que o Sol.



Leia Também: Luz intensa e rasto de fumo. Meteorito explode nos céus de Portugal

Fumar tem efeitos a longo prazo no sistema imunitário, diz estudo... Aliás, segundo uma investigação, os efeitos negativos persistem mesmo em ex-fumadores.

© Shutterstock

Notícias ao Minuto    19/02/24 

Existem (ainda) mais razões para largar os cigarros. Recentemente, um estudo do Instituto Pasteur, em Paris, França, sugeriu que os efeitos do tabaco no sistema imunitário são muito significativos e podem prolongar-se ao longo de anos. Ou seja, o tabagismo diminui ao longo de anos a capacidade do organismo para combater as infeções, aumentando o risco de doenças crónicas que envolvem inflamação, como artrite reumatoide e lúpus.

Para o estudo, os investigadores analisaram ao longo do tempo amostras de sangue de um grupo de mil pessoas saudáveis com idades compreendidas entre os 20 e os 69 anos. Foram divididos em dois grupos de acordo com o sexo de cada um.

Porquê? Tinham como objetivo analisar o impacto de 136 variáveis, "incluindo o estilo de vida, questões socioeconómicas e hábitos alimentares", na resposta imunitária. Por isso, expuseram "as amostras de sangue a germes comuns, como a bactéria E. coli e o vírus da gripe, e mediram a resposta imunitária", explicam.

Graças a isto, concluíram que o tabagismo, o índice de massa corporal e uma infeção causada pelo vírus do herpes tiveram o maior impacto no sistema imunitário, mas também que "o tabagismo criava a maior alteração" e, na realidade, conseguiu ter (quase) o mesmo impacto na resposta imunitária como a idade ou o sexo.

Segundo o estudo, este hábito parece ter "efeitos epigenéticos a longo prazo nas duas principais formas de proteção do sistema imunitário: a resposta inata e a resposta adaptativa". Explica ainda que "o efeito sobre a resposta inata desaparece rapidamente quando se deixa de fumar, mas o efeito sobre a resposta adaptativa persiste mesmo depois".

Quando os fumadores que participaram no estudo deixaram de fumar, "a sua resposta imunitária melhorou a um nível, mas não recuperou completamente durante anos", explica Darragh Duffy, um dos autores do estudo, citado na CNN internacional. Felizmente, algum tempo mais tarde começa a recuperar lentamente, acrescenta. 

Para além de tudo disto, o estudo concluiu que "quanto mais uma pessoa fumava, mais alterava a sua resposta imunitária". 


Leia Também: Cuidado! Fumar pode causar danos irreversíveis no cérebro


Leia Também: "O que acontece quando deixa de fumar"? SNS explica (eis os benefícios)

Mais de 40 estrangeiros de nacionalidade cameronesa se encontram detidos na policia da segunda esquadra com documentos da Guiné-Bissau. O ministro do interior e o secretario de estado da ordem publica visitam os detidos.


 Radio Voz Do Povo 


Veja Também:


Ministério do interior e da Ordem Pública em Conferência de imprensa 

Lula é 'persona non grata' em Israel após comentários sobre a guerra... O presidente brasileiro disse, este domingo, que o que se passa na Faixa de Gaza é genocídio.

© EVARISTO SA/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto    19/02/24 

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel disse, esta segunda-feira, que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, não era bem-vindo em Israel, até que retire os seus comentários onde compara a guerra contra o Hamas em Gaza ao Holocausto.

"Não esqueceremos nem perdoaremos. É um sério ataque antissemita. Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel - diga ao presidente Lula que ele é 'persona non grata em Israel' até que retire as suas palavras", disse o ministro Israel Katz.

Segundo a Reuters, Israel acusou Lula de banalizar o Holocausto e de ofender o povo judeu. Katz convocou o embaixador brasileiro para uma reprimenda pelos comentários.

"O que está a acontecer na Faixa de Gaza não é uma guerra, é genocídio"

O Presidente brasileiro comparou hoje, em Adis Abeba, na cimeira da União Africana (UA), as operações militares israelitas com o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler no século XX, acusando Israel de genocídio.

Note-se que o presidente brasileiro disse, no domingo, que o que se passa na Faixa de Gaza é genocídio, comparando-o às atrocidades cometidas por Adolf Hitler contra os judeus. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, respondeu que tais declarações ultrapassam uma linha vermelha.


Hoje, 19 de fevereiro de 2024, uma delegação do Partido da Renovação Social (PRS) chefiado por seu Vice-presidente Mário Siano Fambé efectuaram uma visita à residência do Coordenador Nacional do Madem-G15, Braima Camará.


 


Movimento para Alternância Democrática - MADEM G15 / David Dauda Mané 

Amadu Djulde, Candidato a Deputado, Reafirma Apoio e Apela à Reconciliação no MADEM-G15 em Conferência de Imprensa

Por Tvbetegb -fevereiro 19, 2024 

Alto dirigente do partido destaca importância da união e do compromisso com o bem-estar nacional, enquanto reitera suporte a Braima Camara e convoca líderes religiosos para intervir na situação política. 
 

Nesta manhã, às 11h00, o alto dirigente do partido MADEM-G15, Amadu Djulde Baldé, conduziu uma série de conferências de imprensa com o objetivo de fortalecer os laços dentro do partido e apelar à reconciliação entre seus membros. Em destaque, Amadu Djulde, também candidato a deputado pelo Círculo Eleitoral 15, na região de Pitche Boé, reiterou seu apoio inabalável a Braima Camara e convocou a união em prol do povo da Guiné-Bissau. 

Amadu Djulde fez um apelo emocionado à direção do partido, instando-os a unirem-se em prol do bem-estar do país. Ele enfatizou a importância de permanecerem unidos e alertou contra a fragmentação interna, advertindo que qualquer divisão só serviria para enfraquecer o partido. De forma enfática, reiterou sua lealdade ao coordenador do MADEM-G15, afirmando que nenhum obstáculo o faria mudar de posição ou abandonar o partido, destacando sua estabilidade mental diante das adversidades. Além disso, Amadu Djulde fez um apelo aos líderes religiosos, especialmente aos Imames Murrus, para intervirem na situação política do partido. Ele expressou sua esperança de que Braima Camara possa ser nomeado primeiro-ministro e que o presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló, possa ser reeleito para um segundo mandato.

Amadu enfatizou sua crença no papel vital da política para o progresso da nação e reafirmou seu compromisso como candidato a deputado nacional. Essas declarações destacam a urgência de uma coesão interna no MADEM-G15 e refletem o desejo de seus membros de garantir a estabilidade política e o desenvolvimento contínuo da Guiné-Bissau. 

O PAPEL DAS LIDERANÇAS E CÚPULAS NAS ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS NA GUINÉ-BISSAU

POR. Ariceni Abdulai Jibrilo Baldé  19/02/24

O PAPEL DAS LIDERANÇAS E CÚPULAS NAS ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS NA GUINÉ-BISSAU

Em todas as formas de organização que envolvem pessoas existem disputas de interesses de grupos e entre grupos constituídos por indivíduos com interesses próprios e adversos. Todos se interagem, e por vezes colidem, com os interesses coletivos e organizacionais. 

A gestão destas "contradições" dinâmicas, e geradoras de fatores de progresso ou retrocesso, cabe aos líderes e às cúpulas de que se rodeiam, cujo conjunto quando age fatual e prospectivamente acertado, pode galvanizar as maiorias para uma evolução satisfatória e de progresso com reflexos positivos nas organizações e na resolução dos problemas para o atendimento das necessidades das populações ou dos coletivos que "assumem" liderar ou representar. Mas, quando não produz o feito desejado e tão esperado pelos que os escolheram, por via democrática, obviamente, todos os elementos constitutivos das "contradições", em constantes dinâmicas, gerarão convulsões de toda a ordem e em todos os níveis.

Situando estas nossas ideias na Guiné-Bissau, e nas organizações políticas que têm vindo a disputar o poder de governar os interesses dos povos deste país, restringidas a este período pós-Guerra Civil de 1998 a 1999, período do exponencial crescimento do "comércio político", podemos verificar uma reiterada tendência de fracasso de todas as lideranças e suas cúpulas. As organizações políticas que têm recebido alguma confiança dos eleitores, no período que referenciamos, elegendo Presidentes da República e/ou auferindo de assentos na Assembleia Nacional Popular com a motivação de estes beneficiados poderem ser "presidentes" ou "deputados" dos povos, falharam e frustraram os eleitores e complicaram/pioraram a vida dos povos da "nação" de "deputados" que se pretendia que dela devessem ser. Em reação aos fatos e fenômenos, quando os veem provocando mutações no esquema obscuro de simulacro propositado de direção coletiva que instalam nos órgãos e nas estruturas destas (des)... organizações, os "líderes", suas "cúpulas" e seus eleitos, criam e vendem soluções artificiais, com estratagemas de reconciliação, unidade, coesão interna, para não dar chances aos adversários/inimigos políticos (na verdade inimigos mesmo pelos interesses pessoais ou de grupos), com esta retórica calar e manter "mobilizado" o eleitorado para as causas dos "líderes", suas "cúpulas" e seus eleitos, internamente, também, enfermos de antagonismos. Nesta azáfama, violam os estatutos e as regras internas das suas (des)... organizações, e todas as leis da República da Guiné-Bissau. Legislações, normas e regras que só são lembradas nos discursos e bem-vindas nos momentos em que invoca-las favorece aos interesses dos "líderes", suas "cúpulas" e seus eleitos, e os demais próximos que lhes servem ou interessam. Depois, se houver alguma voz descordante ou mais atenta, surgem, logo, os bem falantes defensores e os vilões para esmagar os indesejados.

Entretanto, seria bom (até porque mais ainda para essas lideranças, suas cúpulas e seus eleitos), que compreendêssemos que ser líder e/ou fazer parte de uma cúpula de direção de alguma organização (nesta análise as organizações políticas), significa viver num invólucro, num mar turvo, de jogos de interesses concretos, não abstratos, em que cada uma das partes zela pelos seus. Se a esta compreensão chegarmos, é importante notar que o muro de blindagem dos líderes e suas cúpulas dentro dos invólucros, dos mares turvos, são as leis da República, os estatutos e as regras das suas organizações que servem para protegê-los das investidas e dos ataques dos atores dos diferentes e distintos interesses em jogo. Assim, cumprir os estatutos, as decisões dos órgãos estatutários, as leis da República da Guiné-Bissau, é o único caminho que têm, a vossa tábua de salvação, para quebrar com o círculo vicioso de fracassos das lideranças e suas cúpulas na gestão das suas organizações e do poder que alcançam na sofrida República da Guiné-Bissau.

POR: Ariceni Abdulai Jibrilo Baldé

(DJIBRIL BALDÉ)

Feito em Bissau, aos dias 17 de fevereiro de 2024.

DEDICADO AOS PROFESSORES DA GUINÉ-BISSAU SEMPRE INCOMPREENDIDOS.

GLÓRIA ETERNA AO PROFESSOR AREOLINO LOPES DA CRUZ.

VIVA A GUINÉ-BISSAU.

Mãe de Navalny impedida de entrar na morgue e ver o corpo do filho

© Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images

POR LUSA   19/02/24 

As autoridades russas negaram, pelo terceiro dia, o acesso da família ao corpo de Alexei Navalny, principal opositor do regime russo, que morreu na sexta-feira numa prisão do Ártico.

"A mãe de Alexei e os seus advogados chegaram à morgue esta manhã. Não foram autorizados a entrar. Um dos advogados foi literalmente empurrado para fora. Quando perguntaram à equipa se o 'corpo de Alexei estava lá, ele não respondeu', disse a porta-voz de Navalny, Kira Iarmich, nas redes sociais.

O opositor russo e adversário número um do Presidente Vladimir Putin morreu sexta-feira aos 47 anos na prisão do Ártico, na região de Yamal, onde cumpria uma pena de 19 anos.

A sua mãe, Lyoudmila Navalnaïa, foi para esta remota colónia penal no sábado, com um advogado.

A família e outras pessoas próximas de Alexei Navalny acusaram as autoridades russas de tentarem "apagar o rasto" dos "assassinos" ao recusarem entregar o corpo do opositor russo.

A notícia da morte repercutiu-se em todo o mundo e, ainda na sexta-feira e no fim de semana centenas de pessoas em dezenas de cidades russas acorreram com flores e velas a memoriais e monumentos improvisados em homenagem às vítimas da repressão política. Muitas dessas pessoas foram detidas.

O serviço penitenciário federal da Rússia indicou que Navalny sentiu-se mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.

Navalny estava preso desde janeiro de 2021, quando regressou a Moscovo após ter recuperado na Alemanha do envenenamento por um agente nervoso, que atribuiu ao Kremlin.

Recebeu três penas de prisão desde a sua detenção, por uma série de acusações que rejeitou, considerando que na realidade tinham motivações políticas.

Após o último veredicto, que lhe aplicou uma pena de 19 anos, Navalny disse que compreendia que estava "a cumprir uma pena de prisão perpétua", que se media pela duração da sua vida ou pela duração da vida do regime.

Vladimir Putin não fez comentários sobre a morte de Alexeï Navalny, que ocorre um mês antes das eleições presidenciais, que deverão levar o presidente russo a permanecer no poder por um novo mandato de seis anos.



Leia Também: Centenas de pessoas homenageiam Alexei Navalny em Berlim. As imagens

Umaro Djau. DE QUE LADO ESTOU?...

Por Umaro Djau

Esta tem sido a pergunta mais comum para os actuais militantes e dirigentes do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15). 

Para mim, a resposta é bastante simples. Estou com todos os órgãos e todos os dirigentes eleitos (ou indigitados) durante ou após o II Congresso do partido realizado entre o final de Setembro e o princípio de Outubro de 2022.

Para um período de quatro anos (até 2026), escolhemos -- entusiasta, livre e democraticamente -- a pessoa que vai guiar o nosso destino político-partidário. 

Portanto, o piloto deste barco tem um rosto, um nome e um título singular: Camarada BRAIMA CAMARÁ, Coordenador Nacional do MADEM G-15. 

Com o devido respeito e consideração para com todos os dois mil delegados que se juntaram no Ilhéu Gardete, estou com o partido e a sua presente liderança que merecera a nossa quase unânime confiança.

De resto, faço votos que continuemos a "Consolidar o Partido, Promover a Unidade Nacional e Desenvolver a Guiné-Bissau" -- com a ajuda de Deus/Allah, todo-o-poderoso.

--Umaro Djau 

MADEM G-15  (militante desde Junho de 2022)

19 de Fevereiro de 2024

domingo, 18 de fevereiro de 2024

 10.24pm

Deputado Secuna Baldé CE-18 de Madem-15, está em Mafanco_ Sonaco



África pede aos EUA para prologarem programa de luta contra a SIDA

© Lusa

POR LUSA    18/02/24 

Os chefes de Estado africanos vão pedir aos EUA para renovarem o programa de combate à propagação do VIH-SIDA, anunciou hoje na Etiópia o chefe do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC) da União Africana (UA).

Lançado em 2003 pelo ex-Presidente dos EUA George W. Bush, o Plano de Emergência contra a SIDA é um dos principais programas mundiais para a luta contra a SIDA.

O programa beneficiou até recentemente de amplo apoio do Congresso norte-americano, mas recentemente os congressistas decidiram não o renovar, devido a controvérsias internas sobre questões relacionadas com o aborto.

Hoje, o diretor do África CDC, Jean Kaseya, anunciou que os chefes de estado africanos "vão enviar uma mensagem clara exigindo a reautorização do Programa", numa declaração feita à margem da cimeira da UA que se iniciou no sábado e termina hoje, em Adis Abeba.

"Temos de agir rapidamente. As estatísticas mostram que os jovens são afetados todos os dias. (...) Perder a nossa juventude significa matar a nossa economia e travar o nosso desenvolvimento", acresccentou Kaseya.

O programa norte-americano fornece anualmente 1,5 mil milhões de euros para combater a SIDA em África, de acordo com Kaseya.

Os especialistas acreditam que o enorme progresso alcançado no continente, com muitas vidas salvas, graças ao programa de luta contra a SIDA ficará em risco, se o programa for suspenso.

Segundo a ONU, apenas 10% das necessidades de financiamento para a luta contra a SIDA até 2025 foram satisfeitas.

Em 2022, 39 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com VIH, segundo a agência das Nações Unidas ONUSIDA, incluindo cerca de 20,8 milhões na África Oriental e Austral.


Leia Também: Os apoiantes de Bassirou Diomaye Faye, candidato da oposição as eleições presidenciais adiadas no Senegal, exigiram hoje a sua "libertação sem demora" em nome da "igualdade de tratamento", segundo comunicado enviado à AFP.

Divergência interna: COMISSÃO NACIONAL PROPÕE ABRIL E MAIO PARA A REALIZAÇÃO DO CONGRESSO DO PRS

Por: Tiago Seide O DEMOCRATA  18/02/2024  

O Partido da Renovação Social (PRS) poderá realizar o seu congresso extraordinário entre Abril e Maio de 2024, na sequência da morte do presidente dos renovadores, Alberto N’bunhe Nambeia. 

“A convocação urgente do Conselho Nacional (CN) do partido, conforme os estatutos do PRS, para um debate alargado sobre a vida do partido, capaz de reconciliar e acalmar os ânimos e a tomada da decisão da realização do congresso extraordinário do partido, entre Abril e Maio de 2024”, constam da resolução final da Comissão Negocial promovida pela Juventude da Renovação Social entre a Direção Superior e o grupo de Altos Dirigentes do PRS, estes inconformados, com a data de 17 de fevereiro.

Admitiram que, no decurso dos trabalhos do congresso extraordinário depois de resolvida a questão essencial, os delegados possam deliberar a favor da transformação do congresso extraordinário em ordinário, atendendo às várias vicissitudes na arena política nacional. 

No documento, as partes concordam na criação de um espaço de acompanhamento, concertação e coordenação que promova o diálogo e a reconciliação do partido, a ser formado pelos anciãos e personalidades consensuais do partido. 

Durante a vigência dessa resolução final, as partes comprometem-se em respeitar os princípios de não agressão verbal e de todas as formas de ataques e violência contra a honra, bom nome e a imagem do militante, responsável e dirigente, de não manifestação pública dos problemas por via das rádios, redes sociais e comícios populares, e do diálogo para a resolução de todas contendas, através do espaço de acompanhamento, concertação e coordenação. 

Entretanto, o secretariado nacional de Comunicação, Informação, Imagem, Marketing e Relações Públicas do PRS nega que tenha havido um entendimento entre a Direção do partido e o grupo de dirigentes que contesta a liderança do Presidente Interino, Fernando Dias da Costa, tendo prometido controlar tudo quanto passa nas redes sociais sobre o PRS, “em observância aos procedimentos exigidos do partido”.

“Informe-se que todos os documentos publicados de maneira similar a este, ou seja, sem o conhecimento da Direção do partido, são por todos os termos, da inteira responsabilidade de quem os fizer” avisou.

Ainda da direção do partido, o presidente Interino, Fernando Dias da Costa, exonerou do cargo do Presidente da Juventude da Renovação Social, Uffé Vieira Gomes da Silva, justificando que há necessidade de redimensionar as estruturas do partido, tornando-as mais eficazes e adequadas aos objetivos e estratégias políticas pretendidos para um futuro promissor e considerando a conjuntura política atual.

O líder dos Renovadores nomeou Franco Ialá para substituir o antigo líder da Juventude da Renovação Social, que foi nomeado para substituir Vladimir Djomel, no dia 27 de setembro de 2023.

ISRAEL: Netanyahu. Lula cruzou "linha vermelha" após comparações com Holocausto

© Reuters

POR LUSA   18/02/24 

O primeiro-ministro israelita considerou hoje que "comparar Israel ao Holocausto nazi e a Hitler é cruzar uma linha vermelha", após o Presidente brasileiro ter comparado as ações de Israel em Gaza com o extermínio de judeus no século XX.

"Israel luta pela sua defesa e para garantir o seu futuro até à vitória, e fá-lo respeitando o direito internacional", afirmou Benjamin Netanyahu, citado em comunicado.

O governante descreveu as palavras de Lula da Silva como "vergonhosas e sérias" e argumentou que procuram "banalizar o Holocausto" e "o direito de Israel de se defender".

O chefe de Estado do Brasil comparou hoje, em Adis Abeba, na cimeira da União Africana (UA), as operações militares israelitas com o Holocausto, acusando Israel de genocídio.

"O que está a acontecer na Faixa de Gaza não é uma guerra, é um genocídio. O que está a acontecer na Faixa de Gaza com o povo palestiniano (...) já aconteceu quando Hitler decidiu matar os judeus", afirmou Lula da Silva.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, também convocou hoje o embaixador do Brasil no país, Frederico Meyer, para uma reunião na segunda-feira.

"Os comentários do Presidente brasileiro são vergonhosos e graves", escreveu na rede social X (antigo Twitter) Israel Katz.

Por seu turno, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, criticou Lula da Silva, na rede social X, por apoiar "uma organização terrorista -- o Hamas, e, ao fazê-lo, envergonhar o seu povo".

As duas maiores entidades israelitas no Brasil juntaram-se à condenação de Lula pelo Governo de Benjamin Netanyahu, considerando "extrema e desequilibrada" a posição expressa pelo Presidente brasileiro.

"O Governo brasileiro está a adotar uma posição extrema e desequilibrada em relação ao trágico conflito no Médio Oriente, abandonando a tradição de equilíbrio e procura de diálogo na política externa", afirmou a Confederação Israelita do Brasil, em comunicado emitido hoje.

A Federação Israelita do Estado de São Paulo, que reúne a maior parte da comunidade judaica no Brasil, também emitiu uma declaração, na qual afirma que "comparar a defesa legítima do Estado de Israel contra um grupo terrorista [...] com a indústria da morte de Hitler é de uma maldade infinita".

A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas, em 07 de outubro, contra o sul de Israel, que causou a morte a mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da agência France-Presse (AFP), a partir de dados oficiais israelitas.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que fez 28.775 mortos, na grande maioria civis, segundo o mais recente balanço, divulgado na sexta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas.


Coreia do Sul e NASA investigam causa da contaminação do ar na Ásia

© Ezra Acayan/Getty Images

POR LUSA   18/02/24 

A Coreia do Sul e a agência aeroespacial norte-americana NASA vão investigar a causa da poluição atmosférica em toda a Ásia, para desenvolver medidas para melhorar a qualidade do ar.

A missão da ASIA-AQ, uma investigação conjunta do Instituto de Investigação Ambiental (NIER) da Coreia do Sul e da NASA, vai usar aviões, satélites e locais em diferentes partes do continente, tendo já realizado quatro voos nas Filipinas e em Taiwan nas últimas semanas, noticiou a agência sul-coreana Yonhap.

"Esta campanha visa encontrar as causas da deterioração da qualidade do ar na península coreana durante o inverno", disse o diretor-geral do departamento de investigação do clima e da qualidade do ar do NIER, Yoo Myung-soo, numa conferência de imprensa na base aérea de Osan, em Pyeongtaek.

"Os resultados da investigação conjunta serão também utilizados para melhorar a eficácia e a fiabilidade das políticas do país em matéria de ambiente atmosférico", acrescentou.

A investigação conjunta, provisoriamente agendada para decorrer entre 19 e 26 deste mês, surge oito anos depois de a Coreia do Sul ter liderado a campanha KORUS-AQ com a NASA em 2016, que concluiu que 52% das partículas ultrafinas examinadas em Seul foram recolhidas na Coreia do Sul e 48% das partículas vieram do estrangeiro, incluindo 34% da China.

As principais diferenças entre a KORUS-AQ e a nova iniciativa são a época do ano da investigação, que passou da primavera para o inverno, e a mobilização do recém-lançado satélite GEMS, disse Barry Lefer, da NASA.

Em 2020, a Coreia do Sul lançou o primeiro satélite ambiental geoestacionário do mundo, ou GEMS, para rastrear os poluentes atmosféricos em toda a Ásia, a 36 mil quilómetros acima do solo.

A equipa de investigação vai usar também medições detalhadas no solo de 11 locais de investigação da qualidade do ar, incluindo Seul e as ilhas de Baengnyeong e Jeju, e recolher amostras aéreas da baixa atmosfera com um avião DC-8 da NASA, aparelho que voa a 609 metros de altitude.

"Isto significa que, a partir da Terra, podemos medir o que se respira, mas, a partir do espaço, podemos medir a acumulação de poluentes totais", afirmou Jim Crawford, da NASA, que lidera o projeto ASIA-AQ.

A campanha destina-se também a verificar as medições GEMS, que registam a qualidade da atmosfera a partir do espaço e monitoriza a qualidade do ar na Ásia oito vezes por dia, uma vez que os dados requerem verificação por comparação com observações terrestres.

"Vai levar tempo a calibrar os dados em bruto e a transformá-los em dados úteis para a ciência", disse Crawford, acrescentando que a interpretação e as conclusões dos dados serão abertas ao público no ano seguinte.


Veja Também: 

Astronauta mostra como é ver uma tempestade a partir do Espaço...   

Não é a primeira vez que Marcus Wandt partilha imagens impressionantes captadas a partir da Estação Espacial Internacional.


“Desde que tomou posse em 2000, Putin tem vindo a afastar todos aqueles que são os seus opositores políticos”

Helena Ferro Gouveia diz que “se dúvidas houvesse quanto à responsabilidade da morte” de Alexei Navalny, as circunstâncias em torno do óbito parecem dissipá-las. “Todas estas circunstâncias são estranhas, a data da morte, o comunicado emitido dois minutos depois, o facto de o corpo não estar em lado nenhum… tudo isto aponta na mesma direção, uma direção que não nos surpreende”, diz, referindo-se à alegada responsabilidade russa na morte do opositor de Putin.


GUERRA NA UCRÂNIA: Ucrânia? "É o nosso destino. Uma questão de vida ou morte", diz Putin

© VYACHESLAV PROKOFYEV/POOL/AFP via Getty Images

POR LUSA   18/02/24 

O Presidente russo garantiu que "o que está a acontecer" na Ucrânia é uma "questão de vida ou morte" para a Rússia, enquanto para o Ocidente é apenas para "melhorar a posição tática".

"Para o Ocidente, é uma melhoria na sua posição tática. Mas para nós, é o nosso destino, é uma questão de vida ou morte", afirmou Vladimir Putin num excerto de uma entrevista ao jornalista Pavel Zaroubine hoje publicado nas redes sociais.

O Presidente russo considerou importante que tanto os russos como os estrangeiros compreendessem o "quão sensível e importante" é para o país o "que está a acontecer na Ucrânia".

Putin falou também da sua recente entrevista com o apresentador americano Tucker Carlson, popular entre os conservadores.

Naquela entrevista, a primeira concedida por Vladimir Putin a um meio de comunicação ocidental desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, Putin falou durante mais de duas horas aos americanos e europeus e assegurou que uma derrota da Rússia na Ucrânia é "impossível", ao mesmo tempo que afirmou estar pronto para dialogar com o Ocidente.


Veja Também: “Desde que tomou posse em 2000, Putin tem vindo a afastar todos aqueles que são os seus opositores políticos”

Japão celebra pela última vez festival milenar no norte do país... Um festival milenar japonês, em que homens quase nus lutam por um saco de cânhamo cheio de amuletos, realizou-se pela última vez, em Oshu, no norte do país, foi hoje noticiado.

© Getty Images

POR LUSA   18/02/24 

O templo isolado de Kokusekiji, numa floresta de cedros na região de Iwate, recebeu no sábado à noite, pela última vez, este ritual anual popular, com mais de mil anos, de acordo com a lenda, disse o jornal japonês Asahi Shimbun.

A organização do evento, que atraía todos os anos centenas de participantes e milhares de turistas, tornou-se demasiado pesada para os monges e os fiéis, cada vez mais envelhecidos, de Oshu.

"É extremamente difícil organizar um festival desta dimensão", explicou o monge Daigo Fujinami, em frente do templo inaugurado em 729, indicando a falta de participação de jovens.

Considerado um dos mais estranhos do Japão, o festival "Sominsai" é a última vítima da crise demográfica que atinge duramente as comunidades rurais.

O Japão assiste ao envelhecimento da população a um ritmo mais rápido do que em outros países, com um terço dos habitantes com 65 anos ou mais. Um grande número de escolas, lojas e serviços de transportes foram obrigados a fechar, sobretudo nas aldeias e vilas.

Alguns destes festivais adaptaram-se para continuar a existir, permitindo, por exemplo, a participação de mulheres em cerimónias outrora reservadas aos homens.


Angola vai ocupar este ano a 1.ª vice-presidência da União Africana

© Presidência da República da Guiné-Bissau

POR LUSA    17/02/24 

Angola vai ocupar este ano a primeira vice-presidência da União Africana, anunciou hoje a Presidência angolana, no que será o primeiro passo para assumir em 2025 a presidência da organização como já tinham anunciado as autoridades deste país.

"A contar de hoje e até à realização da próxima Conferência Cimeira, Angola vai ocupar o cargo de primeiro vice-Presidente da União Africana, o que, estatutariamente, significa que em 2025 o nosso país se tornará Presidente em Exercício da União Africana", lê-se no comunicado dos serviços de imprensa da Presidência.

Em janeiro, o chefe da diplomacia angolana, Téte António, afirmou que Angola é candidata a assumir em 2025 a presidência da União Africana e o assento no Conselho de Paz e Segurança, sendo esse um foco da sua atuação este ano.

A 37.ª cimeira da UA, iniciada hoje em Adis Abeba, termina neste domingo.

Hoje, primeiro dia de trabalhos, a Mauritânia foi designada para a presidência da organização, sucedendo às Comores.



Guiné-Bissau: PAIGC quer união para salvar a democracia

Por Rádio Capital Fm 

Bissau - (18.02.2024) - O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) apela “a união para salvar a democracia”.

O apelo foi feito este sábado,17, pelo vice-Presidente do PAIGC, Califa Seide, em Cassacá,  sul do país,  no âmbito das atividades alusivas a comemoração do Centenário Amilcar Cabral e 60 anos após ao primeiro congresso dos "libertadores".

“(…) O país está mergulhado numa crise política profunda depois da dissolução do Parlamento e consequentemente a queda do Governo da Plataforma Aliança Inclusiva-Terra Ranka”, afirma Califa Seide, alertando, por outro lado, que hoje “não se pode falar da democracia. Mesmo os partidos integrantes do Governo sentem que o país vive um regime ditatorial e que estes estão a estudar a possibilidade de aliarem-se com outros partidos para combater a ditadura”.

“Devemo-nos juntar para salvar a democracia para que o povo exerça o seu direito livremente”, apelou Califa Seide. 

Seide defendeu a necessidade de trabalhar para a paz e combater às barreiras, tendo desafiado  os atores políticos “a organizar o país e consolidar a democracia”.

“Estão a ser criadas barreiras àquilo que são os direitos constitucionalmente consagrados na Constituição da República”, anotou o dirigente político.

SECRETARIADO REGIONAL DE MADEM-G15 OIO - Comunicado de Comissão Política Regional

PRESIDENTE PARTICIPA NA 37ª : CIMEIRA DE CHEFES DE ESTADO DA UNIÃO AFRICANA

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, participou  na 37.ª Sessão Ordinária da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, em Adis Abeba, Etiópia.

Na ocasião, a Mauritânia foi designada para assumir os destinos da União Africana e Angola, candidata à presidência rotativa da organização pan-africana em 2025, ocupa a primeira vice-presidente, o Congo e o Gana a segunda e a terceira vice-presidência. O Presidente Ould Cheikh El Ghazouani garantiu todos os esforços para responder aos desafios do continente.

Formar africanos para século 21 é o tema para 2024, tendo em conta os desafios do continente. O Chefe de Estado da Mauritánia assume a Presidência rotativa da Uniāo Africana. A Guiné-Bissau está representada pelo Chefe Estado General Umaro Sissoco Embaló. A cimeira da Uniāo Africana termina domingo na presença do Presidente do Brasil Luís Inacio Lula da Silva. @Radio Voz Do Povo 


Presidência da República da Guiné-Bissau


Veja Também:

À margem da 37.ª Sessão Ordinária da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recebeu em audiência o Presidente do Banco Islamico de Desenvolvimento, Dr. Muhammad Al Jasser.

Na ocasião, analisaram a parceria existente e perpectivas de futuros projectos.


sábado, 17 de fevereiro de 2024

Arranca em Addis Abeba 37a cimeira da União Africana

Por:  Neidy Ribeiro   RFI.FR  17/02/2024

Inicia neste sábado, 17 de Fevereiro, a 37a cimeira de chefes de Estado e de Governo da União Africana, em Addis Abeba, na Etiópia. Mais de trinta líderes políticos vão debater as crises que se vivem no continente, abalado por golpes de Estado, mudanças inconstitucionais e conflitos globais.

Durante o fim-de-semana, os chefes de Estado e de Governo da União Africana vão procurar respostas para as crises que se vivem no continente, abalado por golpes de Estado, mudanças inconstitucionais e conflitos.

De acordo com o economista e professor universitário Carlos Lopes a saída do Mali, Burkina Faso e Níger da CEDEAO, a crise política no Senegal e a falta de fundos para o sistema de Paz e Segurança da União Africana vão marcar a agenda dos líderes africanos.

Conflitos Globais

Os conflitos globais serão igualmente debatidos durante a 37ª cimeira da organização pan-africana. A presença anunciada do primeiro-palestiniano,Mohammad Chtayyeh, vai colocar as atenções na guerra de Gaza.

O Presidente da Comissão da UA, no discurso de abertura da 44ª sessão do Conselho Executivo da UA, lembrou que a União Africana, desde o início do conflito no Médio Oriente, defendeu o fim das hostilidades, a libertação dos reféns e prisioneiros e a solução de dois Estados. A União Africana recusou o pedido de Israel para assistir a esta cimeira como Estado observador.

As implicações da guerra da Ucrânia e dos ataques no Mar Vermelho, os conflitos no Sudão, a ameaça jihadista na Somália, a Líbia dividida a exposição do Sahel ao terrorismo e a tensão na RDC vão estar igualmente na ordem dos debates.

Rdc na ordem do dia

Ontem, o Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, e o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, encontraram-se, em Addis Abeba, durante a na cimeira extraordinária convocada por João Lourenço para debater a situação de paz no Leste da Rdc. De acordo com uma fonte próxima da delegação congolesa, Félix Tshisekedi voltou a acusar o Ruanda de apoiar o grupo M23, enquanto Paul Kagame se manteve na defensiva. A reunião durou cerca de duas horas, os trabalhos foram suspensos ao final da noite e deverão ser retomados neste sábado.

G20 e Lula da Silva

A entrada da União Africana no G2O e a presença do Presidente brasileiro, Lula da Silva, convidado de honra desta cimeira e que preside actualmente o G20, darão espaço aos chefes de Estado para definirem a política africana nesta organização.

Este fim-de-semana será feita a passagem de poder entre as Comores- que ocupa a presidência rotativa da União Africana- e a Mauritânia deve ser confirmada na liderança da organização nos próximos doze meses.

Angola deverá apresentar a candidatura para a presidência rotativa da União Africana em 2025.

Os chefes de Estado de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique marcam presença na cimeira.

ESTUDO: Humanos usam várias regiões do cérebro para processar a melodia musical

© iStock

POR LUSA    17/02/24 

O ser humano percebe a melodia da música através de regiões do córtex auditivo do cérebro especializadas em música e de uso geral, de acordo com um estudo publicado esta sexta-feira pela revista Science Advances.

A melodia é uma característica definidora da música, utilizada para transmitir emoções e significados, mediante a variação do arranjo musical.

Estudos sugerem que certas regiões do cérebro podem ser especializadas em música, incluindo melodia, mas os detalhes sobre os possíveis mecanismos desta especialização não são claros.

Uma nova investigação liderada pela Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA), descobriu que o córtex auditivo usa neurónios de uso geral para processar características simples da melodia, como tom e mudança de tom.

No entanto, funções mais complexas, como o processamento da estrutura estatística de uma melodia e a formação de expectativas sobre as próximas notas, requerem neurónios específicos da música.

O estudo incluiu oito pessoas que sofriam de epilepsia, para as quais foram implantadas grelhas de elétrodos de eletroencefalografia intracraniana subdural (iEEG) para monitorização clínica.

Os participantes foram expostos a pedaços curtos e variados de música ocidental ou de língua inglesa, enquanto eram feitas medições de iEEG, explicou a revista, em comunicado.

Os investigadores diferenciaram o tom (alto versus baixo), a mudança de tom (crescente versus decrescente) e as expectativas, ou previsões estatísticas que o cérebro faz sobre as próximas notas (esperadas versus inesperadas).

Com este estudo, os cientistas descobriram que todos estes parâmetros estavam codificados em diferentes pontos da circunvolução temporal superior, pelo que a expectativa melódica poderia recorrer a mecanismos específicos da música.


Ordem dos Advogados procede entrega de carteiras profissionais aos seus associados.

 Rádio Capital Fm   17.02.2024

Ucrânia vive situação mais precária desde início da invasão russa

© Kostya Liberov/Libkos/Getty Images

POR LUSA   17/02/24 

A Ucrânia enfrenta a situação mais precária desde o início da invasão russa de 2022 e o envio de novo armamento para Kiev poderá ser insuficiente para reverter a situação, segundo vários analistas.

Participantes num debate organizado pelo International Crisis Group (ICG) com o tema "Dois anos de guerra na Ucrânia: os desafios atuais e o futuro da Europa", moderado por Olga Oliker, diretora para a Europa e Ásia central deste centro de estudos, quatro analistas abordaram sexta-feira os principais desafios enfrentados por Kiev e apoiantes ocidentais, e as alternativas que se perspetivam.

O analista ucraniano Simon Schlegel assinalou que, nos Estados Unidos, "os cálculos mais otimistas indicam que a Ucrânia apenas poderá garantir em 2024 entre metade e três quartos das munições de que necessita", apesar de prosseguir confrontada com uma longa linha da frente.

"Outro problema, o receio de não conseguir continuar a suster os ataques aéreos russos, em particular de mísseis, que suscitam uma crescente situação de insegurança", acrescentou.

Outros aspetos sublinhados foram a redução da ajuda externa, na perspetiva de uma deterioração da situação no terreno, os problemas acrescidos para a população civil, a maior pressão sobre os soldados colocados na linha da frente "que estão exaustos após dois anos", ou a necessidade de alterar a forma de mobilizar a população, "um desafio das novas chefias miliares mas que pode implicar a adoção de medidas impopulares".

"A Rússia tem muito mais capacidade de mobilização. Ainda existe um forte sentimento de resistência, mas os fundos para a pôr em prática estão a diminuir drasticamente", referiu.

Na perspetiva desta organização com sede em Bruxelas, fundada em 1995 e vocacionada para a pesquisa e análise de crises globais, as decisões e ações da liderança de Kiev num período crucial do conflito vão determinar o destino da Ucrânia e a segurança da Europa a longo prazo.

A alteração da situação no terreno, e quando permanece incerto o prosseguimento do apoio sustentado dos Estados Unidos, levou à nova "perceção" que existe na Rússia, defendeu o analista russo Oleg Ignatov.

"A perceção que existe na Rússia mudou desde o início de 2024 em comparação com a situação no verão de 2023. Agora existe mais confiança, com objetivos a serem alcançados, acreditam que a Ucrânia será incapaz de acumular os recursos suficientes para libertar territórios no futuro", afirmou.

O investigador também assegurou que a liderança do Kremlin "não valoriza muito a ajuda norte-americana, antes acreditam que o Exército russo se adaptou aos desafios colocados pelas forças ucranianas e que o quadro geral não será alterado mesmo que seja enviado mais apoio ocidental".

Ainda outra perceção que se instalou em Moscovo, segundo Ignatov, reside nos "crescentes problemas de mobilização da Ucrânia, que não conseguirá mobilizar mais soldados como conseguiu em 2022, e que esta vantagem da Rússia em homens e munições será um fator decisivo na guerra".

Para o analista, e atendendo ao exponencial aumento da produção militar interna, a liderança russa convenceu-se que "a estratégia de [Presidente ucraniano Volodymyr] Zelensky de libertação dos territórios não está a resultar".

A estagnação da crucial ajuda militar norte-americana a Kiev, numa situação em que o dinheiro "está a acabar" foi um dos aspetos sublinhados pela analista norte-americana Sarah Harrison, que recordou a necessidade da administração do Presidente Joe Biden recorrer a "fundos de emergência" para remediar a situação.

"No Congresso surgiu uma proposta para ajuda militar à Ucrânia, Israel e Taiwan, no início de fevereiro registou-se um princípio de acordo", mas o presidente da Câmara dos representantes, o republicano Mike Johnson, sugeriu que essa proposta poderia ser "bloqueada" por muito tempo.

"O problema é que [o ex-presidente Donald] Trump concorre de novo à presidência, opõe-se e encoraja os legisladores. É uma situação disfuncional, Biden tem de continuar a encorajar o Congresso, enquanto a maioria republicana na Câmara dos representantes entende não ser uma prioridade. Uma situação de impasse", afirmou.

Sarah Harrison assegurou ainda que existe equipamento, existem munições, bastando disponibilizá-las, e mesmo que "não exista magia para garantir dinheiro, com o Congresso a ter necessidade de fazer mais".

Para a analista norte-americana, a questão central consiste em garantir no imediato aquilo que a Ucrânia necessita, mas o problema reside da Câmara de Representantes. "É muito controlada por Trump e de momento está mais concentrada na fronteira sul", numa referência ao contencioso migratório que envolvem o vizinho México.

Perante o atual cenário, Alissa de Carbonnel, vice-diretora para a Europa e Ásia central do ICG, admitiu a existência de "algum sentido de alarme" nos líderes europeus. Recordou a recente visita do chanceler alemão Olaf Scholz a Washington, como já tinha feito o Presidente francês Emmanuel Macron, que confirmaram a urgência do momento.

"Não é fácil, após anos de negligência e de desinvestimento na área do armamento e quando existem fenómenos como a inflação que afetam as populações", susteve.

"Existem desacordos na Europa, com a emergência dos nacionalismos. Mas também um sentimento de urgência para tomar decisões, para garantir à Ucrânia o que necessita na linha da frente. A questão consiste em saber se vai continuar a existir unidade e entendimento, apesar da recente aprovação de uma ajuda de 50 mil milhões de euros para os próximos quatro anos", recordou.

Numa perspetiva estratégica, e regressando aos objetivos da Rússia, Oleg Ignatov destacou que o seu principal objetivo consiste em garantir e aprofundar a atual situação no terreno.

"Moscovo considera que as eleições EUA não vão afetar muito a Rússia, que o problema não é de personalidades mas de reconhecimento dos interesses da Rússia", frisou.

"Caso a administração Biden conclua que a estratégia é insustentável, também assinalam que gostariam de assistir a uma alteração das posições da Casa Branca. A um diálogo entre as duas partes, como sucedeu entre Washington e Moscovo durante a presidência de Donald Trump em 2017, mesmo sem muitos resultados. A Rússia não esconde pretender de novo um diálogo direto com os EUA", disse ainda.

O analista retomou outros argumentos do Kremlin, que sempre tem referido que esta guerra acabará com negociações, com envolvimento direto de Washington.

"Está rejeitada a ocupação de Kiev ou Lviv, e como referiu recentemente [o Presidente russo Vladimir] Putin é impossível a Ucrânia ou o ocidente vencerem esta guerra, sendo necessário negociar com o Governo russo, e sem outro interlocutor".

Em caso de diálogo, a Rússia irá insistir nas suas reivindicações de princípio face à Ucrânia: impedir a militarização, limitar o número de tropas, e das armas que poderá possuir.

"Mas a ideia chave é manter a neutralidade e não-alinhamento da Ucrânia, como antes de 2014. E isso é da responsabilidade da Ucrânia, alterar a Constituição e tornar-se num Estado neutral", mesmo que apenas admitam um cessar-fogo "quando terminar assistência militar do ocidente à Ucrânia", adiantou Ignatov.

Caso contrário, sustentou, a Rússia assegura que, sem negociações, "a guerra vai prosseguir e que o Exército prosseguirá a ofensiva o tempo que for necessário".

A "não-interferência" do ocidente em outras regiões pós-soviéticas em particular na Geórgia e Moldova, constitui outra reivindicação. "A Moldova é importante, a Rússia quer garantias de segurança para as suas tropas. Terá de ser também um Estado neutral, vão exigi-lo".

Pelo contrário, Ignatov exclui qualquer ação militar russa no Báltico ou a países integrados na aliança militar ocidental. "É muito difícil imaginar um ataque da Rússia a país da NATO, o seu poder aéreo é medíocre, tem muitas desvantagens em armas modernas. Não pensam em suicídio, isso é claro".

Num regresso aos atuais desafios de Kiev, após uma alteração radical nas chefias militares, Simon Schlegel, admitiu na sua segunda intervenção "num novo começo, uma nova divisão de tarefas", mas com o prosseguimento dos constrangimentos.

"Não haverá no curto prazo contraofensiva como sucedeu no verão de 2022. A mobilização será inferior aos 500.000 soldados previamente pedidos. E será aplicada uma forma mais económica de utilizar os soldados no campo de batalhas, como tem sido sugerido com crescente utilização de 'drones' e outro tipo de armamento", disse.


Leia Também: Retirada do exército de Avdiivka foi uma "decisão justa", diz Zelensky