quinta-feira, 31 de março de 2022

Reino Unido e aliados enviam artilharia e mísseis antiaéreos para Ucrânia

© Mateusz Wlodarczyk/NurPhoto via Getty Images

Por LUSA  31/03/22 

O Reino Unido e aliados vão enviar mais armamento para a Ucrânia, incluindo artilharia de maior alcance e mais mísseis antiaéreos, revelou hoje o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace.

Após uma conferência com 35 países parceiros para mobilizar mais ajuda letal, Wallace adiantou que a Ucrânia receberá "mais ajuda letal" como resultado dos compromissos de hoje, e que "vários países apresentaram-se com novas ideias ou mesmo mais promessas de dinheiro".

Segundo Wallace, a Ucrânia precisa de artilharia de longo alcance para contra-atacar os ataques de artilharia russos, mais munições, equipamentos para defender o litoral no sul do país, veículos blindados "não necessariamente tanques", e mais armamento antiaéreo.

"Tudo isso será um resultado desta conferência", na qual entre os participantes estavam Estados Unidos, Nova Zelândia, Japão ou Coreia do Sul, adiantou à estação Sky News.

O ministro manifestou cautela quanto à anunciada retirada de forças russas em redor de Kiev, mostrando-se convicto de que está em curso um reagrupamento em direção ao leste do país, mas reconhece que a resistência ucraniana e o armamento internacional tiveram impacto.

"A reputação deste grande exército da Rússia foi destruída e [o presidente russo, Vladimir Putin] agora tem que viver com as consequências não apenas do que está a fazer com a Ucrânia, mas também com as consequências do que fez ao seu próprio exército. O nível de perdas entre os jovens recrutas e soldados russos é de milhares, talvez ainda maior do que o que perderam em 10 anos da União Soviética", vincou.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


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© Reuters

Notícias ao Minuto  31/03/22 

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu hoje o impulso da indústria de aviação do país na próxima década, para aumentar a frota de companhias aéreas com aviões russos e neutralizar as sanções ocidentais pela invasão da Ucrânia.

"No horizonte da próxima década, o número de aeronaves fabricadas internamente no parque das empresas aeronáuticas russas deve crescer radicalmente", disse Putin, durante um encontro dedicado ao ramo da aviação.

"Temos todas as possibilidades para que o setor aeronáutico não só supere as dificuldades atuais, mas também receba um novo impulso para o seu desenvolvimento", defendeu o Presidente russo.

Putin pediu um "redirecionar da estratégia de desenvolvimento do ramo aeronáutico, com base nos nossos próprios recursos e tendo em conta as novas condições, que abrem espaço para fabricantes russos de aeronaves, escritórios de 'design' e fornecedores de materiais".

As palavras do líder russo têm especial relevância no contexto das sanções impostas pelos países ocidentais, por causa da invasão russa da Ucrânia, que incluem a proibição do fornecimento de aeronaves civis e peças sobressalentes à Rússia, bem como a recusa de oferecer serviços de manutenção e seguros.

As sanções não consistem apenas na apreensão de aeronaves russas, mas também na devolução de aeronaves contratualizadas à Rússia e na proibição do fornecimento de sistemas e equipamentos necessários para a produção de aviões.

O Presidente russo criticou ainda a decisão do Ocidente de fechar o espaço aéreo aos aviões russos, dizendo que é uma medida que também afeta os países que impuseram essa medida punitiva.

"Recordo que as empresas russas cumpriram integralmente os acordos e estavam dispostas a continuar a cumprir. Mas os países ocidentais deram esse passo e nós, claro, teremos de responder", argumentou o líder russo, sem especificar que medidas virá a tomar.

"Não pretendemos fechar-nos para ninguém. E não seremos um país fechado, mas devemos partir da realidade como ela é", acrescentou Putin.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.


Por LUSA 31/03/22 

Os EUA anunciaram hoje mais sanções contra a Federação Russa, desta vez contra o setor tecnológico, incluindo o principal fabricante de semicondutores, para garantir a efetiva aplicação daquelas.

As sanções têm como motivo a invasão russa da Ucrânia.

O Departamento do Tesouro dos EUA indicou que ia visar "21 entidades e 13 indivíduos, no quadro da repressão das redes de contorno das sanções (impostas ao) Kremlin, e a empresas tecnológicas, que têm um papel determinante na máquina de guerra da Federação Russa".

A empresa Serniya Engineering está entre as sancionadas, acusada de estar no centro da rede criada para permitir à Federação Russa procurar contornar as sanções.

"Os militares russos dependem de tecnologias ocidentais para o funcionamento da sua base industrial de defesa", avançou o Tesouro.

"Vamos continuar a visar a máquina de guerra de Putin com sanções de vários ângulos, até que esta guerra insensata seja terminada", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, citada no comunicado.

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