Presidente da República não tem prazos para tomar uma decisão. Mas já tem alguns encontros nos próximos dias. E tem em preparação uma visita à Madeira no início da próxima semana.
A situação política está agora nas mãos do Presidente da República, que deverá agora voltar a ponderar a situação política e usar o seu poder constitucional de indigitar um primeiro-ministro.Cavaco Silva irá agora organizar os passos que pretende dar e as etapas que vai prosseguir até anunciar ao país quem é o chefe do Governo que está decido a indigitar e se aceita os três acordos de Governo que o PS assinou bilateralmente com o BE, o PCP e o PEV.
O Presidente irá proceder a audiências com várias personalidades da vida política, económica e social de modo a ouvir opiniões diversas. Terá também de proceder à normal audição dos partidos com assento parlamentar como manda a Constituição quando no artigo nº 187º prescreve o modo como é indigitado o primeiro-ministro.
Não é ainda conhecido o calendário que o Presidente irá estipular quer para as audiências com os partidos quer as com as personalidades que convidará a Belém.
É sabido desde já que o Cavaco Silva tem em preparação uma viagem à Madeira, nas próximas segunda e terça-feira. A confirmar-se, será a segunda vez nos últimos dois anos que o Presidente visita a região autónoma, e tal como em Julho de 2013, em plena crise política. Na altura, devido à demissão "irrevogável" de Paulo Portas do Governo; agora, depois da queda do Governo PSD-CDS no Parlamento.
Já esta quarta-feira realiza-se a reunião semanal do Presidente da República com o primeiro-ministro, que normalmente decorre às quintas-feiras. O motivo da antecipação da reunião de trabalho prende-se com o facto de Pedro Passos Coelho se deslocar ao Palácio de Belém para participar na cerimónia de condecoração da ex-presidente da Assembleia da República Assunção Esteves e do ex-presidente do Tribunal de Contas Guilherme d’Oliveira Martins.
Também esta quarta-feira, o Presidente recebe em audiência o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, que lhe vai oficialmente dar conta da rejeição do programa do Governo e a sua consequente queda.
publico.pt
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