quarta-feira, 1 de outubro de 2025

O Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), M’pabi Cabi, presidiu esta quarta-feira (01.10) a cerimónia de lançamento oficial da Campanha de Educação Cívica Eleitoral.

A iniciativa tem como objetivo sensibilizar e mobilizar os cidadãos, em especial os jovens eleitores, para a importância do voto consciente, bem como para o cumprimento dos deveres e direitos eleitorais e a participação ativa nos processos democráticos.

O Presidente da República, recebe a missão do Fundo Monetário Internacional... O Fundo Monetário Internacional, que mantém acordo financeiro com a Guiné-Bissau, de Facilidade de Crédito Alargado, enviou mais uma missão de avaliação ao nosso país.

Como tem sido habitual, o Chefe da Missão fez visita de cortesia ao Presidente da República, não só para apresentar cumprimentos, mas também para partilhar com o Chefe de Estado os resultados da nona avaliação do desempenho macroeconómico do Governo perante as metas pré-estabelecidas.  

À saída da audiência com o Presidente da República, Niko Hobdari falou à imprensa de uma avaliação satisfatória, que reviu em alta o crescimento económico para cinco e meio por cento, a queda da inflação e nota positiva à excelente campanha de comercialização da castanha de caju.  

O acordo com o FMI de 30 de Janeiro de 2023 visa garantir a sustentabilidade da dívida, melhorar a governação, criando margem orçamental para promover crescimento inclusivo.

Cabo Verde reforça circulação de moedas após queixas de escassez... O Banco Central de Cabo Verde (BCV) anunciou hoje um reforço da circulação de moedas no arquipélago, após queixas de escassez a dificultar a atividade económica por falta de trocos, no dia-a-dia.

Por LUSA 

"Face à preocupação manifestada, nos últimos tempos, quanto à escassez de moedas em circulação", o BCV colocou em circulação, desde julho, "1,4 milhões de moedas nas denominações de um, cinco e 10 escudos, representando 60 por cento da quantidade anualmente colocada em circulação", anunciou.

Até ao final de outubro, serão reforçadas as moedas de 50 escudos e, até final de novembro, será a vez das moedas de 20 e 100 escudos. 

O reforço deste ano é 4,4 vezes superior ao que foi realizado em 2021, acrescentou o BCV, assinalando que "a nova produção acrescentará 23,8 milhões [de moedas] à circulação, totalizando 92,7 milhões de moedas disponíveis para a economia nacional".

O banco central pede à população para fazer as trocas de numerário através dos bancos comerciais, acrescentando estar a analisar "outras alternativas de colocação das moedas em circulação, de modo a atender às necessidades de troco".

Questionado sobre o assunto, em maio, o governador do BCV, Óscar Santos, admitiu que a escassez tem de ser averiguada.

Em fevereiro, o Instituto Nacional de Estatística (INE) de Cabo Verde, em parceria com o banco central, lançou um inquérito para ajudar a descobrir onde foram parar as moedas do arquipélago.

A medida foi anunciada de forma complementar a campanhas de sensibilização para que se recoloque dinheiro guardado a circular.

Motoristas, vendedoras, taxistas e clientes têm tentado lidar com a escassez, sentida sobretudo a meio do ano passado, relataram à Lusa.

O problema chegou a gerar acesas discussões em autocarros e a causar prejuízos para vendedoras de rua, pela impossibilidade de entregar troco nas transações.

Alguns estabelecimentos resolveram entregar rebuçados em substituição das moedas de menor valor.


Leia Também: Cabo Verde regista quedas de natalidade e de fecundidade

Cabo Verde registou uma queda de natalidade e de fecundidade, de acordo com os mais recentes dados, relativos a 2023, hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do arquipélago.



Papa critica tratamento de imigrantes nos EUA: "Não sei se é pró-vida"... O Papa Leão XIV criticou o tratamento "desumano" dos imigrantes nos Estados Unidos, tendo questionado se as medidas da administração de Donald Trump vão ao encontro da doutrina e dos ensinamentos católicos.

Por noticiasaominuto.com

O Papa Leão XIV criticou, na terça-feira, o tratamento “desumano” dos imigrantes nos Estados Unidos, tendo questionado se as medidas do presidente Donald Trump vão ao encontro da doutrina da Igreja Católica.

“Alguém que diz que é contra o aborto, mas concorda com o tratamento desumano dos imigrantes nos Estados Unidos, não sei se isso é ser pró-vida”, disse o pontífice, em declarações aos jornalistas à porta da sua residência, em Castel Gandolfo.

Leão XIV, que assumiu o cargo em maio, na sequência da morte do Papa Francisco, foi questionado quanto à decisão da arquidiocese de Chicago de conceder um prémio a Dick Durbin, senador democrata de Illinois que apoia o direito ao aborto. Esta decisão motivou críticas por parte de católicos conservadores, incluindo vários bispos norte-americanos, noticiou a agência Reuters.

“É muito importante olhar para o trabalho geral que o senador tem feito. […] Compreendo a dificuldade e as tensões, mas penso que, como eu próprio já disse no passado, é importante olhar para muitas questões que estão relacionadas com o que é o ensinamento da Igreja”, disse.

E exemplificou: “Alguém que diz ser contra o aborto, mas a favor da pena de morte, não é realmente pró-vida.”

Sublinhe-se ainda que, antes de ser Papa, Robert Prevost era crítico da administração de Donald Trump. De facto, em fevereiro passado, partilhou um artigo de opinião que se posicionava contra a política de imigração do vice-presidente norte-americano, J.D. Vance, defendendo que "Jesus não nos pede para hierarquizar o nosso amor pelos outros".

Com as medidas do presidente dos Estados Unidos para a imigração, entre elas as deportações em massa, o país ficará com menos cerca de 320 mil pessoas nos próximos 10 anos, alertou um relatório do Gabinete Orçamental do Congresso.

O documento daquele órgão apartidário do Congresso também estima, como consequência daquelas medidas, que a população dos Estados Unidos cresça mais lentamente do que o previsto anteriormente.

Três membros do Hamas detidos na Alemanha por planearem ataques.... A Procuradoria-Geral Federal alemã indicou que os suspeitos estão envolvidos, desde o verão passado, na aquisição de armas de fogo.

Por LUSA 

As autoridades alemãs detiveram hoje três alegados membros do grupo islamista palestiniano Hamas, suspeitos de planear ataques contra instituições israelitas ou judaicas na Alemanha, anunciaram as autoridades.

Os três detidos deverão comparecer quinta-feira em tribunal, cabendo, depois, a um juiz decidir se permanecem em prisão preventiva até julgamento.

A Procuradoria-Geral Federal alemã indicou que os suspeitos estão envolvidos, desde o verão passado, na aquisição de armas de fogo. Durante uma operação de busca foram apreendidas várias armas, incluindo uma espingarda automática AK-47, e munições.

Dois dos suspeitos têm nacionalidade alemã, enquanto o terceiro nasceu no Líbano, segundo a mesma fonte. 

Em conformidade com as regras de privacidade vigentes na Alemanha, foram apenas identificados como Abed Al G., Wael F. M. e Ahmad I.

Ministros de 120 países pedem mais esforços para restituição de bens a África... A União Africana apelou hoje ao diálogo entre países europeus e africanos para acelerar a devolução de bens culturais retirados de África durante períodos coloniais e 120 ministros de todo o mundo pediram mais esforços nesse sentido.

Por LUSA 

O apelo da União Africana (UA) e dos 120 ministros de todo o mundo foi feito em Barcelona, Espanha, no âmbito da MONDIACULT 2025, a Conferência Mundial sobre Políticas Culturais e Desenvolvimento Sustentável da UNESCO (a agência das Nações Unidas para a Educação e Cultura), que termina hoje.

No documento final do encontro, com o título "Compromisso dos Ministros e Ministras da Cultura MONDIACULT 2025", os 120 signatários defendem o "fomento do diálogo, da cooperação e das ações bilaterais e multilaterais efetivos e construtivos sobre o regresso e a restituição aos países de origem dos seus bens culturais que possuem valor espiritual, histórico e cultural, conforme for apropriado".

Os ministros dizem, no mesmo documento, ser necessário "assegurar a participação significativa dos grupos afetados nos países de origem, incluindo os povos indígenas, as pessoas afrodescendentes e as comunidades locais, nos esforços relacionados com a proteção, o retorno e a restituição de bens culturais, incluindo através de uma maior colaboração com os museus".

A questão da restituição de bens culturais surge na declaração final da MONDIACULT 2025 como uma das medidas a promover para o reconhecimento dos direitos culturais como direitos humanos.

A União Africana (UA), também presente na MONDIACULT 2025, organizou hoje com a UNESCO uma sessão paralela aos trabalhos da conferência precisamente sobre a restituição dos bens culturais a África, apelando para que haja maior rapidez nos processos e que esta questão se mantenha no "topo da agenda mundial".

Como lembrou a diretora do Departamento de Cultura da UA, a moçambicana Ângela Martins, a União Africana adotou como tema para 2025 "Justiça para os africanos e pessoas de ascendência africana através de reparações" e tem promovido uma série de iniciativas e instrumentos (jurídicos e outros) para abordar esta questão e apoiar os Estados-membros.

Também a UNESCO tem insistido neste tema, com a promoção de novas formas de cooperação e acordos.

Ainda assim, e apesar do debate de vários anos, os processos de restituição de bens culturais têm sido lentos e pontuais, como destacaram hoje vários governantes e peritos na sessão da MONDIACULT 2025.

"É necessário que haja mais colaboração bilateral entre os estados. Nós, como União Africana, podemos apoiar, podemos suportar, podemos popularizar os instrumentos, mas para concretizar a restituição tem que ser a colaboração bilateral entre os Estados", disse Ângela Martins, em declarações à Lusa à margem da sessão.

Ângela Martins ressalvou que, apesar de tudo, essa cooperação "tem vindo a acontecer", mas reconheceu que falta mais diálogo, sobretudo, entre países europeus e africanos.

"É certo que está a ser um pouco moroso, mas acreditamos que haverá, nos próximos tempos, maior aderência às restituições de bens culturais africanos", acrescentou.

O jurista senegalês especialista em restituição de património cultural Ibrahima Kane disse na sessão de hoje em Barcelona que apesar dos muitos debates e de "os sistemas jurídicos" por todo o mundo permitirem e conceberam a restituição de bens, a questão é "muito complicada" nos países europeus e, na verdade, quase nada foi feito até hoje.

Ibrahima Kane deu como exemplo França, com um Presidente, Emmanuel Macron, que assumiu um compromisso com a devolução de bens a África, mas em paralelo com uma legislação que a obstaculiza, obrigando, por exemplo, a votos no parlamento para cada caso concreto.

Em França, há 150 mil bens culturais que poderiam ser devolvidos a África, o que obrigaria a 150 mil votações parlamentares, afirmou o jurista, para quem a forma de acelerar estes processos passa por uma "posição comum" no seio da União Europeia, que abranja todos os 27 estados-membros e com que todos os países se comprometam.

Do lado africano, já existe essa posição comum, adotada no seio da União Africana.

Sem "diálogo entre África e Europa" não se encontrarão soluções, afirmou Ibrahima Kane.

O jurista lembrou que estão em causa objetos que são património, não meras obras de arte, cuja retirada de África causou danos profundos nos povos do continente e continua a limitar o próprio desenvolvimento local, como acontece na investigação científica.

Também a representante da UNESCO junto da União Africana, Rita Bissonauth, sublinhou que falar de restituição de bens culturais é, sobretudo, falar de justiça, que não se pode construir um futuro sem saber o que aconteceu no passado e que, perante vazios legais internacionais nesta matéria, é importante o diálogo entre países.

Um dos países que levaram esta questão à MONDIACULT 2025 foi Angola, com o ministro da Cultura a apelar à UNESCO, numa intervenção numa sessão da conferência, na terça-feira, para reafirmar "a importância da justiça reparadora para africanos e afrodescendentes", incluindo a restituição de bens culturais.

"Estamos convictos de que esta ação reparadora contribuirá significativamente para fortalecer o potencial económico do setor cultural africano, ampliando as ofertas de exibições de arte e promovendo o consequente aumento da receita proveniente do turismo cultural", para além de ser uma forma de "restaurar danos históricos", disse Filipe Zau.


Leia Também: FMI alerta que inflação em São Tomé e Príncipe pode voltar aos 2 dígitos

Washington, 30 set 2025 (Lusa) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou hoje que a inflação em São Tomé e Príncipe pode voltar aos dois dígitos, acima do anteriormente previsto pela instituição, apesar de esta economia lusófona africana permanecer "relativamente resiliente" nos últimos meses.



Guiné-Bissau: Frente Social suspende greve na educação e saúde... A Frente Social dos sindicatos da educação e saúde anunciou, esta quarta-feira (01.10), a suspensão da greve nas duas áreas sociais, prevista para 13 a 17 de outubro.

Por CFM

"Felizmente chegamos a um entendimento e vamos suspender a greve, observando aquilo que ficou registado na mesa negocial [com o primeiro-ministro]", introduziu Seni Djassi, que explicou ainda como os pontos em reivindicação serão resolvidos. 

"O governo vai constituir uma equipa negocial, porque há pontos em reivindicação, de execução imediata e outros serão resolvidos pela comissão a ser criada, para que possamos conseguir atingir o desejo dos associados", disse o sindicalista.  

Há mais de um ano que a Frente Social e o governo estão de costas voltadas, levando a uma longa paralisação nos setores da educação e saúde. Além dos salários em traso, os sindicatos exigem a melhoria das condições de trabalho e a implementação dos diplomas, há muito aprovados, a favor dos funcionários das duas áreas.  

Declaração a Imprensa das Coligações da PAI-Terra Ranka e API Cabas-Garandi após um encontro de Lideres.

 

Ministro israelita emite "último alerta" para habitantes fugirem de Gaza... O ministro da Defesa de Israel fez hoje um "último apelo" aos habitantes da cidade de Gaza que não foram ainda para sul, frisando que serão considerados terroristas, segundo declarações citadas por meios de comunicação israelitas.

© AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Images   Lusa   01/10/2025 

"Esta é a última oportunidade para os residentes de Gaza que pretendam deslocar-se para sul e deixar os terroristas do Hamas isolados [...] e a enfrentar operações de elevada intensidade do Exército", advertiu Israel Katz, acrescentando que quem não o fizer será tratado como "terrorista e simpatizante do terrorismo". 

O Exército israelita anunciou também hoje que não permitirá a circulação em direção à cidade de Gaza (no norte) pela estrada de al-Rashid a quem já se tenha deslocado ou decida deslocar-se para sul, isolando assim a capital, alvo de uma invasão terrestre.

Atualmente, nenhum palestiniano pode regressar à cidade de Gaza, uma vez que a outra via possível - Salah al-Din - também está bloqueada, tanto para o trânsito de pessoas como de veículos.

Katz acrescentou ainda que o Exército tomou o controlo da parte ocidental do corredor de Netzarim, a sul da capital da Faixa, reforçando o cerco em torno da cidade.

"Todos os que saírem para sul serão obrigados a passar por postos de controlo do Exército", precisou.

A 16 de setembro, Israel iniciou uma nova invasão terrestre contra a cidade de Gaza, colocando sob ordem de evacuação para sul do enclave mais de um milhão de pessoas. Desde então, os ataques intensificaram-se, provocando dezenas de mortos diários na cidade, muitos deles civis.

Relatores de direitos humanos da ONU, organizações internacionais e um número crescente de países classificam como genocídio a ofensiva militar israelita contra a Faixa de Gaza desde os ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 66.000 mortos, entre os quais mais de 20.000 crianças.

O "apelo" de Katz surge dois dias depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter apresentado um plano de paz que prevê um cessar-fogo imediato em Gaza, a retirada gradual do Exército israelita, a libertação total dos reféns em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinianos e o fornecimento de ajuda humanitária através das Nações Unidas.

O plano inclui também o desarmamento completo do Hamas, que seria excluído do governo da Faixa de Gaza, e o estabelecimento de um governo de transição composto por tecnocratas palestinianos e especialistas internacionais supervisionados por um "Conselho da Paz".

O acordo abre igualmente a porta à "possibilidade de autodeterminação e à criação de um Estado palestiniano", assim que a reconstrução da Faixa de Gaza progredir e as reformas na Autoridade Palestiniana forem implementadas.

A proposta de Trump foi apoiada pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que, no entanto, esclareceu horas depois que não apoiará a criação de um Estado palestiniano e que as tropas israelitas permanecerão mobilizadas "na maior parte" de Gaza.


Leia Também: Cruz Vermelha sai da cidade de Gaza devido à ofensiva israelita

A Cruz Vermelha retirou-se da cidade de Gaza devido à intensificação das operações militares israelitas e alertou que "dezenas de milhares de pessoas" que ali permaneceram enfrentam "condições humanitárias terríveis".


Direção Superior do Madem G15 em Conferência de Imprensa

Hamas dividido sobre acordo. Uns dizem 'sim', outros querem alterações... O Hamas pretende alterar algumas cláusulas do plano para Gaza do Presidente norte-americano, Donald Trump, nomeadamente sobre o desarmamento, afirmou hoje à AFP uma fonte palestiniana próxima da direção do movimento islamita.

© MAHMUD HAMS/AFP via Getty Images    Lusa    01/10/2025 

O Hamas pretende alterar algumas cláusulas do plano para Gaza do presidente norte-americano, Donald Trump, nomeadamente sobre o desarmamento, afirmou hoje à AFP uma fonte palestiniana próxima da direção do movimento islamita. 

Segundo a fonte que falava à agência noticiosa France-Presse (AFP), os negociadores do movimento islamita reuniram-se terça-feira, em Doha com mediadores do Qatar e do Egito, bem como com responsáveis turcos.

Sob anonimato, a fonte adiantou que o Hamas, tal como já tinha assumido terça-feira, necessita de "dois ou três dias, no máximo", para apresentar a sua resposta.

O plano do presidente norte-americano, aprovado pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prevê um cessar-fogo, a libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas, o desarmamento do movimento e uma retirada progressiva de Israel da Faixa de Gaza.

Contudo, segundo a fonte, o Hamas "pretende alterar algumas cláusulas, como a do desarmamento e a expulsão de dirigentes do Hamas" para fora do território.

Os líderes do movimento querem igualmente "garantias internacionais" de que Israel se retirará totalmente da Faixa de Gaza e de que não haverá mais assassínios dentro ou fora do território, acrescentou.

Seis pessoas foram mortas em setembro num ataque israelita que teve como alvo responsáveis do Hamas reunidos em Doha para discutir uma proposta de cessar-fogo.

O Hamas está também em contacto com "outras partes regionais e árabes", disse a mesma fonte, sem dar pormenores.

Outra fonte próxima das negociações disse também à AFP que "existem duas posições no seio do Hamas" relativamente ao plano norte-americano.

A primeira, indicou, defende a aprovação incondicional, porque a prioridade é um cessar-fogo no quadro das garantias dadas por Trump, com mediadores a assegurar que Israel aplicará o plano.

A segunda, prosseguiu, manifesta sérias reservas relativamente a 'cláusulas-chave', rejeitando o desarmamento e as expulsões, e dá prioridade a uma aprovação condicional, acompanhada de esclarecimentos que reflitam as exigências do Hamas e dos movimentos de resistência.

Segundo as duas fontes citadas pela AFP, o Hamas e os movimentos a ele associados querem um cessar-fogo imediato, mas não à custa de comprometer princípios nacionais fundamentais.

A proposta de Trump, anunciada segunda-feira, prevê, além de um cessar-fogo imediato em Gaza e a retirada gradual do Exército israelita, a libertação total dos reféns em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinianos e o fornecimento de ajuda humanitária através das Nações Unidas.

O plano inclui também o desarmamento completo do Hamas, que seria excluído do governo da Faixa de Gaza, e o estabelecimento de um governo de transição composto por tecnocratas palestinianos e especialistas internacionais supervisionados por um "Conselho da Paz".

O acordo abre igualmente a porta à "possibilidade de autodeterminação e à criação de um Estado palestiniano", assim que a reconstrução da Faixa de Gaza progredir e as reformas na Autoridade Palestiniana forem implementadas.

A proposta de Trump foi apoiada por Netanyahu, que, no entanto, esclareceu horas depois que não apoiará a criação de um Estado palestiniano e que as tropas israelitas permanecerão mobilizadas "na maior parte" de Gaza.


Acidente de barco no rio Níger faz pelo menos 26 mortos na Nigéria... Pelo menos 26 pessoas morreram num acidente que envolveu uma embarcação no rio Níger, no centro-norte da Nigéria, disseram hoje as autoridades.

© Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images   Lusa   01/10/2025

O acidente ocorreu na terça-feira na região de Ibaji, no estado de Kogi. Os passageiros eram principalmente comerciantes que se dirigiam a um mercado no estado vizinho de Edo, disse o comissário de informações do estado de Kogi, Kingsley Fanwo.

A causa do acidente está a ser investigada.

Fanwo referiu num comunicado que "esta é uma perda devastadora" e endereçou condolências às famílias dos falecidos.

O Governo do estado de Kogi vai trabalhar com agências federais para melhorar a segurança das vias navegáveis e evitar a repetição de tais acidentes, acrescentou Fanwo.

Os acidentes de barco são comuns durante a estação chuvosa em áreas remotas da Nigéria, o país mais populoso da África. Geralmente são causados por embarcações sobrecarregadas e mal conservadas, que, segundo analistas, muitas vezes operam sem coletes salva-vidas.

Pelo menos 31 pessoas morreram no mês passado quando um barco sobrecarregado atingiu um tronco de árvore na área de Borgu, no estado de Níger.


Leia Também: Investimentos em petróleo e gás em África superam 35 mil milhões

Os investimentos em exploração e produção de petróleo e gás em África até 2026 deverão chegar aos 41 mil milhões de dólares (35 mil milhões de euros), impulsionados por Angola, Moçambique e Nigéria, calcula a Câmara Africana de Energia.

Ucrânia/Rússia: UE entrega 9.ª parcela de 4.000 ME de financiamento a Kyiv... A Comissão Europeia entregou hoje a nona parcela do seu empréstimo excecional de assistência macrofinanceira (AMF) à Ucrânia, no valor de quatro mil milhões de euros.

© shutterstock   Lusa   01/10/2025 

Este desembolso de quatro mil milhões de euros (ME) ajudará a Ucrânia a satisfazer as suas crescentes necessidades de financiamento, nomeadamente no setor da defesa, segundo um comunicado do executivo comunitário. 

Especificamente, metade da verba hoje disponibilizada será usada em drones, em conformidade com um acordo mútuo entre a União Europeia (UE) e a Ucrânia.

No total, esta AMF ascende a 18,1 mil milhões de euros e representa a contribuição da UE para a iniciativa de empréstimos para a aceleração extraordinária das receitas, liderada pelo G7, que visa coletivamente prestar cerca de 45 mil milhões de euros de apoio financeiro à Ucrânia.

Com este pagamento, o apoio total da Comissão à Ucrânia ao abrigo desta AMF atinge 14 mil milhões de euros desde o início de 2025.


Leia Também: Rússia afirma tomar medidas contra "provocações europeias" no Báltico

O Kremlin alertou hoje que as suas Forças Armadas estão a tomar as medidas necessárias para garantir a ordem no Mar Báltico devido às "provocações europeias" em relação aos petroleiros russos.



Medvedev nega submarino de Trump: "Mais um episódio deste thriller"... Alegados submarinos norte-americanos na costa russa são mentira, acusa o ex-presidente russo, Dmitry Medvedev.

© Getty Images. Por Notícias ao Minuto. 01/10/2025 

O antigo presidente russo, Dmitry Medvedev, decidiu refutar as alegações do presidente norte-americano, Donald Trump, que alegou ter enviado submarinos nucleares para vigiar a Rússia. 

As afirmações do líder dos Estados Unidos da America aconteceram esta terça-feira, quando Trump afirmou que o envio aconteceu após uma provocação de Medvedev. "A Rússia ameaçou-nos um pouco recentemente, e enviei um submarino nuclear”, disse.

Em resposta, o russo recorreu às redes sociais, para se referir às alegações de Trump como “mais um episódio deste thriller”, refere a Reuters.

“Mais uma vez, o Trump veio com a teoria dos submarinos que alegadamente enviou para a costa russa, alegando que estão muito bem escondidos”, começa por escrever.

“Como se costuma dizer, é muito difícil encontrar um gato preto num quarto escuro – especialmente se ele não estiver lá”, acrescenta.

Trump tinha elogiado arsenal nuclear

O chefe de Estado norte-americano destacou, esta terça-feira, o poderio nuclear dos Estados Unidos, garantindo que Washington dispõe do "melhor" e "mais recente" arsenal do mundo, superior ao da Rússia e da China.

Trump recordou o envio, no início do mês, de dois submarinos nucleares para perto da costa russa, após declarações do ex-presidente russo Dmitri Medvedev, atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.

"A Rússia ameaçou-nos um pouco recentemente, e enviei um submarino nuclear. A arma mais gira alguma vez fabricada", afirmou Trump, acrescentando que esse submarino "é impossível de detetar" e que os EUA estão "25 anos à frente" de Moscovo e Pequim nesta área.

Contudo, e apesar de garantir a superioridade norte-americana, Trump alertou que Rússia e China poderão igualar os EUA em cinco anos.


Leia Também:  Trump fala em "guerra interna" nos EUA e gaba-se de arsenal nuclear

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu hoje que o país enfrenta "uma guerra interna" ligada à imigração, e afirmou que as forças militares norte-americanas são superiores às chinesas e russas, elogiando o arsenal nuclear norte-americano.

Falta de acordo sobre orçamento leva a paralisação do governo dos EUA... A Administração federal dos Estados Unidos ficou oficialmente sem orçamento à meia-noite (05h00 em Lisboa), entrando em vigor planos de contingência que preveem a dispensa de centenas de milhares de funcionários públicos.

© Lusa     01/10/2025

A incapacidade de republicanos e democratas para chegarem a acordo sobre o financiamento federal desencadeou uma paralisação parcial, que afeta atualmente os serviços não essenciais, mas pode comprometer outras funções se o impasse persistir. 

Na terça-feira à noite, a câmara alta do parlamento dos Estados Unidos chumbou uma proposta legislativa republicana e outra democrata para evitar a paralisação, que aconteceu pela última vez há sete anos. 

Após o chumbo da proposta democrata no Senado, de maioria republicana, também foi rejeitada esta noite uma proposta do partido do Presidente Donald Trump que prolongava temporariamente o financiamento federal, até 21 de novembro.  

A proposta, que daria a ambos os partidos mais sete semanas para negociar o orçamento completo para o próximo ano fiscal, teve 55 votos a favor e 45 contra, com os democratas a unirem-se para que ficasse aquém dos 60 votos necessários para ser aprovada.

Após a votação, o Gabinete de Gestão e Orçamento da Casa Branca emitiu um memorando dizendo que "as agências afetadas devem agora executar os seus planos para um encerramento ordenado".

O gabinete estima que aproximadamente 750 mil funcionários públicos serão afastados. As viagens aéreas podem ser afetadas, enquanto o pagamento de determinados benefícios sociais deverá ser suspenso.

Os parques nacionais ficarão também privados dos guardas florestais responsáveis ??pela manutenção, com o aproximar do outono, que atrai milhões de turistas aos Estados Unidos.

As forças de segurança, as Forças Armadas, os aeroportos e a segurança social continuarão a funcionar normalmente, mas os funcionários destas áreas não irão receber os salários até que os dois partidos aprovem um novo orçamento.

O Senado norte-americano já havia rejeitado, a 19 de setembro, o projeto-lei de financiamento temporário do estado aprovado anteriormente na câmara baixa do Congresso, também de maioria republicana.     

O projeto de lei, em geral, financiaria a administração pública aos níveis atuais, com algumas exceções - como mais 88 milhões de dólares (75 milhões de euros) para a segurança dos membros do Congresso, Supremo Tribunal e do governo, numa altura de crescentes ameaças sobre estes e do assassínio do ativista conservador Charlie Kirk.

Os democratas apresentaram uma proposta alternativa de financiamento que protegeria os subsídios aos cuidados de saúde.   

Os responsáveis do governo Trump têm procurado responsabilizar a oposição democrata pela falta de acordo, apesar da ausência de iniciativa negocial por parte dos republicanos.  

O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, ameaçou repetidamente com uma paralisação se não fossem atendidas as exigências de reposição de fundos para a saúde pública, cortados pelo pacote legislativo de Trump batizado pelo próprio de "grande e bela lei".    

O pacote legislativo de Trump sobre isenções fiscais e cortes de despesas contempla poupanças que cortam o acesso de milhões de pessoas ao Medicaid e outros programas públicos de assistência de saúde.

De acordo com os cálculos dos analistas da seguradora Nationwide, cada semana de paragem pode reduzir o crescimento anual da economia dos Estados Unidos em 0,2 pontos percentuais.


Leia Também: Senado chumba propostas republicana e democrata para evitar paralisação

A câmara alta do parlamento dos Estados Unidos chumbou uma proposta legislativa republicana e outra democrata para evitar uma paralisação de agências governamentais dentro de poucas horas, quando termina o prazo para prolongar o financiamento federal. 

terça-feira, 30 de setembro de 2025

3° Aventura perigosa do DSP, desta vez, muito arriscada para ele e o PAIGC

Por: Domingos Vieira Fernandes    @Eng. Santos Pereira,  30/09/2025 

A não entrega da candidatura do PAIGC nas próximas eleições, legislação de 23.10.25,  insistindo com o pedido de legalização da coligação, constitui um grande risco para a existência política, nos próximos tempos, do PAIGC e do próprio DSP.

O porquê desta corajosa e muito arriscada decisão do DSP para praticar este ato: A não apresentação da candidatura do PAIGC se tinha tempo suficiente para o fazer no último dia para apresentação de candidatura, dia 25.09.25

Hipótese 1:

O DSP conta com militantes e simpatizantes do PAIGC que segamente vão seguir a sua narrativa sobre este ou aquele fato, sem qualquer possibilidade de refletir ou escutar outro argumento: A CULPA É SEMPRE DOS OUTROS, já à MAIS 12 ANOS NA GESTAO DO PAIGC.

Prova disso 

1° Em 2014, o Governo do PAIGC foi demitido por JOMAV, por causa do resgate aos bancos não aceite pelo FMI/BM no valor de 34 bilhões de XOF. DSP, enquanto 1° Ministro do governo autor deste ato, negou a responsabilidade e imputou o JOMAV o fato  de que é contra PAIGC

Muita gente, até agora, acredita nesta narrativa. Jomav foi alvo de muitos ataques.

2a Prova:

Resgate ou pagamento das dívidas de 6 BILHÕES aos empresários e tentativa de Golpe de Estado de 1 de Fevereiro 2024. 

DSP, enquanto Presidente da ANP, órgão cujo uma das primeiras responsabilidades é de fiscalizar o governo, foi a tribuna do parlamento, apresentando argumentos mais detalhados sobre esta operação, do que próprio ministro das finanças.

Desta vez também a narrativa do DSP é tido, até hoje, como a Verdade Absoluta. 

Neste último, foi que o USE que não queria a continuidade do PAIGC no governo e no parlamento depois de ganhar as eleições com maioria absoluta 

Se na veste do presidente de assembleia defendeu com unhas e dentes o resgate de 6 BILHÕES, imaginem a sua responsabilidade no resgate de 36 BILHÕES enquanto chefe do Governo.

Hipótese 2 

O DSP teria avaliado a atual situação da  configuração política partidária na véspera das eleições, nomeadamente com o aparecimento da coligação NO KUMPO GUINE, a destruturação de API CABAZ GARANDE, a situação pode não ser favorável nem para PAI TERRA RANKA quanto mais para o PAIGC sozinho, sobretudo que o PAI TR ganhou as últimas eleições com maioria absoluta mas somente com um pouco mais de 30 % de votos dos eleitores. 

Desta vez, estas vantagens dados aos partidos ou coligação mais fortes PODEM REVERTER PARA COLIGAÇÃO NO KUMPU GUINE

Esta realidade que o DSP E PAIGC NAO Quererão assistir ou reconhecer, vendo MADEM a guiar uma coligação que vai gerir o próximo parlamento e Governo.

Daí a opção de complicar o processo e tirar o proveito do caos 

Absurdo é que desta 3 aventura o DSP tem como aliado Otávio Lopes, enquanto chefe de gabinete de JOMAV foi um dos principais protagonistas da sua queda depois da 1a aventura, resgate de 34 bilhões.

Para um bom analista, as pretensões do Otávio é óbvio. Em caso da queda do DSP, ascender ao trono do PAIGC com o apoio dos adeptos internos e externos do DSP.

Dois cenários possíveis :

1° Cenário : Mais uma vez o DSP convence os militantes e simpatizantes do PAIGC de que a culpa não é dele. Resultado : complicação do processo eleitoral e não reconhecimento dos futuros órgãos de soberania.

2° Cenário : Desta vez, os militantes e simpatizantes do PAIGC aceitam pensar com as suas próprias cabeças e responsabilizar o DSP, não só deste último ato, mas também de todo MANQUE A GAGNER, resultados negativos do PAIGC neste últimos 12 anos.

Resultado : início do fim da carreira política do DSP e o finalmente o PAIGC ocupará o seu lugar devido no cenário político Guineense.

3 cenário - muito pouco provável 

O STJ aceita apreciar a reclamação do PAI TR e este vai as eleições 

Consequência : Dar força ao mito que o PAIGC está em cima da Lei e do Estado da Guiné, dar azo às reclamações já preparadas para em caso dos resultados não a favorecer. O STJ confirma a sua incapacidade e põe em causa a sua credibilidade já anunciada pelo PAIGC.

Eng. Santos Pereira,

30/09/2025

Joseph Kabila condenado à morte à revelia por "traição"... O ex-presidente da República Democrática do Congo (RDCongo) Joseph Kabila foi hoje condenado à morte, após um julgamento à revelia por traição perante o tribunal militar do país.

Por LUSA 

O ex-chefe de Estado congolês (2001-2019), de 54 anos, foi considerado culpado de cumplicidade com o Movimento 23 de março (M23), grupo armado antigovernamental apoiado pelo Ruanda.

Nenhuma informação foi fornecida sobre o paradeiro atual de Kabila, tornando improvável uma prisão pelas autoridades congolesas neste momento.

Um recurso contra o veredicto do Tribunal Militar Superior, a mais alta instância militar do país, ainda é possível, mas apenas para questões de direito e não para reexaminar os factos.

Para o investigador do Instituto Congolês Ebuteli, Ithiel Batumike, citado pela agência de notícias France Presse (AFP), com esta decisão judicial, Kinshasa espera enviar "uma mensagem forte aos rebeldes sobre a sua intransigência", mas também "enfraquecer um adversário" que tentou "unir a oposição".

Num discurso 'online', em maio, Kabila afirmou que "a ditadura deve acabar" no país e disse estar pronto para "fazer a sua parte", posicionando-se abertamente como um opositor do atual Presidente, Félix Tshisekedi.

Por ordem do Governo, a imunidade parlamentar de Joseph Kabila como senador vitalício foi suspensa no final de maio e um julgamento por traição foi aberto no final de julho.

Joseph Kabila, que deixou a RDCongo em 2023, reapareceu recentemente em Goma, cidade controlada pelos rebeldes, "para participar nos esforços de paz" no leste, onde os rebeldes do M23, apoiados pelo Ruanda, ocuparam grandes áreas.

O leste congolês, rico em recursos naturais, é afetado por conflitos há 30 anos. A presença de vários grupos armados e milícias alimenta um clima de insegurança quase permanente. O M23, que afirma querer derrubar o regime de Tshisekedi, reapareceu na região no final de 2021.

Um acordo de paz entre os Governos congolês e ruandês foi assinado em junho, em Washington. Uma declaração de princípios com o M23 "em favor de um cessar-fogo permanente" também foi assinada no Qatar no mês seguinte, mas a violência no terreno continua.

Uma investigação das Nações Unidas apontou, no início de setembro, atos de todas as partes no conflito que podem constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Embaixador da África do Sul em França morre após cair do 22.º andar de hotel em Paris... Corpo foi encontrado junto ao Arco do Triunfo

Por  cnnportugal.iol.pt    30/09/2025

O embaixador da África do Sul em França foi encontrado morto num hotel no centro de Paris, avança a imprensa francesa-

De acordo com o Le Parisien, Emmanuel Mthethwa caiu do 22.º andar em que estava hospedado, acabando por morrer.

O jornal Le Parisien dá conta de que o diplomata de 58 anos terá saltado do quarto em que estava hospedado no Hotel Hyatt, junto à Porte Maillot, perto do Arco do Triunfo, bem no centro da capital francesa.

Emmanuel Mthethwa tinha um quarto marcado em seu nome naquele mesmo hotel, sendo que as janelas no local foram forçadas, segundo a investigação preliminar, que é citada pelo Le Parisien.

A mulher do embaixador recebeu esta segunda-feira uma mensagem preocupante do marido, dando imediatamente conta do desaparecimento de Emmanuel Mthethwa.

Na sequência da denúncia, a polícia francesa seguiu os rastos do homem, cujo telemóvel foi localizado pela última vez durante a tarde nos Bosques de Bolonha. As autoridades colocaram em marcha uma investigação com uma equipa cinotécnica, mas não encontraram nada. O corpo acabaria por ser descoberto junto ao hotel onde o homem estava hospedado.

O corpo acabou por ser encontrado no centro da capital francesa, num caso em que já foi acionada a Brigada de Supressão de Crimes Contra Pessoas.

Emmanuel Mthethwa era o principal representante da África do Sul em França desde 2024, depois de ter sido delegado permanente daquele país na UNESCO.

Além dos cargos internacionais, o homem que era embaixador há um ano já tinha sido ministro da Segurança e Proteção em 2008, tendo depois sido ministro da Polícia e até ministro das Artes e da Cultura, representando sempre um papel de destaque no Congresso Nacional Africano (ANC), partido de Nelson Mandela que ainda hoje está no poder.

PRESIDENTE CESSANTE DA CRE DE GABU PEDE RESISTÊNCIA AO SEU SUCESSOR

Braima fati - RSO/TVSO
O presidente cessante da CRE de Gabu Adulai Balde pede ao seu sucessor no cargo a resistência no tratamento de processo eleitoral devido a particularidade da Região. 

 Adulai Balde fez este pedido hoje em Gabu, durante as passes são com o seu sucessor.  

Balde que estava desde o ano 1999 a frente da CRE de Gabu pede também a colaboração de todos funcionários ao novo presidente. E, afirmou que deixou a CRE de Gabu com cabeça erguida.  

Novo presidente Ianaba Joaquim Subano pediu engajamento de todos autores no processo eleitoral devido a complexidade do pleito    Ianaba Joaquim Subano reconheceu os resultados conseguidos pelo Presidente cessante. Por outro lado, o novo homem forte  da CRE de Gabu reconheceu ainda os desafios que tem pela frente naquela instituição eleitoral.

Ianaba Joaquim Subano promete resultados, contudo pede a colaboração da população da região de Gabu para continuar com legado deixado pelo seu antecessor.  

Declaração à imprensa do Chefe do Estado General Umaro Sissoco Embalo após o seu regresso ao país

Zelensky envia equipa militar à Dinamarca para treinar combate a drones... O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje o envio de uma equipa militar à Dinamarca para participar em exercícios conjuntos de combate a drones russos, após um aumento de incidentes na Europa.

© Ukrinform/NurPhoto via Getty Images   Lusa   30/09/2025 

"As nossas tropas chegaram para participar em exercícios conjuntos com parceiros, que podem tornar-se a base para um novo sistema de combate a drones russos", escreveu Zelensky nas redes sociais. 

O anúncio surge na véspera da cimeira informal da União Europeia (UE), marcada para quarta-feira em território dinamarquês, país que registou recentemente vários episódios de sobrevoo de drones misteriosos, considerados por alguns responsáveis como suspeitos de origem russa.

Segundo o chefe de Estado ucraniano, a experiência do seu país, alvo de ataques quase diários desde o início da invasão russa em 2022, "é a mais relevante na Europa de hoje".

"A nossa experiência e conhecimento, os nossos especialistas e as nossas tecnologias podem tornar-se um elemento-chave do futuro Muro Europeu contra 'Drones", comentou Zelensky.

Também a Polónia confirmou que irá enviar militares para a Dinamarca, a pedido das autoridades locais, para ajudar na proteção da cimeira.

"Solicitaram-nos a participação de soldados polacos", declarou o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

A decisão ocorre numa altura em que vários países da UE procuram reforçar as defesas aéreas, após incursões recentes de cerca de 20 drones e três caças russos em espaço aéreo europeu, e perante incidentes que levaram ao encerramento temporário de aeroportos dinamarqueses, incluindo o de Copenhaga.

Dez Estados-membros da União Europeia na linha da frente da guerra da Ucrânia causada pela invasão russa (Bulgária, Estónia, Finlândia, Letónia, Lituânia, Polónia e Roménia, Eslováquia, Dinamarca e Hungria) decidiram na semana passada avançar com um muro contra drones, um sistema de defesa aérea para detetar e reagir à entrada irregular destas aeronaves pilotadas remotamente, que arranca no flanco leste e pode ser alargado.


Primeiro-Ministro, Braima Camará, recebe o Embaixador da União Europeia na Guiné-Bissau, Federico Bianchi.

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, regressou ao país depois de uma visita oficial ao Vaticano, onde foi recebido em audiência pelo Papa.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR AO VÍDEO

Relatório europeu sobre o oceano alerta para ameaça de espécies invasoras... O oceano global está ameaçado pelas alterações climáticas, espécies invasoras ameaçam a biodiversidade, nomeadamente em Portugal, e o aumento do nível do mar ameaça 200 milhões de europeus, segundo um relatório hoje divulgado pela Comissão Europeia.

© ShutterStock   Lusa   30/09/2025

O nono relatório anual do Copernicus (sistema de observação por satélites) sobre o estado dos oceanos revela que todas as partes dos oceanos estão agora ameaçadas pelas alterações climáticas, pela perda de biodiversidade e pela poluição. 

O aumento de espécies invasoras como os caranguejos-azuis-do-Atlântico (Callinectes sapidus) - originários do Atlântico ocidental e golfo do México e já presentes nos estuários do Tejo e do Guadiana - e os vermes-de-fogo (Hermodice carunculata) - anelídeo marinho nativo do Atlântico tropical e do Mediterrâneo e já presente no Algarve e na Madeira - ameaçam a biodiversidade e as atividades de pesca.

O relatório mostra ainda que o aquecimento dos oceanos está a acelerar, indicando que o nível do mar subiu 228 milímetros entre 1901 e 2024, ameaçando 200 milhões de europeus que vivem em zonas costeiras e pondo em risco os locais classificados como património mundial da UNESCO.

Em 2023 e 2024, as temperaturas oceânicas excederam os recordes anteriores em mais de 0,25°C, afetando os ecossistemas, as pescas e as economias costeiras.

O relatório Copernicus fornece uma avaliação abrangente e atualizada do estado do oceano global e dos mares regionais europeus para a comunidade científica dos oceanos, bem como para os responsáveis políticos e decisores.


Leia Também: Dia Nacional da Água. Especialistas dizem que é preciso limitar a procura

O especialista em gestão da água Afonso do Ó alertou hoje para a necessidade de refrear a procura de água, que não pode crescer infinitamente, e considerou que "mais regadio é andar ao contrário".


Ministro israelita manifesta-se contra plano de paz de Trump... O ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, manifestou-se hoje contra o plano de paz para Gaza apresentado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, que foi apoiado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

© Kobi Wolf/Bloomberg via Getty Images     Lusa   30/09/2025 

O acordo significa "regressar - após o [massacre do Hamas em Israel] de 07 de outubro e após dois anos de dedicação, coragem e sacrifício de um povo de leões, com custos dolorosos e conquistas dramáticas, graças a Deus e com a Sua ajuda em todas as frentes - ao velho conceito de deixar a nossa segurança nas mãos de estrangeiros e de fantasias de que alguém fará o trabalho por nós", afirmou Smotrich na rede social X. 

"Trocar as conquistas concretas no terreno por ilusões políticas e render-se a um abraço diplomático de urso e a cerimónias brilhantes, à cânticos políticos de 'dois Estados' (...) representa um regresso ao conceito de Oslo", continuou Smotrich.

Para o ministro de extrema-direita, que faz parte do Governo de Netanyahu, com esta proposta dos Estados Unidos, Israel está a "perder uma oportunidade histórica" de "libertar-se das correntes de Oslo", referindo-se aos acordos assinados na capital norueguesa em 1993 entre o então primeiro-ministro israelita Yitzhak Rabin e o líder palestiniano Yasser Arafat.

O ministro das Finanças israelita afirmou que aceitar esta iniciativa e abandonar a intensa campanha militar contra o Hamas representa "um fracasso político retumbante, fechar os olhos e virar as costas a todas as lições do 07 de outubro", alertando que tal atitude "também terminará em lágrimas".

O responsável israelita referiu que "consultará, avaliará e decidirá" sobre esta proposta sem, para já, ameaçar abandonar o Governo de coligação de Benjamin Netanyahu.

O "acordo de paz" para Gaza apresentado na segunda-feira por Trump na Casa Branca, juntamente com o primeiro-ministro israelita, contempla a criação de um Governo de transição sem a presença do Hamas e supervisionado pelo presidente dos EUA, a desmilitarização da Faixa de Gaza e inclui a possibilidade de negociar um futuro Estado palestiniano.

Nas últimas horas, Netanyahu afirmou, no entanto, que nessa reunião não concordou com Trump sobre o estabelecimento de um Estado palestiniano.


Leia Também: Politécnico da Guarda desenvolve drones e IA com universidade ucraniana

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai desenvolver drones e projetos de Inteligência Artificial (IA) para a logística, com usos civis e militares, numa parceria com uma universidade ucraniana.