segunda-feira, 8 de julho de 2024

Abuja, Nigéria – 7 de julho de 2024. O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, participou na 65ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO.

Durante o evento, os líderes da região reuniram-se para debater estratégias de integração económica, paz e segurança na África Ocidental. 

Este encontro é fundamental para o fortalecimento da cooperação regional e o desenvolvimento sustentável dos países membros.  


Fonte: Presidência da República da Guiné-Bissau

Guiné-Bissau: Crise no PRS: Sissoco Embaló felicita a eleição de Félix Bulutna Nandungué

 Rádio Capital Fm
Bissau - (08.07.2924) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, felicitou a eleição de Félix Bulutna Nandungué.
Nandungué foi eleito no primeiro Congresso extraordinário da ala dos Inconformados do Partido da Renovação Social no dia 29 de junho.

“Felicito Presidente eleito do PRS, Félix Bulutna Nandungué. Ao Fernando Dias, todos são meus irmãos mais novos. Eu não tenho interesse de desestabilizar qualquer partido, sobretudo PRS. Peço-lhes para não embarcarem na agenda de outro partido. Há partidas em via de  extinção “, disse chefe de Estado guineense esta segunda-feira, 8 de julho, no Aeroporto Internacional Osvaldo, momento antes da sua partida para uma visita à República Popular da China.

Sissoco Embaló na sua réplica as vozes que teriam feito alerta para risco da Guerra Civil na Guiné-Bissau, sublinhou que “nem ele tem direito de falar da Guerra “, lembrou na ocasião “ efeitos negativos “ de conflito político-militar político-militar de 7 junho de 1998.

O Chefe de Estado garante ainda que “o golpe de Estado não acontecerá mais na Guiné-Bissau “,  admitiu que deixará o palácio de forma que  entrou por via das  eleições.

O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, realiza de 10 a 12  julho a sua primeira visita oficial à China, visando rubricar um acordo quadro geral de cooperação entre Bissau e Pequim.



ONU condena ataques russos que provocaram cerca de 30 mortos na Ucrânia

© Ivan Samoilov/Gwara Media/Global Images Ukraine via Getty Images
Por Lusa   08/07/24 
As Nações Unidas condenaram hoje a "onda de bombardeamentos mortíferos" realizados nas últimas horas pelo exército russo contra várias cidades na Ucrânia, que deixaram cerca de 30 mortos, segundo as autoridades ucranianas.

"A semana começou na Ucrânia com outra onda de bombardeamentos mortíferos por parte das forças armadas russas", disse a coordenadora humanitária da ONU para a Ucrânia, Denise Brown, sublinhando que "estes ataques atingiram múltiplas cidades na Ucrânia, incluindo a capital Kyiv, bem como bem como Kryvyi Rih e Pokrovsk, quando as pessoas estavam a começar o seu dia".

A responsável da ONU lamentou que "dezenas de pessoas tenham morrido e ficado feridas" e que "um hospital infantil no centro de Kiev tenha sofrido graves danos, cuja extensão é, por agora, desconhecida".

"É inadmissível que crianças morram e fiquem feridas nessa guerra. De acordo com o direito humanitário internacional, os hospitais têm proteção especial", disse Brown.

A coordenadora humanitária da ONU reiterou que "os civis devem ser protegidos" no contexto do conflito, desencadeado pela Rússia em fevereiro de 2022.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que 27 pessoas morreram devido aos ataques "massivos" que o exército russo realizou ao longo da manhã de hoje, deixando ainda mais de uma centena de feridos, incluindo vários menores no hospital infantil em Kiev atingido pelo ataque russo.

As forças russas dispararam "mais de 40 mísseis" hoje contra várias cidades da Ucrânia, incluindo a capital Kyiv, alertou, mais cedo, o Presidente ucraniano no Telegram.

Yevgeni Yerin, um dos porta-vozes dos serviços de informação ucranianos, prometeu que Kyiv fará "todo o possível" para responder a esses atentados.

O Ministério da Defesa russo negou ter atacado deliberadamente infraestruturas civis em várias cidades ucranianas e culpou as defesas antiaéreas pelos danos causados em locais como Kyiv.

Neste sentido, garantiu ter lançado "um ataque com armas de precisão de longo alcance contra instalações da indústria militar ucraniana e bases aéreas da força aérea ucraniana", acrescentando que "é absolutamente falso" que entre os objetivos havia instalações civis.

Leia Também: A França classificou os ataques russos realizados hoje a cidades ucranianas como "atos bárbaros", que deixaram dezenas de mortos e feridos, incluindo num hospital infantil em Kiev.  

Veja Também:  "A realidade ucraniana continua grave e vai ficar ainda mais": 15 milhões precisam de ajuda, incluindo três milhões de crianças

Zé Carlos em conferência de imprensa para falar da política partidária interna do Madem-G15.


 Radio Voz Do Povo

A China vai financiar um "grande centro de conferências" para a presidência da Guiné-Bissau da CPLP e reabilitar 300 quilómetros de estradas, entre outros investimentos no país africano, anunciou hoje o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Por Lusa  08/07/24 
 Guiné-Bissau. China financiacentro de conferências e reabilita estradas
A China vai financiar um "grande centro de conferências" para a presidência da Guiné-Bissau da CPLP e reabilitar 300 quilómetros de estradas, entre outros investimentos no país africano, anunciou hoje o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.


O chefe de Estado fez o anúncio no aeroporto de Bissau, numa declaração aos jornalistas, antes de embarcar para Pequim, onde vai realizar uma visita de Estado de três dias, a partir de quarta-feira.

"No próximo ano a Guiné-Bissau vai assumir a presidência rotativa da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Isso significa que, mesmo que Umaro Sissoco Embaló vá às eleições e for derrotado, o Presidente que vier é quem vai continuar com a presidência da CPLP", referiu.

O Presidente guineense observou que o facto "deve orgulhar todos os cidadãos" do país.

Sissoco Embaló adiantou que a China, que considerou como parceiro tradicional da Guiné-Bissau, aceitou construir "um grande centro de conferências" em Bissau e ainda alcatroar pelo menos 300 quilómetros de estradas.

A China está a construir atualmente a única estrada na Guiné-Bissau que liga o aeroporto internacional Osvaldo Vieira à localidade de Safim, num troço de 8,2 quilómetros, orçado em 13,6 milhões de euros.

O Presidente guineense não quis "adiantar muito" sobre os projetos em carteira com a China, mas ainda adiantou que aquele país aceitou construir na Guiné-Bissau um campus universitário para 12 mil alunos.

"Antes de chegarmos lá, a China já anunciou um donativo de 27,5 milhões de dólares americanos para a Guiné-Bissau que serão destinados a projetos, independentemente de outros projetos que já temos em carteira", assinalou.

O Presidente guineense enalteceu a postura da China, que, disse, "nunca se imiscui na política interna de um país africano" e ainda o facto de ter ajudado a formar quadros militares da Guiné-Bissau.

Embaló considerou ainda a China como "parceiro incontornável e incontestável na geopolítica" mundial.

Leia Também: 65ª sessão Ordinária CEDEAO - Chefes de Estado e de Governo  exortam  governo guineense a acelerar o processo de realização de novas eleições legislativas 



França: Macron mantém Gabriel Attal como primeiro-ministro "por enquanto"... Attal tinha pedido a demissão na sequência das eleições legislativas deste fim de semana.

© LUDOVIC MARIN/POOL/AFP via Getty Images
Por  Notícias ao Minuto   08/07/24

O
presidente da França, Emmanuel Macron, pediu ao primeiro-ministro do país, Gabriel Attal, que se mantenha no cargo "por enquanto", para "garantir a estabilidade do país", segundo o Le Figaro.

Attal tinha pedido a demissão na sequência das eleições legislativas deste fim de semana, em que a coligação de Esquerda Nova Frente Popular saiu vencedora.

O Ensemble, agrupamento centrista e liberal encabeçado pelo Renascimento de Macron, ficou em segundo lugar, seguindo-se o União Nacional (UN).

Attal tinha afirmado, no domingo, que poderia permanecer no cargo "enquanto o dever o exigir". França, recorde-se, está prestes a receber os Jogos Olímpicos, que arrancam no país a 26 de julho.

"Assumirei obviamente as minhas funções durante o tempo que o dever exigir", disse, numa intervenção na residência oficial do primeiro-ministro, quando foram anunciadas as primeiras projeções que davam uma vitória clara à Nova Frente Popular. O governante aproveitou para "felicitar os 577 deputados eleitos".

"Não escolhi esta dissolução, mas recusei-me a submeter-me. Decidimos lutar. Alertei para o risco de uma maioria absoluta da França Insubmissa ou da União Nacional e para o risco de desaparecimento do nosso movimento. Estes três riscos foram afastados pelos franceses. Devemos isso a este espírito francês, apegado aos seus valores", argumentou.

O centro "está vivo e de boa saúde" graças à "determinação" dos seus representantes, sublinhou Attal, notando que o movimento Juntos que apoia terá "três vezes mais deputados do que as estimativas sugeridas no início desta campanha".

A aliança de esquerda Nova Frente Popular, que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI, partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon) arrecadou 182 lugares, seguida pelos 168 governantes eleitos pelo Ensemble (Juntos), agrupamento centrista e liberal encabeçado pelo Renascimento.

A União Nacional e aliados, por sua vez, ficaram-se pelos 143 lugares, muito acima do seu melhor resultado anterior, de 89 cadeiras em 2022.

As mais recentes eleições legislativas foram marcadas pela alta afluência dos eleitores: 66,63%, contra os 46,23% registados em 2022.

Na primeira volta, em 30 de junho, o partido de extrema-direita conseguiu vencer pela primeira vez as eleições legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.

Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI), partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon), com 28%.

O Ensemble (Juntos), agrupamento centrista e liberal encabeçado pelo Renascimento, partido do Presidente Emmanuel Macron, obteve 20%.

As legislativas francesas foram convocadas por Macron após a derrota do seu partido e a acentuada subida da União Nacional nas eleições para o Parlamento Europeu de 09 de junho. A escolha de um novo executivo deveria ocorrer apenas em 2027.

Emmanuel Macron ainda tem três anos de mandato presidencial. Espera-se que os legisladores recém-eleitos reúnam-se na Assembleia Nacional para iniciar negociações sobre os possíveis acordos partidários.

Entrentanto, Macron deverá viajar para uma cimeira da NATO em Washington, que se realiza entre terça e quinta-feira.

O impasse político poderá ter implicações de longo prazo, nomeadamente para a guerra na Ucrânia, para a diplomacia global e para a estabilidade económica da Europa.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje que vai marcar eleições legislativas antecipadas para 24 de novembro, assim que regressar de uma visita de Estado de três dias à China que inicia na quarta-feira.

Por Lusa  08/07/24 
Embaló anuncia data das legislativas antecipadas para 24 de novembro
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, anunciou hoje que vai marcar eleições legislativas antecipadas para 24 de novembro, assim que regressar de uma visita de Estado de três dias à China que inicia na quarta-feira.


Umaro Sissoco Embaló, que falava antes de embarcar no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, de Bissau, disse que assim que regressar da visita a Pequim vai fazer as consultas com as forças políticas e marcar as eleições legislativas.

"Quem não concordar pode recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça", notou Sissoco Embaló.


Leia Também:  Guiné-Bissau - CEDEAO apela para novas eleições legislativas

És documentos i falsos tudo i mintida,suma e sta frustrado kila ku manda e tenku inventa e papel A4 pá fala kuma essi dinhero ku gastado.

Bo randja utru cau di pega es não. sibo pensa assim ki país ta governado bo sta enganado.


Por 
Gaitu Baldé

França: Socialistas querem candidato a primeiro-ministro em uma semana

© Ludovic Marin/AFP via Getty Images
Por Lusa 08/07/24 
A aliança de esquerda vencedora das eleições legislativas em França, sem maioria absoluta, deve "estar em condições de apresentar um candidato" ao cargo de primeiro-ministro dentro de uma semana, disse hoje o socialista, Olivier Faure.

O líder do Partido Socialista, uma das formações da Nova Frente Popular (NFP), afirmou que a escolha vai ser feita "esta semana".

A vitória da NFP mantém em aberto a formação do novo governo de França, uma vez que nenhum dos blocos que concorreram às eleições legislativas antecipadas alcançou a maioria absoluta.

A coligação de esquerda alcançou entre 177 e 198 lugares na Assembleia Nacional enquanto a aliança centrista do Presidente francês, Emmanuel Macron, ficou em segundo lugar, com 152 a 169 lugares.

A União Nacional, de extrema-direita, que obteve a liderança na primeira volta ficou em terceiro lugar no domingo: entre 135 e 143 deputados.

Leia Também: Reviravolta histórica. França 'guina' à Esquerda, mas está tudo em aberto

Ucrânia: Ataque russo provoca várias explosões no centro de Kyiv

© Getty ImagesANATOLII STEPANOV/AFP
Por Lusa 08/07/24 
Várias explosões foram ouvidas hoje no centro de Kyiv após as defesas antiaéreas terem sido ativadas para repelir um ataque russo contra a capital do país, segundo as autoridades ucranianas.

A administração militar de Kyiv confirmou, à agência de notícias EFE, o ataque russo, após ter divulgado um alerta para um ataque "massivo" contra "toda a Ucrânia" na rede social Telegram.

"Vizinhos de Kyiv! Ataque de mísseis! As defesas aéreas foram ativadas na região. Mantenha o silêncio informativo. Pedimos para não gravarem ou publicarem o trabalho dos nossos defensores nas redes. Fiquem nos abrigos até ao final do alerta aéreo", referiu a publicação do Telegram da Administração Militar de Kyiv.

O autarca da capital, Vitali Klitschko, anunciou o envio de equipas de socorro para tratar possíveis vítimas no distrito de Solomianski, na zona oeste da capital ucraniana.

Leia Também: Rússia promete reagir depois de um ataque ucraniano com drones ter incendiado armazém de munições 


PR UMARO SISSOCO EMBALO DESLOCAR-SE PARA REPÚBLICA POPULAR CHINA



 Radio Voz Do Povo

Estudo demonstra que sal em excesso pode contribuir para a disfunção cerebral

Por  cnnportugal.iol.pt, 08/07/2024
As pessoas que comem mais sal têm disfunção dos pequenos vasos cerebrais, independentemente do seu controlo da tensão arterial, o que poderá relacionar-se com problemas cognitivos e aumentar a probabilidade de demência

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) demonstra que o sal em excesso tem um efeito direto no cérebro, provocando danos significativos nos vasos sanguíneos, foi revelado esta segunda-feira.

“Encontrámos uma associação entre a elevada ingestão de sal na dieta e a disfunção microvascular cerebral, nomeadamente no mecanismo fisiológico do acoplamento neurovascular, isto é, de articulação entre os neurónios e os vasos sanguíneos, que está prejudicado”, lê-se no resumo do estudo enviado à agência Lusa.

O consumo de sal em excesso pode provocar hipertensão arterial, um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC).

Este estudo, liderado pela investigadora e neurologista Ana Monteiro, demonstra, agora, que o sal em excesso tem um efeito direto no cérebro, provocando danos significativos nos vasos sanguíneos.

As pessoas que comem mais sal têm disfunção dos pequenos vasos cerebrais, independentemente do seu controlo da tensão arterial, o que poderá relacionar-se com problemas cognitivos e aumentar a probabilidade de demência.

A equipa de investigadores avaliou pessoas com hipertensão arterial bem controlada (com valores dentro do normal sob medicação), mas que ainda não tinham sintomas. Além de terem hipertensão arterial, muitos dos doentes estudados tinham também diabetes.

Os doentes, recrutados num hospital da região do Porto, submeteram-se a uma série de exames, designadamente à avaliação da quantidade de sódio ingerida diariamente, da pressão arterial (durante 24 horas) e a provas que avaliam a saúde e funcionamento dos pequenos vasos cerebrais, mais suscetíveis ao dano causado pela tensão elevada.

De acordo com a FMUP, foram ainda realizadas ressonâncias magnéticas para avaliar a presença de lesões cerebrais silenciosas e foi estudado o funcionamento cognitivo, incluindo a atenção, a velocidade de raciocínio e a memória.

Os participantes neste estudo consumiam 12 gramas de sal diariamente, o que é mais do dobro do valor máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que são cinco gramas por dia.

Os resultados indicaram que os doentes que ingeriam mais sal apresentavam menor capacidade de aumentar o fluxo sanguíneo cerebral às zonas do cérebro mais ativas durante uma dada tarefa (neste caso, ao córtex occipital durante uma tarefa visual), indicando maior rigidez das artérias.

Em conclusão, e segundo a equipa de investigadores citada no comunicado, “a maior ingestão de sal está associada a um pior acoplamento neurovascular durante a estimulação visual”.

Por outras palavras, “o sal em excesso torna menos eficaz a comunicação entre neurónios e vasos sanguíneos no cérebro, durante fases de maior necessidade de suprimento vascular aos neurónios responsáveis pela resposta a um estímulo visual”.

Este estudo teve como autores vários investigadores da FMUP e da Northwestern University Feinberg School of Medicine (Chicago, EUA) e faz parte de um trabalho de investigação mais vasto apresentado em maio, no doutoramento em Neurociências realizado por Ana Monteiro, com orientação de Elsa Azevedo (FMUP/ULS São João).

65TH ORDINARY SESSION OF THE CONFERENCE OF HEADS OF STATE AND GOVERNMENT OF ECOWAS HELD ON 07 JULY IN ABUJA, FEDERAL REPUBLIC OF NIGERIA


FINAL COMMUNIQUE




Leia Também:  A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), reunida hoje, advertiu que a região corre o risco de "desintegração", depois da criação de uma confederação pelos regimes militares do Níger, Mali e Burkina Faso. 

Rússia promete reagir depois de um ataque ucraniano com drones ter incendiado armazém de munições

Por  CNN, 08/07/2024
Nesta imagem obtida pela CNN, vê-se fumo após um ataque de um drone ucraniano a um armazém na região de Voronezh, no sudoeste da Rússia, este domingo, 7 de julho


Rússia promete reagir depois de um ataque ucraniano com drones ter incendiado um alegado armazém de munições

Moscovo prometeu responder aos ataques ucranianos dentro das suas fronteiras, depois de um drone ter incendiado um armazém que alegadamente armazenava munições, provocando o estado de emergência na região de Voronezh, no sudoeste da Rússia.

O ataque do drone teve lugar numa povoação no distrito de Podgorensky, disse o governador de Voronezh, Aleksandr Gusev, no domingo. Segundo fontes ucranianas, o armazém foi visado porque estava a ser utilizado para fornecer munições às tropas russas que combatem na Ucrânia.

"Vários UAVs [aeronaves militares autónomas] foram detectados e destruídos pelas forças de defesa aérea em serviço sobre o território da região de Voronezh na noite passada. Um incêndio deflagrou num armazém devido à queda dos seus destroços. A detonação dos objectos explosivos começou no distrito de Podgorensky", disse Gusev.

O responsável não identificou a povoação onde ocorreu o ataque, mas disse que tinha sido declarado o estado de emergência nessa localidade. Ninguém ficou ferido no ataque, mas duas mulheres idosas foram levadas para o hospital para serem examinadas, disse ele.

"Os serviços operacionais, os militares e os funcionários estão a trabalhar no local para eliminar a emergência", disse, acrescentando que foram tomadas medidas para a evacuação dos residentes das aldeias vizinhas.

"Até à data, cerca de 50 pessoas de três povoações foram transportadas para centros de alojamento temporário. Estamos a prestar-lhes toda a assistência necessária", afirmou.

Uma fonte ucraniana familiarizada com o assunto disse que os drones do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) visaram o armazém porque estava a ser utilizado para fornecer munições às tropas russas que combatem na Ucrânia.

"O inimigo estava a armazenar mísseis superfície-superfície e superfície-ar, cartuchos para tanques e artilharia, e caixas de munições para armas de fogo numa área de 9.000 metros quadrados", disse a fonte. A CNN não conseguiu verificar estas afirmações de forma independente.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, disse a uma emissora estatal, após o ataque, que "o Presidente disse que iríamos responder - e estou convencido de que o veremos num futuro previsível".

"Eles - os Estados Unidos e a NATO - continuam a dizer que não estão em guerra com a Rússia. Não se trata de uma cara corajosa numa situação má, é o que eu digo, e eles compreendem-no perfeitamente bem", disse Lavrov, segundo a agência noticiosa estatal TASS.

O Ministério da Defesa da Rússia disse no domingo que os ataques de drones ucranianos também foram interceptados na noite de sábado na região fronteiriça de Belgorod.

Entretanto, os ataques russos na Ucrânia também continuaram no domingo, ferindo pelo menos duas pessoas na região de Kharkiv, de acordo com as autoridades locais.

Mais a sul, na região de Kherson, as equipas de salvamento apagaram 14 incêndios devido a bombardeamentos russos que danificaram edifícios residenciais e automóveis, segundo as autoridades.

domingo, 7 de julho de 2024

Presidente da CEDEAO defende criação de força militar contra o terrorismo

© Getty Images
Por Lusa  07/07/24 
O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, defendeu hoje, na reunião que confirmou a sua reeleição para presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a criação de uma força regional para lutar contra o terrorismo.

"Permitam-me sublinhar que uma sociedade pacífica e segura é essencial para alcançar todo o nosso potencial; devemos assegurar-nos que cumprimos com as expetativas e recomendações estabelecidas pelos nossos ministros da Defesa e Finanças", disse Tinubu na abertura da 65.ª cimeira ordinária de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que decorreu este domingo em Abuja.

"À medida que avançamos para colocar em funcionamento a Força de Reserva da CEDEAO (ESF, na sigla em inglês) contra o terrorismo, tenho de salientar que o êxito deste plano implica uma forte vontade política e recursos financeiros substanciais", disse o Presidente nigeriano, instando os países da região que engloba Cabo Verde e Guiné-Bissau a angariar os 2,6 mil milhões de dólares, cerca de 2,4 mil milhões de euros, que a organização acredita serem necessários para o estabelecimento dessa força conjunta.

Tinubu foi eleito por unanimidade para continuar a liderar a CEDEAO por mais um ano, e tem tentado impulsionar a cooperação regional contra o terrorismo, depois de grupos nigerianos como o Boko Haram ou o Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP, em inglês), terem alargado as suas operações a países vizinhos.

A cimeira acontece um dia depois de os presidentes golpistas do Mali, Níger e Burkina Faso, que saíram da CEDEAO, terem criado a Confederação da Aliança dos Estados do Sahel, terem-se reunido em Niamey para formalizar o acordo.

"O panorama político continua a ser frágil nalguns Estados membros, especialmente aqueles que passaram por mudanças inconstitucionais de governo", reconheceu Tinubu, citado pela agência espanhola de notícias, a Efe.

Antes, na abertura do encontro, o presidente da Comissão Executiva da CEDEAO tinha anunciado a imposição da obrigação de visto aos cidadãos do Mali, Burkina Faso e Níger.

O presidente da CEDEAO advertiu ainda que os cidadãos do Burkina Faso, Níger e Mali não vão poder criar empresas, como estipulado na carta da CEDEAO, e ficam sujeitos às respetivas leis nacionais.

Omar Touray também alertou para o risco de "desintegração" que representa a decisão daqueles três países de abandonarem a organização.

"As nossas populações beneficiam da liberdade de circulação no nosso espaço, bem como das vantagens do nosso mercado comum de mais de 400 milhões de pessoas. É evidente que a desintegração não só perturbará a liberdade de circulação e de fixação das pessoas, como também agravará a insegurança na região", advertiu Touray.

Leia Também: CEDEAO. Cimeira elege novo líder e coloca Sahel no centro das discussões 


Então, enquanto nada ainda acontece, o líder eleito pode acionar, como falei acima, o Ministério do Interior para recuperar patrimônio do partido que está sob controle ilegal nas mãos do Fernando Dias....

Por  O Democrata Osvaldo Osvaldo
Será que anotação do SUPREMO TRIBUNAL de JUSTIÇA sobre congresso extraordinário dos inconformados foi apenas uma brincadeira?!
Até agora, o líder eleito pelo PRS, reconhecido legalmente por Lima André Pr do STJ de Justiça da Guiné-Bissau, não tomou nenhuma decisão que a Lei lhe confere. Isto é, com o auxílio do Estado, recuperar tudo que é do partido, por exemplo, pedir as chaves da sede, as viaturas e todos os valores do partido, inclusive a conta bancária do mesmo. 

Óbvio, primeiro, que sejam feitos os balanços.
Embora, tal despacho que anotou o resultado do congresso extraordinário é meramente administrativo e que pode ser atacado no plenário do Supremo Tribunal. Ou foi plenária com 12 juízes que votaram contra Fernando Dias? 

Então, enquanto nada ainda acontece, o líder eleito pode acionar, como falei acima, o Ministério do Interior para recuperar patrimônio do partido que está sob controle ilegal nas mãos do Fernando Dias. 

Dito líder eleito, é essencial aprender ser político caso contrário, isso pode trazer mais sofrimento nos próximos dias, ou ser Presidente do partido PRS não estava destinada a ser parte da sua jornada política? 

O senhor criou expectativas políticas sem ter coragem de assumir situações necessárias com o despacho em mãos! 

Nem me importa refletir sobre mérito do despacho.
Sunday 7 July
20:07.
- UK- Londres.
Juvenal Cabi Na Una.

DIREÇÃO DO PRS LIDERADA PELO NOVO PRESIDENTE, FÉLIX BLUTNA NANDUNGUE, ESTÁ EM CONFERÊNCIA DE IMPRENSA.



  Radio Voz Do Povo

Um grupo ainda por identificar assaltou esta madrugada [07.07.2024] a sede da Comissão Eleitoral da Federação de Futebol da Guiné Bissau no Estadio Lino Correia.

Por  Radio Voz Do Povo

Viva uma África verdadeiramente independente e emancipada!...

Por  O Democrata Osvaldo Osvaldo
África Ocidental - (Burkina Faso e do Mali, reverteram determinantemente as costas à CEDEAO).
Só assim, com estes gestos de bravura e determinação a liderança Africana testemunhará a verdadeira independência para qual muitos deram as suas vidas! A meta e os objectivos finais é a prosperidade dos seus povos em todos os níveis!

Viva uma África verdadeiramente independente e emancipada!
É disso que se espera da Liderança de cada país da África Negra!
Espera-se dessa Liderança, Visão Estratégica Clara, Determinação e Coragem como também, Sentidos da Missão, Dever e Responsabilidade!
Sunday 7 July
11:10.
- UK- Londres.
Juvenal Cabi Na Una.

 

 Leia Também: Níger, Mali e Burkina Faso "viraram as costas" à CEDEAO 


MON DI PARMANHA ❤️🦅 ...Watcha Catcheu

Fonte: Watcha Catcheu

Falta de medicamentos e negligência aceleram morte em hospitais de Angola

© iStock
Por Lusa   07/07/24

Alguns pacientes e familiares relataram à Lusa situações dramáticas no acesso aos serviços de saúde pública em Angola e afirmaram que negligência, mau atendimento, falta de medicamentos e de recursos humanos são responsáveis pelo "acelerar" das mortes hospitalares.

Muitos pacientes que acorrem aos hospitais públicos angolanos morrem, não pela doença, mas por falta de cuidados e da devida atenção dos técnicos de saúde, afirmaram alguns familiares de doentes, que pernoitam à entrada dos hospitais de Luanda.

A falta de medicamentos e meios médicos (luvas, algodão, fraldas, seringas e outros), de laboratórios para exames especializados e até de refeições para os pacientes obrigam dezenas de familiares a acamparem junto dos hospitais para garantirem "socorro e solidariedade" aos seus.

Maria Lopes, 41 anos, contou à Lusa que já perdeu mais de uma dezena de familiares diretos nos últimos 16 anos em hospitais públicos do país, não devido a doenças, "mas por conta do mau atendimento dos técnicos de saúde".

"Hoje não temos essa segurança [nos hospitais], eu pelo menos não tenho", disse a gestora que chegou ao Hospital do Prenda às primeiras horas do dia para visitar um irmão ali internado e até perto das 10:30 não tinha qualquer informação sobre o seu estado de saúde.

Sentada sobre cartões espalhados na calçada principal que dá acesso à unidade hospital, ladeada de dezenas de mulheres que ali passam a noite, expostas ao frio e outros riscos, Maria disse que a "falta de amor", de comunicação e dedicação dos profissionais da saúde obriga os familiares a ficarem à porta dos hospitais durante largos dias.

"É mais fácil estar aqui, mais perto do meu irmão, dá-me tempo, por exemplo, se precisarem de alguma coisa, porque normalmente nos hospitais é assim, porque às vezes não tem dipirona [medicamento], às vezes não tem luvas e outras coisas", disse, enquanto ao lado outras pessoas acenavam a cabeça em jeito de concordância.

Porque "nem sempre eles (médicos e/ou enfermeiros) dizem (que há carência de material), mas as vezes eles deixam de atender porque não querem pedir e a pessoa acaba morrendo. Para isso não acontecer nós ficamos aqui de prevenção, só por isso", enfatizou.

Após contar o drama do sobrinho que morreu no ano passado numa unidade hospitalar pública em Viana, por não ter sido medicado durante três dias, e de outros que morreram em circunstâncias similares, Maria deplorou o acesso à saúde em Angola.

"É das piores, porque cada dia quando olho para as unidades hospitalares, hoje temos das melhores a serem inauguradas, com equipamentos de ponta, mas o que nos falta são recursos humanos (...). Vimos perdendo muitas vidas porque não há amor, não há amor à profissão e às pessoas", lamentou.

Maria Inácio, de 52 anos, também se queixa, ela que tem a tia internada no Hospital do Prenda, há quase uma semana, período em que tem pernoitado nas imediações para atender a qualquer chamada dos familiares.

Contou que por vezes permitem que aceda à sala de internamento, momentos que usa para trocar fraldas da paciente, para lhe dar de comer e mesmo para comprar alguns dos medicamentos receitados.

"Temos que ficar mesmo aqui, mesmo no frio, estamos a dormir aqui desde domingo passado", frisou.

Também agastado com o atendimento no Hospital do Prenda está Mahula Armindo, 39 anos, que, em finais de abril passado, partiu o braço direito.

Em busca de assistência dirigiu-se a este hospital às 22:00, mas apenas foi atendido às 02:00, sem que lhe fosse administrado qualquer analgésico para atenuar as intensas dores que sentia.

Mahula, funcionário de uma empresa de comunicação, aguarda há dois meses por uma nova consulta e continua com o braço engessado, lamentando a falta de informações que contribui para o agravar do estado de saúde de muitos pacientes.

"Vai ainda a questão da demora, só para marcar a primeira consulta eu já fiquei lá durante quatro horas à espera e no dia a consulta podes chegar lá as 07:00 e apenas saíres do hospital as 17:00 (...). Acho que temos hospitais bons, mas o pessoal é que não é bom", atirou o paciente, que, como recurso, começou o tratamento numa clínica privada, onde diz ser atendido com humanidade.

À entrada principal da sede do Ministério da Saúde, na Avenida Amílcar Cabral, centro de Luanda, dezenas de cidadãos transformaram os passeios em dormitórios, o espaço que encontraram para se acomodar enquanto esperam por notícias dos seus familiares, internados no Hospital Josina Machel.

Esta unidade hospitalar, uma das maiores e mais antigas do país, recebe doentes de várias províncias, cujos familiares também relatam dificuldades para aceder à unidade hospitalar.

"Isso surge porque as pessoas lá dentro [do hospital] não têm uma melhor atenção para com os pacientes, porque pelo menos um doente estaria lá acompanhado de um familiar, mas isso não acontece e temos que estar fora e isso é mau", disse à Lusa Sara Mariano.

A reformada, de 64 anos, sentada num dos passeios do conhecido prédio inacabado da Maianga, apontou para a necessidade de se melhorar o acesso à assistência médica e medicamentosa dos cidadãos angolanos.

"Falta muita coisa para melhorar, porque, por exemplo, a pessoa vai fazer a consulta e não tem medicamentos, tem de procurar fora do hospital e, nesse caso, muitos, estamos sem condições para comprar medicamentos, é complicado", desabafou.

Até perto do meio-dia, mais de uma dezena de pessoas, entre homens e mulheres, preocupadas com a saúde dos seus entes, ainda repousavam em sono profundo por cima de papelões.

Luzia António Manuel, 32 anos, teve de acorrer à Maternidade Augusto Ngangula, distrito urbano da Ingombota, para acudir a irmã mais nova, grávida, que precisava fazer uma ecografia extra-hospitalar.

"Ficámos aqui porque os técnicos chamaram para fazer uma ecografia (...) e, então, tivemos de ir aqui no Bairro Operário, num consultório privado para poder fazer a ecografia", explicou, referindo que tal movimentação pode colocar em perigo a vida da gestante e do respetivo bebé.

A Lusa tentou ainda contactar um funcionário, que se escusou a falar por falta de autorização, e a equipa médica em serviço no Ngangula, mas os efetivos da segurança não permitiram o acesso à maternidade.

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Bardella com maioria absoluta e vitória de Trump. "Pode ser o gatilho para a III Guerra Mundial, caso a Rússia decida atacar o flanco Leste”

Jordan Bardella (AP)
Joana Azevedo Viana   Cnnportugal.iol.pt   07/07/2024
Este domingo, os franceses são chamados às urnas para a segunda e última volta das legislativas que Macron antecipou após a dura derrota nas europeias. Não é certo que a extrema-direita consiga a maioria absoluta, mas é uma possibilidade. "Será obviamente explosivo para a política francesa e para a política europeia" e pode piorar se Donald Trump for novamente eleito presidente dos Estados Unidos dentro de quatro meses

Há dois cenários em cima da mesa com a vitória quase certa da extrema-direita na segunda e última volta das legislativas em França, este domingo. O Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen e Jordan Bardella, pode conquistar uma maioria relativa, sem controlo total da Assembleia Nacional, e inaugura-se um período de grande instabilidade política no país. Ou conquistar a maioria absoluta que almeja, e a crise que se inaugura terá outra dimensão, com repercussões não apenas para os franceses, mas para toda a Europa.

“As projeções anteriormente davam entre 250 e 300 deputados para o RN, mas isto já não é o caso neste momento, depois de mais de 200 deputados da coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e da coligação centrista de Emmanuel Macron terem desistido”, destaca Victor Warhem, analista da Rede de Centros de Políticas Europeias (CEPN). “Neste momento, as sondagens estão a prever cerca de 240 deputados para o RN, muito menos do que dantes e muito abaixo do mínimo [de 289] para ter maioria na Assembleia Nacional.”

Mas e se conquistarem a maioria absoluta? “Será explosivo para a política francesa e para a política europeia, obviamente”, assume Warhem. “No que toca à Ucrânia, devemos antecipar um parlamento que não vai bloquear toda a ajuda militar, mas uma parte da ajuda e, para além disso, se Putin e o exército russo conseguirem avanços na frente de batalha até Kiev, infelizmente a posição de Bardella e do RN será a de não mandar tropas para ajudar a Ucrânia.”

Durante a campanha, o possível futuro primeiro-ministro francês garantiu que, ao contrário do que Le Pen tinha sugerido, não vai retirar França do comando militar estratégico da NATO para já. Mas essa garantia não acalma os receios sobre o que pode vir a acontecer sob um governo Bardella. “Se olharmos para as pessoas que compõem o partido e para as pessoas que podem vir a ocupar cargos ministeriais, particularmente quem poderá vir a ser o próximo ministro dos Negócios Estrangeiros – e mesmo sabendo que podem estar a dizer muitas mentiras – a postura do RN é sobretudo pró-russa”, ressalta o analista do CEPN. E “no curto e médio prazo, um governo Bardella vai criar uma distância em relação aos aliados originais de França na NATO e aproximar-se da Rússia”.
O líder da Hungria, Viktor Orbán (esquerda), acaba de regressar de uma visita a Moscovo onde se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin (Valeriy Sharifulin, Sputnik, Kremlin Pool via AP)

O dilema orçamental

Esta aproximação já teve o seu primeiro capítulo quando, há alguns dias, o governo russo declarou apoio oficial à candidatura do RN nas eleições em França. Dias depois, Viktor Orbán, o primeiro-ministro da Hungria, visitou Vladimir Putin em Moscovo. “Uma extrema-direita cada vez mais reforçada, com cada vez mais apoio no Conselho Europeu – não apenas de Orbán, mas também de Geert Wilders e outros líderes – no curto prazo terá impacto no motor franco-alemão e na sua capacidade de liderar o projeto europeu, sobretudo depois das últimas eleições europeias”, indica a analista Marta Mucznik. “E o que sai enfraquecido com isso é a visão da Europa, o papel da UE no mundo e os grandes temas estratégicos que estão na agenda europeia agora.”

Entre esses temas conta-se o apoio à Ucrânia – que, a nível europeu, tem tido na França de Macron um dos seus maiores aliados, senão o maior – mas também o alargamento europeu, agora que as negociações para a adesão da Ucrânia e da Moldova já estão em curso. Outro tópico relevante, dadas as promessas de Bardella durante a campanha, é a contribuição de Paris para o orçamento comunitário, com o presidente do RN a prometer reduzir a quantia desembolsada para os cofres europeus.

“Quando se olha para a realidade das contribuições para a UE, vemos que, os anos 2000 e 2010, a Alemanha, os Países Baixos, a Áustria, a Suécia e a Dinamarca obtiveram reduções, e outros 17 países conseguiram-no em 2020, mas França não”, explica Victor Warhem, autor de um artigo publicado há poucos dias sobre as contribuições financeiras dos Estados-membros, que sob as regras da UE se definem de acordo com o PIB de cada país.

“Desse ponto de vista, não é contraditório pensar que França deve reduzir a sua contribuição. E sendo o país um dos mais importantes motores do projeto europeu, podemos vir a assistir a isso nos próximos meses ou anos. Mas é preciso destacar que França tem beneficiado muito dessas contribuições: sendo o segundo país que mais paga, atrás da Alemanha – pagamos 10 mil milhões de euros por ano – somos o segundo país que mais recebe de volta, por ano recebemos 10 mil milhões da Política Agrícola Comum (PAC) e 5 mil milhões de outras políticas, sobretudo de inovação, que são das mais caras na UE neste momento.”

Apesar disso, Bardella diz que quer reduzir a contribuição para a UE já este ano e é incerto se irá moderar essa postura caso se torne primeiro-ministro. “Ao longo das últimas semanas ele tem voltado atrás com várias propostas, pode retroceder nesta, e não penso que o seu eleitorado seria completamente contra isso, porque as pessoas que votam RN votam sobretudo contra a imigração e pela segurança, é o único tópico que une o eleitorado inteiro do RN. Bardella pode não voltar atrás para mostrar que é diferente de Macron e dos partidos tradicionais, mas também pode voltar atrás, porque não é do interesse dele criar uma crise destas ao nível da UE. Provavelmente tentará abrir negociações de uma forma civilizada quando chegar o momento certo.”

Sob Macron, França tem sido um dos principais aliados europeus da Ucrânia e Bardella promete bloquear mais ajuda financeira e militar a Kiev (EPA)

"Receio real de novos ataques russos, sobretudo contra Estados do Báltico"

“Se houver um governo Bardella de maioria absoluta”, adianta Marta Mucznik, o que fica sob ameaça no imediato é aquele que tem sido o mainstream político europeu, uma “visão que é posta em causa por estas forças da extrema-direita, ou da direita radical, que estão a ganhar cada vez mais terreno, eleição após eleição, com um projeto completamente diferente”.

A analista do EPC ressalva que “o centro de gravidade, apesar dos resultados das europeias em junho, ainda é o que conhecemos e há pressão para as forças da extrema-direita gravitarem mais para o centro, aliás, temos visto isso no papel que Giorgia Meloni tem desempenhado, no fundo quase de mediadora entre o centro e a extrema-direita”. O problema, acrescenta, “será quando for o contrário, quando o centro de gravidade começar a mover-se mais para a extrema-direita”.

Isso será uma hipótese ainda mais realista se, como parece cada vez mais certo, Donald Trump vencer as presidenciais norte-americanas em novembro, sobretudo se concretizar a promessa de tirar os EUA da NATO. “Se Trump sair da NATO e se França sob Bardella não se envolver no mecanismo de defesa para ajudar a Ucrânia, isto será uma enorme vitória para Putin e para a influência russa na Europa”, sublinha Warhem. “Haverá um receio real de novos ataques russos, sobretudo tendo como alvos os Estados do Báltico e os países mais próximos da Ucrânia, o que seria absolutamente terrível para o projeto europeu.”

O analista diz não estar totalmente convencido de que Trump avance mesmo com a retirada da NATO, já que “é este o estilo de negociação dele com os países europeus da NATO, para nos obrigar a pagar mais, a atingir os 2% do PIB”. E também não considera que a postura norte-americana em relação à Europa “vá mudar radicalmente com Trump”, que deverá focar-se mais na China. Só que, nesse caso, “os EUA deixarão de ter os recursos para proteger a Europa e isso pode ser o gatilho para a III Guerra Mundial, caso a Rússia decida atacar o flanco europeu de Leste”.

“É por isso que os europeus têm de se unir no que toca à indústria da Defesa, criar uma coligação entre as forças armadas”, reforça Victor Warhem. “Infelizmente, se o RN chegar ao poder em França, isto será mais difícil. Bardella não apoia, por exemplo, a criação de um mecanismo de empréstimos para financiar a indústria da Defesa. E Macron não será capaz de impor a sua agenda se o RN vencer”, mesmo sendo a autoridade máxima no que toca à política externa francesa.

Se Trump vencer, adianta Marta Mucznik, “isso será muito complicado para a UE como a conhecemos, dará mais força a esta extrema-direita, que tem uma visão muito mais insular, mais virada para dentro, para o poder soberano dos Estados, e que está menos inclinada a delegar poderes em instituições supranacionais – é essa a visão de Le Pen, de Orbán, de André Ventura, que é muito diferente da atual e que poderá sair reforçada com Trump”.

Trump vai mesmo tirar os EUA da NATO? "Essa ameaça pode só enquadrar-se no seu estilo de negociação, para nos pressionar [europeus] a contribuir mais dinheiro" (AP)

As opções em cima da mesa

De regresso a este domingo, e ao que pode acontecer em França, as perspetivas não são animadoras. “Mesmo que Bardella vença sem maioria absoluta, isso não resolve o problema político em França, de todo”, sublinha Victor Warhem. Se cada uma das três grandes coligações tiver um terço dos votos no parlamento, destaca, isso dificultará muito a criação de uma coligação contra a extrema-direita – até porque o atual primeiro-ministro, Gabriel Attal, do partido de Macron, continua a garantir que não aceita coligar-se com o França Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon, parte da NFP, que conquistou o segundo lugar na primeira volta.

“Nesse caso, a primeira hipótese seria um governo tecnocrata, embora o melhor fosse uma coligação do centro com a esquerda, que não sabemos se será possível dado o que Attal disse. Outra hipótese é termos um governo de minoria, como aconteceu nos últimos dois anos, aliás, em que o governo pode usar o artigo 49.3 para aprovar leis.” Criticado por ser “antidemocrático”, alvo de discussão recorrente em França, o artigo 49.3 permite ao governo pedir a confiança do parlamento de cada vez que quer aprovar uma lei, “o que significa que não existe um real debate sobre as propostas”, diz.

Em anos recentes, a solução funcionou porque o Ensemble de Macron contou sempre com a abstenção dos Republicanos para passar projetos-lei, algo que também parece improvável no futuro próximo dadas as enormes divisões dentro do partido fundado por Nicolás Sarkozy em 2015 – sobretudo após o seu líder, Eric Ciotti, ter anunciado uma aliança com a extrema-direita, e ter sido interinamente substituído pela ala que não concorda com essa aproximação a Le Pen.

“Nada disto vai criar estabilidade no parlamento e pode, por exemplo, levar a uma nova dissolução da Assembleia Nacional, mas só dentro de um ano, como dita a Constituição”, reforça Warhem. “E se houver muitos problemas e muitos protestos nas ruas, Macron pode ativar o artigo 16, que é uma espécie de opção ditatorial que o presidente tem à disposição, que significa que, durante esse ano, até haver novas eleições, pode governar sozinho.” Em última instância, as eleições poderão conduzir a uma grande reforma constitucional, outro debate que tem ganhado fulgor no país. “Estamos a falar cada vez mais sobre isto em França, sobre a hipótese de alterar a atual Constituição ou aprovar uma nova. Isto acontece muito regularmente em França, as nossas instituições políticas não funcionarem, e talvez possamos encontrar uma nova solução depois destas eleições.”