terça-feira, 8 de outubro de 2024

As autoridades russas ordenaram hoje a retirada de mais de mil civis, no segundo dia do incêndio provocado por um ataque da Ucrânia num importante terminal petrolífero na Crimeia, região ucraniana anexada por Moscovo.

© Reprodução X @CrimeaUA1     Por Lusa   08/10/24 

 Mil civis retirados devido a incêndio num terminal petrolífero na Crimeia

As autoridades russas ordenaram hoje a retirada de mais de mil civis, no segundo dia do incêndio provocado por um ataque da Ucrânia num importante terminal petrolífero na Crimeia, região ucraniana anexada por Moscovo.

"Para garantir a segurança das pessoas que vivem nas proximidades do local (...) foi realizada a retirada temporária de 1.047 pessoas, que foram enviados para centros de alojamento", declarou o presidente da Câmara de Feodossia onde se localiza o terminal, Igor Tkatchenko, na rede social X. 

Segundo os serviços de emergência russos, citados pela agência de notícias estatal Ria Novosti, o incêndio não está controlado e alastrou a três tanques de produtos petrolíferos.

"A área do incêndio no terminal petrolífero estendeu-se para 2.500 metros quadrados", disse um representante de emergência não identificado à Ria Novosti.

O exército ucraniano afirmou na segunda-feira ter atingido com mísseis o terminal petrolífero de Feodossia, no leste da Crimeia, o "maior" desta península e que abastece o exército russo, segundo Kiev.

As autoridades russas confirmaram o incêndio, sem identificar a causa.

A Ucrânia já tinha utilizado mísseis de longo alcance, nomeadamente para atacar o quartel-general da frota russa do Mar Negro em Sebastopol, em setembro de 2023.

Nos últimos meses, os ataques ucranianos estão a ser realizados com 'drones". A Ucrânia não dispõe de muitos mísseis, que são enviados aos poucos pelos seus aliados ocidentais.

Em resposta aos bombardeamentos russos durante mais de dois anos e meio às suas infraestruturas e cidades, a Ucrânia aumentou os ataques contra instalações energéticas russas, a fim de perturbar a logística do exército de Moscovo, que ocupa quase 20% do território ucraniano.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.


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