Por Braima Darame DW Português para África
O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje à Lusa que mandou soltar o ex-ministro das Finanças Suleimane Seidi, por ter sido detido com base num fundamento ultrapassado.
O antigo governante esteve detido cinco dias, com a família e os advogados a alegarem desconhecer as razões, na medida em que tinha sido posto em liberdade condicional em julho, no âmbito do "caso dos seis biliões", em que é acusado de corrupção junto com o ex-secretário de Estado do tesouro António Monteiro.
O Presidente da República disse à Lusa que chegou domingo à noite a Bissau, depois de participar na cimeira da francofonia, em Paris (França), e que hoje mandou soltar o ex-ministro.
Sissoco Embaló explicou que a detenção foi ordenada pelo Ministério do Interior com base num antigo mandado judicial emitido no início do processo e que se encontra ultrapassado.
"Não houve mais nenhuma decisão de nenhum juiz", salientou, explicando que, por essa razão, mandou soltá-lo, intervindo junto do Ministério do Interior do Governo de iniciativa presidencial.
O chefe de Estado ressalvou que o processo judicial relativamente aos antigos governantes prossegue, encontrando-se no Tribunal da Relação, depois de um recurso apresentado pela defesa no início do julgamento, que se encontra suspenso à espera da decisão do mesmo.
"Eu não sou juiz, portanto o tribunal é que tem que tomar novas decisões, se entender", afirmou.
De acordo com a família, o ex-ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau Suleimane Seidi foi hoje restituído à liberdade após cinco dias encarcerado e conduzido até à sua residência pela polícia que o deteve na passada quarta-feira, quando se encontrava num restaurante de Bissau.
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