Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos Camará / Iaia Quadé Radiosolmansi.net
Os técnicos de saúde em Contuboel, região de Bafatá, leste do país, abandonaram por completo os seus postos de trabalho, porque um cidadão nacional, de cerca de 30 anos de idade, invadiu as instalações do centro e depois disparou armas de fogo nas proximidades do centro.
A situação aconteceu, segundo testemunhos, por volta das 01:30 desta terça-feira (08 de outubro), quando o cidadãos em causa arrombou a porta, agrediu fisicamente os técnicos que estavam em serviço, num momento em que crianças recém-nascidas internadas e suas mães estavam internadas.
Segundo as mesmas fontes, o cidadão em causa “filho do administrador do setor de Contuboel” teria chegado com violência procurando uma das parteiras e depois de adentrar tentou tirá-la à força, mas como não conseguia tentou puxá-la e diante dos casos os outros técnicos, inclusive o responsável do centro, tentaram controlar a situação.
Neste momento, os doentes foram obrigados a voltar para casa e durante o incidente que ocorreu durante uma hora as grávidas, as mães e as suas crianças recém-nascidas tiveram que salvar-se e “isso colocou as suas vidas em risco”.
O responsável na área sanitária de Contuboel, Salifo Incaté, que falava em entrevista à Rádio Sol Mansi (RSM), disse que foi agredido fisicamente pelo cidadão em causa, filho do administrador do setor de Contuboel, que estava na posse de arma de fogo.
“Nesta manhã todos os funcionários do centro sentaram em suas casas e o centro está parado. Até esta manhã estavam internados três doentes graves com paludismo e os familiares estavam a diligenciar para que pudessem ser tratados em outros centros”, explica Salifo Incaté que durante o conforto teve ferimentos graves na garganta.
Segundo o técnico de saúde depois do ocorrido, o cidadão em causa foi procurar uma arma e depois disparou tiros nas proximidades do centro e de seguida foi para a minha casa me ameaçando assassinar.
Os técnicos ameaçam que voltarão ao trabalho só depois que a situação seja normalizada, porque “os doentes, gestantes, mães com as suas crianças recém-nascidas tiveram que sair aos gritos”.
“Hoje ninguém tem a coragem de voltar o centro”, lamenta.
Segundo autoridades policiais, o agressor neste momento está detido nas celas da Polícia da Ordem Pública da região de Bafatá.
A RSM tentou falar com o diretor regional de saúde, mas ainda não conseguimos porque fontes avançaram que ele estava numa reunião com as autoridades policiais sobre este mesmo caso.
Outras fontes relataram que o agressor durante o ato contra os técnicos de saúde estava bêbado e fora do controle e só horas depois conseguiu ser preso.
Sem comentários:
Enviar um comentário