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Notícias ao Minuto 04/05/24
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal apresenta o projeto 'Comer Melhor, Viver Melhor' no Parlamento Europeu.
Uma alimentação que privilegie um maior consumo de produtos vegetais, quando planeada equilibradamente, pode contribuir para melhorar os resultados em saúde nas pessoas com diabetes tipo 2. Este tipo de alimentação contribui para melhorar a sensibilidade à insulina, é anti-inflamatória e antioxidante, melhora os níveis de glicose em jejum, de colesterol total, ajuda a diminuir o índice de massa corporal, o perímetro abdominal e diminui o risco de morte por doença cardiovascular. Estas são conclusões recolhidas pelo projeto 'Comer Melhor, Viver Melhor' que esteve recentemente em destaque no Parlamento Europeu.
Esta iniciativa junta a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), a Federação Francesa de Diabetes e a Federação Internacional da Diabetes - Europa e tem como objetivo promover o papel de uma alimentação saudável e sustentável na gestão da diabetes tipo 2, desenvolvendo ações concretas para a literacia alimentar em pessoas com diabetes e profissionais de saúde.
"Uma mudança para uma alimentação mais baseada em plantas, pode beneficiar as pessoas com diabetes tipo 2, no controlo do açúcar no sangue, no bem-estar e na eventual redução da medicação. Contudo, os dados do inquérito a pessoas com diabetes tipo 2, realizado para o projeto 'Comer Melhor, Viver Melhor', revelam que uma grande parte dos inquiridos não reconhecem a definição e o possível papel destes padrões alimentares. Apesar do desconhecimento, os resultados mostraram também uma atitude positiva, sendo necessário disponibilizar formas de aumentar a literacia alimentar e os conhecimentos práticos sobre a confeção de produtos alimentares de origem vegetal", refere Rogério Ribeiro, investigador biomédico da APDP, em comunicado.
Segundo a Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD), recomenda-se uma variedade de dietas alimentares que privilegiem o consumo de cereais integrais, legumes e frutas, leguminosas, frutos secos, minimizando o consumo de carne (especialmente carne vermelha e transformada), bebidas açucaradas e cereais refinados, como é o caso da dieta Mediterrânica, a dieta Nórdica e a dieta flexitariana (uma dieta que não elimina totalmente o consumo de carne, como a dieta vegetariana).
Rogério Ribeiro sublinha a necessidade de aumentar a consciencialização sobre este tipo de dietas. "Sabemos que mais de metade dos profissionais de saúde expressam poucos conhecimentos sobre a alimentação à base de plantas ou desconhecem o seu potencial papel para a gestão da diabetes. Efetivamente, apenas 30% das pessoas com diabetes tipo 2 inquiridas no âmbito do nosso projeto referiram ter recebido informação e apoio sobre este regime alimentar."