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Notícias ao Minuto 09/12/22
O regime russo acusou o Canadá de "fomentar russofobia". Já o governo de Otava decidiu sancionar indivíduos e entidades envolvidas em alegadas violações de direitos humanos.
Os governos canadiano e russo atiraram sanções um contra o outro, com a Rússia a anunciar que ia proibir 200 canadianos de entrar no país, horas depois de o Canadá anunciar sanções com 33 russos e seis entidades.
O Canadá anunciou esta sexta-feira a nova ronda de sanções, dirigidas a antigos e atuais oficiais russos e entidades envolvidas em alegadas "violações sistemáticas de direitos humanos" contra manifestantes que protestaram contra a guerra na Ucrânia.
A ministra dos Negócios Estrangeiros fez o anúncio no Dia dos Direitos Humanos, aproveitando para informar sobre sanções contra entidades e indivíduos no Irão e em Myanmar.
Em resposta, o regime de Moscovo proibiu a entrada a 200 canadianos "numa base recíproca", diz o Ministério dos Negócios Estrangeiros no seu site. As sanções desta sexta-feira também motivaram Moscovo a chamar a embaixadora canadiana ao Kremlin, e Alison LeClaire disse num comunicado que foi avisada que o Canadá estava a "fomentar uma atmosfera de russofobia".
O Canadá tem-se mantido do lado da NATO e da Ucrânia, tendo já imposto sanções contra mais de 1500 indivíduos e entidades na Rússia, na Ucrânia (do lado russo) e na Bielorrússia. Esta sexta-feira, também os Estados Unidos anunciaram uma nova vaga de sanções, incluindo contra a Comissão Eleitoral Central da Rússia.
O início da invasão russa na Ucrânia precipitou uma chuva de sanções à economia, a oligarcas, a empresários e a entidades russas, com o país a tornar-se na nação mais sancionada do mundo, ultrapassando facilmente o Irão e a Coreia do Norte. Várias multinacionais também optaram por abandonar o país e a União Europeia tem procurado tornar-se menos dependente nos combustíveis fósseis russos, especialmente no gás natural.
Segundo o site independente Atlantic Council, que vai monitorizando as sanções aplicadas ao regime russo, até ao dia 30 de novembro já tinham sido aplicadas sanções a mais de 8.000 cidadãos russos e a mais de 2.000 entidades.
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