sexta-feira, 22 de maio de 2020

Grupo armado rapta deputado na Guiné-Bissau

Jorge Herbert - Só um tolo não percebe onde foi escrito o enredo e o roteiro do filme importado pelo Hollywood guineense! Em menos de 24h, um acontecimento na Guiné-Bissau é publicado numa peça desta dimensão num jornal luso!

O PAIGC e o lobbie luso que o apoia estão desesperados com a ideia de perda do elevado investimento que fizeram no novo “Honório Barreto” e tentam desesperadamente a reconquista do poder, inclusive com tentativas de estimular um conflito tribal, para que as Nações Unidas, também por eles controlados neste momento, tenha argumentos para assumir o controlo do país!

Estou farto de avisar que a Guiné-Bissau só conhecerá a paz e o caminho do desenvolvimento, livrando-se do PAIGC por pelo menos três legislaturas!

Expresso.pt

Grupo armado rapta deputado na Guiné-Bissau

O deputado Marciano Indi, líder da bancada parlamentar da Aliança Povo Unido/Partido Democrático da Guiné-Bissau DR

Marciano Indi, do partido APU-PGDB, terá sido raptado por um grupo armado perto da capital. Incidente ocorre um dia após abertura de negociações entre partidos para resolver crise política que dura desde 2019

Um deputado da Guiné-Bissau terá sido raptado esta sexta-feira perto da capital do país, noticia a Rádio Capital FM, de Bissau. Um grupo de pessoas não identificadas, armado de facas e catanas, sequestrou Marciano Indi, líder da bancada parlamentar da Aliança Povo Unido/Partido Democrático da Guiné-Bissau, partido do atual primeiro-ministro Nuno Gomes Nabiam.

A rádio indica que o rapto aconteceu na estrada de Djal, localidade a cerca de 10 quilómetros de Bissau, logo a seguir ao aeroporto internacional de Bissalanca. A Capital FM entrevistou o irmão do deputado, que afirmou que este último já tinha sido ameaçado, o que até levou um grupo de familiares e jovens a dormir ontem na sua residência, em Safim, sua terra natal.

Segundo o blogue Ditadura e Consenso, o mais bem informado do país, o deputado já está livre e na sua residência, onde recebeu a visita do presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP, o Parlamento da Guiné-Bissau) e de deputados. Indi terá escapado a uma tentativa de assassínio por se ter oposto aos raptores, mas também devido à intervenção de populares que acorreram em seu auxílio. O blogue publicou fotografias dos tumultos em Safim, onde troços de estrada em frente à casa do deputado estiveram bloqueados.

Fonte informada indicou ao Expresso que a situação “está complicada” e pode degenerar em conflito étnico. Indi é da etnia pepel, dominante em Bissau e arredores. Na altura em que foi raptado, viajava com um empresário chinês e o seu condutor, que terá sido gravemente ferido.

VIOLÊNCIA POLÍTICA COSTUMEIRA
Em março de 2009 o então Presidente João Bernardo “Nino” Vieira, também pepel, foi assassinado e esquartejado por militares da etnia balanta, hegemónica nos quartéis. Há cerca de três semanas, balantas e pepéis da aldeia de Bjemita, perto da capital, disputaram a tiro terrenos de plantação de cajueiros, tendo havido duas vítimas mortais nas duas comunidades.

A violência política é frequente na Guiné-Bissau. Dois deputados foram assassinados em 2009 e o ex-primeiro-ministro Francisco Fadul, desde então exilado em Portugal, foi brutalmente espancado na sua própria residência, tal como Pedro Infanda, conhecido advogado e político. Depois do golpe militar de abril de 2012, várias personalidades da oposição foram sequestradas e espancadas.

Em Safim, a cerca de 25 quilómetros de Bissau, jovens saíram à rua esta sexta-feira e queimaram pneus, em sinal protesto pelo rapto. Exigem que o Presidente Úmaro Sissoco Embaló e o primeiro-ministro Nabiam esclareçam quem levou Indi. Segundo a fonte que falou ao Expresso, terão sido agentes da Polícia de Ordem Pública (POP), que o conduziram para o Ministério do Interior, onde terá sido espancado.

EM CRISE POLÍTICA HÁ MESES
O incidente acontece um dia depois de os partidos políticos com assento parlamentar terem iniciado discussões para resolver a crise política que dura desde as contestadas eleições presidenciais de dezembro de 2019. Esta sexta-feira termina o prazo dado a Embaló pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) para nomear novo Executivo.

A investidura de um Governo que respeite o resultado das legislativas (vencidas pelo PAIGC) foi condição imposta pela CEDEAO, organização regional encarregada de gerir a crise guineense, para reconhecer a posse de Embaló, que assumiu o cargo sem esperar o veredicto do Supremo Tribunal sobre o protesto do seu rival, Domingos Simões Pereira.

Em seguida Embaló substituiu o Governo de Aristides Gomes (do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, PAIGC), resultante das legislativas de 2019, por um Executivo de iniciativa presidencial chefiado por Nabiam, líder da APU-PDGB.

Embaló chegou a ameaçar convocar eleições antecipadas, mas cedeu à exigência da CEDEAO após falar com o Presidente da Nigéria, Muhammad Buhari, um seu mentor. Na passada terça-feira convidou o PAIGC a encetar conversações com as outras cinco forças políticas representadas na Assembleia Nacional Popular, para formar um Governo de base alargada. Dentro do PAIGC, porém, não haverá consenso quanto ao nome a indicar para primeiro-ministro.

As reuniões entre partidos foram inconclusivas, porque o Madem G15, o PRS e a APU/PDGB reivindicam ter maioria no Parlamento. Já o PAIGC garante que tem legitimidade para dirigir o novo Executivo. Para prová-lo, enviou ao chefe de Estado e às principais organizações internacionais presentes em Bissau um documento contendo o abaixo-assinado dos 53 deputados (em 102) que apoiam a sua pretensão, rubricado em março de 2019, e que permitiu ao partido aprovar um programa de Governo. Está marcado para sábado novo encontro entre Embaló e a direção do PAIGC, que poderá clarificar a situação.

EM ROTA DE COLISÃO
O deputado Indi estava desde 2019 em rota de colisão com Nuno Nabiam. Nas presidenciais de 29 de dezembro de 2019, Indi apoiou Simões Pereira, que venceu a primeira volta com 40% dos votos. Nabiam ficou em terceiro, com cerca de 13%. Na segunda volta Embaló foi declarado vencedor com 54% dos votos, resultado que Simões Pereira contesta.

Mais tarde Indi e Nabiam divergiram por causa do apoio de quatro dos cinco deputados da APU/PDGB ao PAIGC, que permitem a este partido garantir maioria absoluta no Parlamento. Nabiam rompeu com o PAIGC e rubricou, a 15 de maio, um acordo de incidência parlamentar com o Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15, de Embaló) e o Partido da Renovação Social (PRS), as duas maiores forças da oposição, favoráveis a Embaló. Nabiam reivindica uma “nova maioria”e resiste à indigitação de um primeiro-ministro do PAIGC.




2 comentários:

  1. Jorge Herbert, das terras Lusas vamos-te livrar...para nunca mais... começo já a ter saudades de ti!

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  2. Desculpa pa nha comentario, i seguinte itene ké ku guineensis na kuzinha ma se deus quiser no matil tudo!! Kiston d etnia!? Nino matadu pa militares, nao balanta morte d ba paulo correia, i ordenado pa presidente, nao pepel. Bo para instiga guerra tribal, facto ta comsumido nan... Deus obrigado ku nó gerason pabia maioria i formado, no iabri udjuu. Conselho Nacional de Revoluson Moderno C.N.R.M viva africa viva guine.. Viva ideia d Thomas sankara

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