Antigo ministro dos Transportes e Comunicações é acusado de receber subornos
O antigo ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, foi detido nesta terça-feira, 4, em Maputo cidade de Maputo pelo seu suposto envolvimento no "caso Odebrecht", no qual é acusado de ter recebido subornos no valor de 315 mil dólares para viabilizar a construção do Aeroporto de Nacala.
A notícia é avançada pelo jornal O País e pelo portal Carta de Moçambique, indicando que Zucula e Emilliano Finoch, arquitecto de profissão e à data dos factos dono da Construtora Geo Projectos Construções, foram detidos depois de terem sido chamados para prestar declarações na Procuradoria-Geral da República.
O antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, detido na África do Sul e à espera de ser extraditado para Moçambique, também é acusado de ter recebido 250 mil dólares de suborno da construtora brasileira.
Odebrecht reconhece suborno
A Odebrecht, recorde-se, fez um acordo, a 21 de Dezembro de 2016, com a justiça do Brasil, dos Estados Unidos e da Suíça para encerrar investigações na operação Lava Jato.
Na altura, o Ministério da Justiça dos Estados Unidos informou que a construtora brasileira pagou luvas para garantir contratos em mais de 100 projectos em Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela.
De acordo com as confissões, a Odebrecht se envolveu num massivo e inigualável esquema de suborno e arranjo de licitação por mais de uma década, começando em 2001 e desde então, segundo o Governo americano, pagou aproximadamente 788 milhões de dólares em suborno a funcionários do Governo e partidos políticos em países com o objetivo de vencer negócios nesses países".
Em Moçambique, a empresa reconhece ter pago 900 mil dólares a funcionários do Governo para garantir o contrato para a construção de Aeroporto Internacional de Nacala.
O portal Carta de Moçambique diz saber que Paulo Zucula e Emilliano Finoch serão presentes ao tribunal amanhã para legalização da prisão.
VOA
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