Por DW Português para África 18/04/2024
O chefe do Exército do Quénia, Francis Omondi Ogolla, e nove outros militares morreram hoje na sequência da queda de um helicóptero no oeste do país, anunciou o Presidente queniano, William Ruto.
"Hoje, às 14:20, a nossa nação sofreu um trágico acidente aéreo na região de Sindar (...), no condado de Elgeyo Marakwet. É com profunda tristeza que anuncio a morte do general Francis Omondi Ogolla, chefe das Forças de Defesa do Quénia", declarou o chefe de Estado queniano no final de uma reunião do Conselho de Segurança que tinha convocado com caráter de urgência.
"Com ele no acidente estavam 11 outros soldados corajosos, nove que também morreram com ele e dois sobreviventes", acrescentou.
Os oficiais militares deslocavam-se à região, situada a 400 quilómetros de Nairobi, a capital, nomeadamente para "visitar as tropas destacadas no North Rift no âmbito da operação Maliza Uhalifu" ("acabar com o crime" em suaíli), destinada a combater os grupos de criminosos que semeiam o terror na região, acrescentou.
Francis Omondi Ogolla, de 61 anos, foi nomeado chefe das Forças Armadas em 29 de abril de 2023 por William Ruto.
Algumas semanas mais tarde, Ruto defendeu a sua escolha, respondendo àqueles, incluindo no seu círculo íntimo, que acusaram Francis Omondi Ogolla de tentar impedir a sua vitória nas eleições presidenciais de agosto de 2022.
O presidente da comissão eleitoral (IEBC), Wafula Chebukati, tinha afirmado que o então número dois do exército fazia parte de um grupo de pessoas que lhe tinham pedido para não declarar William Ruto vencedor contra Raila Odinga.
"Quando vi o seu currículo, ele era a melhor pessoa para ser (um) general", disse William Ruto à imprensa na altura.