quarta-feira, 6 de outubro de 2021
GUINÉ-BISSAU VAI A JOGO CONTRA MARROCOS
Federação de Futebol da Guiné-Bissau
O comissário do jogo após ter reunido com a delegação guineense, decidiu que se vai jogar, apesar de todas as evidências que há sobre a intoxicação alimentar que abalou os jogadores e a equipa técnica.
A FFGB fez chegar através de uma carta o protesto sobre este jogo, junto com o relatório médico, contamos trazer mais detalhes sobre esse assunto.
Lamentamos essa situação, mas seguiremos fortes!
Em nome do Fair Play e a verdade desportiva, tem que ser apurado a verdade e responsabilizado o culpado por tudo isso.
Dorme pouco? Más notícias: Pode afetar a saúde mental
© Shutterstock
Notícias ao Minuto 06/10/21
Tal como respirar, comer e beber, dormir é vital para o nosso bem-estar.
Já se perguntou o quão grave poderá ser o hábito de dormir mal e por pouco tempo? Segundo a Organização Mundial da Saúde e a Federação Mundial para a Saúde Mental, bastante. A privação de sono aumenta a probabilidade de contrair sérios problemas de saúde psicológicos.
Quando dormimos, os nossos cérebros processam as informações do dia, ativando e estimulando o nosso sistema imunológico e produzindo hormonas de crescimento essenciais para assegurar que os nossos corpos estejam descansados e recuperados.
Não dormir o suficiente pode agravar os problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, tornando cada vez mais difícil lidar com situações stressantes e problemas da vida quotidiana. "À noite reativamos experiências emocionais, integramo-las em estruturas de memória já existentes e, assim, processamo-las de forma eficaz. Isso é extremamente importante após experiências traumáticas para prevenir sequelas de trauma, mas também para as nossas experiências quotidianas e humores", refere Verena Senn, neurocientista e especialista em sono da Emma - The Sleep Company, citada em comunicado.
"As pessoas que dormem o suficiente são emocionalmente mais equilibradas, têm melhor humor, são mais calmas e mostram mais motivação e compromisso, pois têm uma melhor capacidade de regular e avaliar as suas emoções", aponta a especialista, sublinhando que "o sono é a espinha dorsal da resiliência psicológica."
Com base em resultados de estudos recentes feitos pela Emma - The Sleep Company, que incluiu um total de dois mil entrevistados do sexo masculino e feminino na faixa etária dos 18 aos 64 anos da Alemanha, Reino Unido, França e Holanda, o sono é visto como uma prioridade e a atividade que mais contribui para o seu bem-estar, juntamente com a prática de desporto, alimentação saudável e socialização.
Mas não é tudo. Sonhar também contribui para uma melhor saúde emocional, como explica Verena Senn. "Sonhar é importante para processar emoções que teve durante o dia e contribui para a consolidação de memórias com grande carga emocional como um mecanismo de resolução de problemas que simula o mundo real quando dormimos."
"É importante obtermos a quantidade certa de sono bom para sermos capazes de ter uma boa experiência de sonho que começa quando entramos no sono leve para o sono profundo, até atingirmos o estágio crucial do sono REM [ocorre quando o corpo está paralisado, mas o cérebro está altamente ativo], quando os nossos cérebros se tornam mais ativos no processamento de experiências emocionais não resolvidas da vida desperta que contribuem fortemente para a consolidação da memória emocional", reforça.
Chumbada candidatura de José Pedro Sambú ao Supremo Tribunal da Guiné-Bissau
Por LUSA 6 out 2021
O Conselho Superior de Magistratura Judicial da Guiné-Bissau rejeitou hoje "provisoriamente" a candidatura de José Pedro Sambú, juiz conselheiro e atual presidente da Comissão Nacional de Eleições, à presidência do Supremo Tribunal de Justiça.
Na deliberação, divulgada à imprensa, a comissão eleitoral aprova as candidaturas dos juízes conselheiros Osíres Francisco Pina Ferreira e Juca Armando Nancassa, mas rejeita "provisoriamente a candidatura" de José Pedro Sambú.
A comissão eleitoral justifica a decisão com base na lei orgânica dos tribunais judiciais que determina que só podem ser eleitos para o cargo de presidente do Supremo Tribunal de Justiça, juízes conselheiros no ativo com pelo menos cinco anos de exercício de funções.
"O referido candidato, atualmente, não faz parte do quadro que compõe o Supremo Tribunal de Justiça por estar em comissão de serviço interno junto da Comissão Nacional de Eleições", onde assume funções de presidente daquele organismo, refere a deliberação.
O Conselho Superior da Magistratura Judicial agendou para 04 de novembro novas eleições para a escolha do presidente do Supremo Tribunal na sequência da morte, em 11 de agosto, do responsável que tinha sido eleito em maio.
MSE // PJA
Lusa/Fim
"Hoje é um dia histórico". OMS aprovada vacina contra a malária
Notícias ao Minuto 06/10/21
A Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de fazer um anúncio inédito: Foi aprovada pela primeira vez na história uma vacina contra a malária, uma doença que mata milhares de pessoas todos os anos.
Através do Twitter, a OMS acaba de anunciar a recomendação por que muitos esperam há anos: a primeira vacina contra a malária, uma doença parasitária transmitida pela picada do mosquito Anopheles.
A vacina aprovada esta quarta-feira é a vacina RTS,S / AS01 da farmacêutica GlaxoSmithKline, cujo nome comercial é Mosquirix.
"Hoje é um dia histórico (...). Comecei a minha carreira como investigador na área da malária, e sempre lutei para que existisse uma vacina eficaz contra esta terrível doença", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus.
Estima-se que 435 mil pessoas morram por ano, sendo a maioria crianças com menos de cinco anos.
Em abril deste ano, mais de 650 mil crianças no Gana, Quénia e Maláui ficaram mais protegidas contra a malária após receberem a primeira vacina contra a malária no mundo, administrada nos últimos dois anos através de um programa piloto.
De acordo com a OMS, este projeto piloto permitiu a administração de mais de 1,7 milhões de doses desta vacina (RTS,S), que quando adicionada às intervenções de controlo da malária atualmente recomendadas, tem o potencial de salvar dezenas de milhares de vidas por ano, disse à data a OMS que hoje, e após reunir os órgãos consultivos mundiais, decidiu recomendar uma utilização mais ampla da vacina.
[Notícia em atualização]
'Pandora Papers'. Presidente da República do Congo nega práticas
© Reuters
Notícias ao Minuto 06/10/21
O Presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, citado nos "Pandora Papers", a última investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) sobre a ocultação de ativos em empresas 'offshore', negou hoje qualquer "envolvimento" nessa prática.
"O governo congolês nega com a maior firmeza o envolvimento pessoal ou oficial do Presidente Sassou nos 'Pandora Papers'", afirmou em declarações à agência France-Presse (AFP) o ministro da Comunicação e porta-voz do Governo congolês, Thierry Moungalla.
"Ele não está envolvido de modo algum", insistiu o responsável, antes de acrescentar: "o Presidente Sassou reserva-se o direito de tomar medidas legais contra todos aqueles que repetem estas acusações sem fornecer qualquer prova".
Denis Sassou Nguesso faz parte de uma lista de centenas de políticos identificados na investigação do ICIJ, intitulada "Pandora Papers", de terem fundos escondidos em empresas 'offshore'.
A investigação afirma que o Presidente congolês deteve uma empresa 'offshore' nas ilhas Virgens Britânicas durante quase 20 anos.
Os "Pandora Papers" põem a descoberto os "segredos financeiros" de 35 líderes mundiais (atuais e antigos) e de mais de 330 políticos e funcionários públicos, de 91 países e territórios, entre os quais Portugal.
Segundo o jornal Expresso, que faz parte do consórcio, os três portugueses envolvidos são os antigos ministros Nuno Morais Sarmento (PSD) e Manuel Pinho (PS) e o antigo deputado socialista Vitalino Canas.
No universo dos países de língua oficial portuguesa, a investigação identificou ainda o envolvimento de nove políticos brasileiros -- entre os quais Paulo Guedes, atual ministro da Economia do Brasil, e o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campo Neto -, igualmente de nove políticos angolanos e de um moçambicano em práticas de ocultação de ativos em empresas offshore.
O ICIJ diz ter baseado a sua investigação numa "fuga sem precedentes", envolvendo quase 12 milhões de documentos, trabalhados por 600 jornalistas, a "maior parceria da história do jornalismo".
Intoxicação da seleção da Guiné-Bissau.
Diarreia e vômitos depois do jantar de todos os jogadores da selecção nacional e equipa técnica.
Reação de Presidente da federação nacional Guiné Bissau, sobre situação dos jogadores da seleção nacional.🇬🇼🇬🇼👇
Reação do Alberto Dias, Diretor Geral dos Desportos da Guiné-Bissau.👇
Últimas Horas: Situação dos jogadores e equipe técnica da seleção nacional da Guiné-Bissau.👇
Ministra de Estado, dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, participa com o Ministro da Economia e Integração Regional na 3a Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros da CEDEAO sobre a reforma Institucional, a decorrer em Acra, Gana.
Integra também na delegação, a Secretária de Estado da Cooperação Internacional, num evento em que, o nosso país foi convidado a tomar parte da mesa como membro do Secretariado. A Guiné-Bissau concorre para um dos postos estatutários da CEDEAO.
Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau‼Qatar2022: Jogadores da Guiné-Bissau evacuados para hospital devido a intoxicação alimentar em Marrocos‼
Os 25 jogadores da seleção nacional de futebol da Guiné-Bissau e mais os elementos da equipa técnica tiveram esta madrugada vómitos e diarreias, tendo sido levado para o hospital alguns que até vomitaram sangue, disseram à DW fontes oficiais dos "Djurtus".
Tudo aconteceu logo após o jantar da comitiva num hotel, em Rabat, Marracos, onde a Guiné-Bissau deverá defrontar na noite desta quarta-feira a seleção marroquina no jogo duplo do I da fase de qualificação para o Mundial de Qatar2022.
“Após o jantar começaram a sentir um mal-estar que veio com vómitos e diarreias. Rapidamente a situação piorou ao ponto de alguns elementos da comitiva terem de ser levados à um hospital próximo”, disse o responsável da comunicação da federação de futebol, Valdumar Tchongo, que está a acompanhar a caravana guineense.
“É tudo muito estranho o que está a acontecer na casa do adversário. Porque nós que não jantamos no mesmo hotel que os jogadores, estamos todos bem. Com esta situação não sei se os jogadores estão em condições de jogar logo à noite”, disse à DW o jornalista guineense Valdumar Tchongo
A Guiné-Bissau lidera o grupo I com 4 pontos, mais um que os marroquinos.
terça-feira, 5 de outubro de 2021
Ministro do Interior, Botche Candé, visita cidadãos detidos por falta de uso de máscara facial.
O Ministro dos Transportes e Comunicaçãoes, Senhor Augusto Gomes, está em Missão de Serviço no estrangeiro desde Sábado, 02 de outubro de 2021.
Ministério dos Transportes e Comunicações
O Ministro dos Transportes e Comunicaçãoes, Senhor Augusto Gomes, está em Missão de Serviço no estrangeiro desde Sábado, 02 de outubro de 2021.
O objetivo da missão é para encontrar-se com os parceiros empresários da Grécia especializados no domínio do transporte marítimo e registo internacional de navíos.
A primeira parte da missão aconteceu em Lisboa de 3 a 5 de outubro, durante a qual a delegação ministérial Chefiada pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, Senhor Augusto Gomes, acompanhado do seu Assessor Jurídico, Senhor Arlindo Ferreira, teve encontros de trabalho com a delegação da Grécia do Grupo de Empresas- Greek Group Company (GG).
Este grupo tem no seu conjunto várias empresas entre as quais a MAC- Maritime Activities Consultants S.A. e a INSB – International Naval Sirveys Bureau.
A delegação grega foi chefiada pelo Presidente do Grupo, Senhor George Glaras e acomapnhado do Senhor Ilias Karasmanoglou, Diretor Executivo do grupo. O contacto a este grupo grego foi facilitado pelo Senhor Nissao Gnofam, ex Ministro dos Transportes e Economia Maritima do Togo que esteve presente no encontro.
Depois de frutuosas discussões, as duas partes chegaram ao acordo para estabelecimento de uma parceria técnica e financeira durável e benéfica para ambas partes signatárias.
Os acordos chegados visam a:
1. Assistência técnica para Estabelecimento, Desenvolvimento, Cartão e Operacionalização do Registo Internacional de Navíos da Guiné-Bissau (Embandeiramento de navíos) e
2. Fornecimento de Navíos de Transporte de Passageiros e Cargas, incluíndo Jangadas para exploração na Guiné-Bissau; Construção e Gestão de um Estaleiro Naval na Guiné-Bissau.
O objetivo do acordo referido no ponto 2, será discutido e finalizado na segunda parte da missão do Ministro dos Transportes e Comunicações que o levará à Grécia, sede da Empresa signatária do acordo, na próxima sexta-feira, dia 08 deste mês de outubro.
O Sub-setor dos transportes marítimo constitui uma prioridade do Ministro dos Transportes e Comunicações tendo em conta a sua importância estratégica para a economia nacional e a necessidade de desenclavar as populações das ilhas e reforço do setor do Turismo.
Transportamos o futuro...
Guiné-Bissau: prevista mais uma paralisação geral no setor de saúde
Por: Epifania Correia Gomes capgb.com
Cerca de mil e quinhentos (1500) profissionais de saúde decidem aderir ao greve convocada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), ficar em casa como sinal de revolta quanto ao incumprimento do Governo de pagar os salários que alguns até um ano não recebem os seus ordenados.
A ameaça foi revelada está terça-feira, 05-10-2021, em conferência de imprensa pelo presidente do sindicato nacional de enfermeiros e técnicos de saúde, na qual reclamam falta de condições laborais para o exercício da profissão.
Yoio João Correia disse que, para semana cerca de mil e quinhentos profissionais de saúde entre quais médicos, enfermeiros, parteiras, biólogos e outros vão ficar em casa até que o executivo resolva as suas exigências.
Para o porta-voz da comissão negocial da greve Malam Homi Indjai, condiciona o levantamento da greve na Administração pública mediante o desbloqueamentos pelo governo pelo menos oitocentos milhões de francos CFA.
Por outro lado Homi Indjai acusa o governo de incapacidade quanto ao cumprimento das suas premissas.
O país corre risco de voltar, as paralisação geral nos hospitais e centros de saúde pública em todo território nacional, isto semanas após o boicote no mesmo setor.
O Secretário Geral do Ministério das Pescas, Dr. Maurício Sanca, recebeu hoje em audiência uma delegação da Embaixada dos Estados Unidos de América para Guiné Bissau sedeada em Dakar, chefiada pelo Sr. Charles Musselman, Assistente do Gabinete de ligação da Guiné Bissau.
ENCONTRO DE TRABALHO
O Secretário Geral do Ministério das Pescas, Dr. Maurício Sanca, recebeu hoje em audiência uma delegação da Embaixada dos Estados Unidos de América para Guiné Bissau sedeada em Dakar, chefiada pelo Sr. Charles Musselman, Assistente do Gabinete de ligação da Guiné Bissau.
Objetivo do encontro é para discutir as propostas de revisão da lei geral das Pescas.
Foi um encontro produtivo de troca de impressões, que testemunha as excelentes relações de amizade e de cooperação entre a Embaixada dos Estados Unidos de América e o Ministério das pescas, sobretudo no sector da fiscalização marítima.
O Assessor de Comunicação
BALTAZAR GOMES
MP- 05 de Outubro 2021
ESPECIALISTA ALERTA PELA MÁ QUALIDADE DE ÁGUA POTÁVEL CONSUMIDA NO PAÍS
O especialista em Calculo de Estabilidade e Engenheiro Civil, Silvino Santos Cabi, disse que a qualidade de água potável consumida na Guiné-Bissau coloca em risco a vida das pessoas.
Falando à Rádio Sol Mansi (RSM), Silvino Santos Cabi disse que antes de chegar ao consumo das pessoas, as autoridades competentes devem criar mecanismos necessários para a segurança pública e que passam pelo tratamento faseado, incluindo com a desinfecção.
“Nem agora e nem nunca conheço um estacão de tratamento de água da Empresa da Electricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB). A água fornecida pela empresa pública tem a mesma qualidade com a água do poço”.
Há muito tempo, várias denúncias e críticas foram feitas em relação a qualidade da água potável consumida no país e também é questionado o tratamento das mãe-de-Água colocadas em diferentes pontos do país.
A RSM ainda continua a tentar obter a reacção da EAGB e do ministério dos recursos naturais sobre estas preocupações.
No entanto, ainda na mesma entrevista, o especialista em cálculos de estabilidade disse que é urgente as autoridades nacionais pensarem na colecta e tratamento de esgotos sendo que a situação de saneamento básico de capital Bissau ainda é precária.
Silvino Santos Cabi alerta que os recursos marinhos são contaminados pelas fezes deitadas nas valetas e bolanhas, porque “a rede de colecta construída desde o tempo da colonização vai directamente para o mar e sem um mínimo de tratamento”.
“Temos ainda o esgoto industrial, nas zonas industriais de Bolola, e não sabemos onde é colocado o esgoto e nem quem o trata”, sustenta.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
UE pede que Etiópia revogue decisão que expulsou funcionários da ONU
© Reuters
Por LUSA 05/10/21
A União Europeia (UE) e os seus Estados membros pediram hoje ao Governo etíope que revogue "sem demora" a sua decisão que levou à expulsão de sete altos funcionários das agências humanitárias da ONU do país.
"Instamos ao Governo da Etiópia a revogar sem demora a sua decisão", condenada "veementemente" pelo bloco europeu, afirmou o Alto Representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell, numa declaração em nome da União Europeia e dos seus Estados membros.
O chefe da diplomacia europeia sublinhou que é "imperativo que as organizações de direitos humanos e de ajuda humanitária possam realizar o seu trabalho sem obstáculos".
Esta decisão "corre o risco de minar ainda mais a possibilidade de levar ajuda a milhões de etíopes em situação humanitária extrema", lamentou.
Além disso, segundo Borrell, as organizações de ajuda enfrentam obstáculos diários contínuos para levar ajuda às pessoas necessitadas do Tigray e em outras partes do norte da Etiópia.
O Governo etíope anunciou na quinta-feira a expulsão de sete altos funcionários da ONU que foram declarados 'persona non grata' por "intromissão nos assuntos internos do país" e deu-lhes 72 horas para deixarem a Etiópia, o que já fizeram.
A medida foi adotada depois de organizações humanitárias denunciaram o acesso limitado à região norte do Tigray.
A ONU alertou repetidamente sobre a grave crise humanitária na região do Tigray e outras áreas e denunciou em várias ocasiões as dificuldades que está a enfrentar para levar ajuda à população.
As organizações internacionais no país africano "precisam urgentemente de um ambiente propício que lhes permita continuar com o seu trabalho diário para salvar vidas", disse Borrell, observando que "milhões de pessoas, em toda a Etiópia, dependem de sua ajuda para sobreviver".
O alto representante europeu afirmou que o trabalho humanitário é realizado sempre pelos princípios da humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência, sublinhando ainda que "a salvaguarda destes princípios garante que a ajuda vá onde é mais necessária".
A guerra começou em 04 de novembro, quando o Governo etíope lançou uma ofensiva contra a Frente Popular de Libertação do Tigray (FPLT), partido que governava a região na época, em retaliação a um ataque a uma base militar federal.
Em 28 de junho, o executivo etíope anunciou um "cessar-fogo humanitário unilateral" e o exército retirou-se de várias cidades da região do Tigray -incluindo a capital, Mekele.
Entretanto, as forças amharas -- grupo étnico etíope que estavam a lutar ao lado do Governo e anexaram áreas sobre as quais reivindicam direitos históricos --permaneceram na região.
Nesse contexto, os rebeldes do Tigray recuperaram terreno e o conflito espalhou-se para as regiões vizinhas de Afar e Amhara.
Na sua declaração, a UE e os seus Estados-membros exortaram todas as partes em conflito a proteger as operações humanitárias e o seu pessoal, bem como a conceder um acesso seguro, rápido e desimpedido, em conformidade com o direito humanitário internacional.
Desde novembro, milhares de pessoas morreram, cerca de dois milhões foram deslocados internamente no Tigray e pelo menos 75.000 etíopes fugiram para o vizinho Sudão, de acordo com dados oficiais.
Além disso, quase sete milhões de pessoas enfrentam uma "crise de fome" no norte da Etiópia devido à guerra, alertou o Programa Alimental Mundial (PAM) no mês passado.
Pedofilia na Igreja francesa. 330 mil crianças podem ter sido abusadas
© Getty Images
Notícias ao Minuto 05/10/21
Dados de um relatório chocante, divulgado esta terça-feira.
Uma investigação da Comissão Independente sobre Abusos Sexuais na Igreja Católica francesa revelou, esta terça-feira, que, nos últimos 70 anos, houve entre 165 mil e 270 mil crianças vítimas de pedofilia no seu seio.
O relatório "explosivo" foi divulgado durante uma conferência de imprensa dada na manhã de hoje, como indica o jornal francês Le Parisien.
Aos meios de comunicação social presentes, Jean-March Sauve, chefe da comissão que elaborou o documento, sublinhou que esta é a primeira vez que o número de vítimas é estimado e que as conclusões são "avassaladoras".
Após dois anos e meio de trabalho, a comissão concluiu que o número de crianças e adolescentes vítimas de abusos sexuais no seio da Igreja Católica francesa localiza-se entre os 165 e 270 mil (a diferença entre estes dois valores tem em conta uma margem de erro), um número que sobe para 330 mil, se incluirmos o que aconteceu nos internatos católicos, acampamentos de escoteiros e outras creches pelas quais a Igreja Católica era responsável.
Os abusos terão sido cometidos não apenas por padres e outros membros do clero, mas também por pessoas não religiosas que trabalhavam para a Igreja Católica em França.
Na apresentação do relatório, Jean-Marc Sauvé disse ainda que o problema não está sanado e admitiu que a Igreja mostrou, até à década de 2000, uma total indiferença para com as vítimas.
Recorde-se que, no domingo, o responsável pela investigação já tinha revelado a existência de "entre 2.900 e 3.200 criminosos pedófilos" na Igreja Católica de França, desde 1950. Dois terços eram padres.
Esta comissão, criada pelos bispos católicos em França, no final de 2018, para lançar luz sobre os abusos e restaurar a confiança do público na Igreja, trabalhou durante dois anos e meio, ouvindo vítimas e testemunhas, além de analisar documentos da igreja, tribunais, polícia e jornais. As conclusões foram agora reunidas num relatório, com cerca de 2.500 páginas.
National Defence Parade in Addis Ababa Ethiopia 🇪🇹
🎥 Emmanuel Anrihi
Chegada da seleção do futebol da Guiné-Bissau " Djurtus" em Marrocos
O vice-presidente do BOAD, o guineense Braima Luís Soares Cassama inicia visita à Bissau
Em atualização Redes sociais começam a funcionar, mas com falhas. Facebook pede "sinceras desculpas" pela interrupção do serviço
O responsável pela área da tecnologia do Facebook (CTO), Mike Schroepfer, pediu hoje “sinceras desculpas” a todos os utilizadores afetados pela interrupção nos serviços. As redes sociais começam agora a regressar ao normal funcionamento, mas ainda com algumas falhas.
“Estamos a enfrentar problemas na rede e as equipas estão a trabalhar o mais rápido possível para expurgar e restaurar o serviço o mais depressa possível”, disse hoje Mike Schroepfer na sua conta no Twitter.
As redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp registaram problemas a nível mundial, de acordo com queixas de utilizadores feitas no portal Downdetector. Contudo, começaram a regressar ao normal funcionamento por volta das 23h00, embora com algumas falhas.
O Facebook, a aplicação Messenger e i Instagram voltaram a estar disponíveis, mas o WhatsApp continua em baixa.
De acordo com a agência espanhola, utilizadores de países como os Estados Unidos, México, França, Roménia, Noruega, Geórgia, Grécia já registaram no portal Downdetector que estão a ter problemas.
Em Portugal, os problemas estão a ser sentidos sensivelmente desde as 16:30 (hora de Lisboa), constatou a agência Lusa relativamente ao Facebook e Instagram.
segunda-feira, 4 de outubro de 2021
WhatsApp e Instagram ficam fora do ar nesta segunda-feira, Oct 4, 2021
Covid-19: Médicos nigerianos suspendem greve que durava há dois meses
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Notícias ao Minuto 04/10/21
Os médicos dos hospitais públicos da Nigéria anunciaram hoje o fim de uma greve, que durava há dois meses, devido à melhoria das suas condições de trabalho, revelou fonte médica.
O presidente da Associação Nacional de Médicos Residentes (NARD, na sigla em inglês), Dare Ishaya, citado pela agência Associated Press, disse que os médicos irão retomar as atividades na quarta-feira, depois de "terem alcançado alguns resultados positivos" nas negociações com o Governo.
Alguns médicos, com salários em atraso, já estão a ser pagos, todavia, segundo o presidente da NARD, "algumas das principais exigências que levaram à greve não foram ainda atendidas".
Dentro das reivindicações incluem-se atrasos nos pagamentos de ordenados, alguns há mais de um ano, manutenção do subsídio mensal de risco sanitário no valor de 5.000 nairas nigerianas (10,46 euros), apenas revisto em 1991, o não cumprimento, em algumas regiões do país, do pagamento do salário mínimo nacional de 30.000 nairas (cerca de 63 euros) aos profissionais de saúde, e o cumprimento da promessa governamental de uma indemnização às famílias dos médicos que morreram na luta contra a covid-19.
Segundo Dare Ishaya, os médicos decidiram retomar os serviços, após uma pausa que se verificava desde agosto, porque o país enfrenta a terceira vaga da pandemia. "Cerca de 20 dos nossos colegas morreram em consequência da pandemia", adiantou.
Os médicos nigerianos têm vindo a ameaçar com regularidade entrar em greve. Reclamam que não existem camas, medicamentos e 'kits' de proteção suficientes nas instalações hospitalares.
Em resposta, o Governo ameaçou substituir os médicos que não regressassem ao trabalho.
Em 17 de setembro, o tribunal diferiu um pedido apresentado pelo Governo que ordenou aos médicos que cancelassem a greve, que tinha sido iniciada em 02 de agosto. Ambos continuam a negociar, mesmo que o caso ainda esteja em tribunal.
A Nigéria, um país de 200 milhões de pessoas, tinha 42.000 médicos generalistas registados em 2019, segundo a Associação Médica Nigeriana (NMA, na sigla em inglês), o que resulta numa média de dois médicos para cada 10.000 habitantes.
Quando ocorreram os primeiros casos do novo coronavírus no país, em março de 2020, o médico Francis Faduyile, presidente da NMA, afirmou que "entre 70% e 80% das instituições de saúde pública não tinham água corrente ou água limpa suficiente para lavar as mãos".
O ministro da Saúde da Nigéria ainda não respondeu a todas as exigências.
Em 2021, o financiamento para o Ministério da Saúde foi apenas 4% de todo o orçamento nacional, ou seja 549,8 mil milhões de nairas (1,15 mil milhões de euros). Foram concedidos mais 70,2 mil milhões de nairas (147,54 milhões de euros) devido à pandemia, mas essa atribuição é ainda consideravelmente inferior à recomendação da União Africana para que os governos aumentem as despesas com os cuidados de saúde em 15% durante a pandemia.
Angola e Portugal aprovam protocolo bilateral para facilitação de vistos
© Lusa
Por LUSA 04/10/21
Os Governos de Angola e Portugal aprovaram um protocolo bilateral sobre a facilitação de vistos nacionais, em passaportes comuns ou ordinários, para mobilidade jovem, por razões de saúde e de trabalho.
De acordo com o decreto presidencial 240/21, de 29 de setembro, consultado hoje pela agência Lusa, o protocolo tem como objetivo estreitar as relações de amizade e de cooperação nos domínios académico, cultural, científico, técnico e económico com a República portuguesa, bem como eliminar as barreiras existentes ao desenvolvimento das atividades das empresas e do investimento.
Nesse sentido, as partes acordaram facilitar a atribuição de vistos de longa duração, para fins académicos, culturais, desportivos, científicos e tecnológicos, bem como cidadãos em busca de tratamento médico e respetivos acompanhantes, sendo também eleitos os vistos de trabalho de longa duração.
Relativamente aos vistos para fins académicos, culturais, desportivos, científicos, tecnológicos e de saúde são válidos para múltiplas entradas, de longa duração e prorrogáveis.
Já os vistos de trabalho, são válidos para múltiplas entradas, num período de 36 meses, permitindo ao seu titular uma permanência contínua, por períodos de 12 a 36 meses prorrogáveis, para a finalidade que determinou a sua concessão.
Para a atribuição do visto de trabalho de longa duração são considerados os trabalhadores envolvidos em projetos de investimento, designadamente projetos de reconstrução nacional, contratualizados por empresas públicas, privados ou de capital misto de ambos os países.
O decreto presidencial sublinha que os signatários do protocolo deverão conceder os vistos com o objetivo de facilitar a mobilidade dos cidadãos de ambos os países num prazo máximo de oito dias úteis a contar da data da sua solicitação, enquanto para os vistos de trabalho de longa duração, o prazo máximo é de 30 dias úteis desde a data do pedido.
Os signatários devem garantir as condições necessárias para assegurar a permanência dos requerentes no respetivo território durante o período de validade do visto e as renovações ou prorrogações dos vistos concedidos devem acontecer no prazo de cinco dias úteis a contar da data da solicitação.
O protocolo produzirá efeitos a partir da data da sua assinatura, por um período de cinco anos, automática e sucessivamente renováveis desde que não seja denunciado nos termos previstos, "quando um dos signatários manifestar essa vontade, notificando o outro por escrito e através dos canais diplomáticos".
Consenso sobre presidência são-tomense da CPLP conseguido em Luanda
© Lusa
Notícias ao Minuto 04/10/21
O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) disse hoje que o consenso entre os Estados-membros sobre a futura presidência da organização caber a São Tomé e Príncipe já tinha sido alcançado na cimeira de Luanda, em julho.
Em declarações à Lusa, por telefone, Zacarias da Costa adiantou, que de acordo com o que a presidência angolana da CPLP transmitiu ao secretariado-executivo, a decisão só não foi comunicada na altura publicamente, porque os Estados-membros quiseram aguardar por uma confirmação da disponibilidade do país para assumir aquela responsabilidade, da parte do novo Presidente de São Tomé e Príncipe, que tomou posse no sábado passado.
"Não recebi ainda nenhuma nota oficial da Presidência [angolana], mas recebi o ministro das Relações Exteriores de Angola, o embaixador Téte António, [na sede da CPLP], no passado dia 30, que referiu, à frente de [representantes] todos os Estados-membros que esse consenso teria sido conseguido já em Luanda [na cimeira de Chefes de Estado e de Governo], e, portanto, só estavam à espera da decisão do novo Presidente" de São Tomé e Príncipe sobre a confirmação da disponibilidade do país, afirmou hoje o secretário-executivo.
"Por ocasião da cimeira, e estando o processo eleitoral em São Tomé e Príncipe a decorrer, entendeu-se dar tempo à respetiva conclusão, para que pudéssemos considerar cabalmente as disponibilidades dos Estados-membros para acolherem a realização da próxima" conferência e consequente presidência da CPLP, em 2023, esclareceu.
O secretário-executivo adiantou ainda que "o Presidente [de Angola e da CPLP] João Lourenço já enviou uma carta a todos os chefes de Estado a informar do resultado desse consenso".
No sábado, após ter assistido à cerimónia de posse do novo chefe de Estado são-tomense, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, negou que o seu país tenha proposto que São Tomé e Príncipe assumisse a presidência da CPLP, durante a reunião informal do Conselho de Ministros da CPLP, que decorreu à margem da 76ª Assembeia-Geral da ONU, em Nova Iorque, em setembro, admitindo que ainda tem reservas quanto a este tema.
"Eu vi declarações veiculadas que não correspondem à verdade", afirmou o Presidente guineense.
"[A] posição da Guiné-Bissau é dizer que é o povo são-tomense que tem que decidir se quer ou não [assumir a presidência da CPLP]. Não é a imposição de um outro país", disse Sissoco Embaló.
"Agora, se há países que pensam que por trás de São Tomé podem atingir os outros países, não. Isso não se vai passar na CPLP", declarou o Presidente guineense.
Questionado pela imprensa sobre se deveria ser a Guiné-Bissau a assumir a presidência rotativa da CPLP em 2023, Sisso Embaló disse que a "Guiné-Bissau já organizou e tem condições para organizar" outra presidência, acrescentando que o país "pagou as quotas e tem tudo em dia".
"Ser presidente em exercício da CPLP não implica impor os outros países, não. E, sobretudo, a Guiné-Bissau de hoje não é a Guiné Bissau de ontem. Nós não aceitamos a imposição. Tem que ser consenso de base e respeito mútuo", afirmou o Presidente guineense.
O chefe de Estado da Guiné-Bissau frisou ainda que "não corresponde à verdade a informação que foi veiculada de que a ministra de Estado e dos Negócios Estrangeiros [Suzi Barbosa] disse que a Guiné-Bissau ia (...) não, não, não, isso não corresponde à verdade".
O Presidente guineense disse que deu "orientação à ministra para dizer que a Guiné-Bissau não podia, de maneira nenhuma, criar mal-estar no seio da CPLP, mas também não admitiria que alguém pensa que é mais importante ou tem mais peso na CPLP".
Em 24 de setembro, o ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Portugal, Augusto Santos Silva, declarou como uma "boa notícia" o "acordo" que se obteve durante uma reunião informal de ministros da CPLP, em Nova Iorque, de que a presidência da organização lusófona ficará a cargo de São Tomé e Príncipe, após o mandato atual de Angola.
De acordo com Santos Silva, a proposta partiu da Guiné-Bissau, que também se tinha mostrado interessada em assumir a presidência.
No mesmo dia, também o secretário-executivo da organização declarou à Lusa, por telefone, que o Presidente guineense, Sissoco Embaló, "deixou uma mensagem clara, através da ministra dos Negócios Estrangeiros, Suzi Barbosa, de que veriam com bons olhos que São Tomé assumisse a presidência e depois, então, seria Guiné-Bissau".
Hoje, nas declarações à Lusa, o secretário-executivo procurou desdramatizar a polémica em torno da futura presidência da CPLP, em 2023.
"O facto de vários Estados-membros expressarem disponibilidade e vontade de assumirem um papel de relevo no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, como aconteceu a propósito da definição da próxima presidência rotativa, entre a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, demonstra por si só a importância da CPLP para a política externa dos nossos países. Não constituindo, a meu ver, qualquer modo de divergência", afirmou Zacarias da Costa.
"Neste caso, e como sempre acontece na CPLP, esta decisão (...)foi tomada por consenso e com a concordância de todos os países", frisou.
Covid-19. Guiné-Bissau atingiu 10% da população com vacinação completa
© Lusa
Notícias ao Minuto 04/10/21
Quase 69.000 pessoas já têm a vacinação completa contra o novo coronavírus na Guiné-Bissau, segundo os últimos dados disponibilizados pelo Alto Comissariado para a Covid-19.
A Guiné-Bissau pretende vacinar até dezembro 50% das 700.000 pessoas elegíveis para receber a vacina, ou seja, indivíduos com 18 anos ou mais.
Segundo os últimos dados, até sábado 68.916 pessoas, ou 10%, tinham a vacinação completa.
O total de pessoas com uma dose é de 114.234 ou 16,7%.
Os dados, disponibilizados na conferência semanal sobre a evolução da doença no país, indicam também que a percentagem de homens vacinados é superior à de mulheres.
Na Guiné-Bissau há 71.525 homens que já levaram pelo menos uma dose da vacina contra 42.709 mulheres.
Os últimos dados do Alto Comissariado contra a Covid-19 indicam que a Guiné-Bissau regista um total acumulado de 6.112 casos e 135 vítimas mortais.