Bissau, 24 Jan 23 (ANG) – O Presidente da República disse hoje que o sistema monetário que se pretende criar no espaço da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), vai dar um novo e grande impulso à integração regional.
Umaro Sissoco Embaló falava na abertura do seminário de informação e sensibilização dos parlamentares da CEDEAO sobre a moeda única na África Ocidental denominada de Eco, sob o tema” A moeda comum e o sistema de pagamento interbancário da CEDEAO como promotor de comércio regional”.
Na ocasião, o chefe de Estado disse que a nova moeda via cimentar, mais fortemente, os laços de amizade, solidariedade e cooperação que unem os países e povos irmãos.
Embaló salientou que, contudo, este processo que deve ser conduzido de maneira serena e abrangente, coloca vários desafios.
“Por isso, mesmo a tarefa de pôr de pé a Moeda Comum da CEDEAO e o Sistema de Pagamento Interbancário como Promotores do Comércio Regional, representa uma tarefa complexa que interpela a classe política e necessita de uma larga e inclusiva reflexão por parte de todos os interessados”, frisou.
Umaro Sissoco Embaló referiu que o espaço CEDEAO engloba 15 países economicamente diferentes.
“São diferentes pela sua dimensão territorial e importância demográfica, pela capacidade de produção de cada país e de criação de riquezas e de se inserir vantajosamente numa economia globalizada”, disse.
O Presidente da República salientou que a expetativa dos Estados-Membros é de que a Moeda Única Comum da CEDEAO se torne um instrumento catalizador, uma alavanca para impulsionar as trocas comerciais e, por via disso, uma integração e um forte crescimento económico, capaz de garantir o desenvolvimento sustentável de todos os países membros.
O ministro das Finanças afirmou na ocasião que o seminário organizado pelo Parlamento da CEDEAO se reveste de capital importância, na medida em que permitirá aos parlamentares da comunidade debruçarem-se sobre os grandes desígnios da integração económica e monetária.
Ilídio Vieira Té disse que constitui um grande desafio para as autoridades, a implementação efetiva de uma moeda única da CEDEAO, o Eco.
“Os precursores dos desígnios da nossa integração económica e monetária, que teve início com a criação da CEDEAO, em 1975, tinham em mente, certamente, o provérbio, a união faz a força”, disse.
O governante afirmou que a noção da força aqui pode ser traduzida como benefícios, em termos de melhoria da eficiência económica, através da eliminação dos custos de transação, da supressão de custos de câmbio e da estabilidade de preços que a União Económica e Monetária traz às economias e às populações do espaço de integração.
Informou que, nos anos 80, as Autoridades da Comunidade adoptaram várias iniciativas com vista ao aprofundamento da integração regional, com o objetivo de criar uma união económica e monetária no seio da CEDEAO, em 2020.
Ilídio Vieira Té apela maior engajamento de todas as autoridades políticas para se chegar, rapidamente, aos compromissos que possam acelerar, de forma segura, os passos tendentes à adopção, em 2027, do Eco.
Pediu igualmente ajudas na sensibilização das populações quanto aos ganhos que todos podem ter coma implementação da Moeda Única.
O seminário que decorre entre os dias 24 e 26 do corrente mês em Bissau, visa dotar os participantes de informações sobre as vantagens da Moeda Única e do projeto do desenvolvimento do Sistema de Pagamento Interbancário no espaço CEDEAO.
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