O debate persiste em vários países sobre os benefícios do confinamento total. Na Coreia do Sul, um dos primeiros países infectados pelo novo coronavírus devido à proximidade com a China, registam-se 10 635 casos confirmados e 230 mortes, num momento em que o número de casos e de mortos está em queda progressiva.
A Coreia do Sul é o terceiro país asiático com o maior número de casos, 10 635, no entanto o número de pessoas infectadas por dia tem vindo a cair, sendo que nas últimas 24 horas houve 22 novos casos.
No que diz respeito ao número de mortos, a Coreia do Sul contabiliza 230 vítimas mortais, sendo que nas últimas 24 horas, houve apenas um óbito. O território sul-coreano é o quinto país com o maior número de mortes no continente asiático.
Willyan Barbosa, avançado brasileiro da equipa sul-coreana do Gwangju, contou-nos como tem vivido esta situação complicada durante a qual as autoridades do país têm controlado o surto, realçando o facto de nunca ter havido confinamento total no país.
“A China fica aqui perto da Coreia, então logo se espalhou para cá e infectou muitas pessoas aqui. Tem uma cidade que se chama Daegu, foram mais de dez mil casos. Como a gente é estrangeira, a gente ficou bastante com medo porque a gente não sabia o que é que estava a acontecer, se a gente teria de ir embora. No começo foi bastante complicado porque a gente pensou que teria de ir para o Brasil, e viajar nestas condições era bastante difícil. Mas o clube ajudou-nos bastante e explicou-nos o que ia acontecer”, sublinhou o futebolista brasileiro.
Willyan Barbosa realçou que nunca houve quarentena na Coreia do Sul, apenas medidas que tinham de ser escrupulosamente respeitadas: “A gente não fez quarentena aqui. Eles pediram para usar máscaras, gel hidroalcoólico, e para se proteger quando saíamos à rua, para não cumprimentar nem abraçar as pessoas. O clube também tomou a medida de não deixar ninguém entrar no centro de treinos além dos jogadores. Todos os dias de manhã, controlam a nossa temperatura”, afirmou o atleta de 26 anos.
Por fim o atleta, originário de Belo Monte no Brasil, deu o ‘segredo’ das autoridades sul-coreanas: “Aqui eles são assim, estão sempre a fazer exames. Às vezes estamos de carro, e eles param os carros para fazer exames das pessoas. Acho que, aqui na Coreia, não vai crescer novamente, eles já conseguiram controlar”, assegurou Willyan Barbosa, jogador que já passou pelo campeonato português, actuando no Beira-Mar, no Vitória de Setúbal e no Nacional da Madeira, contando também com passagens pelos campeonatos italiano e grego.
Fonte: rfi.fr/pt
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Alicia Yun
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