A Polícia Judiciária apreendeu, esta quarta-feira 03 de abril de 2019, mil e duzentos e sessenta (1 260) sacos de arroz de 50kg, que correspondem a 52 toneladas, num armazém no leste do país, concretamente em Bafatá. O arroz tinha sido oferecido pelo governo da República Popular da China para consumo interno, sem fins lucrativos, ou seja, não destinado à venda.
Falando à imprensa no ato de apresentação do produto apreendido, nas instalações da Polícia Judiciária em Bissau, o Inspetor Coordenador da PJ, Fernando Jorge, informou que durante a operação que os agentes da PJ desencadearam na sequência de uma investigação da equipa de vigilância, constataram que determinada quantidade de arroz fora retirada de Bissau para o interior do país para ser comercializado. Com base nisso, fizeram uma operação no leste do país, tendo apreendido nessa primeira fase 1.260 sacos de arroz. Segundo o mesmo Inspetor, a Polícia Judiciária voltará ao mesmo armazém, em Bafatá, para recuperar e trazer para Bissau o produto.
Aquele responsável da PJ acrescentou que ninguém tinha sido detido na operação porque nessa primeira fase, a sua instituição estava preocupada em recuperar o arroz para que não seja vendido.
“Não queremos avançar o nome do proprietário do armazém, muito menos revelar nomes de pessoas que estão a ser investigados nesse âmbito, em respeito ao princípio de sigilo da justiça, garanto que a investigação continuará porque temos a informação que outra quantidade de arroz destinada à população guineense está armazenada para depois ser comercializada no período da campanha de castanha de cajú”, enfatizou.
Fernando Jorge advertiu que, neste momento, têm pistas de pessoas ligadas à rede de comercialização daquele arroz, razão pela qual a operação vai continuar até conseguirem fazer com que esse arroz seja revertido ao Estado e reencaminhado para o destino próprio que são as populações mais necessitados.
“Como todos nós acompanhamos pelos meios da comunicação social, o arroz veio para a Presidência da República. O Chefe de Estado guineense anunciou publicamente que o donativo seria destinado à população mais carenciada. Depois mandaram-se muitos sacos para o interior do país, mas alguns, infelizmente, estão a ter outro destino, ao ponto de estarem a ser comercializados”, lamentou.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
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