Contrariamente ao cronograma estabelecido, o Governo não conseguiu dar início esta quinta-feira, 23 de Agosto, ao processo de recenseamento eleitoral. No terreno, o único sinal de recenseamento é a publicação da lista dos agentes recenseadores, ainda previsto para esta quinta-feira, enquanto se espera pela chegada dos Kits provenientes da Nigéria.
Entretanto, o Governo inaugurou novas instalações do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral, entidade responsável pelo ato.
Foi nesta ocasião que o Primeiro-ministro, Aristides Gomes, anunciou a abertura oficial do processo, mas reconheceu também existirem dificuldades financeiras e logísticas para o início prático do registo dos eleitores, com vista as eleições legislativas de Novembro.
“Ainda não temos, à nossa disposição, os Kits necessários para o início do recenseamento eleitoral, são dificuldades inerentes a um processo organizado por um Governo que não tem controlo efetivo de todos os parâmetros do processo. E fatores aleatórios acabam por pesar, de forma muito forte, a começar pelo financiamento. De citar, aliás, que até a data presente, em termos práticos, a única disponibilidade que existe no campo do aspeto financeiro vem do próprio Governo”, salientou Gomes. Mesmo assim, o chefe do Governo garantiu que as eleições vão ter lugar na data prevista.
Sobre as reações políticas relativas ao atraso no início do processo, o chefe do Governo, disse compreender tais posicionamentos. “Nós compreendemos as reações dos diferentes atores deste processo. Podemos assegurar todos os partidos políticos e a sociedade em geral que mobilizamos todos os esforços para que os diferentes planos possam funcionar. Daí a certeza de nós podermos dizer que as eleições vão ser realizadas na Guiné-Bissau a 18 de Novembro”, concluiu o Primeiro-ministro guineense.
De acordo com o cronograma inicial o recenseamento eleitoral deveria iniciar hoje, 23 de Agosto, mas o cenário aprovado pelos atores políticos, referente à inscrição e receção de cartão do eleitor no local de recenseamento, não facilitou ao PNUD enquanto entidade coordenadora de ajuda financeira ao processo de eleições.
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