Um porta-voz do líder do Parlamento da Guiné-Bissau acusou hoje o Presidente do país, José Mário Vaz, de ser autor de um alegado plano para mandar prender e destituir Cipriano Cassamá da direção da Assembleia Nacional Popular.
O alegado plano estaria a ser preparado como forma de levar o Parlamento a aprovar o programa do Governo de Umaro Sissoco Embaló, denunciou na terça-feira Nuno Nabian, líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).
Inácio Tavares, um porta-voz do líder do Parlamento guineense disse hoje em conferência de imprensa que a alegada ameaça é real e que "existem sinais evidentes" que indicam estar em marcha o alegado plano de mandar prender e destituir Cipriano Cassamá.
O porta-voz de Cassamá acusou o Presidente guineense, de ser o autor do alegado plano, tendo apontando várias posições defendidas por José Mário Vaz e que, segundo disse, ilustram a intenção de executar o suposto plano.
No que considera ser "um plano maquiavélico" do Presidente guineense, o porta-voz do líder do Parlamento diz que as denuncias feitas por Nuno Nabian confirmam "os sinais evidentes" no sentido de mandar prender Cipriano Cassamá.
Lembrou que recentemente José Mário Vaz teria afirmando que apesar de ter poderes para mandar matar, prender ou espancar quem quer que seja, nunca o faria enquanto chefe do Estado.
Inácio Tavares sublinhou que o Presidente guineense "recusa-se a cumprir os acordos internacionais" para a formação de um governo inclusivo e que possa fazer o país sair da crise política em que se encontra há cerca de dois anos.
Mesmo tendo um Governo liderado pelo primeiro-ministro por si proposto e cujo Governo é rejeitado por quatro dos cinco partidos com assento parlamentar, o Presidente guineense diz que o executivo vai até 2018, altura em que termina a legislatura, afirmou Tavares.
Também enfatizou a posição de um grupo de cidadãos que teria ameaçado invadir a sede do Parlamento, prender e "até matar" Cipriano Cassamá, caso este persistir em não autorizar o desbloqueamento das sessões plenárias do hemiciclo.
Cipriano Cassamá considera "sérias, graves e preocupantes" as ameaças de que é alvo.
Notabanca
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