quarta-feira, 18 de junho de 2025

Pentágono já deu a Trump opções de intervenção no conflito Israel/Irão

Por LUSA 

O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, revelou hoje que o Pentágono já sugeriu à Casa Branca possíveis opções de intervenção no Irão, mas não confirmou a hipótese de um auxílio militar nos ataques israelitas.

Hegseth falou perante congressistas a quem reconheceu que está a ser prestada "máxima proteção de força" às tropas norte-americanas no Médio Oriente e que é decisão do Presidente Donald Trump fornecer a Israel uma bomba destruidora de 'bunkers' para atingir o núcleo do programa nuclear do Irão.

Israel atacou várias instalações nucleares iranianas nos últimos dias, mas um dos seus principais locais de produção de urânio, Fordo, requer munições de penetração profunda.

Hoje, Trump voltou a não dizer se decidiu ordenar um ataque dos EUA ao Irão - uma atitude que Teerão avisou que seria recebida com duras retaliações.

"Posso fazer isso, posso não fazer isso. Ninguém sabe o que vou fazer", disse Trump numa conversa com jornalistas na Casa Branca.

O Presidente norte-americano acrescentou que não é tarde demais para o Irão desistir do seu programa nuclear, enquanto continua a avaliar o envolvimento direto dos EUA nas operações militares de Israel destinadas a destruir o programa nuclear de Teerão.

O ayatollah iraniano, Ali Khamenei, voltou hoje a avisar que os ataques dos Estados Unidos contra a República Islâmica "resultarão em danos irreparáveis" para os norte-americanos.

"Desejo-lhe boa sorte", disse Trump, quando questionado sobre a recusa do líder supremo em render-se.

Perante o Congresso, o secretário de Defesa avisou para a seriedade com que Trump está a analisar a situação.

"Deviam ter feito um acordo. A palavra do Presidente significa alguma coisa --- o mundo compreende isso. E no Departamento de Defesa, o nosso trabalho é estarmos prontos e preparados, com opções. E é exatamente isso que estamos a fazer", assegurou Hegseth.

Os EUA deslocaram um número significativo de aviões de reabastecimento e caças para os posicionar de modo a poderem responder ao conflito no Médio Oriente, como apoiar possíveis evacuações ou ataques aéreos.


Leia Também: O presidente norte-americano avisou hoje que a paciência com o regime iraniano "está a esgotar-se", mas não deu indicações se tenciona atacar o Irão, que está em guerra com Israel desde 13 de junho. 


Leia Também: O Irão acusou hoje o Presidente dos Estados Unidos de ser um mentiroso e um cobarde por ter "ameaçado eliminar o líder supremo do país", Ali Khamenei. 

Leia Também: Trump já aprovou planos de ataque ao Irão. Falta a ordem final

Países Baixos devolvem 'Bronzes do Benim' à Nigéria (120 anos depois)

Por LUSA 

Quase 120 estátuas de bronze chegaram à Nigéria, saqueados pelos britânicos há mais de 120 anos, anunciaram hoje a embaixada dos Países Baixos e a Comissão Nacional de Museus e Monumentos Nacionais da Nigéria (NCMM).

"Esta semana marca o regresso histórico de 119 bronzes do Benim dos Países Baixos para a Nigéria", declararam as duas entidades num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

"A devolução é incondicional, reconhecendo que os objetos foram saqueados durante o ataque britânico a Benin City [uma cidade na Nigéria] em 1897 e nunca deveriam ter ido parar aos Países Baixos", lê-se ainda no texto referente ao conjunto de obras conhecidas como 'os bronzes do Benim'.

Os 119 bronzes constituem "a maior restituição" de objetos saqueados nessa época, de acordo com o comunicado, que precisa que 113 pertenciam à coleção do Estado holandês e seis ao município de Roterdão.

"Nunca é demais insistir no significado simbólico deste evento e no que ele representa para o orgulho e a dignidade, não só do povo beninês, mas também de toda a Nigéria", afirmou no comunicado o diretor-geral da NCMM, Olugbile Holloway.

Uma cerimónia oficial de restituição será organizada no sábado em Lagos, a capital económica da Nigéria.

A prazo, os bronzes serão expostos num museu em Benin City.

Em 2022, a Alemanha começou a devolver à Nigéria peças das suas próprias coleções de bronzes do Benim, ao contrário do Museu Britânico de Londres, que se recusou a devolver parte da sua famosa coleção, invocando uma lei aprovada em 1963 que impede o museu de devolver os tesouros.

Espanha doa materiais a Bissau para combater desnutrição de crianças

Por LUSA 

A embaixada de Espanha na Guiné-Bissau, através do Programa Alimentar Mundial (PAM), entregou hoje ao Ministério da Saúde guineense duas viaturas, oito motorizadas e material informático diverso para ajudar no combate à desnutrição de crianças e mulheres grávidas.

Os designados meios logísticos e equipamentos essenciais foram entregues ao ministro da Saúde guineense, Pedro Tipote, por Lúcia Píñón Ameiros, cônsul de Espanha em Bissau, e Claude Kakule, representante do PAM no país.

Na cerimónia, os três responsáveis assinalaram que os equipamentos hoje entregues visam apoiar o funcionamento da Direção do Serviço de Alimentação, Nutrição e Sobrevivência da Criança do Ministério da Saúde guineense, sobretudo no acompanhamento das atividades no terreno.

Pedro Tipote agradeceu o apoio de Espanha, felicitou a intervenção do PAM na coordenação da ajuda e explicou que os materiais servirão para o combate à desnutrição em crianças de até cinco anos e em mulheres grávidas.

O governante assinalou que o apoio espanhol vai ao encontro da iniciativa lançada em março passado pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, para a redução da mortalidade materno infantil no país.

Fonte do Ministério da Saúde guineense disse à Lusa que cerca de 30% das crianças com menos de cinco anos "estão com atraso no crescimento" devido à má nutrição e cerca de cinco por cento com emaciação, perda de peso e massa muscular derivados da desnutrição aguda.

A situação ocorre em quase todo o país, mas com maior ênfase nas regiões de Oio, norte, Bafatá e Gabú, no leste, assinalou a mesma fonte.

Os meios logísticos disponibilizados por Espanha também serão utilizados na execução de programas do país para o combate à HIV/Sida e Tuberculose nas mulheres grávidas.

O ministro da Saúde guineense notou que os materiais hoje entregues fazem parte da iniciativa em curso entre os dois países que consiste na reconversão de parte da dívida pública da Guiné-Bissau a Espanha em ações sociais.

"Israel fez algo extraordinário. Em quatro dias conseguiu alcançar a supremacia aérea sobre o Irão"

O major-general Isidro de Morais Pereira analisou o conflito no Médio Oriente, com destaque para a guerra entre Israel e o Irão.

Ministério da Saúde Pública recebe viaturas e motorizadas no âmbito de projecto apoiado pelo Reino de Espanha

Realizou-se hoje 18 de junho a cerimónia oficial de entrega de meios logísticos e equipamentos essenciais ao Ministério da Saúde Pública, no âmbito de um projecto implementado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM), em parceria com o Governo da Guiné-Bissau e com financiamento do Reino de Espanha.

O donativo inclui duas viaturas e oito motorizadas, entre outros equipamentos, com o objectivo de reforçar a capacidade de resposta dos serviços de saúde, sobretudo nas zonas de difícil acesso.

🇬🇼 📢 Supervisores da Atualização dos Cadernos Eleitorais anunciam a intenção de realizar uma vigília junto ao Ministério das Finanças, exigindo o pagamento dos subsídios em atraso.

🇬🇼 A decisão foi tornada pública após uma reunião com o Diretor-Geral do GTAPE, na sequência do anúncio de retenção dos dados por parte dos brigadistas de atualização, como forma de protesto.

🇬🇼 📅 A atualização eleitoral foi encerrada a 24 de maio, e, de acordo com a lei, o processo de reclamações (15 dias) e finalização do ficheiro eleitoral já deveria estar em curso. No entanto, tudo continua paralisado devido à falta de regularização dos pagamentos.

DUAS CRIANÇAS TORTURADAS ATÉ A MORTE FORAM ENCONTRADAS NUMA VIATURA NO BAIRRO DE PLAK-2 EM BISSAU

Por notabanca

Como isto pode acontecer? Matar e deixar dentro de uma viatura. Não dá para acreditar o que acontece nos últimos tempos na Guiné-Bissau. Mas é verdade. Os crimes bárbaros e hediondos ganham contornos alarmantes na capital Bissau, e no interior do país.

Desta feita, A polícia da Sétima Esquadra de Bissau, descobriu hoje no interior de uma viatura, duas crianças torturas até a morte no bairro de Plak-2 em Bissau, por elementos duna rede de malfeitores a desvendar.

Os menores têm idades compreendidas entre três a cinco anos com cicatrizes nos corpos.

A criança de sexo feminino foi encontrada nua (sem roupas), apontando ser violada sexualmente pelos criminosos que projetavam alguma coisa com os corpos das crianças dentro do carro, disse à Notabanca, uma fonte que esteve no local.

A viatura é da marca "Citroen C5 " da cor preta e estava estacionada numa oficina de manutenção de viaturas de "Mussá Biai". Coisas nossas. Só nossas.

Camião desgovernado destrói retunda de Guimetal horas após alerta presidencial

Bissau, 18 de junho — Um camião sobrecarregado com carga de "cibes" perdeu o controlo e destruiu a retunda de Guimetal, deixando o local desconfigurado. 

O incidente ocorreu apenas 48 horas após o presidente da República ter alertado para o perigo de condutores irresponsáveis que danificam infraestruturas públicas, incluindo postes de iluminação ao longo das estradas.

@CAP-GB

Irão "nunca se renderá à imposição de quem quer que seja".... O líder do Irão, 'ayatollah' Ali Khamenei, recusou hoje uma rendição dos iranianos e advertiu para "danos irreparáveis" se os Estados Unidos intervierem no conflito com Israel, numa declaração lida na televisão estatal.

Por LUSA 

"A nação iraniana opõe-se firmemente a uma guerra imposta, tal como se oporá firmemente a uma paz imposta. Esta nação nunca se renderá à imposição de quem quer que seja", afirmou Khamenei.

"Os americanos devem saber que qualquer intervenção militar da sua parte resultará certamente em danos irreparáveis", disse o líder no poder desde 1989, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Khamenei reagia às ameaças do Presidente norte-americano, Donald Trump, aliado de Israel, que na terça-feira apelou ao Irão para uma "rendição incondicional".

Trump afirmou também que sabia onde Khamenei estava escondido, mas que não o ia "eliminar por agora".

"Numa declaração inaceitável, o Presidente americano instou explicitamente os iranianos a renderem-se", disse Khamenei.

Khamenei afirmou que "as ameaças não influenciarão o comportamento (...) da nação iraniana".

Os comentários de Khamenei, 86 anos, foram lidos por um apresentador da televisão estatal, com uma imagem fixa do líder, segundo a agência norte-americana Associated Press (AP).

Não ficou claro por que razão Khamenei não apareceu no ecrã, como já tinha feito uma vez desde o início dos ataques israelitas em 13 de junho.

A agência estatal IRNA tinha noticiado que Khamenei iria fazer uma comunicação ao país.

O canal do Qatar Al Jazeera informou que a televisão estatal iraniana transmitiu posteriormente uma gravação em vídeo com Khamenei a discursar.

Ao mesmo tempo, o Irão e Israel continuaram a trocar ataques com mísseis.

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) anunciou hoje a destruição por Israel de dois edifícios onde "eram fabricados componentes de centrifugadoras", em Karaj, perto de Teerão.

Alegando ter informações que provavam que o Irão se aproximava do "ponto de não retorno" para a bomba atómica, Israel lançou um ataque sem precedentes contra o arqui-inimigo na sexta-feira.

Desde então, atingiu centenas de instalações militares e nucleares, e matou oficiais militares de topo e cientistas nucleares.

O Irão, que nega ter construído armas nucleares, declarou a intenção de retaliar contra a guerra lançada por Israel, que acusou de tentar torpedear as negociações nucleares entre Teerão e Washington.

As forças iranianas têm ripostado com o lançamento de mísseis e 'drones' contra várias cidades israelitas, cujas autoridades admitiram que os ataques causaram pelo menos 24 mortos.


Leia Também: A Rússia advertiu hoje os Estados Unidos contra o envolvimento direto no conflito armado entre Israel e o Irão, alegando que isso iria "desestabilizar radicalmente" a situação. 


Telavive recusa negociar com Teerão. "Operação vai continuar"

Por LUSA 

Israel recusou hoje negociar com o Irão e assegurou que vai prosseguir a ofensiva militar apelidada pelo exército de "Leão Ascendente", iniciada em 13 de junho, até atingir todos os objetivos.

"Não haverá negociações. A operação vai continuar até atingirmos os nossos objetivos", disse o chefe da diplomacia israelita, Gideon Saar, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Saar fez as declarações durante uma reunião de informação com mais de 30 embaixadores estrangeiros, incluindo os de Itália, Polónia, Índia, Espanha e Suécia.

O encontro decorreu no local onde um míssil balístico iraniano atingiu a cidade de Bat Yam, a sul de Telavive, no domingo, matando oito pessoas.

Saar acusou o Irão de "visar deliberadamente áreas povoadas e matar civis".

Avisou que os iranianos estavam "a cometer um erro" ao subestimar a força e o apoio generalizado do povo israelita à operação militar.

Saar reiterou perante os diplomatas a determinação do país em neutralizar a ameaça nuclear e destruir as armas de mísseis balísticos do Irão.

Israel iniciou uma ofensiva militar contra o Irão na sexta-feira, com ataques a instalações militares e do programa nuclear iraniano.

Os ataques israelitas causaram pelo menos 232 mortos, incluindo altos comandos militares e cientistas que trabalhavam no programa nuclear, segundo dados oficiais.

O Irão ripostou e provocou 24 mortos em Israel, de acordo com as autoridades de Teerão.


Leia Também: O chefe da Agência de Energia Atómica do Irão, Mohamed Eslami, afirmou hoje que as instalações nucleares subterrâneas iranianas atacadas por Israel estão operacionais, rejeitando que o país enfrente escassez de combustível 

Ministro da Defesa israelita diz que ataques farão cair regime iraniano

Por LUSA 

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, disse hoje que os símbolos do regime iraniano estão a ser destruídos, acrescentando que os ataques contra Teerão vão fazer cair o regime. 

"Um tornado sobrevoa Teerão. Símbolos do regime iraniano são bombardeados e destruídos, desde a Autoridade de Radiodifusão [televisão estatal] a outros alvos. Multidões de residentes fogem. É assim que as ditaduras caem", disse Katz, numa mensagem difundida através das redes sociais.

Na segunda-feira, Israel bombardeou os estúdios da emissora estatal iraniana IRIB.

Para Jerusalém, trata-se de um canal de propaganda e de incitamento à violência.

O ataque contra a estação de televisão matou três pessoas, tendo sido transmitido em direto o momento do impacto, quando a apresentadora Sahar Emami se encontrava em estúdio.

O Exército israelita afirmou ter alertado os civis antes do ataque.

Segundo a agência de notícias espanhola EFE, muitos habitantes de Teerão abandonaram a cidade em direção ao norte do Irão. 

Até ao terceiro dia do conflito, ainda era visível a atividade nas ruas da capital, que foi diminuindo à medida que avançavam os ataques israelitas às instalações militares e de energia da capital, bem como contra zonas residenciais.

Israel tem levado a cabo uma campanha de bombardeamentos contra diferentes zonas do Irão desde sexta-feira passada.

Os ataques de Israel mataram pelo menos 232 pessoas e feriram cerca de 1.800, na maioria civis.

Em Israel, pelo menos 24 pessoas foram mortas na sequência dos disparos de mísseis iranianos.


Leia Também: Irão ultrapassou "linhas vermelhas" ao atacar centros urbanos, diz Katz 

Leia Também: A China afirmou hoje estar "profundamente preocupada com a situação" no Médio Oriente, reagindo às declarações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afastou a hipótese de ordenar a morte do líder supremo do Irão, Ali Khamenei 

Segundo novo estudo, beber café pode reduzir o risco de morte em 14%... Mas depende da maneira como o bebe.

Por LUSA 

"O café é uma bebida que contém cafeína e antioxidantes, ambos comprovadamente com propriedades neuroprotetoras", explicou Krutika Nanavati, nutricionista e consultora médica da Clinicspots, à Best Life. "O consumo de café tem sido associado ao aprimoramento das habilidades cognitivas, incluindo memória, atenção e processamento. Ele estimula o sistema nervoso central, promove o estado de alerta e reduz a percepção de fadiga."

Posto  isto, tendo em conta todos estes benefícios, não é surpresa que o café também possa reduzir o risco de morte.

Esta teoria é explorada num novo estudo publicado no The Journal of Nutrition, que destaca que a maneira como prepara o café é igualmente importante.

O estudo observacional envolveu 46 mil adultos (com 20 anos ou mais), cujos hábitos de consumo de café foram analisados ​​e vinculados aos Dados de Mortalidade do Índice Nacional de Óbitos.

Um total de 7074 participantes faleceu num período médio de acompanhamento de 9,3 a 11,3 anos. Para fins deste estudo, a causa da morte foi categorizada como várias causas, cancro (1176 mortes) e doença cardiovascular (1089 mortes). Já o consumo de café foi estipulado por três fatores: tipo (com cafeína ou descafeinado), teor de gordura saturada e quantidade de açúcar. 

Os resultados indicam que beber café preto pode reduzir o risco de morte em pelo menos 14%. Mais especificamente, o risco de mortalidade por várias causas foi reduzido em 16% entre indivíduos que beberam pelo menos uma chávena de café por dia. Além disso, este número aumentou para 17% com uma ingestão de duas a chávenas por dia.

"Os benefícios do café para a saúde podem ser atribuídos aos seus compostos bioativos, mas os nossos resultados sugerem que a adição de açúcar e gordura saturada pode reduzir os benefícios da mortalidade", explicou Fang Fang Zhang, autora do estudo e professora da Friedman School of Nutrition Science and Policy, da Tufts University.

Além disso, beber três ou mais chávenas por dia "não foi associado a reduções adicionais". Na verdade, piorou a relação entre o risco de mortalidade e doenças cardiovasculares.


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Jerusalém anuncia morte de mais um general iraniano

Por LUSA 

Israel e Irão entraram esta madrugada no sexto dia de bombardeamentos recíprocos, com Jerusalém a anunciar a morte de outro general iraniano de topo e Washington a sugerir ser fácil matar o líder supremo iraniano, Ayatollah Ali Khamenei.

Na terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou os residentes de Teerão para abandonarem a capital iraniana e exigiu ao Irão que se rendesse sem condições.

Trump deixou na segunda-feira a cimeira do Grupo dos Sete no Canadá, de surpresa e um dia mais cedo do esperado, alegadamente para lidar com o conflito entre Israel e o Irão, esclarecendo enigmaticamente: "Não estou a olhar para um cessar-fogo. Estamos a pensar em algo melhor do que um cessar-fogo".

Instado a explicar-se, Trump disse que os Estados Unidos querem "um fim real" do conflito que pode envolver o Irão "desistir completamente". Em seguida, acrescentou: "Não estou com muita vontade de negociar".

Mais tarde, nas redes sociais, Trump avisou o líder supremo iraniano, Ayatollah Ali Khamenei, que os Estados Unidos sabem onde se esconde e apelou à "rendição incondicional" do Irão.

Trump anunciou ainda que Washington não tem planos para matar Khamenei, "pelo menos, não por enquanto", mas avisou que a "paciência dos Estados Unidos está a esgotar-se".

O inquilino da Casa Branca indicou que as conversações diplomáticas continuam a ser uma opção e anunciou que poderá vir a enviar o vice-presidente JD Vance e o enviado especial Steve Witkoff para se encontrarem com os dirigentes iranianos.

O Irão não deu qualquer resposta imediata às mensagens do Presidente, mas os chefes militares do país prometeram que Israel iria em breve assistir a mais ataques.

"As operações levadas a cabo até agora tiveram apenas o objetivo de alertar e dissuadir", afirmou o general Abdul Rahim Mousavi, comandante-chefe do exército iraniano, através de um vídeo. "A operação de punição será realizada em breve".

Trump e o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, falaram sobre a evolução da situação por telefone na terça-feira, segundo fonte da Casa Branca, sob condição de anonimato, referenciada pela agência Associated Press.

O organismo de vigilância nuclear da ONU anunciou esta terça-feira que os ataques israelitas à principal instalação de enriquecimento de urânio do Irão, em Natanz, danificaram a principal instalação subterrânea de centrifugação, e não apenas uma instalação acima do solo, como anteriormente reconhecido.

Israel afirmou que o seu ataque foi necessário para impedir o Irão de se aproximar da construção de uma arma atómica.

O exército israelita fez saber esta terça-feira que matou o general Ali Shadmani, descrito como o mais alto comandante militar iraniano, informação que Teerão não comentou.

Shadmani era pouco conhecido no país antes de ser nomeado, na semana passada, para o cargo de Chefe de Estado-Maior, diretor do quartel-general central de Khatam al-Anbiya da Guarda Revolucionária paramilitar. A nomeação seguiu-se à morte do antecessor, general Gholam Ali Rashid, num ataque israelita.

O porta-voz militar israelita, Brigadeiro Effie Defrin, anunciou uma nova vaga de ataques na terça-feira à noite, quando explosões e fogo antiaéreo se fizeram ouvir em Teerão, abalando edifícios.

O exército israelita afirmou que os seus aviões de guerra tinham como alvo 12 locais de lançamento de mísseis e instalações de armazenamento. Mais tarde, a Força Aérea israelita anunciou que estava a realizar ataques em torno de Teerão, já na madrugada de hoje.

Também o Irão lançou esta madrugada uma nova vaga de bombardeamento, que incluiu a utilização de mísseis Fatah, descritos por Teerão como hipersónicos.

Israel não confirmou a utilização de mísseis hipersónicos pelo Irão.

As armas hipersónicas, que voam a velocidades superiores a Mach 5, colocam desafios cruciais aos sistemas de defesa antimíssil devido à sua velocidade e capacidade de manobra.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou que a sua embaixada em Jerusalém permanecerá fechada até sexta-feira devido à "atual situação de segurança e ao conflito em curso entre Israel e o Irão".


Leia Também: O exército israelita anunciou esta quarta-feira ter atacado durante a noite uma fábrica de centrifugadores nucleares e várias instalações de fabrico de armas em Teerão, no sexto dia de uma ofensiva aérea contra o Irão. 

Leia Também: Israel afirmou, numa carta endereçada esta terça-feira ao secretário-geral da ONU, ao Conselho de Segurança e à Assembleia Geral, que os ataques contra o Irão se justificam porque o país "não vai aceitar a ameaça existencial de extermínio". 

terça-feira, 17 de junho de 2025

Espere sempre uma hora depois de acordar antes de fazer isto... O conselho é de uma cardiologista. Saiba os riscos que pode estar a correr.

Por LUSA 

Qual é a primeira coisa que faz assim que acorda? É daquelas pessoas que pega logo no telemóvel? A verdade é que o ideal é esperar pelo menos uma hora antes de fazê-lo. O conselho é deixado por uma cardiologista.

"Não se trata apenas de ativar as hormonas do stress, mas tudo o que esse hábito irá desencadear ao longo do dia", começa por dizer Alexandra Kharazi à revista Parade.

A verdade é que acaba por ter esta ação em vez de outras que realmente são benéficas. É o caso de preparar o pequeno-almoço, alongar, meditar ou fazer algum tipo de exercício físico.

"Se verificar o telemóvel for uma experiência negativa e stressante, é logo assim que irá começar a sua manhã, algo que não lhe irá fazer bem."

Acaba por ser também um sinal de que passa muito tempo ao telemóvel, o que pode trazer outro tipo de problemas. A especialista sugere que é um hábito que está ligado à pressão alta, colesterol elevado, obesidade e diabetes tipo 2.

Iranianos com dificuldades de acesso à Internet

Por LUSA 

O Irão registou esta terça-feira uma perturbação generalizada no acesso à Internet, noticiaram os meios de comunicação social do país, no quinto dia de confrontos militares com Israel.

"Os utilizadores da Internet em várias províncias estão a relatar uma interrupção generalizada da Internet", disse o diário Ham Mihan, com outros meios de comunicação social a relatarem informações semelhantes.

A causa destas perturbações não foi imediatamente esclarecida, mas o Irão impôs restrições à Internet após o lançamento do ataque israelita na sexta-feira, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).

Segundo a agência norte-americana Associated Press (AP), as autoridades iranianas estariam a restringir lentamente o acesso do público ao mundo exterior, quando os telefones fixos parecem ter deixado de poder receber ou marcar chamadas telefónicas internacionais.

O Irão não reconheceu a restrição, que já ocorreu durante protestos nacionais no passado e durante a guerra Irão-Iraque dos anos de 1980.

Os sítios Web internacionais pareciam estar sujeitos a restrições para os utilizadores da Internet, embora os 'sites' locais estivessem a funcionar.

As perturbações poderão indicar que o Irão tenha ligado a chamada "rede halal", a versão da Internet controlada localmente pelo regime iraniano, para restringir o que o público pode ver, segundo a AP.

O Irão também proibiu hoje os funcionários públicos e os guarda-costas de utilizarem todos os dispositivos de comunicação ligados às redes.

A proibição inclui telemóveis, relógios inteligentes e computadores portáteis.

O Irão não explicou a razão da proibição, que foi comunicada pela agência noticiosa semioficial Fars.

A medida sugere que o Irão suspeita que Israel utilizou assinaturas digitais de aparelhos eletrónicos para lançar os ataques que dizimaram a liderança militar do país, acrescentou a AP.

Israel iniciou em 13 de junho uma ofensiva contra o Irão, alegando ter como alvo o programa nuclear do país e a capacidade de fabrico de mísseis

O Irão respondeu com o lançamento de mísseis e 'drones' contra diversas cidades israelitas.

Desde sexta-feira, terão morrido mais de 200 pessoas no Irão e cerca de três dezenas em Israel devido aos bombardeamentos mútuos, segundo as duas partes.


Leia Também: Alemanha elogia "a coragem" de Israel por fazer "trabalho sujo" com Irão 

Trump afirma que EUA têm agora "total controlo" de céu iraniano

Por LUSA 

O Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou esta terça-feira que os Estados Unidos "têm agora o controlo total e completo dos céus do Irão", após a vaga de bombardeamentos iniciada a 13 de junho pelo Exército israelita.

Segundo o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a ofensiva, ainda em curso, já destruiu "um grande número" de lançadores de mísseis e metade dos 'drones' (aeronaves não-tripuladas) de Teerão.

"Agora, temos o controlo total e completo sobre os céus do Irão. O Irão tinha bons detetores aéreos e outros equipamentos de defesa, e muitos, mas não se comparam aos que são feitos, concebidos e fabricados nos Estados Unidos. Ninguém o faz melhor do que os bons e velhos Estados Unidos", escreveu Trump na sua rede social, Truth Social.

As suas declarações surgiram minutos depois de o vice-presidente norte-americano, JD Vance, ter confirmado que Trump poderá considerar necessário adotar "mais medidas" para travar o programa de enriquecimento de urânio do Irão.

Vance, que elogiou a "contenção" de Trump, especulou sobre futuros passos, sublinhando que "a decisão final cabe ao Presidente".

"Penso que ele mereceu que confiemos nele em relação a esta questão", observou o 'número dois' do Governo republicano, antes de acrescentar que, "faça o que fizer", Trump manterá as Forças Armadas norte-americanas ao serviço dos interesses dos Estados Unidos.

Afirmou ainda que está a tentar esclarecer as "loucuras" que tem lido sobre este assunto e concordou com Trump que "o Irão não pode ter uma arma nuclear", o argumento que Israel também está a usar para justificar a onda de ataques que lançou na passada sexta-feira e que hoje prossegue, no quinto dia consecutivo.

O vice-presidente norte-americano advertiu o Irão de que pode desistir do enriquecimento de urânio mantendo a sua indústria atómica para fins pacíficos, comentando que ainda não viu "um único bom argumento" que justifique a violação das "obrigações em matéria de não-proliferação".

"Não vi uma única boa resposta às conclusões da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA)", sentenciou.

Israel lançou na sexta-feira uma vaga de ataques contra instalações nucleares iranianas e zonas residenciais da capital, Teerão.

Desde então, as autoridades do país da Ásia Central elevaram o número de mortos para mais de 224 pessoas e pelo menos 1.800 feridos.

Do lado israelita, a retaliação iraniana fez pelo menos 24 mortos, segundo as autoridades de Israel.

A ofensiva israelita foi lançada dias antes de uma nova ronda de negociações entre Washington e Teerão sobre o programa nuclear iraniano, que estava prevista para o passado domingo na capital de Omã, Mascate.

Devido aos bombardeamentos israelitas, as autoridades iranianas entretanto anunciaram o cancelamento dessa nova ronda negocial.


Leia Também: Trump sabe localização do líder do Irão mas afasta matá-lo "por enquanto" 

Mais de 30 oficiais das diferentes ramos das forças armadas beneficiaram curso de inspecção. O Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Mamadú Turé, presidiu esta terça-feira o encerramento do curso.

UNODC ALERTA QUE GUINÉ-BISSAU ESTÁ NO RADAR DE REDES DE CRIMINALIDADE ORGANIZADA TRANSNACIONAL

Por  RSM. 17.06.2025

A Guiné-Bissau continua a ser um ponto de interesse estratégico para redes de criminalidade organizada transnacional, alertou esta terça-feira, 17 de junho, a representante do Escritório das Nações Unidas sobre Droga e Crime (UNODC), Ana Cristina Andrade.  

A responsável falava na abertura de uma formação nacional sobre investigação financeira ligada ao tráfico de drogas, realizada em Bissau. 

Cristina Andrade sublinhou que os crimes relacionados com o tráfico de estupefacientes e os fluxos financeiros ilícitos representam uma ameaça crescente à integridade das instituições e ao desenvolvimento sustentável do país.  

“As redes criminosas estão altamente organizadas, dispõem de recursos significativos e operam com elevada mobilidade”, afirmou, destacando que o combate a essas estruturas exige muito mais do que ações de repressão tradicional.  

Segundo a representante do UNODC, uma das ferramentas mais eficazes para desmantelar essas redes é a realização de investigações financeiras paralelas às investigações criminais.

 “Identificar os fluxos financeiros e rastrear os ativos de origem criminosa permite atingir o coração das organizações”, disse.  

Em 2024, o UNODC já havia recomendado o reforço da investigação, da prevenção e da cooperação a nível regional e internacional no combate ao narcotráfico e ao branqueamento de capitais. 

 A formação, que reúne representantes de instituições públicas e privadas, visa precisamente reforçar as capacidades nacionais na área da justiça penal e na condução de investigações financeiras complexas.  

Em representação da ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, a diretora-adjunta da Polícia Judiciária, Cornélia Vieira Té, defendeu que a resposta ao crime organizado deve ir além da apreensão de drogas ou da detenção de intermediários. “É fundamental neutralizar o pilar financeiro que sustenta essas redes criminosas”, afirmou.  

A iniciativa faz parte de um esforço conjunto do UNODC e da União Europeia para reforçar os mecanismos nacionais de combate ao tráfico de drogas, ao branqueamento de capitais e à corrupção.  


Ataques de Israel atingem salas subterrâneas de central nuclear no Irão

Por LUSA 

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmou esta terça-feira ter "identificado novas provas que mostram impactos diretos nas salas subterrâneas" da instalação nuclear iraniana de Natanz, na sequência de ataques de Israel.

Na segunda-feira, a agência nuclear da ONU tinha dito não ter qualquer indicação a este respeito, lembrando que apenas os edifícios de superfície desta central de enriquecimento de urânio tinham sido afetados pelos ataques israelitas.

A AIEA alterou a agora esta avaliação, "com base na análise contínua de imagens de satélite de alta resolução", de acordo com uma publicação da agência na rede social X.

O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, disse estar pronto para viajar imediatamente para o Irão, onde estão presentes inspetores da Agência.

"Pela segunda vez em três anos, estamos a assistir a um conflito dramático entre dois Estados-membros da AIEA, no qual as instalações nucleares estão a ser atacadas e a segurança está a ser comprometida", lamentou Grossi, referindo-se à instalação nuclear iraniana de Natanz.

O local tem dezenas de cascatas de centrifugadoras, mais de 10.000 destas máquinas são utilizadas para enriquecer urânio a 60%, muito para além do limite de 3,67% estabelecido pelo acordo internacional de 2015 que ofereceu alívio das sanções a Teerão em troca de garantias sobre a natureza pacífica do programa nuclear.

Enriquecido entre 3% e 5%, este urânio é utilizado para abastecer centrais nucleares para a produção de eletricidade. Quando enriquecido até 20%, pode ser utilizado para produzir isótopos médicos, utilizados principalmente no diagnóstico de certos tipos de cancro.

Para fazer uma bomba, o enriquecimento deve ser levado a 90%.

A República Islâmica nega qualquer ambição militar e defende o direito de enriquecer urânio para desenvolver um programa nuclear civil.

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.


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R Kelly hospitalizado de emergência após sofrer overdose na prisão... O músico, que se encontra a cumprir uma pena de prisão de 30 anos por extorsão e tráfico sexual, terá recebido doses avultadas (e acima do recomendado) para tratar sintomas de ansiedade

Por LUSA 

RKelly foi levado de emergência para o hospital na sequência de uma overdose de medicamentos que sofreu na prisão, segundo revelam documentos do tribunal. 

O artista, de 58 anos, sofreu a overdose após funcionários da prisão lhe administrarem os medicamentos, realçou o seu advogado.   

O músico, recorde-se, cumpre uma pena de 30 anos numa prisão na Carolina do Norte por tráfico e extorsão sexual.   

Sabe-se que este encontrava-se na 'solitária' no dia 10 de junho e que foi medicado devido à ansiedade. Três dias depois, Kelly terá começado a sentir "fraqueza" e "tonturas", bem como falhas de visão.   

A notícia surge dias depois da equipa de defesa da celebridade acusar os guardas prisionais de o terem punido, depois de colocar uma moção de emergência, alegando que estava a ser alvo de ameaças de morte por parte de reclusos supremacistas.  


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Cadi Seidi, mãe de trigêmeos recém-nascidos, encontra-se internada no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, e faz um apelo comovente à solidariedade pública... “Não será fácil sustentar estas crianças sem ajuda externa”, declarou, visivelmente emocionada.

A situação da jovem mãe levanta um alerta sobre as dificuldades enfrentadas por muitas famílias em situação de vulnerabilidade, especialmente quando se trata de nascimentos múltiplos.  

Acompanhe o vídeo e saiba como pode ajudar. 956175333 Tcherno Braima, Marido.👇

📢 Atualização dos cadernos eleitorais terminou a 24 de maio, mas os dados continuam nas mãos dos brigadistas que exigem o pagamento dos subsídios. Dos 75 dias previstos, o Governo só garantiu o pagamento de 30 dias, restando 45 por saldar.

Preocupado com a situação, o Diretor-Geral do GTAPE, Gabriel Djibril Baldé, reuniu-se com o Coletivo dos Brigadistas. 

Após o encontro, o porta-voz Hélmer Albano Quadé apelou à intervenção urgente do Presidente da República para evitar que a crise comprometa as eleições previstas para novembro.

O Primeiro-Ministro Rui Duarte Barros presidiu hoje (17/06) à cerimônia de lançamento do Projeto de Desenvolvimento, Integração e Reforço das Competências Técnicas (DIRECT).

 

Migrações: 1.865 mortos este ano a tentar chegar a Espanha em 'pateras'

Por LUSA 

Quase 1.900 pessoas morreram entre janeiro e maio a tentar cruzar o Mediterrâneo e o Atlântico em embarcações precárias que saíram de África com destino a Espanha, segundo um estudo da organização não-governamental (ONG) Caminando Fronteras.

A maioria destas 1.865 vítimas - oriundas de 22 países - morreu na designada "rota atlântica", que tem como destino as ilhas Canárias, revelou a ONG no estudo publicado hoje.

Nesta "rota atlântica", que "continua a ser a mais mortífera", morreram 1.482 pessoas entre janeiro e maio, que iam a bordo de embarcações que saíram, sobretudo, da Mauritânia, mas também do Senegal, Gâmbia e Marrocos, na costa ocidental africana.

Segundo os mesmos dados, houve já este ano, no total, no mediterrâneo e no atlântico, "113 tragédias" com estas embarcações, conhecidas em Espanha como 'pateras' ou 'cayucos', e dos 1.865 mortos, 342 são menores de idade e 112 são mulheres.

No caso de 38 embarcações, desapareceram no mar todas as pessoas que iam a bordo e a maior parte das mortes ocorreu em janeiro (767) e fevereiro (618).

As vítimas eram pessoas oriundas de 22 países diferentes e não apenas africanos, com migrantes do Afeganistão, Paquistão, Sìria ou Bangladesh identificados pela ONG.

"Na Caminando Fronteras insistimos em que estas mortes são evitáveis: são o resultado de decisões políticas, de omissões calculadas e de uma arquitetura fronteiriça que normaliza a morte como parte dos sistemas de controlo", lê-se no relatório do estudo da ONG, que identifica casos de ativação tardia de socorro a embarcações precárias e inexistência de protocolos conjuntos entre países para estas situações ou colaboração internacional frágil.

A Caminando Fronteras elabora anualmente dois relatórios sobre os migrantes que morrem no mar a tentar chegar a Espanha, com base em dados oficiais e de associações de comunidades migrantes, assim como testemunhos e denúncias tanto das comunidades como de famílias de desaparecidos, seguindo metodologias usadas pelas ONG para contabilizar vítimas em diversos pontos do mundo, como acontece na fronteira entre o México e os Estados Unidos.

Espanha aproximou-se em 2024 do número recorde de chegadas irregulares de migrantes que o país atingiu há seis anos, com 63.970 entradas, um aumento de 12,5% face a 2023, segundo o Ministério da Administração Interna espanhol.

Em 2018, o país atingiu um máximo histórico de entradas irregulares: 64.298.

No ano passado, a maior parte das entradas foi feita por via marítima e dessas, a grande maioria, 73% do total, foi feita pela rota das Ilhas Canárias, através da qual cerca de 46.843 pessoas tentaram alcançar território espanhol, mais 17% do que no ano anterior.

Segundo dados oficiais, o número de chegadas de migrantes este ano às Canárias diminuiu 35% comparando com os mesmos meses de 2024.

O governo regional das Canárias tem apelado à ajuda europeia e à solidariedade das restantes regiões autónomas espanholas para responder à chegada de migrantes às ilhas sobretudo para o acolhimento de milhares de menores de idade que chegam às sozinhos, não acompanhados por um adulto.

Isenção tarifária da China a África pode mudar relação com continente

Por LUSA 

A consultora Oxford Economics considerou hoje que a isenção tarifária oferecida pela China a todos os países africanos "não é apenas uma iniciativa comercial, mas sim uma manobra estratégica" para redefinir a relação com o continente.

A política de tarifas zero de Pequim não é apenas uma iniciativa comercial, é uma manobra estratégica para redefinir as suas alianças com África, reduzir o poder de influência dos Estados Unidos, e implantar a China de forma mais profunda no futuro político e económico do continente", dizem os analistas do departamento africano desta consultora britânica.

Num comentário à decisão de Pequim de isentar de tarifas todas as exportações africanas para a China, com exceção de Essuatíni por reconhecer Taiwan, os analistas escrevem que "a implicação mais profunda é um declínio gradual da influência norte-americana em África, com os líderes chineses a ficarem mais inclinados a apoiar a perspetiva chinesa no palco mundial, diminuindo assim a influência do Ocidente".

Para além disso, apontam ainda, as tentativas dos países ocidentais de imposição de sanções ou implementação de regulamentos comerciais pode perder a eficácia, já que "as economias africanas estarão mais integradas com as cadeias de abastecimento e redes comerciais chinesas".

Na semana passada, durante o Fórum de Cooperação China África (FOCAC), a China anunciou isenções tarifárias totais para produtos tributáveis dos 53 países africanos com os quais mantém relações diplomáticas, bem como novas medidas para facilitar o acesso de produtos africanos ao seu mercado.

Paralelamente, Pequim reafirmou a sua disponibilidade para cooperar com África em setores como indústria verde, comércio eletrónico, inteligência artificial, segurança e governança, no contexto de uma relação económica que ganhou peso.

Segundo dados da Administração Geral de Alfândegas, o comércio bilateral superou os 2,1 triliões de yuans (255,7 biliões de euros) em 2024, enquanto nos primeiros cinco meses de 2025 cresceu 12,4% em relação ao ano anterior, até 963,21 biliões de yuans (117,29 biliões de euros).

De acordo com a Oxford Economics, a República Democrática do Congo e Angola eram, em 2023, os maiores exportadores africanos para a China, com o país lusófono a exportar quase metade (46,4%) das vendas totais para o gigante asiático, numa lista onde Moçambique também aparece em lugar de destaque, com quase 20%.

Reunião do G7 decorre no Canadá sem a presença de Donald Trump

Por LUSA 

Seis dos líderes do Grupo dos Sete devem tentar hoje mostrar que o organismo ainda consegue influenciar os acontecimentos mundiais, apesar da partida antecipada do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, e os homólogos do Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão vão hoje juntar-se ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e ao secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, para discutir a guerra da Rússia contra a Ucrânia.

A agenda dos líderes mundiais reunidos no Canadá foi perturbada pelo confronto relacionado com o programa nuclear do Irão e que pode agravar-se.

Israel lançou uma campanha de bombardeamentos aéreos contra o Irão na sexta-feira passada.

O Irão respondeu com mísseis e drones.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, deixou a cimeira que decorre na estância canadiana de Kananaskis, nas Montanhas Rochosas, um dia antes do final afirmando que tinha de regressar aos Estados Unidos por motivos "importantes" que não especificou.

O conflito entre Israel e o Irão intensificou-se e o líder norte-americano declarou que a cidade de Teerão deveria ser evacuada "imediatamente" mas, ao mesmo tempo mostrou-se otimista quanto a um eventual acordo para pôr termo à guerra.

Antes de abandonar a cimeira, Trump juntou-se aos outros líderes e emitiu uma declaração afirmando que o Irão nunca pode vir a possuir armamento nuclear e apelou para uma diminuição das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza.

Por outro lado, Trump avisou na segunda-feira que Teerão tem de "refrear" o programa nuclear antes que seja "demasiado tarde" e divulgou através das redes sociais o aviso para que "todos" abandonassem a capital do Irão. 

Hoje, sem a presença do Presidente dos Estados Unidos, os representantes dos seis países que permanecem na cimeira vão abordar a guerra na Ucrânia e questões comerciais.

Anteriormente, Donald Trump disse que a guerra na Ucrânia poderia ter sido evitada se os membros do G7 não tivessem expulsado a Rússia da organização em 2014 por ter anexado a Crimeia.

Trump recusou-se a juntar-se às sanções contra a Rússia, afirmando que aguarda pela posição dos países europeus.

Antes do regresso antecipado aos Estados Unidos, Trump tinha agendado um encontro com Zelensky e com a chefe de Estado do México, Claudia Sheinbaum.

Em relação ao Médio Oriente, o chanceler alemão Merz disse aos jornalistas que Berlim planeia elaborar uma proposta de comunicado final sobre o conflito entre Israel e o Irão opondo-se ao fabrico de armamento nuclear por parte de Teerão. 

Paralelamente, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press, Trump demonstrou vontade quanto à resolução das queixas de Washington contra as políticas comerciais de outros países, afastando-se da colaboração com os aliados do G7.

O Presidente dos Estados Unidos impôs tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio, bem como tarifas de 25% sobre os automóveis.

Trump também está a aplicar um imposto de 10% sobre as importações da maioria dos países, embora possa aumentar as taxas a 09 de julho, depois de expirar o período de negociação de 90 dias.

Na segunda-feira, Trump anunciou a assinatura de um novo quadro comercial com o Reino Unido que tinha sido previamente anunciado em maio.

"Gosto deles, é por isso. Essa é a maior proteção que eles têm", disse Trump referindo-se diretamente ao acordo com os britânicos.


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