sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Telavive volta a criticar ONU após votação que pede trégua humanitária

© Lusa

POR LUSA    27/10/23 

Israel voltou hoje a atacar as Nações Unidas (ONU) na sua própria sede, em Nova Iorque, após a Assembleia-Geral ter aprovado uma resolução não vinculativa que pede uma "trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada" em Gaza.

Após a votação, com 120 votos a favor da resolução proposta pela Jordânia, o embaixador israelita, Gilad Erdan -- que na terça-feira pediu a demissão do secretário-geral da ONU, António Guterres -- voltou a desqualificar a ONU, uma instituição que diz já "não ter um pingo de legitimidade ou relevância". 

Num tom muito irritado, Erdan disse que "hoje é um dia negro para a ONU e para a humanidade" porque "a maioria da comunidade internacional mostrou que prefere defender os terroristas nazis do Hamas em vez do Estado de Israel, que cumpre as leis para defender os civis."

A resolução não tem qualquer poder vinculativo, mas tem um elevado valor simbólico, razão pela qual Erdan manifestou indignação face a uma resolução que considerou "ridícula" e "terrível" e cujo objetivo, disse, é "fazer com que Israel deixe de se defender".

Mesmo no dia em que a Faixa de Gaza ficou sem internet e sem serviços telefónicos, Erdan afirmou que "Israel está a acompanhar de perto a situação em Gaza" e disse saber "que não há crise humanitária de acordo com o direito internacional", em contradição com relatórios da ONU.

O embaixador acusou ainda a comunidade internacional de aceitar todas as versões do Hamas sobre o que acontece em Gaza: "E continuam a repetir as suas mentiras. Vocês não têm vergonha?", questionou, perante o corpo diplomático presente na Assembleia-Geral da ONU.


Leia Também:  O movimento Hamas saudou hoje a resolução da Assembleia Geral da ONU que apela a uma "trégua humanitária" na Faixa de Gaza, bombardeada por Israel desde 7 de outubro, mas qualificou a votação como "infame".


Leia Também: O Presidente brasileiro, Lula da Silva, acusou hoje o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de "querer acabar com a Faixa de Gaza" e de se esquecer que lá vivem mulheres e crianças e não apenas "soldados do Hamas".

Justiça - OAGB se disponibiliza para mediar a “crise” no Supremo Tribunal de Justiça


Bissau, 27 Out 23 (ANG) - A Ordem dos Advogados  da Guiné-Bissau (OAGB) disse estar preocupado com situação do conflito prevalecente no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e se disponibiliza a faciliatr a mediação, com base num diálogo profícuo para encontrar uma saida pacífica para o crsie.

A disponibilidade da Ordem vem expressa numa nota à imprensa desta organização,assinado pelo seu Bastonário, Januário Pedro Correia, a que a ANG teve acesso hoje

Para o efeito, de acordo com nota, a Ordem dos Advogados constitui uma comissão de contato composta por Basílio Sanca, Waldemar Martins, Fátima Camará, Sãozinho Malaca, Joel Aló Fernandes, Alex Bassuco e Ricardino Nancassa.

Justificou  a disponibilização  com o fato de o conflito prevalecente poder  gerar bloqueios com consequencias graves ao normal funcionamento da administração da Justiça.

O Conselho Superiro da Magistratura decidiu recentemente suspender José Pedro Sambú das funções de Presidente da instituição com alegações de cometimento de  “grosseiro atropelo ao decoro e danosa da imagem da justiça e graves violações dos procedimentos e da lei do processo”.

Reagindo a esta deliberação, a assessoria de imprensa do presidente do STJ  emitiu o comunicado no dia 23, no qual se alega à inexistência jurídica da deliberação Nº 05/20237CSMJ,por absoluta inobservância da formalidade da convacatória da reunião e de deliberação em causa,uma vez que foi  desconvocada e sobejamente notificada aos membros.

Por seu lado, José Pedro Sambú por Despacho numero 15/PSTJ 2023, de 25, de Outubro mandou suspender e instaurar procedimento disciplinar a todos os magistrados que tomaram parte na referida deliberação do CSMJ,por “usurpação de competências e insubordinação”.

“Na desinência dos imbroglioS acima espostos e da gravidade da situação prevalecente no STJ e CSUMJ,a OAGB na qualidade de um dos intervenientes activos e de um dos maiores interessados na preservação da boa imagem da justiça, no normal funcionamento do sector judiciário pede que seja esclarecida a alegada inexistência juridica da deliberação nº 05 CSMJ,por usurpação de competência e insubordinação,bem como o processo crime em curso no Ministério Público contra o José Pedro Sambú”, refere a nota.

ANG/LPG//SG

Exército israelita lança intenso bombardeamento e corta Internet em Gaza

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POR LUSA   27/10/23 

O Exército israelita realizou hoje intensos bombardeamentos, sem precedentes desde o início da guerra, no norte da Faixa de Gaza, particularmente na cidade de Gaza.

De acordo com o grupo islamita Hamas, as comunicações e a Internet foram cortadas na Faixa de Gaza, após o início dos ataques israelitas que começaram há poucas horas.

Os bombardeamentos por ar, mar e terra são, de acordo com o Governo do Hamas, "os mais violentos desde o início da guerra", em 07 de outubro, obrigando as forças militares do grupo islamita a uma resposta "aos massacres contra civis" com disparos de "salvos de foguetes contra as terras ocupadas".



Senseless?... Orbán diz que estratégia da Ucrânia "falhou" e não recuperará territórios

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POR LUSA   27/10/23 

O primeiro-ministro húngaro alegou hoje que a estratégia para apoiar a Ucrânia contra a Rússia "falhou" e que a União Europeia (UE) necessita de outro plano, por duvidar que os ucranianos consigam vencer no campo de batalha.

"Hoje todos o reconhecem, mas ninguém se atreve a dizê-lo alto e bom som, que esta estratégia falhou. É óbvio que não vai funcionar... Os ucranianos não vão vencer no campo de batalha", disse Viktor Orbán, à margem da reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas.

Considerado um dos mais céticos no apoio à Ucrânia, o primeiro-ministro da Hungria acrescentou que é necessário considerar outro plano para a população ucraniana e fazer uma estimativa de custos para essa estratégia: "Assim que soubermos quando é que nos vai custar, podemos saber quando é que toca a cada um".

Viktor Orbán sustentou que apesar de haver uma "grande batalha" sobre o apoio à Ucrânia em sede de discussão dos líderes da UE, o primeiro-ministro húngaro disse não encontrar uma razão para canalizar dinheiro dos seus contribuintes para apoiar Kyiv.


Leia Também: Há acordo sobre "pausas humanitárias", mas líderes não esquecem Ucrânia


Israel acusa Hamas de usar hospitais para camuflar instalações de comando

© Lusa

POR LUSA   27/10/23 

O Exército israelita acusou hoje o grupo islamita palestiniano Hamas de utilizar os hospitais da Faixa de Gaza para camuflar as suas instalações de comando e planeamento e esconder combustível.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou à imprensa que "o Hamas usa os hospitais de Gaza para manter escondida toda uma infraestrutura de comando e controlo e como refúgio para alguns terroristas e seus comandantes".

Da mesma forma, Hagari afirmou que, de acordo com informações na posse de Israel, "há combustível nos hospitais de Gaza e o Hamas está a utilizá-lo para alimentar a sua infraestrutura".

Israel tem rejeitado sistematicamente a entrada de combustível em Gaza, apesar dos apelos nos últimos dias da comunidade internacional, devido ao colapso em que entraram serviços essenciais na Faixa, como eletricidade, água ou cuidados de saúde.

Hagari apresentou uma série de fotos aéreas, gravações de áudio e uma reconstituição em computador de como seria o dispositivo montado pelo Hamas nos hospitais do enclave, especialmente em Shifa, na Cidade de Gaza e o maior do território.

O dispositivo consistiria, segundo o Exército israelita, numa complexa rede de túneis e salas na cave do hospital, com um sofisticado centro de comando e controlo da organização palestiniana.

Por seu lado, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, informou hoje que, desde o passado dia 07 de outubro, o número de vítimas devido aos bombardeamentos de Israel subiu para 7.326 mortos e 18.967 feridos.

"[O Hamas] está cinicamente a utilizar os hospitais de Gaza como refúgio para camuflar a sua complexa operação terrorista. Não está apenas a utilizar hospitais, mas também escolas e outros locais sensíveis", disse Hagari.

Após os ataques de 07 de outubro do movimento palestiniano contra Israel, "centenas de terroristas invadiram o hospital de Shifa e outros para se esconderem", prosseguiu o porta-voz, que sublinhou que, ao operar a partir destes hospitais, "o Hamas não só põe em perigo a vida de civis israelitas, mas também "usa civis inocentes em Gaza como escudos humanos".

"Shifa não é o único hospital, é um entre muitos. Portanto, a maior parte do uso de hospitais é sistemático. Os terroristas do Hamas operam dentro dos hospitais precisamente porque sabem que as Forças de Defesa de Israel distinguem entre terroristas e civis", destacou.

O porta-voz militar israelita advertiu que, "quando as instalações médicas são utilizadas para fins terroristas, correm o risco de perder a proteção contra ataques de acordo com o direito internacional".

Hagari afirmou que "as Forças de Defesa de Israel continuarão a esforçar-se para minimizar os danos aos civis e a agir de acordo com o direito internacional, como têm feito há mais de duas semanas", pedindo aos civis no norte do território e da cidade de Gaza que se desloquem "temporariamente, para sua própria segurança, para o sul".

O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Secretária de Estado da Gestão Hospitalar Cadidja Mané disse que o sistema de saúde guineense está com falta dos técnicos qualificados na área de gestão hospitalar

Radio TV Bantaba

A direção da UNTG Liderado pelo Laureano Pereira da Costa sente-se afastado pelo atual governo

 Radio TV Bantaba

Israel mostra imagens de incursão terrestre no interior de Gaza

 Israel voltou a fazer uma incursão terrestre dentro do território de Gaza, durante a última noite. É o escalar de um conflito que corre o risco de se alastrar por toda a região e que coincide com o encontro entre representantes do Irão e do Hamas em Moscovo.


Ucrânia. Comissão Europeia quer mandar 1 milhão de munições até março

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POR LUSA   27/10/23 

A Comissão Europeia garantiu hoje que mantém o objetivo de enviar um milhão de munições de grande calibre para a Ucrânia até março de 2024, sem confirmar eventuais atrasos na aquisição destes projéteis.

Numa resposta enviada à Lusa, o porta-voz da Comissão para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Peter Stano, sustentou que "a meta do milhão de munições continua a ser um importante objetivo político".

Contudo, o porta-voz não quis comentar uma notícia publicada pela Bloomberg na quinta-feira, que refere que até hoje os países da União Europeia (UE) apenas adquiriram cerca de 30% do total que prometeram enviar para a Ucrânia.

"Infelizmente, não estamos em posição de avançar com números [de aquisição] para cada Estado-membro [...]. Não podemos comentar o valor das encomendas [de munições], os preços por unidade, ou revelar os nomes dos fabricantes", acrescentou o porta-voz.

Peter Stano acrescentou que estão a decorrer "outras negociações para cada tipo de munição de artilharia e mísseis": "Em paralelo, outros Estados-membros, como a Alemanha ou França, têm projetos nacionais de aquisição".

De acordo com um artigo publicado pela agência Bloomberg na quinta-feira, até hoje os 27 da UE apenas conseguiram satisfazer 30% do objetivo de um milhão de munições para auxiliar as Forças Armadas ucranianas nos combates contra as tropas russas, que iniciaram uma ofensiva militar no país vizinho em fevereiro de 2022.

A Bloomberg consultou assinaturas de contratos para aquisição de munições pelos países da UE e outros documentos, bem como falou com fontes conhecedoras do processo, que prestaram declarações sob a condição de anonimato.

No final de março, os 27 aprovaram um pacote de dois mil milhões de euros para a aquisição de munições de artilharia para enviar para a Ucrânia. Metade do valor é para entrega imediata de munições de grande calibre. Os outros mil milhões são para aquisição conjunta pelos países da UE.

A invasão militar russa iniciada há mais de um ano e meio esgotou rapidamente a quantidade de munições que a Ucrânia tinha disponíveis para defender o seu território.

Os países da UE e outros aliados auxiliaram Kiev com o envio de munições, especificamente as de 155 milímetros, mas isso teve sérias repercussões nos stocks dos Estados-membros do bloco europeu.

Em maio, a UE anunciou, através do alto-representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, que os 27 tinham enviado mais de 25% do total de um milhão de munições.

Cinco meses depois os Estados-membros enviaram apenas mais 5% do objetivo que tinha sido formalmente anunciado, segundo a agência Bloomberg.

O plano é reforçar as munições em 12 meses, ou seja, o objetivo tem de ser cumprido até março de 2024, mas a este ritmo, a UE poderá não conseguir.

A Bloomberg acrescentou que os Estados Unidos já pressionaram o bloco político-económico europeu para acelerar a aquisição das munições, mas a Casa Branca rejeitou comentar estas alegações.

As munições de grande calibre são uma necessidade cada vez mais premente da Ucrânia. A contraofensiva está a ser feita a um ritmo mais lento do que o inicialmente previsto.

No início da invasão, a Rússia chegou a ocupar quase 27% do território ucraniano, mas as Forças Armadas ucranianas foram recuperando território e no início do ano a previsão era de que Moscovo controlava apenas 16% do território.

A percentagem será hoje ligeiramente menor, mas o território que está sob ocupação russa, em Donetsk e em Lugansk, assim como a Crimeia -- península ucraniana anexada em 2014 -, está bem protegido, pelo que dificulta a travessia de carros de combate.

Além disso, a longa e sangrenta batalha por Bakhmut fez cair ainda mais o stock de munições que Kiev tinha à disposição.


Leia Também: Von der Leyen acusa Hamas de crise humanitária em Gaza e promete ajuda


PRESIDENTE DA REPÚBLICA REUNE-SE COM A COMUNIDADE GUINEENSE EM LISBOA


 Presidência da República da Guiné-Bissau   26.10.23

O Presidente da República, Umaro  Sissoco Embaló, reuniu-se  com a comunidade guineense residente em Lisboa.  

Perante algumas centenas de pessoas, o Presidente da República, ouviu as preocupações e as expectativas dos emigrantes e abordou os grandes desafios que a Guiné-Bissau ainda enfrenta, volvidos 50 anos como país independente, realçando as grades conquistas que tiveram lugar nos últimos anos e prometeu exercer a sua magistratura de influência na busca de soluções para os problemas que afectam os guineenses na diáspora.🇬🇼🇵🇹


EUA diz que caça chinês se aproximou a menos de 3 metros de bombardeiro

© Reuters

POR LUSA   27/10/23 

Um caça chinês aproximou-se a menos de três metros de um bombardeiro norte-americano B-52 que sobrevoava o Mar do Sul da China, quase provocando um acidente, informou hoje o Exército dos Estados Unidos.

Durante a interceção noturna, o caça bimotor Shenyang J-11 aproximou-se do avião da Força Aérea dos Estados Unidos a uma "velocidade excessiva e descontrolada, voando por baixo, à frente e a menos de três metros do B-52, colocando ambas as aeronaves em risco de embate", afirmou o Comando para o Indo-Pacífico dos EUA, em comunicado.

"Estamos preocupados com o facto de o piloto não ter consciência de que esteve muito perto de provocar um embate", lê-se na mesma nota.

O Governo chinês ainda não reagiu, mas, num incidente semelhante em maio, Pequim rejeitou as acusações norte-americanas e exigiu que Washington pusesse fim a esses voos sobre o Mar do Sul da China.

Pequim reivindica a quase totalidade do Mar do Sul da China, um espaço marítimo alegadamente rico em reservas de gás e de petróleo, e estratégico para o comércio e a Defesa.

Nos últimos anos, Pequim construiu ali ilhas artificiais capazes de receberem instalações militares, num avanço contrário às pretensões do Vietname e das Filipinas, ambos com reivindicações na zona, tal como Brunei, Taiwan e Malásia.

Na semana passada, um navio da guarda costeira chinesa e uma embarcação que o acompanhava abalroaram um navio da guarda costeira filipina e um barco de abastecimento militar ao largo de um banco de areia contestado na via navegável.

Os EUA e os seus aliados efetuam regularmente manobras marítimas no Mar do Sul da China e também sobrevoam regularmente a área com aviões para sublinhar que as águas e o espaço aéreo são internacionais.

O B-52 estava "legalmente a realizar operações de rotina sobre o Mar do Sul da China no espaço aéreo internacional" quando foi intercetado pelo J-11 na terça-feira, disseram os militares dos EUA.

As interceções são comuns: os EUA afirmaram que se registaram mais de 180 incidentes deste tipo desde o outono de 2021.

As intercepções não costumam ser tão próximas quanto o incidente de terça-feira, no entanto. Com as tensões já altas entre Pequim e Washington, um embate poderia resultar numa escalada.

As Forças Armadas norte-americanas afirmaram no comunicado que o incidente não vai alterar a sua abordagem.

"Os Estados Unidos vão continuar a voar, navegar e operar - de forma segura e responsável -- onde a lei internacional permitir", afirmaram os militares.



Leia Também: China e EUA dão sinais de reinício do diálogo no âmbito militar

Irão vai realizar manobras militares em grande escala nos próximos dias

© Reuters

POR LUSA   27/10/23 

O Irão vai realizar manobras militares em grande escala nos próximos dias, no meio de tensões na região devido à guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, anunciou hoje uma agência iraniana.

Os exercícios militares, de dois dias, vão realizar-se na província central de Isfahan, informou a agência noticiosa Tasnim, ligada à Guarda Revolucionária iraniana.

Serão utilizados veículos blindados, artilharia, mísseis, helicópteros e 'drones' (aeronaves sem tripulação), disse a mesma fonte, segundo a agência espanhola EFE.

O exército informou que 200 helicópteros participarão numa das manobras, mas sem dar mais pormenores.

As manobras terão lugar no meio de tensões acrescidas na região devido à guerra entre Israel e o Hamas, que começou quando o grupo islamita atacou o Estado judaico em 07 de outubro.

Israel disse que a operação causou 1.400 mortos e que o Hamas raptou mais de duas centenas de israelitas e estrangeiros, que mantém como reféns na Faixa de Gaza.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007.

Israel declarou guerra ao Hamas e cortou o fornecimento de energia, água e combustível aos mais de dois milhões de residentes no território palestiniano.

O exército israelita tem bombardeado constantemente o pequeno território de 365 quilómetros quadrados, com um balanço de mais de sete mil mortos, segundo o Hamas.

A União Europeia (UE) apelou na quinta-feira para pausas humanitárias que permitam fazer chegar ajuda à população palestiniana.

Israel acusou o Irão de ter apoiado a operação do Hamas com treino militar, armamento e informações de inteligência.

Teerão, que nega as acusações, apoia o Hamas e tem alertado para o risco de uma escalada se Israel não parar com os ataques contra Gaza.

O conflito alastrou-se já ao norte de Israel, com trocas de tiros entre as forças israelitas e a milícia libanesa Hezbollah, ligada ao Irão.

Os Estados Unidos posicionaram meios navais na região como meio de dissuasão.

Israel, Estados Unidos e UE consideram o Hamas como uma organização terrorista.



Leia Também: Israel mostra armas do Hamas fabricadas no Irão e Coreia do Norte

Israel mostra armas do Hamas fabricadas no Irão e Coreia do Norte

© Reuters

POR LUSA    26/10/23 

O exército israelita mostrou hoje, a alguns jornalistas, armas usadas pelos comandos do Hamas no ataque de 07 de outubro contra Israel, algumas das quais, disseram, terão sido fornecidas pela Coreia do Norte e pelo Irão.

A exposição de algumas dezenas de armas, entra as quais minas, lança-rockets, obuses e até drones de fabrico artesanal, apreendidas nos locais dos ataques do Hamas, foi feita durante uma visita a uma instalação militar que não pode ser revelada.

"Penso que entre 5% e 10% destas armas foram fabricadas pelo Irão e 10% são norte-coreanas. O resto foi fabricado na Faixa de Gaza", afirmou um responsável do exército israelita, cuja identidade não pode ser revelada, de acordo com a France-Press.

Os ataques sem precedentes desde a fundação do Estado de Israel mataram pelo menos 1.400 pessoas, a maioria das quais civis, enquanto 224 pessoas foram raptadas e mantidas reféns pelo Hamas na Faixa de Gaza.

Em resposta, os bombardeamentos de Israel contra a Faixa de Gaza já mataram mais de 7.000 pessoas, igualmente civis na sua maior parte, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.



quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Pilotos ucranianos já treinam em caças F-16 nos Estados Unidos

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POR LUSA  26/10/23 

Os pilotos ucranianos já estão a receber formação nos Estados Unidos em caças F-16, cuja chegada à Ucrânia está prevista para o primeiro semestre de 2024.

"No dia 25 de outubro, os pilotos ucranianos já começaram a voar nos F-16. Até então, utilizavam simuladores que reproduziam integralmente o 'cockpit'", disse um porta-voz da Força Aérea dos Estados Unidos, citado pela agência independente ucraniana Unian.

Os pilotos ucranianos treinam da base de Morris da Guarda Aérea Nacional norte-americana em Tucson, estado do Arizona, que já formou pilotos de mais de vinte países.

A formação deverá durar "vários meses", sendo que o curso habitual geralmente dura pelo menos meio ano, mas, no caso dos pilotos ucranianos, segundo as autoridades norte-americanas, pode ser acelerado para atender às necessidades de Kyiv na guerra que trava com a Rússia.

Além dos Estados Unidos, os pilotos ucranianos estão a receber formação em F-16 de uma coligação de países da NATO liderada por Dinamarca, Países Baixos e Estados Unidos e integrada também por Portugal.

Alguns dos membros da coligação já assumiram o compromisso de entregar estas aeronaves à Força Aérea de Kyiv.

À medida que a guerra se prolonga e surgiu um novo conflito no Médio Oriente entre Israel e o movimento palestiniano Hamas, Kyiv acelera a produção das suas próprias armas.

O secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksi Danilov, declarou hoje que a Ucrânia aumentará em breve a sua própria produção, em empresas estatais e privadas localizadas em locais seguros.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também abordou hoje numa reunião com a liderança militar do país o fornecimento de armas de parceiros, bem como "a produção própria" e o "aumento das capacidades da indústria de defesa".

Enquanto o novo primeiro-ministro da Eslováquia, o populista Robert Fico, anunciou hoje que o seu país deixará de ajudar militarmente a Ucrânia, a Dinamarca anunciou que vai fornecer a Kyiv equipamento no valor de 3,7 mil milhões de coroas (495 milhões de euros) e os Estados Unidos um novo pacote de armamento avaliado em 150 milhões de dólares (142,3 milhões de euros).

"Esta doação inclui tanques, veículos de combate de infantaria, munições de artilharia, 'drones' e armas ligeiras", informou o Ministério da Defesa dinamarquês em comunicado, dois dias após uma visita do titular da pasta, Troels Lund Poulsen, a Kyiv.

A décima terceira doação dinamarquesa, em cooperação com a Alemanha, "confirma que a Ucrânia pode contar com o apoio inabalável da Dinamarca na sua luta pela liberdade", afirma o ministro dos Negócios Estrangeiros, Lars Lokke Rasmussen, citado no comunicado.

"Esta doação também envia um sinal importante à Ucrânia e à Rússia de que não perderemos de vista o nosso objetivo, mesmo que a atenção do mundo esteja atualmente focada em Israel e na Palestina", acrescentou.

Também os Estados anunciaram hoje uma nova parcela de armas e equipamento, no valor de 150 milhões de dólares, "para ajudar a Ucrânia a ter sucesso no campo de batalha e a proteger o seu povo da invasão brutal da Rússia".

Segundo um comunicado do Departamento de Estado, o novo pacote inclui armamento de defesa aérea, artilharia, munições antitanque e outras capacidades que "irão reforçar ainda mais a capacidade da Ucrânia para defender o seu território contra as ofensivas russas, ao mesmo tempo que continua a sua contraofensiva".

A Ucrânia, apoiada pelo Ocidente, tem estado envolvida numa contraofensiva no leste e no sul desde junho, mas até agora apenas produziu resultados limitados.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e anexou regiões que representam quase 15% do território da Ucrânia, incluindo Donetsk e Lugansk, no leste, Kherson e Zaporijia, no sul.


Leia Também: Ucrânia. Dinamarca e Estados Unidos fornecem novos pacotes de armas


Delegação do Hamas em conversações em Moscovo e elogia papel de Putin

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POR LUSA     26/10/23 

O grupo islamita palestiniano Hamas elogiou hoje a posição do Presidente russo sobre o conflito no Médio Oriente, durante conversações políticas mantidas em Moscovo, nas quais as autoridades russas exigiram a libertação imediata dos reféns estrangeiros mantidos em Gaza.

"A delegação valorizou muito a posição do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e também os esforços ativos da diplomacia russa", afirmou o Hamas, num comunicado citado pela agência estatal RIA Novosti a propósito das conversações mantidas na capital russa entre representantes do braço político do grupo islamita e as autoridades russas.

Na nota informativa, o Hamas destacou que, durante as conversações com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, e o representante especial do Presidente russo para o Médio Oriente e países africanos, foram discutidas formas de travar "os crimes de Israel apoiados pelo Ocidente".

Na declaração, o grupo islamita defendeu o seu direito de resistir à ocupação israelita com todos os métodos à sua disposição.

Na habitual conferência de imprensa semanal, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, confirmou que representantes da ala política do Hamas estavam em Moscovo para consultas com as autoridades russas.

Segundo disseram fontes palestinianas à agência estatal RIA Novosti, o vice-chefe do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuq, liderou a delegação presente em Moscovo.

Bogdanov revelou hoje que manteve reuniões no Qatar com a liderança política do Hamas para discutir o "destino dos sequestrados" em posse do movimento palestiniano desde o início do conflito com Israel, em 07 de outubro.

Segundo Israel, o braço armado do Hamas mantém pelo menos 224 pessoas raptadas em Gaza, entre as quais pelo menos três cidadãos russos de dupla nacionalidade, segundo o embaixador da Rússia em Telavive, Anatoly Viktorov.

Além disso, pelo menos 23 cidadãos russos morreram nos ataques perpetrados pelo Hamas no sul de Israel no dia 07 de outubro.

A diplomacia russa fez saber hoje que durante as conversações em Moscovo voltou a abordar a questão dos reféns e que exigiu a libertação imediata dos estrangeiros mantidos em Gaza.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros disse que discutiu "a retirada de russos e outros estrangeiros do território do enclave palestiniano".

Moscovo confirmou também a sua "posição inalterada" a favor da aplicação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e da Assembleia-Geral sobre a criação de "um Estado palestiniano soberano nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital e vivendo lado a lado em paz e segurança com Israel".

A Rússia não reconhece o Hamas como uma organização terrorista, ao contrário de outros atores internacionais, como é o caso dos Estados Unidos e da União Europeia (UE).

Bogdanov, antigo embaixador russo em Israel, também anunciou hoje que o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, viajará "em breve" para Moscovo e manterá conversações com Putin.

O Presidente russo condenou o ataque terrorista do Hamas contra Israel, mas também apelou para a proteção dos civis em Gaza.

A visita da delegação da ala política do Hamas a Moscovo coincide com a presença na Rússia do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ali Bagheri Kani, que se reuniu na capital russa com o seu homólogo russo, Mikhail Galuzin.


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UMARO SISSOCO EMBALÓ: Presidente da Guiné-Bissau contesta sanções anunciadas pelos EUA

© Lusa

POR LUSA    26/10/23  

A Guiné-Bissau "não é um país traficante", vincou hoje em Lisboa o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, reagindo à decisão dos Estados Unidos de sancionar o seu país por falhas na luta contra o tráfico humano.

"Na Guiné-Bissau nós não somos traficantes. E nunca a Guiné-Bissau alinhou no tráfico humano. Eu já dei orientações ao ministro dos Negócios Estrangeiros [guineense Carlos Pinto Pereira]. Haverá alguma reação do Estado da Guiné-Bissau", disse Sissoco Embaló, que falava uma conferência de imprensa em Lisboa.

As sanções dos Estados Unidos à Guiné-Bissau, que abrangem ainda a Guiné Equatorial e a região administrativa especial chinesa de Macau, anuncaidas quarta-feira, aplicam-se à "ajuda não humanitária e não relacionada com o comércio".

"Porque nós condenamos. De facto, os Estados Unidos não têm e não podem pensar que a Guiné-Bissau é um Estado falhado. E nós também podemos caracterizar os Estados Unidos como um Estado agressor. Para mim isso é uma falta de respeito. É inadmissível. Não há pequenos Estados, há Estados, e nós temos que nos relacionar no respeito mútuo. Mas porque é que os Estados Unidos têm de sancionar a Guiné-Bissau? A Guiné-Bissau também pode sancionar os Estados Unidos", acrescentou.

Instado a dizer de que forma o Estado guineense pode sancionar os Estados Unidos, Sissoco Embaló limitou-se a responder: "Nós somos um Estado. Essa é uma medida também que nós podemos tomar" sem detalhar.

"As nossas relações com qualquer outro Estado devem basear-se no respeito mútuo. Os Estados Unidos não podem sancionar a Guiné-Bissau porque nós não somos um Estado falhado", frisou.

"Isso é inadmissível, inaceitável", concluiu.

No anúncio da decisão de sancionar a Guiné-Bissau, os Estados Unidos consideram que há ressalvas desde que beneficiem o combate ao tráfico de pessoas ou o interesse nacional dos EUA, determinando-se exceções em programas que vão desde treino e formação militar, operações de manutenção de paz, de ajuda ao desenvolvimento e ligados à promoção de saúde.

Guiné-Bissau, Macau e Guiné Equatorial encontram-se na 'lista negra' dos EUA de países com medidas insuficientes para travar o tráfico de pessoas, situando-se no nível três, numa avaliação em que o nível quatro é o mais baixo.

Os EUA calculam que cerca de 27 milhões de pessoas no mundo são vítimas de tráfico humano e trabalhos forçados, um fenómeno que atinge sobretudo mulheres, pessoas da comunidade LGBT (sigla para lésbicas, 'gays', bissexuais e transgénero) e minorias étnicas e religiosas.



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Declarações de Guterres foram "suspiro de alívio" para partido Sinn Féin

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POR LUSA    26/10/23 

O partido irlandês Sinn Fein acolhe as declarações do secretário-geral da ONU sobre o conflito entre Israel e o Hamas com "um suspiro de alívio" e defende que a única solução é diplomática e política.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, "falou realmente em nome do mundo quando fez uma avaliação muito precisa e muito equilibrada do que se passa no Médio Oriente", disse hoje a presidente do Sinn Féin, Mary Lou McDonald, que se encontra em Lisboa para contactos com partidos e o Governo português.

"Foi com um suspiro de alívio que ouvimos [as declarações de Guterres] porque finalmente o que precisava de ser dito foi dito e nós apoiamo-lo totalmente, inequivocamente, na sua afirmação e, francamente, no desempenho da sua função", afirmou a responsável do Sinn Féin (esquerda), único partido ativo em simultâneo na Irlanda e na Irlanda do Norte.

A posição do secretário-geral da ONU sobre o conflito -- em que condenou o ataque do grupo islamita Hamas, ocorrido em 07 de outubro, enquanto salientou que este "não veio do nada" -- foi recebida com indignação por Israel, que pediu a demissão de António Guterres e suspendeu os vistos para trabalhadores das Nações Unidas no país.

"Sabemos que há gerações que o povo palestiniano vê negado o seu direito à autodeterminação. Foi despojado. Suportaram a anexação das suas terras, o castigo coletivo e, francamente, suportaram coisas que consideraríamos inimagináveis no nosso próprio país. E penso que, durante muito tempo, não se pediu a Israel que aceitasse as suas próprias violações do direito internacional", considerou hoje Mary Lou McDonald, em declarações à imprensa internacional.

A presidente do Sinn Féin condenou o "horrível" ataque do Hamas -- considerado terrorista pela União Europeia, EUA e Israel -, que constituiu uma "violação do direito internacional", enquanto sustentou que "não há justificação para o bombardeamento contínuo de Gaza" por Telavive.

"Não se trata de ações defensivas, são ações ofensivas. E, a menos que a comunidade internacional siga agora o exemplo das Nações Unidas e do seu líder, estamos a criar mais um ciclo previsível e destrutivo de violência e sofrimento", sustentou.

Para o Sinn Féin, "não há resposta militar para este conflito, só há diplomacia, só há política e só há paz".

A responsável defendeu a necessidade imediata de travar os bombardeamentos.

"Chegou o momento de todos, pessoas de boa vontade a nível mundial, dizerem a uma só voz: 'Parem, parem agora, não [basta] uma pausa humanitária para que a ajuda chegue a Gaza e o massacre não possa recomeçar'", sublinhou.

Para Mary Lou McDonald, depois de pararem os combates, "a comunidade internacional e as partes envolvidas, o lado palestiniano e o lado israelita, precisam de formar um quadro diplomático viável e robusto" e trabalhar tendo como único princípio "o respeito e a aplicação do Direito internacional".

A política irlandesa criticou ainda a posição da União Europeia sobre o conflito.

"Penso que muitos europeus ficaram muito desanimados com a forma como a Comissão Europeia e a liderança do Parlamento Europeu foram vistas como partidárias e como estando a dar carta branca a Israel. Não é esse o caminho a seguir", lamentou, numa alusão à deslocação da presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, a Israel dias depois do ataque do Hamas, durante a qual não pediu às autoridades israelitas que respeitem o Direito internacional, motivando críticas.



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Ucrânia reclama 5 mil baixas russas nas batalhas de Avdiivka e Maryinka

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POR LUSA   26/10/23 

A Rússia perdeu cerca de cinco mil soldados nas últimas duas semanas junto às localidades de Avdiivka e Maryinka, no leste da Ucrânia, afirmaram hoje as forças ucranianas, indicando que alguns militares de Moscovo recusam-se a lutar.

"Desde 10 de outubro, o inimigo perdeu mais de cinco mil pessoas nos setores Avdiivka e Maryinka, entre mortos e feridos [em combate]. Também podemos dizer que o número de veículos blindados [russos perdidos] se aproxima de 400", disse o porta-voz das forças de defesa ucranianas, Oleksandr Stupun, citado pelo diário digital independente Euromaidan.

Stupun afirmou que as forças russas estão a tentar retirar e redistribuir reservas de outras áreas e dirigi-las para o setor de Avdiivka, na província de Donetsk, mas, em particular, os combatentes das unidades Storm-Z, referiu o porta-voz, recusam-se a lutar.

"O inimigo continua a empurrar a infantaria para a frente -- eles já não estão muito ansiosos para avançar -- estão a ser registados incidentes de recusa, particularmente por elementos da 'Storm-Z', e motins estão a começar em algumas unidades", descreveu Oleksandr Stupun que, no dia anterior, indicara que as investidas russas diminuíam à medida que se reagrupavam e tentavam progredir.

Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), com sede em Washington, e que monitoriza a evolução da situação militar na Ucrânia, as tropas russas continuavam a conduzir operações ofensivas perto de Avdiivka na quarta-feira e registaram avanços.

Nesse mesmo dia, foram divulgadas declarações do ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, durante uma inspeção a um posto de comando no leste da Ucrânia, afirmando que o seu exército está a esgotar as forças armadas ucranianas

"A situação atual mostra que o inimigo tem cada vez menos oportunidades. E estas continuarão a ser reduzidas graças aos seus excecionais esforços de combate", afirmou Shoigu aos soldados na região de Donetsk, segundo o Ministério da Defesa, que não indicou a data da visita do dirigente russo.

Forçado a uma série de retiradas no norte, nordeste e sul da Ucrânia em 2022, o exército russo concentrou-se na fortificação das linhas defensivas e resistiu aos esforços ucranianos para libertar os territórios ocupados desde junho.

A visita de Shoigu, a primeira desde agosto, ocorre quando Moscovo tenta a sua própria ofensiva e pretende conquistar a cidade de Avdiivka.

As autoridades ucranianas afirmaram na terça-feira que cerca de mil civis permaneciam em Avdiivka e ordenaram-lhes que abandonassem a cidade.

"Devido ao agravamento da situação, o número de pessoas dispostas a deixar Avdiivka e cidades próximas aumentou. É mortalmente perigoso permanecer lá, porque os foguetes russos destroem casas todos os dias e enterram civis sob os escombros", escreveu o ministro do Interior ucraniano, Ihor Klymenko, na plataforma Telegram.

Também na terça-feira, Mykhailo Podolyak, conselheiro do Gabinete do Presidente da Ucrânia, disse que as forças ucranianas continuavam a resistir às fortes investidas russas na região de Donetsk e que a batalha de Avdiivka era decisiva.

"Houve muitas, mas penso que esta [Avdiivka] é uma das mais importantes. Na minha opinião, é a última tentativa da Rússia de tomar a iniciativa na frente", disse o conselheiro, em declarações à agência UNIAN.

A "defesa ativa", tal como definida pelo Presidente russo, Vladimir Putin, transformou-se numa ofensiva geral em Avdiivka, que até ao momento não conseguiu superar as fortificações construídas pelos ucranianos nos últimos oito anos.

A chegada do outono, acompanhada de chuva e humidade, dificulta o avanço das brigadas motorizadas, e facilita o trabalho defensivo dos ucranianos em Donetsk.

"Os combates em Avdiivka são extremamente difíceis. O número de vítimas do lado russo excede tudo o que se possa imaginar, assim como a quantidade de armas que estão a ser destruídas", observou Podolyak.

O chefe da administração militar ucraniana na área, Vitali Barabash, confirmou na terça-feira que "os russos estão a mobilizar grandes forças de infantaria e blindados".

"As perdas são brutais, mas isso não os impede. O assalto continua. Avançam como loucos, caem às dezenas e depois de um tempo voltam. São muitos", comentou.

Segundo o diário norte-americano The Wall Street Journal, os russos estão a cavar túneis de quase 100 metros de comprimento para evitar que sejam detetados.

No entanto, 'bloggers' militares russos admitem que os campos minados ucranianos são atualmente impenetráveis para as unidades russas.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).



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Hamas eleva balanço de mortos em Gaza para mais de 7 mil

© Lusa

POR LUSA   26/10/23 

O Ministério da Saúde de Gaza, território controlado pelo grupo islamita palestiniano Hamas, elevou hoje o número de mortos causados pelos bombardeamentos israelitas para 7.028, incluindo 2.913 crianças.

Segundo a mesma fonte, foram mortas 1.709 mulheres e ficaram feridas 18.484 pessoas.

A guerra entre Israel e o movimento islamita, que cumpre hoje o seu 20º dia, é a mais mortal desde a retirada unilateral de Israel deste pequeno território palestiniano em 2005, dois anos antes de o Hamas assumir o poder no enclave.

Na quarta-feira, o balanço do ministério do Hamas era de 6.546 palestinianos mortos, dos quais 2.704 crianças, 1.584 mulheres e 364 idosos, e 17.439 feridos.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque surpresa do grupo islamita no sul do território israelita em 07 de outubro, que as autoridades de Telavive dizem ter causado mais de 1.400 mortos e mais de uma centena de reféns.

Israel prometeu aniquilar o grupo islamita palestiniano e, desde então, tem bombardeado a Faixa de Gaza. Também impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.



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JAAC em conferencia de imprensa.



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Israelitas partilham vídeo da incursão com tanques em Gaza. Ora veja

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Notícias ao Minuto   26/10/23 

Forças de Defesa de Israel partilharam imagens da incursão, que serviu para preparar "as próximas fases do combate".

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) partilharam, esta quinta-feira, um vídeo da incursão com tanques que levou a cabo na faixa de Gaza, durante a madrugada.

"Durante a noite, as IDF conduziram um ataque direcionado usando tanques no norte da faixa de Gaza, como parte dos preparativos para as próximas fases do combate. Os soldados saíram da área no final da atividade", lê-se na mensagem dos militares israelitas publicada no X (antigo Twitter).

Telavive tem bombardeado fortemente a faixa de Gaza nas últimas duas semanas, após o ataque do Hamas perpetrado a 7 de outubro. Espera-se, agora, uma incursão terrestre das forças israelitas no território, que tem sido adiada, mas que se mantém iminente.

Pode espreitar o vídeo da incursão com tanques na galeria que acompanha esta notícia.👇



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Human Rights Watch e AI apelam à libertação de detidos no Níger

© Balima Boureima/Anadolu Agency via Getty Images

POR LUSA   26/10/23 

A Human Rights Watch e a Amnistia Internacional apelaram hoje à libertação imediata das pessoas detidas no Níger pelo regime militar após o golpe de 26 de julho, denunciando também a repressão contra jornalistas e opositores ao poder.

As autoridades nigerinas "deveriam libertar as pessoas detidas arbitrariamente", indicaram as duas Organizações Não Governamentais (ONG) em comunicado de imprensa.

O regime militar deve "fazer cumprir os direitos humanos e garantir a liberdade de imprensa", declarou a investigadora da Humans Rights Watch (HRW) Ilaria Allegrozzi, citada no texto.

As duas ONG recordam que desde o golpe de Estado, o Presidente Mohamed Bazoum está detido na sua residência presidencial com a sua mulher e filho e que vários ministros do regime estão em diferentes prisões do país.

A Amnistia Internacional e a Human Rights Watch "consideram as suas detenções arbitrárias porque têm motivações políticas".

As ONG afirmam também que "as autoridades ameaçaram, assediaram, intimidaram e prenderam arbitrariamente jornalistas, jovens e suspeitos de opositores políticos, bem como pessoas que expressavam opiniões críticas".

Os jornalistas regionais e internacionais no Níger "estão sob pressão crescente no exercício das suas atividades", sublinham, acrescentando que "têm sido ameaçados, assediados verbalmente 'online' e atacados fisicamente".

As duas organizações mencionam, por exemplo, o caso da jornalista nigeriana Samira Sabou, detida em 30 de setembro e acusada nomeadamente de "produção e divulgação de dados suscetíveis de perturbar a ordem pública", depois libertada provisoriamente em 11 de outubro.

Denunciam também a suspensão da transmissão da Radio France Internationale (RFI) e da France 24, ordenada pelas autoridades militares no início de agosto.

As ONG denunciam ainda violência física cometida por apoiantes do regime nas ruas de Niamey.



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Os Estados Unidos anunciaram esta quarta-feira sanções a vários territórios, entre os quais Guiné-Bissau, Macau e Guiné Equatorial, por falhas na luta contra o tráfico humano.

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 POR LUSA   26/10/23 

 EUA impõem sanções a Guiné-Bissau, Macau e Guiné Equatorial

Os Estados Unidos anunciaram esta quarta-feira sanções a vários territórios, entre os quais Guiné-Bissau, Macau e Guiné Equatorial, por falhas na luta contra o tráfico humano.

As sanções por incumprimento com os padrões da Lei de Proteção às Vítimas do Tráfico Humano entram em vigor no próximo ano, de acordo com um decreto assinado pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, datado de 29 de setembro.

As sanções dos Estados Unidos a estes três territórios aplicam-se à "ajuda não humanitária e não relacionada com o comércio", sendo que no caso de Macau as autoridades norte-americanas também não permitem financiamento para a participação em programas de intercâmbio educativo e cultural, a não ser que promova a luta contra o tráfico de pessoas ou seja do interesse nacional norte-americano.

Em todos os casos, determina-se que as sanções vão vigorar até que esses governos cumpram as normas mínimas (...) ou envidem esforços significativos", pode ler-se no decreto que inclui Guiné-Bissau e Guiné Equatorial, países-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, e Macau, antigo território administrado por Portugal.

No caso de Macau, Joe Biden deu ainda instruções aos responsáveis norte-americanos nos bancos de desenvolvimento e no Fundo Monetário Internacional (FMI) a "votar contra e a envidar todos os esforços para recusar qualquer empréstimo ou outra utilização dos fundos da respetiva instituição".

A determinação, contudo, elenca exceções.

Por um lado, quando estiver em causa ajuda humanitária ou relacionada com o comércio, bem como à assistência ao desenvolvimento que responda diretamente às necessidades humanas básicas, desde que não seja administrada ou beneficie o governo de Macau.

Por outro, quando essa ajuda possuir, também aqui, potencial para promover a luta contra o tráfico humano ou for do interesse nacional dos Estados Unidos.

Há igualmente ressalvas quanto às sanções aplicadas à Guiné-Bissau e à Guiné Equatorial, desde que beneficiem o combate ao tráfico de pessoas ou o interesse nacional dos EUA, determinando-se exceções em programas que vão desde treino e formação militar, operações de manutenção de paz, de ajuda ao desenvolvimento e ligados à promoção de saúde.

Guiné-Bissau, Macau e Guiné Equatorial encontram-se na 'lista negra' dos EUA de países com medidas insuficientes para travar o tráfico de pessoas, situando-se no nível três, numa avaliação em que o nível quatro é o mais baixo.

Os EUA calculam que cerca de 27 milhões de pessoas no mundo são vítimas de tráfico humano e trabalhos forçados, um fenómeno que atinge sobretudo mulheres, pessoas da comunidade LGBT (sigla para lésbicas, 'gays', bissexuais e transgénero) e minorias étnicas e religiosas.


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