terça-feira, 19 de junho de 2018

Sociedade civil guineense defende atualização de cadernos eleitores em vez de novo recenseamento

O presidente do movimento da sociedade civil da Guiné-Bissau, plataforma que junta mais de cem organizações, Fodé Sanhá, defendeu, esta segunda-feira, ser a favor de uma atualização dos cadernos eleitorais em vez de um recenseamento de raiz aos potenciais eleitores.

O dirigente, que procedia ao balanço de encontros que manteve com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Gabinete Técnico de Apoio ao processo Eleitoral (GTAPE), disse estar preocupado com o atraso no inicio do registo de potenciais eleitores e receia que o facto possa comprometer a data de 18 de novembro, marcada pelo chefe do Estado guineense, para realização das legislativas.

As autoridades eleitorais guineenses deparam-se com dificuldades, nomeadamente a falta de equipamentos para o registo dos potenciais eleitores e ainda de verba, cerca de nove milhões de euros, para realização do escrutínio em novembro.

O presidente do movimento da sociedade civil entende que a Guiné-Bissau devia pedir emprestado os equipamentos do registo dos cidadãos e no lugar de proceder a um recenseamento de raiz "como defendem os partidos políticos", avançar para uma atualização, de forma a incorporar nos cadernos, os cidadãos que tenham completado 18 anos, desde as últimas eleições.

Fodé Sanhá considera que desta forma as eleições seriam "mais baratas" e ainda se poupava o tempo, disse.

O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, afirmou, domingo, que Portugal comprometeu-se em ajudar a Guiné-Bissau no registo dos potenciais eleitores e que nos próximos dias chegará à Bissau uma equipa técnica para analisar quais as reais necessidades nesse sentido.

Por abola.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário