O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados realiza quinta-feira (23/02), em Bissau, mais uma manifestação pública para exigir o fim da crise política que perdura no país desde o derrube, em 2014, de o governo de Domingos Simões Pereira
Sumaila Djalo, porta-voz do Movimento dos cidadãos conscientes e inconformados, disse que há quase 44 anos de independência da Guiné-Bissau, os políticos só levam o povo para o sofrimento.
“Já vão mais de dois anos desta legislatura e nenhum país consegue desenvolver com políticos iguais aos da Guiné-Bissau. O povo é convidado a dizer basta a crise, basta a escravização porque o povo não é lixo. Damos poder aos políticos e eles devem exercê-los ao nosso bem”, adianta o porta-voz do movimento que garante que a luta do colectivo não é contra nenhuma individualidade e de nenhum partido político.
“A nossa luta é para firmar a nossa democracia com o respeito ao povo guineense e para fazer os políticos terem a consciência de que os poderes devem ser exercidos ao bem do povo”, defende.
No que refere ao despacho do ministério de administração territorial em interditar toda a manifestação pública no país, os cidadãos conscientes e inconformados afirmam que a constituição que é a lei magna e os dá o direito de manifestar livremente.
“A nossa marcha irá ter lugar na quinta-feira. Esperamos que as nossas autoridades sejam exemplos no cumprimento da lei”, exorta.
Ainda Sumaila Djalo garante que já deram conhecimento da manifestação de quinta-feira às autoridades competentes e a alguns organismos internacionais no país.
A marcha começa no espaço verde do bairro de ajuda e deve percorrer alguns quilómetros a praça dos mártires de Pindjiguiti.
O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados, com o apoio de outras organizações independentes incluindo das mulheres, tem desencadeado várias manifestações para exigir o fim da crise política e o direito a melhores condições de vida na Guiné-Bissau.
Um dos pedidos do movimento é a demissão do presidente José Mário Vaz e da dissolução do parlamento e a consequente convocação das eleições antecipadas.
A situação política persiste no país e cada dia agrava-se. no entanto, os organismos internacionais pedem os políticos guineenses a demostrarem boa vontade e o espírito de compromisso na implementação dos acordos assinados que propõe a criação de um governo de consenso no país.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
Radiosolmansi
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