Missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental que se deslocou a Bissau elogia disponibilidade manifestada por todas as partes para encontrar solução para a crise. Políticos também mostram otimismo.
"A delegação ministerial saudou a disposição de todas as partes para encontrar uma solução para a crise política do país", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Togo e chefe da missão da CEDEAO, Robert Dussey.
O chefe da diplomacia togolesa falava aos jornalistas no aeroporto de Bissau, no final de uma série de encontros com as autoridades guineenses, partidos políticos com assento parlamentar e representantes da comunidade internacional, que decorreram esta quarta-feira (11.04).
"A delegação ministerial foi informada de consultas organizadas pelo bispo de Bissau com o propósito de favorecer uma aproximação entre os dois maiores partidos políticos do país, o PAIGC e o PRS, para encontrarem uma solução para o impasse político e institucional", sublinhou.
O ministro togolês afirmou também que existem "conversações em curso entre os grupos parlamentares daqueles dois partidos para encontrar uma solução institucional para o fim da legislatura, prevista para 23 de abril, para criar o acompanhamento necessário para as próximas eleições legislativas."
A missão da CEDEAO deslocou-se a Bissau para analisar a aplicação do Acordo de Conacri e os desenvolvimentos em curso no país para informar os chefes de Estado e de Governo da organização, que se vão reunir em cimeira extraordinária no sábado (14.04) em Lomé, no Togo.
O Acordo de Conacri, patrocinado pela CEDEAO, prevê a formação de um governo de consenso integrado por todos os partidos representados no Parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado. A CEDEAO entende que o acordo continua sem ser aplicado e em fevereiro confirmou uma lista de sanções contra 19 individualidades guineenses.
Acordo de Conacri será cumprido?
Os políticos guineenses também se mostraram otimistas no final dos encontros com a missão da CEDEAO que está a mediar a crise política.
O presidente do Partido da Convergência Democrática (PCD), Vicente Fernandes, saiu da reunião com esperança de que, desta vez, a organização fará o Presidente da República, José Mário Vaz, cumprir o Acordo de Conacri.
Agnelo Regala, da União para a Mudança (UM), outro dos partidos que esteve reunido com a missão ministerial, espera que seja a última vez que a organização vem ao país exigir ao Presidente que cumpra o Acordo de Conacri.
Já o líder do Partido da Nova Democracia (PND), Iaia Djaló, disse aos jornalistas que "tudo ficou para decidir" na cimeira de chefes de Estado e de governo da CEDEAO em Lomé.
dw.com
O q foi q disseram o paigc e prs ? Otimistas ou pessimistas ?
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