domingo, 9 de abril de 2023

"Sério aviso". China simula bombardeamentos contra Taiwan

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POR LUSA   09/04/23 

A China simulou hoje bombardeamentos contra Taiwan, no segundo dia do exercício "Cerco Total" programado para segunda-feira e apresentado como um "sério aviso" à ilha, após uma reunião da sua Presidente com um alto funcionário dos EUA.

A operação, denominada 'Joint Sword', foi denunciada por Taiwan e os Estados Unidos pediram "contenção" a Pequim, garantindo que mantiveram os seus canais de comunicação com a China "abertos".

Numa entrevista realizada antes das manobras e publicada no domingo, o Presidente francês Emmanuel Macron sublinhou a necessidade de não "entrar numa lógica bloco a bloco".

A Europa não deve "ser seguidora" dos Estados Unidos ou da China em Taiwan, disse Macron ao diário económico francês Les Echos.

As manobras chinesas foram lançadas após uma reunião, na quarta-feira, na Califórnia, entre a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.

Elas visam medir a capacidade da China em "assumir o controlo do mar, espaço aéreo e informação (...) a fim de criarem dissuasão e cerco total" de Taiwan, disse a televisão estatal chinesa no sábado.

Hoje, o Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detetado onze navios de guerra chineses e 70 aeronaves ao redor da ilha, uma armada semelhante à registada no sábado.

O ministério disse ainda que estava a responder aos exercícios chineses "de forma calma e composta", acrescentando que os aviões de guerra detetados até às 16:00 horas locais (08:00 GMT) eram aviões de combate e bombardeiros.

O exército chinês anunciou no sábado dois dias de manobras militares de "preparação para o combate" no estreito de Taiwan, na sequência da passagem da líder da ilha pelos Estados Unidos, afirmando ainda que na segunda-feira realizará exercícios com fogo real.

Em resposta a este anúncio, a líder da ilha, Tsai Ing-wen, afirmou que Taiwan está a enfrentar o "expansionismo autoritário" da China.

Entretanto, os Estados Unidos advertiram que qualquer ação unilateral da China sobre Taiwan representaria um perigo para a estabilidade global e instaram a China a mostrar "moderação" nos exercícios militares.


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Ex-ministro das Finanças: “MUNDO RESPEITA-NOS HOJE COMO ESTADO, PORQUE ORGANIZAMOS E SUSTENTAMOS AS NOSSAS ELEIÇÕES”

JORNAL ODEMOCRATA   09/04/2023  

O antigo ministro das Finanças da Guiné-Bissau e atualmente Auditor Geral da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), João Alage Mamadu Fadia, afirmou que o mundo respeita hoje a Guiné-Bissau como um Estado, porque está a organizar e a sustentar as suas eleições com as contribuições ou impostos pagos pelos cidadãos guineenses, particularmente o imposto da democracia que, segundo a sua explicação, no período em que dirigia as finanças, o valor recolhido do imposto da democracia era avaliado na ordem de um bilião de francos cfa anualmente.   

“Quando lançámos os novos impostos, nomeadamente o imposto da democracia, as pessoas falaram muito. Hoje o mundo respeita-nos como um Estado, porque estamos a organizar e a sustentar as nossas eleições, o que até é uma imposição constitucional e democrática, organizar as eleições periodicamente, às quais os partidos e indivíduos possam concorrer. Mas não podemos escrever isso na nossa constituição!? Ficarmos à espera que alguém de fora venha dar-nos uma mãozinha, e se não der?”, questionou, lembrando que as pessoas fizeram muito barulho aquando da implementação dos novos impostos, para de seguida afirmar, neste particular, que “hoje o país tem algumas estradas feitas com recursos internos, sinais de desenvolvimento com recursos internos”.

O antigo governante fez essas afirmações na entrevista ao semanário O Democrata para falar do trabalho do Gabinete do Auditor Geral da CEDEAO que dirige em Abuja, capital da Nigéria, bem como do estado das dívidas dos países membros da organização que ultrapassam a barra dos 60 a 80 por cento do Produto Interno Bruto, como também da atual situação económica e financeira da Guiné-Bissau.

“O NOSSO TRABALHO É CERTIFICARMO-NOS SE AS CONTRIBUIÇÕES DOS ESTADOS MEMBROS SÃO BEM GERIDAS”

O Auditor Geral estava em Bissau para participar na reunião do Comité ministerial sobre o programa da moeda única da CEDEAO, reunido no passado dia 17 de março, cujo objetivo era procurar consensos sobre a maioria no quadro do pacto de convergência e estabilidade macroeconómica entre os Estados membros da sub-região para o lançamento da moeda única previsto para o dia 1 de janeiro de 2027. 

Fadia, que fez toda a sua carreira no banco central (BCEAO), foi indicado para ocupar a função do Auditor Geral da Comissão da CEDEAO em julho de 2022, pelo Presidente da República, igualmente presidente em exercício da Conferência de chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, Umaro Sissoco Embaló.

O Gabinete de Auditoria Geral foi criado em 2018, como uma instituição especializada da organização, e foi-lhe atribuída a competência para auditar mais de 30 instituições da CEDEAO, por isso reporta ao Conselho de Ministros nas suas sessões periódicas e com o propósito de mostrar como estão a ser utilizados os recursos, que são afetados a todas as agências, centros, programas e projetos da organização.  

João Alage Mamadu Fadia disse que o trabalho do gabinete que dirige é certificar-se se as contribuições dos cidadãos dos países que constituem aquela organização comunitária e os recursos disponibilizados pelos parceiros internacionais estão a ser bem geridos.

“A CEDEAO funciona com base nas contribuições da comunidade, através dos impostos dos cidadãos da comunidade e dos apoios dos seus parceiros. O nosso trabalho é certificarmo-nos se esses recursos que anualmente são distribuídos na base da proposta do orçamento adotado ao mais alto nível são bem geridos. A intenção é assegurar a boa gestão destes recursos”, informou. 

Explicou que o gabinete que dirige tem duas direções, sendo uma a direção da auditoria encarregue da auditoria tradicional, que analisa os recursos dados às agências, centros, departamentos e se funcionam bem ou se são respeitados os controlos internos, a questão de gestão de recursos e como estão a ser implementados, sobretudo para precaver tudo o que são perdas, fraudes, desvios de regulamentos e ver se são respeitadas todas as regras.  

“Temos uma segunda direção que é a direção da auditoria do desempenho de programas, que para mim é hoje o coração do Gabinete da Auditoria, porque essa direção é que vai avaliar se os programas que a CEDEAO implementa ou os recursos disponibilizados para programas específicos estão bem executados ou ver se se atinge os resultados esperados.

A CEDEAO tem programas no setor da agricultura, pecuária, águas, juventude, mulheres, concorrência, controlo da zona marítima, eletricidade, energia solar, entre outros. Esses programas são espelhados em todos os países membros da organização ” assegurou, acrescentando que a CEDEAO é uma organização bem concebida na África, com programas que cobrem tudo o que permite a promoção de uma boa integração e o desenvolvimento dos países membros.

Afirmou que a parte ligada à auditoria do desempenho é crucial para o seu gabinete, lembrando que a CEDEAO leva a cabo uma reforma institucional que visa transformar a organização numa instituição de povos, não de uma associação de estados.

Questionado se o gabinete criado em 2018 conseguiu, apesar dos constrangimentos em virtude da pandemia do coronavírus, auditar alguma agência ou centros da CEDEAO, respondeu que o seu gabinete conseguiu fazer muitas auditorias, tendo recordado que a pandemia acabou em 2021 e que “na medida do possível, fez-se alguns controlos a distância”.

Acrescentou que o sistema operacional está informatizado, o que permitiu ao gabinete fazer o seu trabalho.

Informou que, com o fim das restrições impostas na vigência da pandemia e a partir de 1 de março, depois das planificações, foi colocada toda a equipa no terreno para correr atrás das comissões para auditar os vários departamentos da organização, de forma a colocar à disposição das autoridades informações úteis que permitam avaliar o desempenho dos seus departamentos. 

Solicitado a pronunciar-se sobre os desafios do seu trabalho de auditor geral numa organização dominada por anglófonos e francófonos, lembrou que a CEDEAO é uma instituição formada por 15 países e que tem como língua oficial de trabalho, o inglês, o francês e o português.

“Eu falo português quando quero. O grosso do staff com quem trabalho falamos em inglês e francês, mas as missões do trabalho elaboram os seus relatórios que são traduzidos para as três línguas de trabalho da CEDEAO. Graças a Deus, eu já vinha de uma experiência de trabalho numa instituição também da comunidade, embora a sua língua de trabalho seja o francês. Aqui tive que adaptar-me, mas não foi muito difícil”, notou.

Questionado ainda sobre os mecanismos que devem ser adotados, de acordo com a sua experiência, para ultrapassar as divergências registadas no comité ministerial sobre o programa da moeda única, no concernente ao consenso sobre a maioria no quadro do pacto de convergência e estabilidade macroeconómica entre os Estados membros, lembrou que geriu este dossiê enquanto ministro das Finanças e como membro do Conselho de Ministros e do comité de programa sobre a moeda única.

Assegurou que os países estão a ter alguma preocupação ou cuidado para quando aderirem e na eventualidade de perderem o privilégio de gerir a sua própria moeda, o que implica também perder a soberania sobre a gestão da sua moeda, “para que isso não venha a transformar-se num bicho de sete cabeças”.   

“É natural que haja toda essa manifestação de preocupações no início. Em boa verdade foram definidos critérios para a convergência e quem os cumprir entra no programa. O problema aqui é que os países  compreendam, talvez alguns se  sintam mais à vontade por respeitarem os critérios e outros por situações que enfrentam ou por dificuldades económicas não estejam muito à vontade como outros”, disse, lembrando que os oito países da União Económica Monetária Oeste Africana (UEMOA), organização  da qual a Guiné-Bissau faz parte, já estão habituados a respeitar um certo número de critérios que suscitam uma certa convergência nas políticas mais do que os restantes países que ainda não fazem parte de nenhuma união.

Recordou que estes países queriam criar no passado uma moeda e uma zona monetária que inclusive deram o nome “ZEMOA”, mas que infelizmente não conseguiram avançar e que cada país gere a sua moeda, sobretudo a sua política monetária e económica de forma independente. Acrescentou que largar tudo isso e aderir a uma moeda única, muitos países não se sentem à vontade, contudo afiançou que existe uma vontade política.

Na sua opinião, avança que é possível alcançar um resultado positivo com a vontade política que se constata no seio dos países membros.

Interrogado se as divergências registadas em torno da maioria sobre o consenso não ameaça o calendário para o lançamento da moeda, previsto para o 2027, respondeu que é bom tomar em conta a situação de incertezas que se regista no mundo, particularmente com o impacto causado pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia que, segundo a sua explicação, criou uma tensão inflacionista para todos os países e até aos países da zona euro, também os Estados Unidos de América estão a experimentar um período de tensão inflacionista.

“Nós, os países africanos e outros países no mundo confrontamo-nos com essa situação, porque também importamos alguma coisa, combustíveis, cereais e outros produtos. A inflação é um dos critérios de convergência, portanto nada garante aos restos dos países fora da UEMOA que vão conseguir respeitar esse critério, daí que o horizonte 2027 mantém-se para o lançamento da moeda única da CEDEAO, por isso convocou-se essa reunião do comité ministerial para analisar a situação e o que é preciso fazer para encontrar uma saída aos obstáculos”, referiu.  

Solicitado ainda a pronunciar-se sobre as dívidas dos países da CEDEAO que ultrapassam a barra de 60 a 80 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), reapondeu que a dívida é uma coisa normal nos Estados, acrescentando que mesmo as famílias ou indivíduos endividam-se para sustentar as suas necessidades.  Frisou que “a questão da dívida, desde que seja sustentável e que o estado devedor tenha a capacidade de reembolsar, não é um problema”.

“Os Estados Unidos da América, a primeira economia do mundo e seguida pela China, têm uma dívida enorme que ultrapassa, acho eu, o seu PIB. Na Europa, podemos encontrar países como Portugal com a dívida, se a memória não me trai, que ultrapassa o seu PIB. Cabo Verde, por exemplo, tem uma dívida que ultrapassa cem por cento do seu PIB”, disse, avançando que a dívida não é um problema e o grande problema é a qualidade da dívida, sobretudo onde é que vai se aplicar a dívida e a capacidade em termos da gestão da dívida e o reembolso.

“Cada país é um caso, portanto não podemos generalizar as coisas. Às vezes generalizámos as coisas para adotar critérios suscetíveis de nivelar um pouco o espaço para que todos andemos no mesmo comprimento de onda. Mas eu penso que os países precisam endividar-se, mas quando falha alguma coisa, é grave. Parece-me que o Gana está com problemas de dívida neste momento. Para mim, é um problema complicado, que deve ser gerido no dia-a-dia do país”, notou.

Questionado sobre a situação financeira da Guiné-Bissau que conseguiu aprovar o programa financeiro com o Fundo Mundial Internacional e o acordo com o Banco Mundial, disse que a aprovação do programa com o fundo monetário por si só, já é uma garantia.

Fadia assegurou que neste momento, a Guiné-Bissau deu um passo muito positivo com a aprovação do programa com o fundo, lembrando que desde 2018 que a Guiné não tem um programa com o fundo monetário. Afirmou, neste particular que, havendo já um programa com o fundo, a situação económica do país é avaliada positivamente, contudo alertou que a Guiné-Bissau continua a ter problemas sérios que têm a ver com as despesas.

“A nossa receita não chega para as despesas, porque uma boa parte das despesas correntes, desde salários até aos pequenos pormenores absorvem quase a totalidade das receitas. Isso é um grande problema na Guiné”, advertiu, apontando como solução o pagamento dos impostos pelos cidadãos.

Interrogado sobre o valor recolhido com o imposto da democracia no período em que dirigia as Finanças, frisou que não se lembra do valor  exato, mas assegurou que se situa acima de um bilião de francos CFA anualmente. Sublinhou que o dinheiro recolhido no âmbito do imposto da democracia é que está a financiar todo o processo do recenseamento eleitoral que “considero de qualidade”, porque “as máquinas são de qualidade reconhecida por todos os guineenses”.    

Por: Assana Sambú

O RITUAL CHINÊS DOS PÉS PEQUENOS

Um ritual milenar que ainda resiste no interior da China. Mulheres que, para serem consideradas bonitas, precisavam quebrar parte dos pés para deixá-los bem pequenos. 

Na velha China a beleza da mulher estava diretamente ligada com o tamanho dos pés. O ritual, também chamado de ritual dos pés de lótus, não é praticado mais mas ainda é possível encontrar sobreviventes de uma cultura bastante diferente. Esta é uma das reportagens exibidas na série China Exótica no Jornal da Record.👇

EUA alertam que China pode conquistar Taiwan em eleições "sem um só tiro"

© Lusa

POR LUSA  09/04/23 

Os Estados Unidos advertiram hoje de que a China poderá conquistar Taiwan "sem um só tiro", se o Kuomintang (Partido Nacionalista Chinês, PNCh), próximo de Pequim, vencer as eleições presidenciais taiwanesas de 13 de janeiro de 2024.

"Aqui há um debate político com dois partidos diferentes: um partido quer falar com a China [o Kuomintang] e o partido da [atual] Presidente, Tsai Ing-Wen [o Partido Progressista Democrático, PPD], não quer ser parte da China", afirmou o presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, o republicano Michael McCaul, numa entrevista à estação televisiva NBC, em resposta a uma pergunta sobre se a população de Taiwan quer um confronto militar.

"Penso que as próximas eleições, em janeiro, vão ser de enorme importância, porque creio que, como o ex-presidente Ma [Ying Heou, do Kuomintang] está neste momento na China, a China vai tentar influenciar essas eleições e conquistar a ilha sem disparar um só tiro", sustentou McCaul, classificando o partido Kuomintang como pró-Pequim.

O congressista republicano participa num périplo por Taiwan, Coreia do Sul e Japão, iniciado após o encontro entre o presidente da Câmara de Representantes, o também republicano Kevin McCarthy, e a Presidente taiwanesa, Tsai Ing-Wen, no Estado norte-americano da Califórnia, que tem sido alvo de protestos por parte de Pequim.

O próprio McCaul se reuniu hoje com Tsai e sublinhou que o que aconteceu em Hong Kong (onde Pequim impôs o seu controlo sobre o território) e a invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro do ano passado, iniciando uma guerra que dura há mais de um ano e não tem poupado infraestruturas ou população civis, "abriram os olhos" à população de Taiwan que, por isso, está "muito nervosa".

O congressista norte-americano sublinhou, assim, que a capacidade militar de Taiwan "não está ao nível a que precisa de estar" para responder a uma possível invasão chinesa.

"Não está ao nível a que precisam que esteja. Se vamos ter uma paz por dissuasão, necessitamos que as armas cheguem a Taiwan", explicou McCaul, referindo-se ao fornecimento de armamento norte-americano acordado entre ambas as partes em dezembro.

O Kuomintang tem defendido uma aproximação à China, embora rejeite ser favorável a Pequim: o partido frisou que existe a necessidade de "tentar reduzir a tensão no estreito [de Taiwan] para promover os interesses da população e que as partes possam iniciar uma nova era de forma amigável".

Trata-se do mesmo partido (o Kuomintang) que controlava o Governo chinês liderado por Chiang Kai-Shek e que foi derrotado na revolução maoista que culminou com a tomada do poder em 1949.

Na altura, o Governo pró-ocidental refugiou-se na ilha de Taiwan, cujo nome oficial é República da China, em contraste com a República Popular da China, com capital em Pequim.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa rebelde e, na realidade, só 12 países de todo o mundo reconhecem formal e diplomaticamente Taiwan como um Estado independente.

Contudo, os Estados Unidos e seus aliados mantêm relações informais e apoiam com armamento a independência 'de facto' daquele território.


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NO COMMENT!


Tensão China/EUA? Macron defende "estratégia de autonomia" para Europa

© Lusa

POR LUSA   09/04/23 

O Presidente francês, Emmanuel Macron, recomendou que a Europa estabeleça a sua própria "estratégia de autonomia" fora do padrão estabelecido pelos Estados Unidos e China, para evitar ser arrastada pelas tensões entre as duas potências.

"O pior que pode acontecer é que os europeus acreditem que têm que se tornar seguidores e adaptar-se ao ritmo americano e às reações exageradas da China", disse o chefe de Estado francês em entrevista ao jornal Les Echoes, publicada no regresso da sua visita à China.

Macron fez essa consideração à luz das atuais tensões entre Estados Unidos, China e Taiwan, neste momento palco de um exercício militar chinês sobre um bloqueio à ilha, em retaliação à visita da líder da ilha, Tsai Ing Wen, aos Estados Unidos.

"Por que devemos ir no ritmo escolhido por outros? Em algum momento, devemos perguntar-nos quais são os nossos próprios interesses", afirmou.

O Presidente francês explicou que a Europa pode acabar como uma "pinça" entre os Estados Unidos e a China se esse conflito se agravar.

"À medida que o conflito entre este duopólio se acelera, não teremos tempo nem meios para financiar a nossa autonomia estratégica e ficaremos vassalos", alertou.

Em vez disso, Macron defende a transformação da Europa num "terceiro polo" internacional, embora tenha advertido que a sua construção levará um tempo que talvez não haja.

"A autonomia estratégica deve ser a luta da Europa. Não queremos depender dos outros em questões críticas, porque no dia em que ficarmos sem margem de manobra em questões como energia, defesa, redes sociais ou inteligência artificial, o dia em que ficarmos sem a estrutura necessária sobre essas questões, ficaremos fora do ritmo da história", concluiu.


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Paz na Ucrânia e diálogo entre Israel e Palestina: a mensagem da Páscoa do Papa Francisco

Papa Francisco (AP Photo) 

Cnnportugal.iol.pt,   09/04/23

Cerca de 100.000 pessoas reuniram-se nas proximidades da Praça de São Pedro para ouvir a mensagem da Páscoa e receber a bênção do Papa

O papa expressou este domingo a sua preocupação com a violência nos últimos dias em Israel e na Palestina e apelou ainda à paz na Ucrânia durante a sua mensagem de Páscoa, durante a eucaristia na Basílica de São Pedro.

"Neste dia, confiamos a ti, Senhor, a cidade de Jerusalém, a primeira testemunha da tua ressurreição. Expresso a minha profunda preocupação pelos atentados destes últimos dias, que ameaçam o desejado clima de confiança e respeito recíproco, necessário para retomar diálogo entre israelitas e palestinianos, para que a paz reine na Cidade Santa e em toda a região", disse o papa Francisco.

Cerca de 100.000 pessoas, segundo fontes do Vaticano, reuniram-se nas proximidades da Praça de São Pedro para ouvir a mensagem da Páscoa e receber a bênção ‘Urbi et Orbi’, após a missa do domingo de Páscoa.

O papa Francisco fez ainda um novo apelo pela paz na Ucrânia durante a sua mensagem de Páscoa, na qual também pediu "luz" sobre o povo russo e rezou para que a comunidade internacional trabalhe "pelo fim do conflito".

"Ajude o amado povo ucraniano no caminho da paz e ilumine o povo russo com a luz da Páscoa. Conforte os feridos e aqueles que perderam os seus entes queridos na guerra e faça com que os prisioneiros voltem sãos e salvos com suas famílias", declarou o Papa.

"Abra os corações de toda a comunidade internacional para trabalhar pelo fim desta guerra e de todos os conflitos que mancham o mundo de sangue", disse o papa.

A tensão no Médio Oriente tem aumentado, após uma relativa acalmia no conflito israelo-palestiniano observada desde o início do Ramadão, mês sagrado dos muçulmanos que teve início em 23 de março.

A violência começou na quarta-feira com confrontos entre a polícia e fiéis muçulmanos na mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém.

Nos últimos dias, ocorreram ataques mútuos com foguetes e artilharia entre as forças de segurança israelitas e palestinianos, nomeadamente do grupo Hamas, que atingiram o território israelita, a Palestina e o sul do Líbano.

Nove formas simples de trabalhar o cérebro - sem grande esforço... Só irá melhorar a sua saúde cognitiva.

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Notícias ao Minuto   09/04/23 

Diria que dormir é uma forma de trabalhar o cérebro? Pelo menos o neurologista Douglas Scharre refere que sim. E dá ainda outras dicas simples que pode fazer sem sair de casa para melhorar a sua saúde cognitiva.

Em declarações à revista Good Housekeeping refere que dormir, por exemplo, "ajuda a recuperação da memória, regula o metabolismo e reduz a fadiga mental". Deve conseguir dormir pelo menos sete horas para que este descanso e recuperação sejam bem feitos.

Na entrevista, aponta ainda outras formas de melhorar a saúde cerebral. Saiba tudo.

  • 1- Faça exercício;
  • 2- Seja mais social;
  • 3- Faça algumas contas;
  • 4- Aprenda um idioma;
  • 5- Faça jogos como palavras-cruzadas e quebra-cabeças;
  • 6- Toque um instrumento;
  • 7- Medite;
  • 8- Estimule os sentidos;
  • 9- Durma mais e melhor.


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CAMINHO DE MOÍSES - Onde fica, quando se forma e como chegar?

O Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló, deseja Feliz Páscoa à todos os irmãos cristãos.

 Presidente da República da Guiné-Bissau Umaro Sissoco Embaló

Chama-se Percy e é um coelho (mas também agente da polícia na Califórnia)

© Yuba City Police Department

Notícias ao Minuto   09/04/23 

Tudo aconteceu após um agente da polícia ter encontrado o animal, no ano passado, perdido numa avenida californiana - a Percy Avenue, em Yuba City.

Chama-se Percy e trata-se do mais recente elemento do Departamento de Polícia de Yuba City, na Califórnia, Estados Unidos. A diferença face a todos os outros é que, na verdade, trata-se de um... coelho.

Tudo isto aconteceu após um agente da polícia ter encontrado o animal, no ano passado, perdido numa avenida californiana - a Percy Avenue, em Yuba City.

O agente, Ashley Carson, dirigiu-se imediatamente para a estação policial local, tendo deixado o coelho aos cuidados dos serviços de controlo animal, que não conseguiram descobrir a sua proveniência.

Razão essa que levou um analista dos serviços policiais locais a adotar este animal, alegadamente "doce e amigável", e a chamar-lhe Percy.

O Departamento da Polícia de Yuba City anunciou, entretanto, que o animal foi promovido, passando a ocupar o cargo de "oficial do bem-estar", pouco dias antes da celebração do Domingo de Páscoa.

"O agente Percy passa os dias no departamento da polícia e é um animal de suporte para todos nós", escreveu a autoridade policial numa publicação veiculada, na quarta-feira, na rede social Facebook.

Índia afirma que não vai regular Inteligência Artificial... O governo do país considera que a tecnologia será um “facilitador cinético da economia digital”.

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Notícias ao Minuto   09/04/23 

Nas últimas semanas temos assistido a diversos apelos de especialistas que defendem uma maior regulamentação da área da Inteligência Artificial (IA), apontando para potenciais riscos para a sociedade como a conhecemos. Todavia, parece que nem todos estão preocupados com esse risco.

Como conta o site Gizmodo, um comunicado partilhado pelo ministério de Eletrónica e Tecnologia de Informação da Índia indica que o governo do país “não está a considerar criar uma lei ou regulamentar o crescimento de Inteligência Artificial”.

Mais ainda, este ministério do governo indiano considera que a IA será sim um “facilitador cinético da economia digital” que deverá fortalecer o empreendedorismo e também desempenhar um papel estratégico na economia.


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Que esta Páscoa seja memorável e que o amor de Deus esteja presente em cada gesto de bondade e generosidade...

 Braima Camará 

Protestos em Marrocos contra subida de preços de bens essenciais

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 POR LUSA   09/04/23 

Centenas de marroquinos protestaram, no sábado, em várias cidades do país, contra o aumento dos preços dos bens essenciais e para denunciar a gestão do atual governo.

"O povo quer que os preços baixem" e "porque somos pobres, porque somos governados por ladrões" foram alguns dos 'slogans' entoados por várias dezenas de manifestantes que se reuniram diante do Parlamento, em Rabat, no meio de uma discreta presença policial.

Em cartazes, podia ler-se: "o meu país tem costas, mas a sardinha é cara", "o meu país é agrícola, mas os legumes são caros para mim" ou "unidos contra o aumento dos preços".

'Slogans' semelhantes podiam ser ouvidos noutros protestos organizados em cidades como Kenitra, Salé, Marrakech, Larache, Tânger, Beni Melal, Juribga, Safi, Uchda, Nador e El Jadida, de acordo com vídeos divulgados nas redes sociais.

Os protestos foram convocados pela Frente Social Marroquina, que integra organizações não-governamentais (ONG), como a Associação Marroquina dos Direitos Humanos (AMDH), sindicatos, como a Confederação Democrática do Trabalho (CDT), e partidos de extrema esquerda como a Via Democrática e a Federação da Esquerda Democrática (FDT).

De acordo com um comunicado da Frente, foram convocados protestos em 57 cidades.

Os preços dos bens de primeira necessidade subiram nos últimos meses, coincidindo com o mês de jejum muçulmano do Ramadão, quando o consumo sobe em flecha.

Recentemente, o Ministro da Agricultura marroquino, Mohamed Sadiki, atribuiu o aumento dos preços dos alimentos aos efeitos da seca e da inflação global dos preços das mercadorias devido à guerra na Ucrânia, e acrescentou que os preços vão descer nas próximas semanas.

No final de fevereiro, a inflação em Marrocos situava-se em 10,1%, em comparação com o mesmo mês do ano passado, principalmente devido ao aumento dos preços dos alimentos, que aumentaram 20,1% em termos anuais.


China simula "ataques conjuntos de precisão" contra alvos em Taiwan

© Gallo Images / Orbital Horizon/Copernicus Sentinel Data 2019

POR LUSA  09/04/23 

A China simulou "ataques conjuntos de precisão" contra "alvos chave na ilha de Taiwan e águas circundantes" como parte das manobras militares em torno da ilha, informou hoje o canal estatal de televisão chinês CCTV.

Dezenas de aviões do exército foram destacados para "voar no espaço aéreo visado" e as forças terrestres efetuaram exercícios de "ataque de precisão com múltiplos alvos", acrescentou.

Entretanto, o Ministério da Defesa taiwanês disse ter detetado, no segundo dia de manobras militares chinesas no estreito de Taiwan, nove navios de guerra e 58 aviões chineses em redor da ilha.

O Ministério afirmou que estava a monitorizar os movimentos dos militares chineses através de um "sistema conjunto de informações e vigilância", afirmando que caças e bombardeiros estavam entre os aviões avistados a partir do meio-dia (05:00 em Lisboa).

As manobras militares chinesas foram anunciadas e lançadas depois de a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, se ter encontrado com o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos EUA, Kevin McCarthy, na Califórnia, na quarta-feira, reunião à qual Pequim prometeu responder com medidas "firmes e enérgicas".

Na segunda-feira, os exercícios no estreito de Taiwan vão incluir fogo real, de acordo com as autoridades de Fujian, província chinesa no leste do país, situada em frente à ilha.

O objetivo é estabelecer a capacidade da China de "assumir o controlo do mar, do espaço aéreo e da informação (...) a fim de criar uma dissuasão e um cerco total" de Taiwan, disse, no sábado, a televisão estatal chinesa.

As manobras "servem como um aviso sério contra a conivência entre forças separatistas que procuram a 'independência de Taiwan' e forças externas, bem como contra atividades provocatórias", advertiu um porta-voz do exército chinês, Shi Yi.

A China está descontente com a aproximação, nos últimos anos, entre as autoridades taiwanesas e os EUA, que, apesar da ausência de relações oficiais, fornecem à ilha apoio militar substancial.

Washington reconheceu a República Popular da China em 1979 e, em teoria, não deveria manter qualquer contacto oficial com a República da China (nome oficial de Taiwan), ao abrigo do "princípio de uma só China", defendido por Pequim.

A China considera Taiwan, com 23 milhões de habitantes e autónoma desde o fim da guerra civil chinesa em 1949, como uma província a reunificar com o resto do território.


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Israel anuncia ter atingido a Síria, depois de disparos de foguetes

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POR LUSA  09/04/23 

Israel anunciou ter atingido a Síria, na sequência do disparo de foguetes contra os montes Golã, e depois de ataques semelhantes dos vizinhos Líbano e Faixa de Gaza nos últimos dias.

"A artilharia está a atingir a região da Síria de onde foram disparados foguetes contra território israelita", disse, no sábado à noite, o exército israelita, acrescentando ter sido também utilizado um 'drone' [aparelho aéreo não tripulado].

Ao todo, seis foguetes foram disparados, indicaram. Pelo menos um foi intercetado pelo sistema antiaéreo israelita e dois caíram em zonas despovoadas na região dos Golã, parte dos quais Israel conquistou à Síria em 1967 e depois anexou.

Trata-se de uma região estratégica, patrulhada por soldados israelitas e também limítrofe do Líbano.

Estes ataques, ainda não reivindicados, são o último episódio da escalada de violência no Médio Oriente. Dois ataques anti-israelitas mataram três pessoas na sexta-feira.

Na quinta-feira, foram disparados cerca de 30 foguetes do Líbano para Israel, causando um ferido e danos materiais, numa escalada sem precedentes, desde 2006, na frente israelo-libanesa.

O exército israelita disse que os disparos de foguetes, não reivindicados, foram feitos "por palestinianos", tendo retaliado com ataques contra Gaza e sul do Líbano.

Israel e o Líbano encontram-se tecnicamente em estado de guerra, depois de vários conflitos, e a linha de cessar-fogo é controlada pela Força Interina das Nações Unidas (FINUL), posicionada no sul do Líbano.

Do lado sírio, Israel intensificou recentemente os ataques, visando posições de grupos pró-Irão, inimigo número um.


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sábado, 8 de abril de 2023

Posição de Lula da Silva sobre a Crimeia "é um perfeito disparate"

 O coronel e comentador CNN Portugal Carlos Mendes Dias analisa as declarações do presidente brasileiro, que sugeriu que a Ucrânia deveria ceder a Crimeia à Rússia como forma de conseguir a paz.

Por cnnportugal.iol.pt

Guiné-Bissau: As ações falam mais alto do que as palavras...👇

Fotos ©Emmanuel Ejehi Iyere   8 de abril de 2023


Ataque armado a duas aldeias do Burkina Faso faz 44 mortos

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POR LUSA  08/04/23 

Quarenta e quatro pessoas morreram na última noite durante um ataque a duas aldeias no nordeste do Burkina Faso, perpetrado por "grupos terroristas armados", noticia a agência AFP.

Os ataques ocorreram nas aldeias de Kourakou e Tondobi, perto da fronteira do Burkina Faso com o Níger, e os números de vítimas mortais apurados são para já provisórios, segundo explicou o governador da região de Sahel, Rodolphe Sorgho.

Na aldeia de Kourakou o número de vítimas mortais foi de 31 enquanto em Tondobi se registaram 13 mortos.

Rodolphe Sorgho assegurou que "estão em curso ações para garantir a segurança da região" e adiantou que os grupos terroristas armados que perpetraram este ataque já foram neutralizados.

O Burkina Faso é governado desde o final de setembro pelo capitão Ibrahim Traoré, que chegou ao poder através de um golpe de Estado, o segundo em oito meses.

Desde 2015, o país vive uma espiral de violência perpetrada por grupos jihadistas ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaeda, que causaram um total de 10.000 mortos - civis e militares - segundo organizações não-governamentais (ONG), e cerca de dois milhões de deslocados internos.

Na sexta-feira a Amnistia Internacional apelou hoje ao fim dos "ataques e ameaças" à liberdade de imprensa no Burkina Faso, após a suspensão da France 24 e expulsão de correspondentes dos jornais Libération e do Le Monde, na semana passada.


Leia Também: Um novo massacre perpetrado na sexta-feira pelas milícias das Forças Democráticas Aliadas (ADF) causou a morte a pelo menos 25 civis no Beni, na província do nordeste do Kivu do Norte, na República Democrática do Congo (RDCongo).

Reabilitação de troço que liga Ganadu a Cidade de Bafata financiado pela Ministra de Estado dos Negócio Estrangeiro e Candidato a deputado Cabeça de lista do Madem-G15 Círculo 14 Dra. Suzi Barbosa


Suzi Barbosa MADEM G-15

Violência jihadista? EUA preparam apoio de longo prazo a países africanos

© Reuters

POR LUSA   08/04/23 

Os Estados Unidos preparam-se para dar apoio a longo prazo à Costa do Marfim, Benim e Togo, países que têm sido fustigados com a propagação da violência jihadista da zona do Sahel para as regiões costeiras da África Ocidental.

A informação é avançada, na sexta-feira, pela agência de notícias France-Presse que cita funcionários do Departamento de Estado. Segundo a AFP, esse apoio será também fundamental para impedir o avanço nos países do Sahel de mercenários da empresa russa de segurança privada Wagner, destacados nomeadamente no Mali - embora os coronéis no poder em Bamako os apresentem como "instrutores" militares.

O Sahel, na fronteira com a Guiné-Bissau, é uma faixa com cerca de 700 quilómetros de largura e 5.400 quilómetros de extensão, que funciona como uma fronteira natural no continente africano. Esta faixa estende-se entre o deserto do Saara, a norte, e a savana do Sudão, a sul, e entre o oceano Atlântico, a oeste, e o Mar Vermelho, a leste.

Atravessa a Gâmbia, Senegal, parte da Mauritânia, o centro do Mali, o norte do Burquina Faço, sul da Argélia, Níger, norte da Nigéria e dos Camarões, parte central do Chade, centro e sul do Sudão, norte do Sudão do Sul e a Eritreia.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, em visita ao Gana em março como parte do crescente esforço dos EUA em África, prometeu 100 milhões de dólares ao longo de 10 anos para aumentar a resiliência nas regiões costeiras da África Ocidental. O Departamento de Estado está também a procurar fundos adicionais, incluindo do orçamento da luta contra o terrorismo.

"É uma preocupação para nós devido à capacidade dos governos existentes que nunca enfrentaram uma ameaça como esta", disse Michael Heath, secretário de Estado adjunto para a África Ocidental.

"Estamos a tentar ver de que instrumentos necessitam", acrescentou Heath, que regressou recentemente de uma viagem à região com outros funcionários do Departamento de Estado para avaliar as necessidades.

Quanto ao grupo Wagner, o secretário de Estado disse que "ainda não têm presença nos países costeiros da África Ocidental".

"Mas sabemos que estão à procura de oportunidades para tirar partido da instabilidade onde quer que a encontrem", admitiu Heath.

Os funcionários do Departamento de Estado dos EUA acreditam que as zonas costeiras da África Ocidental só poderiam ser dominadas pela violência se houvesse um alastramento do norte para o Sahel, mas salientam que a instabilidade pode ser alimentada por fatores locais e pela competição por recursos exacerbada pelas alterações climáticas.

"Queremos obviamente ajudar os governos que estão mais interessados numa abordagem abrangente e numa boa governação para lidar com os problemas no Norte (do seu território), onde os recursos são mais limitados", disse Gregory LoGerfo, um alto funcionário anti-terrorismo do Departamento de Estado, na viagem.


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EUA avisam que qualquer ação da China em Taiwan ameaça estabilidade global

© Lusa

POR LUSA   08/04/23 

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, advertiu que qualquer acção unilateral da China sobre Taiwan representaria um perigo para a estabilidade global, numa altura em que Pequim iniciou exercícios de guerra à volta da ilha.

"Parece que a liderança chinesa já não considera aceitável o 'status quo' que moldou o curso de Taiwan nos últimos 40 anos e ajudou a preservar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan", lamentou Blinken numa entrevista com o diário francês 'Ouest France'.

Blinken criticou as "manobras de pressão" exercidas pela China "a nível económico e militar" para "isolar Taiwan das organizações internacionais ou das suas relações com certos países do mundo", mas reiterou que a política dos EUA a este respeito permanece inalterada.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos deixou claro que, embora não apoie explicitamente a independência de Taiwan, respeita o acordo bilateral com o território para fornecer às suas autoridades "tudo o que elas precisarem para se defenderem de qualquer ataque".

"Na nossa relação com a China, deixámos muito claro que a base desta relação é um entendimento mútuo de que as nossas diferenças devem ser resolvidas pacificamente, e não através de uma acção unilateral, quer seja pressão, coerção ou, pior ainda, o uso da força", explicou Blinken, numa entrevista publicada antes do início dos exercícios.

Os exercícios militares chineses, envolvendo todos os ramos das Forças Armadas, pretendem ser um simulacro de bloqueio da ilha e uma retaliação contra o recente encontro entre o Presidente de Taiwan, Tsai Ing Wen, e o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, que Pequim interpretou como uma grave afronta às suas ambições de soberania sobre Taiwan.

Finalmente, Blinken salientou que Taiwan é de importância essencial para o desenvolvimento económico global.

"Cinquenta por cento do tráfego comercial mundial passa diariamente pelo estreito", disse, antes de salientar que o território produz pelo menos 70 por cento dos microprocessadores do mundo.

"Se houvesse uma crise como resultado de uma ação unilateral da China, seria provavelmente uma crise que envolveria todo o mundo. Acabaríamos com uma verdadeira crise económica nas nossas mãos, e é por isso que é do interesse de todos que estas questões sejam tratadas de forma responsável e calma", concluiu.


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Ucranianos reforçam defesas na fronteira com a Bielorrússia... Terão sido cavados mais de sete quilómetros de trincheiras.

© Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto   08/04/23 

As forças ucranianas estão a fortalecer linhas defensivas e posições ao longo da fronteira com a Bielorrússia e a Rússia, disse o Estado Maior das Forças Armadas ucranianas no Facebook, citando o Tenente General Serhiy Nayev, Comandante das Forças Conjuntas das Forças Armadas Ucranianas.

"Em particular, o sistema de barreiras nas regiões que fazem fronteira com a Bielorrússia e a Rússia está a ser aprimorado. Campos minados antitanque estão a ser criados em áreas acessíveis a tanques e possíveis rotas de avanço do inimigo no nosso território, incluindo estradas, faixas de floresta, pontes, linhas de energia”, disse Nayev.

O militar acrescentou: “Todas as posições foram cobertas com madeira para um desempenho mais eficiente das tarefas dos nossos soldados. Os militares ucranianos trabalham o tempo todo, independentemente das condições climatéricas."

Só nesta semana, argumentam os ucranianos, as unidades de engenharia montaram várias dezenas de campos minados usando mais de 6.000 minas antitanque, tendo ainda sido cavados mais de 7.000 metros de trincheiras antitanque.