terça-feira, 7 de março de 2023
domingo, 5 de março de 2023
PR da República Centro-Africana acusa ocidente de prejudicar o país
© Lusa
POR LUSA 05/03/23
O presidente da República Centro-Africana (RCA), Faustin-Archange Touadéra, acusou hoje os ocidentais de impedirem o desenvolvimento do seu país, de "alimentar a instabilidade política" e pilhar a riqueza da região.
Numa cimeira dos países menos desenvolvidos (PMD), patrocinada pela ONU em Doha, o chefe de Estado disse que o país era "vítima de objetivos geoestratégicos ligados aos seus recursos naturais", segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
"A República Centro-Africana (RCA) tem sido sujeita, desde a sua independência, a pilhagens sistemáticas facilitadas pela instabilidade política mantida por certos países ocidentais" e "grupos terroristas armados cujos líderes são mercenários estrangeiros", denunciou.
Após a partida do grosso das tropas francesas da RCA, Moscovo enviou "instrutores militares" em 2018 e depois centenas de paramilitares em 2020 a pedido de Bangui.
Um perito independente da ONU sobre a situação dos direitos humanos na República Centro-Africana acusou o exército e os seus aliados russos de abusos contra a população e os oficiais eleitos.
Neste momento, uma missão militar portuguesa das Forças Armadas composta por 125 elementos permanece na RCA, de onde partiram no final do ano passado os últimos 130 militares franceses, após 62 anos de presença contínua.
A França acusa as autoridades de Bangui de estarem aliadas ao grupo paramilitar russo Wagner, que tem ligações ao Presidente Vladimir Putin.
Entretanto, a União Europeia anunciou novas sanções contra o grupo Wagner pelas suas "violações dos direitos humanos" em África, visando vários dos seus altos funcionários na República Centro-Africana, incluindo o "conselheiro de segurança" do presidente Touadéra, membro de Wagner, e o porta-voz do grupo no país.
Depois das acusações, o presidente questionou como é que um país, "dotado de um imenso tesouro geológico", que inclui ouro, diamantes, cobalto, urânio ou petróleo, "continua a ser um dos países mais pobres do mundo, mais de 60 anos após a independência".
Touadéra condenou "o injusto e ilegítimo embargo de armas às forças armadas da África Central e aos diamantes da África Central", bem como "as campanhas de desinformação e demonização de certos meios de comunicação social estrangeiros, a fim de desencorajar os investidores".
O presidente da RCA voltou a apelar ao levantamento da suspensão da ajuda dos doadores como a UE, FMI e o Banco Mundial, e do embargo às armas e diamantes.
Leia Também: Antigo Presidente da República Centro Africana exilado na Guiné-Bissau
Líder do Grupo Wagner avisa: "Se abandonarmos Bakhmut, toda a frente cai"
© Mikhail Svetlov/Getty Images
Notícias ao Minuto 05/03/23
O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, veio fazer um pedido bastante direto ao presidente russo, Vladimir Putin, para o fornecimento de mais apoio militar.
Numa altura em que continuam os intensos combates na cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, tanto as forças russas, como as ucranianas, têm vindo a sofrer inúmeras baixas, bem como falta de munições.
Neste contexto, o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, veio fazer um pedido bastante direto ao presidente russo, Vladimir Putin, para o fornecimento de mais apoio militar - avisando-o de que se tal pedido não for concedido, as tentativas russas de garantir o controlo sobre Bakhmut poderão sair frustradas, segundo reporta o jornal britânico The Guardian
"Se a força mercenária privada Wagner se retirar de Bakhmut, toda a frente de batalha se desmoronará", avisou Yevgeny Prigozhin, num discurso em vídeo partilhado este domingo. E acrescentou: "O Grupo Wagner é o cimento. Estamos a atrair todo o exército ucraniano para nós, quebrando-os e destruindo-os".
O líder do grupo paramilitar citado acusou ainda, nesse momento, o Ministério da Defesa da Rússia não estar a apoiar os seus esforços convenientemente - tanto no que concerne a forças humanas, como no que diz respeito a munições.
O apelo surge numa altura em que, segundo deu conta Volodymyr Nazarenko em entrevista ao Kyiv24, um alto comandante ucraniano, a situação na cidade é um verdadeiro "inferno". Porém, acrescentou, as tropas ucranianas terão sido capazes de estabilizar a situação na linha da frente, com as forças russas a permanecerem na periferia da cidade.
A informação apoia a divulgada pelo vice-presidente da Câmara de Bakhmut, Oleksandr Marchenko, que revelou à BBC Radio 4 que as tropas de Kyiv ainda controlam a cidade, apesar dos violentos combates.
A invasão russa sobre a Ucrânia, em curso desde 24 de fevereiro do ano passado, tirou já a vida a, pelo menos, 8.000 civis, com mais de 13.000 a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Leia Também: Zelensky descreve batalha pelo Donbass como "dolorosa e difícil"
Leia Também: Invasão? "É necessário que Putin compreenda que não terá sucesso"
Antigo Presidente da República Centro Africana exilado na Guiné-Bissau
©Umaro S. Embaló/Presidente de Concórdia Nacional
POR LUSA 05/03/23
O antigo presidente da República Centro Africana (RCA), François Bozizé, está exilado em Bissau a pedido da Comunidade de Estados da África Central (CEMAC), disseram hoje à Lusa fontes do governo guineense.
François Bozizé, 76 anos, chegou a Bissau na passada quinta-feira, num voo especial, oriundo do Chade, onde se encontrava desde 2021.
Segundo vários analistas, Bozizé, cristão, estava a liderar, a partir do Chade, uma coligação de rebeldes que tentam derrubar o atual regime na RCA, liderado por Félix Archange Touadera.
Bozizé governou a RCA desde 2003, quando derrubou Ange Felix Parasse, num golpe de Estado, até ser também derrubado num outro golpe, por rebeldes comandados por Michel Diottadi, um muçulmano, em 2013.
Desde aquela altura que a RCA, um dos países mais pobres do mundo, está mergulhado em crises e tentativas de golpe, com Bozizé suspeito de ser um dos principais desestabilizadores.
Portugal e outros países integram uma força de capacetes azuis das Nações Unidas, MINUSCA, que tenta manter a paz naquele país.
Fontes do governo guineense precisaram que vários países africanos intercederam junto do presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que aceitou dar asilo à Bozizé "por razões humanitárias".
As mesmas fontes indicaram à Lusa que Bozizé se encontra a viver numa casa no centro de Bissau.
A Agência da União Europeia para a Cooperação Judiciária Penal (Eurojust) anunciou hoje a oficialização do novo centro internacional para crimes de agressão na guerra da Ucrânia, que contará com o apoio da equipa de investigação conjunta comunitária.
© Getty Images
POR LUSA 05/03/23
Oficializado novo centro internacional para crimes de agressão na Ucrânia
A Agência da União Europeia para a Cooperação Judiciária Penal (Eurojust) anunciou hoje a oficialização do novo centro internacional para crimes de agressão na guerra da Ucrânia, que contará com o apoio da equipa de investigação conjunta comunitária.
No dia em que termina, na cidade ucraniana de Lviv, uma conferência internacional para assegurar a responsabilização por crimes internacionais fundamentais cometidos na Ucrânia, a Eurojust indica em comunicado que os países que fazem parte da equipa de investigação conjunta da agência "decidiram alterar o acordo entre eles, a fim de refletir o futuro papel do Centro Internacional para a Prossecução de Crimes de Agressão".
No acordo alcançado entre Ucrânia, Lituânia, Polónia, Estónia, Letónia, Eslováquia e Roménia, ficou então definido que este novo centro, agora oficializado, "fará parte da estrutura de apoio existente para a equipa de investigação conjunta, com um enfoque específico no apoio e reforço das investigações sobre o crime de agressão", estando ainda previsto "apoio logístico, financeiro e operacional adicional".
A Eurojust adianta que o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), enquanto membro da equipa de investigação conjunta, poderá participação na cooperação, que será concretizada pela agência da UE, com os "principais edifícios a estarem prontos até ao verão".
Os membros desta equipa de investigação conjunta -- que além dos países inclui as agências europeias de cooperação judiciária penal e de cooperação policial -- "continuarão a sua colaboração harmoniosa relativamente às investigações em curso sobre alegados crimes internacionais fundamentais na Ucrânia", conclui a Eurojust.
A UE está a apoiar a investigação lançada pelo procurador do TPI, tendo em abril passado sido acordada uma equipa conjunta de investigação da Eurojust (agência europeia para a cooperação judiciária penal) e do Tribunal Penal Internacional, em colaboração com a Europol (agência europeia para a cooperação policial) e vários Estados-membros, juntamente com a Ucrânia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro passado uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou milhares de civis, causando ainda a fuga de milhões de pessoas, algumas para fora do país.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Nos últimos meses, em que o país está em confronto armado após a invasão russa em fevereiro passado, a UE mobilizou 2,2 mil milhões de euros em apoio financeiro à Ucrânia.
Leia Também: Ucrânia. Turquia acelera negociações para prolongar acordo de exportação
Grupo Wagner anuncia controlo de estação de comboio a norte de Bakhmut
© Getty Images
POR LUSA 05/03/23
As unidades mercenárias do Grupo Wagner reivindicaram hoje o controlo da estação ferroviária de Stupki, a norte de Bakhmut, o palco dos combates no leste da Ucrânia.
"O assalto e a limpeza da estação de Stupki, no subúrbio de Artyomovsk [nomenclatura russa para Bakhmut] foram concluídos. O bairro está sob controlo total dos combatentes do Wagner", refere um comunicado da milícia da autoproclamada república popular de Donetsk publicado no sistema de mensagens Telegram e citado pela agência noticiosa Efe.
A conclusão da operação em Stupki, considerada fundamental para aceder a Bakhmut, foi anunciada pelo líder de Donetsk, o líder pró-russo Denis Pushilin, na semana passada.
"Agora eles [Wagner] libertaram o bairro Stupki. Se tivermos em conta que há lá combates por cada casa, este é um sucesso importante na fase atual", afirmou Pushilin à televisão estatal russa.
O porta-voz do Comando Oriental das Forças Armadas Ucranianas, Sergei Cherevaty, disse, no sábado, que a situação em Bakhmut é difícil, mas que a região continua sob controlo, tendo acrescentado que as forças ucranianas vão reconstruir as suas defesas para resistir à pressão russa.
A cidade de Bakhmut, que se chamou Artemivsk ou Artyomovsk entre 1924 e 2016, fica situada no leste da Ucrânia junto ao rio Bakhmutka.
Trata-se de um ponto estratégico porque está unida por estrada com as duas maiores cidades de Donetsk: Kramatorsk e Sloviansk e que se encontram sob o controlo de Kiev.
Leia Também: "Combate corpo a corpo" aumenta no campo de batalha na Ucrânia
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, COMANDANTE SUPREMO DAS FORÇAS ARMADAS E PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA CEDEAO, GENERAL ÚMARO SISSOCO EMBALO, PARTIU ESTA MANHÃ PARA O GHANA, ONDE COMO CONVIDADO DE HONRA, DO PRESIDENTE NANA AKUFO-ADDO PARA ASSISTIR AS COMEMORAÇÕES DO 6 DE MARÇO, DIA NACIONAL DO GHANA.
ANTÓNIO GUTERRES: Países menos desenvolvidos "encalhados" sem ajuda de países ricos
© Getty Imagens
POR LUSA 05/03/23 09
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou hoje que os países menos desenvolvidos estão a ficar "encalhados" perante múltiplas crises globais, sendo "incapazes" de acompanhar as nações com mais recursos.
"Os países menos desenvolvidos estão a ficar encalhados no meio de uma crescente maré de crise, incerteza, caos climático e profunda injustiça global. São incapazes de seguir o ritmo vertiginoso das mudanças tecnológicas", afirmou Guterres na 5.ª Conferência das Nações Unidas sobre Países Menos Desenvolvidos (LDC5), que se realiza até quinta-feira em Doha, no Qatar.
Guterres apelidou de enviesado o sistema financeiro global, que diz ter sido "desenhado pelos países ricos para benefício dos países ricos".
"Os países menos desenvolvidos enfrentam taxas de juro que podem ser até oito vezes mais altas do que os países desenvolvidos. E só está a ficar pior", afirmou o secretário-geral.
Segundo Guterres, 25 economias em desenvolvimento estão hoje a "gastar mais de 20% das receitas não a construir escolas, a alimentar a população ou a aumentar as oportunidades para mulheres e raparigas, mas apenas a pagar dívida".
O secretário-geral da ONU vincou que os países ricos "não têm mais desculpas" e "chegou o momento" de cumprirem o seu compromisso de proporcionarem aos países menos desenvolvidos entre 0,15% a 0,20% dos seus rendimentos totais para a assistência ao desenvolvimento.
Líderes e representantes de 33 países africanos, 12 países da Ásia-Pacífico e Haiti estão reunidos, cinco décadas depois de a Organização das Nações Unidas (ONU) ter criado a categoria dos países menos desenvolvidos (PMD) para fornecer apoio internacional especial aos seus membros mais vulneráveis e desfavorecidos.
Um plano de ação para estes países foi adotado na Assembleia Geral da ONU no ano passado.
No entanto, não se espera que sejam feitas grandes promessas financeiras na Cimeira de Doha, que foi adiada duas vezes devido à pandemia de covid-19.
O Afeganistão e Myanmar não estão presentes, uma vez que os seus governos não são reconhecidos pelos membros da ONU.
Leia Também: Guterres denuncia taxas de juro predatórias dos países ricos aos pobres
sábado, 4 de março de 2023
NIGÉRIA. Presidente nigeriano responde a opositores que estão contra a sua vitória
© REUTERS/Marvellous Durowaiye
POR LUSA 04/03/23
O Presidente eleito da Nigéria, Bola Tinubu, formou uma equipa jurídica para lidar com as queixas de fraude apresentadas pelos principais opositores contra a sua vitória nas eleições da semana passada.
Os principais partidos da oposição da Nigéria exigiram na terça-feira uma repetição das eleições, dizendo que as sondagens estavam "irreparavelmente comprometidas" e alegando que os resultados tinham sido manipulados por atrasos na publicação dos resultados na Internet.
Atiku Abubakar, do Partido Democrático do Povo (PDP), e Peter Obi do, Partido Trabalhista, são os lideres dos principais opositores de Tinubu.
Como primeiro passo, a equipa de Tinubu vai apresentar uma iniciativa legal contra Peter Obi, que será acusado de fabricar as suas próprias estimativas de votos, relata o diário nigeriano "Vanguard".
O conselheiro de política de comunicação do partido, Dele Alake, tem um objetivo especial em relação a Obi que, segundo ele, aspira a tornar-se o "político mais perigoso da Nigéria".
"Ele elevou a sua conhecida mentalidade de clã a um nível muito infeliz ao basear abertamente a sua campanha na religião e etnia, quando na realidade acabou por se tornar o 'rapaz propaganda' da divisão no nosso país", lamentou Alake.
Alake, no entanto, agradeceu de uma certa forma zombeteira aos opositores por terem abandonado os seus apelos iniciais à mobilização popular.
"Quero agradecer-lhes por terem finalmente optado pelo Estado de direito em vez da posição beligerante inicial no seu caminho numa viagem infundada em busca de uma miragem", acrescentou.
Tinubu sucederá a Muhammadu Buhari, que não pôde concorrer por ter atingido o termo limite estabelecido pela Constituição da Nigéria.
A eleição marca a primeira vez, desde o regresso do país ao governo civil, em 1999, em que nenhum dos candidatos é um antigo líder militar, como foi o caso de Buhari, que liderou o país entre dezembro de 1983 a agosto de 1985, após um golpe de estado.
Leia Também: Estados da Nigéria contestam judicialmente resultados das presidenciais
Visita a Centro de instruções militar de Cumere
PR Sissoco Embalo visita Campo_tiro_centro de instrução millitar_Cumére
Von der Leyen saúda centro para investigar crimes de agressão na Ucrânia
© Thierry Monasse/Getty Images
POR LUSA 04/03/23
A presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula Von der Leyen, saudou hoje a criação do Centro Internacional para a Acusação de Crimes de Agressão contra a Ucrânia (ICPA, sigla em inglês).
"A União Europeia (UE) apoia o papel do Tribunal Penal Internacional (TPI). Também acreditamos que deve haver um tribunal dedicado para processar os crimes de agressão da Rússia" na Ucrânia, declarou Von der Leyen, em comunicado.
A União Europeia, prometeu, continuar a trabalhar com os seus parceiros para "garantir que a Rússia pague" pelos seus crimes, sublinhando que um consenso para que haja "justiça para a Ucrânia".
"A invasão da Rússia trouxe um sofrimento indescritível para a Ucrânia. Há quase um ano o mundo descobriu os horrores de Bucha. Eu mesmo estive lá e testemunhei as atrocidades cometidas pelas forças russas", disse ainda.
De acordo com Von der Leyen, "há evidências crescentes de ataques diretos contra civis", bem como contra infraestruturas estruturas de energia e outras.
"Sabe-se que tortura, maus-tratos, violência sexual e execuções sumárias foram cometidas pelas forças russas. Nem mesmo as crianças estão a ser poupadas. A Rússia deve ser responsabilizada por esses crimes horríveis. Putin deve ser responsabilizado", declarou.
"Devemos fazer tudo ao nosso alcance para levar os perpetradores à justiça", acrescentou.
A alteração à equipa de investigação conjunta existente na Agência Europeia para a Cooperação Judiciária Penal (Eurojust) será assinada durante uma conferência, que está a ocorrer na Ucrânia neste fim de semana, a fim de facilitar a instalação do ICPA dentro da estrutura daquele organismo judiciário europeu.
De acordo com uma nota da comissão, foi criada uma equipa de investigação conjunta com o apoio da Eurojust para recolher provas e investigar crimes internacionais fundamentais cometidos na Ucrânia, composta pelo Tribunal Penal Internacional, Ucrânia, Lituânia, Polónia, Estónia, Letónia, Eslováquia, Roménia.
O regulamento Eurojust foi alterado para dar a esta agência europeia a possibilidade legal de preservar com segurança, armazenar e analisar provas sobre crimes internacionais. A base de dados judicial foi lançada em fevereiro de 2023.
O Tribunal Penal Internacional é competente para julgar os crimes internacionais mais graves crimes como genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. Também é competente para processar o crime de agressão, mas apenas em relação aos países que aceitaram sua jurisdição em relação a este crime.
O crime de agressão é crime cometido pela mais alta autoridade política e liderança militar de um país. Dado que a Rússia não aceita a jurisdição do TPI, o tribunal não pode exercer esta competência no contexto da guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Para contornar esta lacuna, em novembro de 2022, a Comissão Europeia apresentou diferentes opções aos Estados-Membros para garantir que os cidadãos russos sejam responsabilizados pelas atrocidades cometidas na Ucrânia, inclusive por meio do estabelecimento de um tribunal apoiado pela ONU e pela comunidade internacional para processar eficazmente o crime de agressão.
O ICPA é um primeiro passo neste processo para preservar provas e preparar a acusação para julgamentos futuros, sejam nacionais ou internacionais.
Leia Também: Russos acusam Reino Unido de "fabricar" incidente de 2018 em Salisbury
Leia Também: Embaixador russo culpa Washington por ataques em Bryansk
Implementação do estatuto remuneratório: MAGISTRADOS PEDEM A INTERVENÇÃO DO PR SISSOCO
O porta-voz da Associação Sindical dos Magistrados Judiciais, Sidy Luís Pereira, pediu esta sexta-feira, 03 de março de 2023, ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, a exercer a sua magistratura de influência junto do governo para implementação do estatuto remuneratório dos magistrados, aprovado em 2018 na Assembleia Nacional Popular.
Sidy Luís Pereira falava à imprensa, à saída de uma audiência com Chefe de Estado no Palácio da República, durante a qual disse que aquela organização sindical fez diligências tanto a nível do governo quanto a nível de outros órgãos da soberania, mas sem sucesso, por isso hoje decidiram transmitir a preocupação dos homens e mulheres que trabalham no setor judicial ao chefe de Estado, antes que que comecem a fazer barulho público sobre o assunto.
“Os magistrados enfrentam enormes sacrifícios. Pior de tudo é que um magistrado não pode praticar outra atividade além da magistratura e docência, devido ao regime de incompatibilidades, esperando apenas o único salário denominado regime de exclusividade”, lamentou.
Questionado sobre qual seria salário mínimo se o estatuto remuneratório fosse implementado, Sidy Luís Pereira disse que quem tem acesso ao estatuto remuneratório pode achar a percentagem e saber o valor real que cada magistrado podem receber, com a implementação daquele documento. Pereira adiantou que os magistrados não estão preparados para fazer contas e cálculos em termos monetários, mas sim falar sobre as leis.
Por: Aguinaldo Ampa
Foto: A.A
sexta-feira, 3 de março de 2023
FRENTE SOCIAL ANUNCIA GREVE DE CINCO DIAS NO SETOR DA EDUCAÇÃO E DA SAÚDE
A Frente Social, que congrega os sindicatos de Educação e da Saúde, anunciou esta sexta-feira, 03 de março de 2023, o início de uma greve de cinco dias nos setores da educação e da saúde na próxima semana, de 06 a 10 de março, para exigir a resolução de problemas que afetam os profissionais destes setores sociais.
O anúncio foi feito pelo porta-voz da Frente Social, Yoio João Correia, em conferência de imprensa realizada na Sede Nacional da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), na qual não descartou a possibilidade de a greve ser suspensa caso haja diálogo sincero e franco com o patronato.
O sindicalista alertou o executivo a assumir as suas responsabilidades para evitar as consequências decorrentes da projetada paralisação.
“Depois da entrega do caderno reivindicativo no dia 09 de Janeiro não houve nenhuma chamada para a negociação por parte do executivo. Houve apenas um encontro convocado pela equipa da direção de trabalho da Função Pública, para pedir esclarecimentos sobre os pontos constantes no caderno reivindicativo” disse, afirmando que estão no limite, por isso decidiram avançar para a greve.
“infelizmente até à presente data não há nenhuma comunicação e diligência por parte do governo no sentido de resolver o problema da Frente Social, com isso infelizmente condicionaram-nos a ir à greve.” afirmou Yoio João Correia .
Yoio João Correia apelou a todos os profissionais de saúde e de educação a mobilizarem-se e colaborarem para defender a melhoria das condições de trabalho.
“Só vamos garantir os serviços mínimos no setor da saúde nos serviços de urgências e de emergência hospitalar,” insistiu.
A frente social exige entre outros pontos o pagamento de dívidas dos setores da educação e da saúde, a efetivação de pessoal da educação e saúde, a reafectação de horários retirados a alguns professores, o cumprimento da lei da carreira docente, a readmissão de pessoal de Saúde retirado do sistema, a requalificação e classificação dos funcionários dos dois setores.
Por: Carolina Djemé
Fotos: CD
NASA partilha vídeo de colisão entre satélite e asteroide... Foi em setembro que o DART colidiu com o Dimorphos.
Notícias ao Minuto 03/03/23
A NASA partilhou um vídeo que mostra a colisão planeada do satélite Double Asteroid Redirection Test (DART) com o asteroide Dimorphos, um projeto que teve como objetivo estudar um possível sistema de defesa contra asteroides.
O vídeo foi criado a partir de imagens paradas captadas pelo DART, mostrando a aproximação gradual do satélite ao corpo celeste. A primeira fotografia foi captadas a pouco mais de uma hora da colisão entre os dois objetos, que teve lugar setembro.
A missão foi considerada um sucesso pela NASA, que conseguiu verificar uma alteração ligeira da trajetória do asteroide em relação à que era a sua rota original.
Pode ver acima o vídeo partilhado agora pela NASA.
Leia Também: SpaceX envia astronautas para a Estação Espacial. Veja as imagens
Guerra? "Temos de admitir que podemos perder", confessa cineasta russo
© Getty Images
Notícias ao Minuto 03/03/23
O realizador apontou, também, não concordar com aqueles que consideram cegamente que a Rússia vencerá o conflito com a Ucrânia, uma vez que "não é correto" acreditar que as coisas "vão acontecer por elas próprias".
Karen Shakhnazarov, um conhecido cineasta russo, apontou, em declarações à televisão estatal daquele país, que a Rússia tem de admitir que poderá não sair vitoriosa na guerra com a Ucrânia.
Num vídeo partilhado por Francis Scarr, que monitoriza a televisão estatal russa para a BBC, Shakhnazarov admitiu que "é realmente uma situação que pode ter consequências muito sérias", complementando: "temos de admitir que podemos perder".
Confessou, também, não concordar com aqueles que consideram cegamente que a Rússia vencerá o conflito com a Ucrânia, uma vez que "não é correto" acreditar que as coisas "vão acontecer por elas próprias".
"Isso é fraqueza. Não é força, é fraqueza", reiterou.
Na sua ótica, é necessário "saber olhar a verdade nos olhos", o que passa por "encarar as forças e fraquezas".
"A nossa sociedade não está organizada para este tipo de guerra. Não está!", reiterou, apontando que se trata de "uma batalha com todo o Ocidente".
"Quem ganha? Disciplina e organização vencerão. […] isso não existe na nossa sociedade atualmente", atirou, apontando que a Rússia subestimou "a unidade do Ocidente".
Shakhnazarov foi mais longe, indicando que o Ocidente não se "desmoronará", ao contrário do discurso propagado na sociedade russa.
"Quando o Ocidente sentir que pode ganhar, vai tentar ganhar. E têm-no num nível inconsciente. Claro que temos de encarar [Volodymyr] Zelensky e a Ucrânia com seriedade. Ele é perigoso! Não é estúpido. É energético. Tem um grande papel nesta história. Não é só uma marioneta. Estamos a enganar-nos quando dizemos isso", lançou.
Shakhnazarov recordou que a sociedade russa parecia estável "três anos antes do fim da URSS" e, de um momento para o outro, verificou-se que, afinal, não o era.
"É uma situação perigosa, por isso, não podemos perder, em qualquer circunstância. Mas temos de nos organizar", rematou.
Por seu turno, Scarr comentou não ver "nada assim na televisão estatal russa desde a ofensiva ucraniana, no ano passado", na mesma publicação.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.101 civis desde o início da guerra e 13.479 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Deputado viu discurso de Putin com esparguete nas orelhas. Será julgado
quinta-feira, 2 de março de 2023
Oligarca diz que Rússia pode "ficar sem dinheiro" devido às sanções
© Getty Images
Notícias ao Minuto 02/03/23
O empresário Oleg Deripaska chegou a ser o homem mais rico e diz que país precisa de mais investimento estrangeiro.
O oligarca russo Oleg Deripaska alertou para o forte impacto económico das sanções aplicadas à Rússia, que diz estarem a ter um maior prejuízo do que o Kremlin tem afirmado, sugerindo a hipótese de que o país pode entrar na bancarrota já no próximo ano.
Numa conferência de investidores na região da Sibéria, o oligarca, ligado ao ramo da energia e da metalurgia, disse que a Rússia tem de garantir investimento de países "amigáveis" ao regime, sob pena de se ver em graves dificuldades económicas.
"Não haverá dinheiro já no próximo ano. Precisamos de investidores estrangeiros", disse Deripaska, citado pelo The Guardian.
O empresário, fundador da Rusal, o maior exportador de alumínio do mundo a seguir à China, chegou a ser o homem mais rico da Rússia mas, após o início da guerra e das sanções aplicadas pelo ocidente às suas empresas, Oleg Deripaska admitiu que os fundos do país estão a desvanecer. "É por isso que eles [o governo russo] já nos começaram a ajudar", apontou.
O oligarca reiterou que a pressão criada pelas sanções ocidentais é "séria", pelo que a Rússia terá de 'deixar' de ser um país europeu. "Pensava que éramos um país europeu. Agora, durante os próximos 25 anos, pensaremos melhor no nosso passado asiático", disse.
Os comentários de Oleg Deripaska surgem depois de entidades financeiras apontarem que o défice russo poderá subir para 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), bem acima dos números projetados pelo governo russo - que tem desvalorizado as sanções e Putin veio mesmo garantir que a economia russa está mais forte sem as exportações para os países europeus.
A agência europeia de rating Scope explicou que o país tem-se ressentido muito com as perdas nas exportações que costumava ter para a Europa ocidental, além da enorme despesa que o país está a ter para manter a sua indústria militar em pleno funcionamento, para corresponder às necessidades da invasão na Ucrânia.
Leia Também: UE aplica sanções a grupo Wagner por violar direitos humanos em África
Agenda Africana: França troca bases por parceria económica num continente não alinhado
Protesto junto à embaixada da França em Kinshasa contra a visita de Emmanuel Macron à República Democrática do Congo, 1 Março 2023
Por voaportugues.com 02/03/23
Análise à visita do Presidente Emmanuel Macron a quatro países africanos
WASHINGTON — O Presidente francês reconheceu que a política de Paris para África está ultrapassada e ao optar por visitar quatro países, dos quais dois não foram suas colónias, Angola e República Democrática do Congo, Emanuel Macron assume que é necessária uma nova parceria com os países africanos.
“O nosso modelo não deve ser mais bases militares como as que temos agora", afirmou Macron na terça-feira, 28, ao anunciar a sua "nova estratégia", que vai permitir que "amanhã, a nossa presença (militar) passará por bases, escolas, academias, que serão geridas conjuntamente” por quadros franceses e africanos.
Ele prometeu reduzir o número de tropas francesas na África sob uma "nova parceria de segurança" e implementar políticas económicas mais ambiciosas, porque, disse, "existe outro caminho”.
Fernando Fonseca, especialista em Relações Internacionais e pesquisador do INEP, Guiné-Bissau
Este outro caminho já é, em parte, trilhado particulamente na África Austral, onde a presença francesa é nome e sem o prejuízo de ter o cunho colonial.
O analista político angolano Cláudio Silva acentua o facto de a presença francesa em África ter duas percepções: uma nos países das antigas colónias, como no Sahel e da África Ocidental, de muita crítica, e outra por exemplo na África Austral, nomeadamente em Angola onde essa cooperaçao é bem-vinda.
Fernando Fonseca, investigador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas da Guiné-Bissau (INEP), é de opinião que Paris perdeu espaço e terreno e deve definitivamente optar por uma estratégia win-win com os países africanos, e não na posição de verticalidade como tem actuado, como se a África Ocidental fosse o "seu quintal".
Convidados da Agenda Africana, da VOA, para analisarem o objectivo e impacto da visita de Emanuel Macron ao Gabão, Angola, República Democrática do Congo e República do Congo, aqueles especialistas passam em revista o percurso de Paris no continente, abordam a estratégia anunciada pelo Presidente francês e opinam sobre o papel protagonista que a África deve desempenhar actualmente no mundo, facto que levou recentemente a vários países do continente dirigentes de peso dos Estados Unidos, China, Rússia e, agora, da França.
quarta-feira, 1 de março de 2023
Bola Tinubu declarado vencedor das eleições presidenciais da Nigéria
© REUTERS/Marvellous Durowaiye
POR LUSA 01/03/23
As autoridades eleitorais da Nigéria declararam hoje que o candidato do partido no poder, Bola Tinubu, é o vencedor das presidenciais no país, contestadas pelos principais elementos da oposição.
"Tinubu, Bola Ahmed, do APC [sigla em inglês do Congresso de Todos os Progressivos], tendo cumprido os requisitos da lei, é declarado vencedor", disse o presidente da Comissão Eleitoral Nacional Independente (INEC, na sigla em inglês), Mahmud Yakubu, ao anunciar os resultados, depois de os principais partidos da oposição terem apelado na terça-feira para que as eleições fossem canceladas e repetidas.
O anúncio deverá por isso ser contestado pelos líderes Atiku Abubakar, do Partido Democrático Popular (PDP) e Peter Obi, do Partido Trabalhista (LP, na sigla em inglês).
Abubakar também terminou em segundo lugar na última votação, em 2019, recorrendo na altura da decisão, mas sem sucesso.
Os dois líderes defenderam que os atrasos no apuramento dos resultados abriram espaço a irregularidades. Já o APC instou a oposição a aceitar a derrota e a não causar problemas.
Tinubu obteve 8,79 milhões de votos (37%), enquanto Abubakar ficou em segundo lugar, com 6,98 milhões de votos (29%), e Obi, na terceira posição, teve 6,1 milhões (25%), de acordo com os resultados anunciados em direto pela INEC na televisão.
O anúncio foi feito após as 04:00 da manhã, mas as comemorações tiveram logo início na terça-feira à noite, na secretaria nacional do partido no poder, onde apoiantes de Tinubu estavam reunidos.
O presidente eleito agradeceu aos apoiantes na capital, Abuja, logo após a vitória ter sido anunciada e dirigiu-se aos adversários de forma conciliatória: "Aproveito esta oportunidade para apelar aos meus colegas concorrentes para que nos deixem formar uma equipa", disse. "É a única nação que temos. É um país e temos de o construir juntos", acrescentou.
Os partidos têm agora três semanas para recorrer dos resultados, mas as eleições só podem ser invalidadas caso seja provado que o organismo eleitoral não cumpriu a lei e agiu de forma a comprometer o resultado.
O Supremo Tribunal da Nigéria nunca anulou umas eleições presidenciais, embora as contestações judiciais sejam bastante comuns.
Observadores apontaram que a eleição de sábado foi pacífica, embora atrasos tenham feito com que alguns eleitores tivessem de esperar até ao dia seguinte para votar.
Muitos nigerianos tiveram dificuldades em chegar ao local de voto, por causa de uma renovação das notas antigas de naira, moeda local, que resultou na escassez de notas bancárias.
Leia Também: ONU insta líderes da Nigéria a evitarem discursos de ódio e desinformação
Mundo "não está preparado" para enfrentar desastres naturais
© Reuters
POR LUSA 01/03/23
Um relatório do Conselho Científico Internacional (ISC), composto por organizações científicas, conclui como "muito improvável" o cumprimento dos objetivos traçados em 2015 para reduzir vítimas e danos de desastres climáticos, como terramotos, cheias ou tempestades, reforçados pelo aquecimento global.
No documento, publicado na terça-feira, os cientistas alertam para a insuficiente preparação, em todo o mundo, para enfrentar tais desastres, aos quais os governos reagem muitas vezes apenas só quando acontecem, pedindo os cientistas um repensar da gestão de riscos, e considerando que "é muito improvável" que os objetivos sejam alcançados.
Em 2015, a comunidade internacional adotou objetivos do Quadro de Sendai para prevenir novos e reduzir os riscos de desastres existentes, até 2030, através da implementação de medidas económicas, estruturais, legais, sociais, de saúde, culturais, educacionais, ambientais, tecnológicas, políticas e institucionais.
Desde 1990, mais de 10.700 desastres, entre terramotos, erupções vulcânicas, secas, inundações, temperaturas extremas, tempestades, afetaram mais de 6 mil milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados das Nações Unidas.
No topo da lista estão as cheias e tempestades, multiplicadas pelas alterações climáticas, que representam 42% do total.
Estes desastres "minam o progresso do desenvolvimento que tem sido difícil de alcançar em muitas regiões do mundo", sublinha o relatório.
Em comunicado, o presidente do ISC, o cientista biomédico Peter Gluckman, destaca que, "como a comunidade internacional se mobiliza rapidamente após desastres, como os terramotos na Turquia e na Síria, muito pouca atenção e investimento são direcionados ao planeamento e prevenção de longo prazo", seja no fortalecimento dos códigos de construção ou no estabelecimento de sistemas de alerta.
"Os múltiplos desafios dos últimos três anos destacaram a necessidade fundamental de uma melhor preparação para futuros desastres", acrescentou Mami Mizutori, representante especial das Nações Unidas para a Redução de Riscos.
"Precisamos fortalecer a infraestrutura, as comunidades e os ecossistemas agora, em vez de reconstruí-los mais tarde", acrescentou.
O relatório chama a atenção para um problema de alocação de recursos, mostrando que apenas 5,2% da ajuda aos países em desenvolvimento para desastres, entre 2011 e 2022, foi dedicada à redução de riscos, com o restante alocado para socorro e reconstrução pós-desastre.
O ISC apela ainda a sistemas de alerta precoce, salientando que o aviso de uma tempestade com 24 horas de antecedência pode reduzir os danos em 30%.
Um outro relatório, publicado no final de janeiro pela Assembleia Geral das Nações Unidas, destacava também que os países "não estavam no caminho certo" para atingir os objetivos de Sendai.
O número de pessoas afetadas todos os anos por desastres climáticos está aumentando, assim como os danos diretos, que atingem uma média de 330 mil milhões de dólares (310 mil milhões de euros) por ano entre 2015 e 2021.
Leia Também: À prova de desastres. A bolha que não permite qualquer dano num automóvel
terça-feira, 28 de fevereiro de 2023
Radio Voz Do Povo
Niamey acolhe a reunião deslocalizada da CEDEAO dedicada ao tema "as telecomunicações como instrumento de integração económica dos países membros".
Sob a organização da Comissão mista da instância comunitária, os parlamentares de CEDEAO e especialistas estão reunidas para a busca de soluções a questão do roaming telefónico na sub-região, um serviço considerado bastante caro na sub-região.
A cerimônia de abertura ocorreu na presença do Presidente do Parlamento do Niger que durante esta reunião deslocalizada prova que os estados membros estão progressivamente a um passo de conseguir as promessas dos fundadores de CEDEAO de fazer da subregião um espaço comunitário unido para a grande felicidade e coragem das populações.
Semi Oumarou reconhece no seu discurso que desde a criação em 1975 da CEDEAO muitos avanços em matéria da telecomunicações foram registados no âmbito das respostas aos desafios económicos, políticos e sociais tendo lembrado que as telecomunicações são vital para o Níger como sendo país mais vasto da comunidade.
Por isso, no entender do Presidente da Assembleia do Níger no interior dos países , o sistema deve poder permitir a todos utilizadores ter acesso a qualquer lugar a qualquer rede.
O Presidente da COMISSÃO DE CEDEAO, esteve ausente na cerimónia devido as eleições na Nigeria e foi representado pelo Comissário para Energia e Minas reafirmou na altura o engajamento da sua instituição em prosseguir com a sua contribuição no sector como elemento catalisador econômico da região oeste africana.
Falando sobre a pertinência económica do sector das telecomunicações para sub região, o Presidente do Parlamento de CEDEAO, Sidie Mohammed Tunis disse que o sector contribuiu em 2021 com 8 porcento do PIB tendo conseguido mais de 142 bilhões com emprego de 200.000 indivíduos e, espera- que este ano o número aumentará paral 800.O00 pessoas.
Contudo, mais adiante o líder do Parlamento lamenta o problema da conectividade como um elemento neste momento desencorajante sobretudo devido o elevado custo dos serviços criando enormes dificuldades aos utilizadores.
Os trabalhos da reunião deslocalizada de Niamey terminam no sábado com importantes recomendações.
Mamadu Cande
Jornalista TGB