Por Sicnoticias
Uma investigação, que contou com participação portuguesa, revela o 'segredo' da longevidade feminina. Por outro lado, conclui que acontece o contrário nas aves: os machos vivem mais tempo do que as fêmeas.
Por que razão vivem, em média, mais as mulheres do que os homens? Um estudo internacional com participação portuguesa avança para algumas explicações, desde a própria genética até à poligamia ou aos cuidados parentais.
Nas cartas que a vida dá, há a perceção de que o trunfo da longevidade pertence às mulheres. E esta é, sobretudo, uma cartada genética preponderante em toda a classe dos mamíferos.
"Continuamos a ver que as mulheres vivem mais do que os homens, em quase todos os países e em todos os períodos históricos e agora conseguimos ver que também é verdade noutras espécies. Os padrões mantêm-se, em que as fêmeas vivem mais tempo nos mamíferos e os machos vivem mais nas aves", afirma Rita Silva, investigadora da Universidade do Porto.
Nas aves é ao contrário: os machos ganham terreno em relação às fêmeas. Tem a ver com os cromossomas sexuais e também com a estratégia de reprodução, ou seja, com o facto de muitas serem monogâmicas.
"Em aves em que muitas espécies vivem com o mesmo parceiro sexual a vida inteira parece que não existe tanto uma diferença entre anos de vida e aqui dá uma vantagem aos machos", acrescenta a investigadora.
O estudo internacional revelou que, em 72% das espécies de mamíferos, as fêmeas viveram em média mais 12 % do tempo do que o outro sexo. E que em 68 % das aves os machos vivem em média mais 5% do tempo do que as fêmeas.
A equipa de investigação liderada pelo instituto Alemão Max Plank e na qual o Cibio-Biopolis participou analisou registos de 1.176 espécies de mamíferos e aves durante mais de cinco anos. Considerou ainda que é bem provável que esta tendência se mantenha no futuro.
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