Bissau, 20 Mai 19 (ANG) – As duas maiores centrais sindicais do país nomeadamente a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB),observam terça-feira a terceira vaga de greve na Função Pública ,exigindo entre outras o pagamento de salários e aumento do salário mínimo de 50.000 para 100.000fcfa.
Em declarações à imprensa hoje o Secretário-geral da UNTG disse que a greve decretada devido a inercia do governo, vai decorrer de 21 a 23 do corrente, se não forem satisfeitas as reinvidicações um novo pré-aviso de greve será entregue ao governo.
Júlio Mendonça frisou que já se chegou a um consenso e que a greve de terça-feira é para valer, salientando que todos os sindicatos afiliados na sua organização vão aderir a paralisação, frisando que os serviços mínimos vão ser observados nas instituições mais complexos casos do Hospital Simão Mendes.
“ A Empresa da Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), pode ter o serviço mínimo, mas não vai ser da forma como se fez noutras paralisações, uma vez que os serviços mínimos serão nos hospitais e não nas casas dos governantes “,disse.
Mendonça disse que qualquer luta tem as suas consequências, salientando contudo que o que interessa é atingir o objectivo que passa pela mudança da maneira de governar a Guiné-Bissau.
Disse que os políticos que não estão preparados para isso devem ficar sentados em suas casas.
O sindicalista disse ainda que o país não merece os governantes como os que tem actualmente, salientando que por isso, vão continuar a luta e apela o Instituto de Segurança Social para não dar emprestado o dinheiro ao governo,
“uma vez que o Estado guineense não tem nenhum tostão naquela entidade”.
“Já o fizeram nos governos anteriores mas não liquidaram as dívidas. Por isso não o podem fazer de novo. Se conseguiram levar à falência a maioria das empresas públicas que era rentável, o Instituto Nacional da Segurança Social não terá a mesma sorte porque o dinheiro que gere pertence aos empregadores e trabalhadores “,frisou.
Mendonça confirmou que a luta da sua organização não será feita só para fazer, mas sim para atingir os objectivos mesmo que para isso haja greve de cinco, seis ou mais anos.
No Caderno Reivindicativo entregue ao Governo constam ainda as exigências, de implementação do decreto de 19 de Outubro de 2012, referente a Avaliação de Desempenho na Administração Pública e do Pessoal Dirigente e a conclusão do processo sobre a aprovação do novo Código de Trabalho na Guiné-Bissau.
ANG/MSC/ÂC//SG
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