sábado, 22 de setembro de 2018

PRS EXIGE APRESENTAÇÃO DE UM NOVO CRONOGRAMA DE CONSENSO PARA ELEIÇÕES LEGISLATIVAS

O Partido da Renovação Social (PRS), instou o executivo da Guiné-Bissau que é urgente a apresentação de um novo “Cronograma de Consenso”, para a credibilidade de todo processo eleitoral, conforme assumiu o primeiro-ministro, Aristides Gomes logo após a chegada dos kits.


O apelo do partido liderado por Alberto Nambeia consta no comunicado a imprensa tornado público esta sexta-feira (21.09.2018), numa conferência de imprensa, num dos hotéis da capital Bissau, que foi lido na voz do Vítor Perreira Porta-voz dos renovadores, na qual refere que será necessário uma “Cartografia Fiável” e a instalação urgente das comissões regionais de eleições.

PRS, apelou ainda o governo guineense, a recentrar os seus esforços no sentido de junto de todos partidos políticos candidatos as próximas eleições, incluindo a sociedade civil, buscar os consensos necessários para a realização dos atos preparatórios para sufrágio previstas para Novembro, sublinhou Vítor Pereira.

“A não observância destas iniciativas, que julgamos sérias e responsáveis para o bom desenrolar e a credibilidade do processo preparatório das eleições, impele o partido a pugnar junto a instância do Presidente da Republica para que medidas corretivas sejam encontradas, a fim de preservar a finalidade para que este executivo foi criado, que é fazer eleições legislativas na data de 18 de novembro de 2018”, explicou lido na voz de Pereira.

O partido fundado pelo antigo Chefe de Estado, Kumba Yalá pretende também realça uma questão de grande importância que não está a ser observada, e que diz respeito ao prazo de 30 dias previsto na lei para a campanha de sensibilização nos órgãos de comunicação social e o respetivo contencioso, e que devem ser anteriores ao ato de recenseamento eleitoral.

Perante o cenário, Vítor Pereira chama atenção do povo guineense, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a toda Comunidade Internacional, para a excessiva politização do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral – GTAPE, órgão responsável para fazer recenseamento eleitoral.

PRS, denunciou ainda a existência de despachos do primeiro-ministro, em que institui 2 organismos estranhos ao processo eleitoral, a “Comissão Técnica de Apoio ao Recenseamento Eleitoral” e a “Comissão Interministerial de Coordenação do Recenseamento Eleitoral”. Para o partido a ilegalidade destes dois organismos verifica-se quanto aos seus fins e quanto a sua composição, porque maioritariamente integrada por quadros do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

De referir esta quinta-feira, Braima Camará, líder do Madem (Movimento da Alternância Democrática, disse que o primeiro-ministro está a “forjar a realizações de eleições da forma como o tem feito” para “tirar dividendos políticos”.

O líder da APU-PDGB (Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau), observou que Aristides Gomes quer realizar eleições à pressa no dia 18 de novembro, mesmo sabendo que tal não será possível.

O recenseamento eleitoral para as eleições legislativas, que a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental) quer que sejam realizadas “sem falta no dia 18 de novembro”, começou esta quinta-feira (20.09).

Os primeiros guineenses a fazer o recenseamento foram o Presidente da Republica, José Mário Vaz, e o primeiro-ministro, Aristides Gomes.

Por: Alison Cabral

Fonte: Lusa

RJ

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