domingo, 7 de setembro de 2025

Eclipse total da Lua pinta céu de vermelho. Veja tudo aqui... Eclipse total da Lua vai pintar, este domingo, o céu de vermelho em várias zonas do planeta. Acompanhe aqui.

Por noticiasaominuto.com

Mesmo que já possa estar a pensar em preparar a semana que está prestes a começar, saiba que este domingo, dia 7 de setembro, pode aproveitar para admirar um eclipse total da Lua.

Infelizmente, em Portugal não é possível observar o fenómeno na totalidade dado que, no nosso país, a Lua já nascerá com o eclipse a decorrer. Assim sendo, poderá ver a Lua já parcial obscurecida por volta das 20h00.

Pode, contudo, acompanhar o fenómeno em direto, uma vez que há várias transmissões em curso, tal como aquela que está disponível na ligação abaixo. 

Caso queira tentar olhar para o céu, naturalmente, recomenda-se que tenha uma visão desimpedida para a Lua e até poderá recorrer a uma câmara fotográfica para conseguir observar o fenómeno, dado que conseguirá desta forma captar mais luz do que seria possível com o olho humano.

Serve recordar que os eclipses lunares costumam acontecer quando a Terra passa entre o Sol e a Lua, o que faz com que o nosso satélite natural fique com uma tonalidade avermelhada. Este fenómeno faz com que, neste estado, a Lua seja também conhecida como ‘Lua de Sangue’.

Guiné-Conacri: Suspensa página de notícias e banida estação de televisão... A Alta Autoridade para a Comunicação da Guiné-Conacri suspendeu um meio de notícias digital e baniu uma estação de televisão dum grupo privado, acusando-as de parcialidade na campanha para o referendo constitucional e atividade ilegal.

Por LUSA 

De acordo com um comunicado da entidade reguladora da comunicação social, divulgado na noite de sábado e citado pela agência de notícias AFP, a página de notícias guineematin.com foi suspensa "até novo aviso" por "não respeitar os princípios de igualdade, neutralidade e equilíbrio em assuntos atuais durante a campanha do referendo".

Já a televisão digital guineematintv foi banida por "atividade ilegal e não conforme".

O regulador não especificou os factos atribuídos aos dois órgãos que justificariam a decisão tomada.

O movimento de cidadãos Fórum das Forças Sociais da Guiné-Conacri denunciou as "medidas repressivas", num comunicado enviado hoje à AFP.

Já no dia 01 de setembro, a alta autoridade suspendera por três meses a página de notícias privada Guinee360.com, "por incompetência profissional e manipulação de informações".

A junta militar no poder é acusada de restringir a liberdade de imprensa, bloqueando ou suspendendo órgãos de comunicação e prendendo vários jornalistas. Um deles, Habib Marouane Camara, que administra a página Lerevelateur224, está desaparecido desde dezembro.

A Guiné-Conacri agendou para dia 21 deste mês um referendo à Constituição, convocado pelo general Mamadi Doumbouya para, segundo ele, abrir caminho ao retorno à ordem constitucional.

Porém, a oposição acusa o líder da junta militar no poder de querer usar o referendo para tomar o poder.

O general Doumbouya assumiu o poder em setembro de 2021 após derrubar o presidente civil eleito Alpha Condé, que estava no poder há mais de dez anos.

O projeto de Constituição submetido a referendo, tornado público no final de junho, não declara explicitamente se o general Doumbouya poderá ou não concorrer às próximas eleições presidenciais.

A adoção da nova Constituição poderá remover a barreira que consta da "carta de transição" estabelecida pela junta após o golpe de estado, que proíbe qualquer membro da junta, do governo ou das instituições de transição de concorrer às eleições.

O Chefe da Nação guineense, General Umaro Sissoco Embaló, encontra-se este domingo em Dakar numa visita relâmpago ao seu Primeiro-Ministro, Sua Excelência Braima Camará, Chefe do Governo da República da Guiné-Bissau, atualmente hospitalizado no Hospital Principal de Dakar.

Este gesto demonstra, de forma inequívoca, a grande confiança e solidariedade do Presidente Umaro Sissoco Embaló para com o seu Primeiro-Ministro.


Por  Abel Djassi  / Abel Djassi Primeiro    0709/2025

Mais uma vez, os ativistas do PAIGC disparam contra si próprios: o tiro saiu-lhes pela culatra!

Por Abel Djassi Primeiro  07/09/2025

A verdade histórica é cristalina: em 2017, o Presidente da República era José Mário Vaz e o Primeiro-Ministro era precisamente o atual Chefe de Estado, General Umaro Sissoco Embaló. Nesse contexto, nem Domingos Simões Pereira, nem Géraldo Joao Martins, muito menos Aristides Gomes, o homem que tentou submeter a Guiné-Bissau à lógica de um narco-Estado, tinham qualquer vínculo com o arranque da OMVG.

O próprio José Mário Vaz, cedo, denunciou a podridão instalada no seio do PAIGC e a corrupção arquitetada pelo seu líder. Por isso, quando afirmo que a OMVG nada deve ao DSP, nem à sua quadrilha, estou a sustentar-me em factos e não em boatos.

A história fala por si, e a história não mente: quem mente são os desesperados que ainda tentam, em vão, falsificar a memória do povo. 


"Troçar da diplomacia". Europa condena ataque que atingiu governo em Kyiv... O ataque realizado pela Rússia a Kyiv, o maior com drones desde o início da guerra e que atingiu a sede do Governo ucraniano, foi hoje condenado por vários líderes europeus, que defenderam mais sanções a Moscovo.

© Getty Images    Lusa   07/09/2025

Numa mensagem publicada nas redes sociais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a Rússia "está a troçar da diplomacia, a atropelar o direito internacional e a matar indiscriminadamente", garantindo que a Europa vai continuar a apoiar a Ucrânia.

"A matança tem de acabar", disse na sua mensagem, na qual adianta que a Europa continuará a "fortalecer as forças armadas ucranianas, criando garantias de segurança duradouras e endurecendo as sanções para aumentar a pressão sobre a Rússia".

Também o presidente do Conselho Europeu condenou "a versão de paz de [do Presidente russo, Vladimir] Putin", que, segundo António Costa, consiste em "falar de paz enquanto os bombardeamentos se intensificam e são atacados edifícios governamentais e casas civis".

"Temos de manter o rumo: reforçar as defesas da Ucrânia e aumentar a pressão sobre a Rússia através de sanções adicionais, em estreita coordenação com os nossos aliados e parceiros", acrescentou.

Uma delegação da União Europeia (UE) viajou na sexta-feira para os Estados Unidos para negociar com a administração Trump possíveis novas sanções coordenadas contra a Rússia, referiu António Costa, numa altura em que os europeus já preparam o seu 19.º pacote de sanções contra o Kremlin.

Para o Presidente francês, Emmanuel Macron, a Rússia está "a enraizar cada vez mais a lógica da guerra e do terror" e a "atacar indiscriminadamente, incluindo áreas residenciais e a sede do Governo".

Perante estes ataques sem precedentes, Macron sublinhou, numa mensagem divulgada através das redes sociais, a determinação dos aliados da Ucrânia em continuar a "fazer tudo o que é possível para garantir que prevaleça uma paz justa e duradoura".

Liderada pela França, a Coligação de Voluntários - que reúne 35 países, incluindo Portugal, dispostos a apoiar militarmente a Ucrânia e enviar soldados europeus para território ucraniano como parte de um futuro acordo de paz com a Rússia - reuniu-se na quinta-feira passada, em Paris, onde reiterou a garantia de segurança à Ucrânia em caso de cessar-fogo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot, também condenou os ataques e apelou a uma resposta à escalada do conflito pela Rússia, alegando que "só a pressão e a unidade podem aproximar esta guerra do fim".

A Rússia lançou esta manhã o maior ataque com drones e também mísseis contra a Ucrânia, nomeadamente contra Kyiv, onde atingiu, pela primeira vez, o edifício sede do Governo.

De acordo com os serviços de emergência e as autoridades locais, pelo menos cinco pessoas morreram na sequência deste ataque.

Um dos principais alvos do ataque noturno russo foi Kyiv, mas a Rússia também bombardeou Odessa (sul), Zaporijia (sul), Kremenchuk (centro), Kryvyi Rih (leste) e Dnipropetrovsk (leste).

A primeira-ministra ucraniana, Yulia Sviridenko, instou os governos a "aumentarem a pressão das sanções, especialmente contra o petróleo e o gás russos".

Ucrânia: "Edifício governamental" em Kyiv "foi danificado". "Ataque inimigo"... O ataque realizado hoje pela Rússia à capital da Ucrânia, que implicou 805 drones e mísseis, foi a maior investida do género desde o início da guerra, matando pelo menos duas pessoas, avançaram as autoridades ucranianas.

© Getty Images  Por LUSA  07/09/2025

O ataque "foi o maior ataque russo com drones desde o início" da invasão em larga escala da Ucrânia, afirmou o porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, Yuriy Ihnat, em declarações à agência de notícias norte-americana Associated Press. 

Segundo a Força Aérea, a Ucrânia conseguiu abater e neutralizar 747 drones e quatro mísseis, mas houve nove impactos de mísseis e 56 ataques com drones em 37 locais de todo o país, tendo os detritos das armas caído em oito áreas.

Os jornalistas da Associated Press presentes em Kyiv relataram ter visto uma coluna de fumo a subir do telhado do edifício do conselho de ministros de Kyiv, mas não é ainda claro se o fumo foi o resultado de um impacto direto ou de destroços, o que marcaria uma escalada na campanha aérea russa.

Até agora, a Rússia evitou sempre atingir edifícios governamentais no centro da cidade.

O edifício alberga os gabinetes dos ministros ucranianos, pelo que a polícia bloqueou o acesso aos arredores enquanto os camiões de bombeiros e ambulâncias chegavam.

As autoridades ucranianas disseram que duas pessoas morreram e pelo menos 17 ficaram feridas no ataque.

"Pela primeira vez, um edifício governamental foi danificado por um ataque inimigo, incluindo o telhado e os andares superiores", disse a primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, adiantando que o edifício "será restaurado, mas as vidas perdidas não podem ser recuperadas".

"O mundo deve responder a esta destruição não apenas com palavras, mas com ações. É necessário aumentar a pressão das sanções - principalmente contra o petróleo e o gás russos", defendeu.

As duas pessoas mortas eram uma mãe e o seu filho de 3 meses, cujos corpos foram retirados dos escombros pelas equipas de resgate, anunciou o chefe da administração municipal de Kyiv, Tymur Tkachenko, acrescentando que pelo menos 10 locais em Kyiv foram danificados no ataque.

Este ataque de grandes dimensões foi o segundo com drones e mísseis russos a atingir Kyiv num período de duas semanas, numa altura em que as esperanças de conversações de paz diminuem a cada dia.

O ataque aconteceu depois de os líderes europeus terem pressionado o Presidente russo, Vladimir Putin, para negociar o fim da guerra, com 26 aliados da Ucrânia a prometerem enviar tropas como "força de segurança" para o país invadido assim que os combates terminarem.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Apesar de já terem decorrido mais de três anos desde o início da invasão russa da Ucrânia e da pressão feita pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, para aproximar as partes, as propostas para um acordo de paz entre Moscovo e Kyiv têm fracassado.

O líder russo, Vladimir Putin, exige que a Ucrânia ceda territórios e renuncie ao apoio ocidental e à adesão à NATO, condições que Kyiv considera inaceitáveis, reivindicando, pelo seu lado, um cessar-fogo imediato como ponto de partida para um acordo de paz, a ser salvaguardado por garantias de segurança.


Internet interrompida na Ásia e Médio Oriente devido a cortes de cabos... Cortes em cabos submarinos no mar Vermelho interromperam hoje o acesso à Internet em partes da Ásia e do Médio Oriente, disseram especialistas, embora não haja ainda indicações sobre o que causou o incidente.

© ShutterStock   Lusa  07/09/2025

A Microsoft anunciou que o Médio Oriente "pode apresentar um aumento de latência devido aos cortes de fibra submarina no Mar Vermelho". 

A tecnológica norte-americana não revelou mais detalhes, embora tenha afirmado que o tráfego de Internet que não passa pelo Médio Oriente "não está a ser afetado".

A NetBlocks, que analisa o acesso à Internet, afirmou que "uma série de interrupções nos cabos submarinos no mar Vermelho degradou a conectividade à internet em vários países", incluindo a Índia e o Paquistão.

A empresa culpou "falhas que afetaram os sistemas de cabos SMW4 e IMEWE perto de Jidá, na Arábia Saudita".

O cabo 4 Sudeste Asiático-Médio Oriente-Europa Ocidental (SMW4) é operado pela Tata Communications, que faz parte de um conglomerado indiano, enquanto o cabo Índia-Médio Oriente-Europa Ocidental (IMEWE) é operado por outro consórcio liderado pela multinacional francesa Alcatel-Lucent.

Nos Emirados Árabes Unidos, os utilizadores de Internet das redes estatais Du e Etisalat queixaram-se de velocidades de acesso mais lentas.

O corte de linhas acontece numa altura em que os rebeldes Huthis do Iémen têm trocado uma série de ataques contra Israel, em consequência da ofensiva israelita contra o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Israel respondeu com ataques aéreos, incluindo um que matou os principais líderes do movimento rebelde.

No início de 2024, o governo internacionalmente reconhecido no exílio do Iémen alegou que os Huthis planeavam atacar cabos submarinos no Mar Vermelho. Vários foram cortados, mas os rebeldes negaram a responsabilidade.

Este manhã, o canal de notícias por satélite al-Masirah, detido pelos Huthis, reconheceu que os cortes tinham ocorrido, mas não fez qualquer comentário sobre a razão do incidente.

Entre novembro de 2023 e dezembro de 2024, os rebeldes visaram mais de 100 navios com mísseis e drones, causando o naufrágio de quatro embarcações e a morte de pelo menos oito marinheiros.

Os Huthis, apoiados pelo Irão, interromperam os ataques durante um breve cessar-fogo.

Mais tarde, tornaram-se alvo de uma campanha de ataques aéreos dos Estados Unidos (EUA), durante semanas, antes de estes declararem um cessar-fogo unilateral.

Os Huthis afundaram dois navios em julho, matando pelo menos quatro pessoas a bordo, e acredita-se que outras embarcações estejam na posse dos rebeldes.

Os novos ataques dos rebeldes aconteceram com um possível cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas ainda em aberto.

Também as negociações sobre o programa nuclear do Irão estão em causa, depois de Israel ter atacado a República Islâmica, uma ofensiva na qual os EUA bombardearam instalações atómicas iranianas.


Leia Também: Cientistas criam método para transformar resíduos plásticos em gasolina

Cientistas da China e dos EUA desenvolveram um método eficiente e simplificado para transformar resíduos plásticos em gasolina, uma alternativa mais sustentável e que requer menos energia do que os métodos convencionais.


Nigéria: Oito paramilitares mortos e cinco chineses raptados em ataque na Nigéria... Pelo menos, oito membros de um grupo paramilitar foram mortos e cinco cidadãos chineses foram raptados num ataque levado a cabo por homens armados a uma fábrica de cimento localizada no sul da Nigéria.

© Lusa   07/09/2025

De acordo com o comandante do Corpo de Segurança e Defesa Civil da Nigéria (NSCDC, na sigla em inglês), Agun Gbenga, o ataque ocorreu na sexta-feira à noite no estado de Edo. 

Na altura em que o grupo escoltava cinco cidadãos chineses em patrulha de rotina para entrar na fábrica de cimento, um grupo abriu fogo sobre os paramilitares, matando oito e ferindo outros quatro.

Os expatriados chineses foram raptados, quatro dos quais foram mais tarde resgatados, acrescentou Gbenga, num comunicado divulgado pela edição online do jornal nigeriano Punch.

O líder do NSCDC deslocou-se ao local para iniciar uma investigação ao ataque e visitou os feridos no hospital.

O ataque aconteceu na mesma altura em que, no nordeste da Nigéria, um ataque atribuído a fundamentalistas islâmicos causou pelo menos 55 mortos.

Um oficial de segurança e um funcionário de uma organização não-governamental disseram hoje à agência de notícias francesa France-Presse (AFP), o ataque ocorreu na cidade de Darul Jama, que abriga uma base militar, na fronteira entre Nigéria e Camarões.

O comandante de uma milícia pró-governo, Babagana Ibrahim, disse que há seis soldados entre os mortos.

Segundo ele, 55 pessoas foram mortas, mas um funcionário de uma organização não-governamental, que não quis ser identificado, colocou o número de vítimas em 64.

Testemunhas disseram que o ataque começou à noite, os agressores chegaram em motocicletas, dispararam armas e incendiaram casas.

"Eles vieram aos gritos e atirando contra tudo que se mexia", contou Malam Bukar, que fugiu para o campo com a mulher e os filhos.

"Quando voltámos, havia corpos por toda parte", acrescentou.

Muitas das vítimas eram famílias que chegaram recentemente de um campo para deslocados em Bama, que as autoridades nigerianas fecharam este ano.

A área atacada está sob controlo do comandante do grupo Boko Haram, Ali Ngulde, que uma fonte de segurança identificou à AFP como líder do ataque.

A Nigéria luta há 20 anos contra fundamentalistas islâmicas no nordeste do país.

O nordeste da Nigéria sofre ataques do Boko Haram desde 2009, que se intensificaram a partir de 2016, com o surgimento do grupo dissidente Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP), sobretudo em áreas rurais do nordeste.

O Boko Haram e o ISWAP já mataram mais de 35 mil pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos, como Camarões, Chade e Níger, de acordo com dados do Governo e das Nações Unidas.

Os dois grupos procuram impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.


Leia Também: Líder do Senegal anuncia remodelação do Governo com três novos ministros 

Líder do Senegal anuncia remodelação do Governo com três novos ministros... O Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, formou um novo Governo, com a saída dos ministros da Justiça e do Interior e a nomeação de um novo chefe da diplomacia.

© Lusa   07/09/2025

De acordo com um decreto lido na televisão pública senegalesa, no sábado à noite, o diplomata Cheikh Niang, antigo embaixador do país junto das Nações Unidas, é o novo ministro dos Negócios Estrangeiros.

Niang substitui Yassine Fall, nomeada ministra da Justiça em substituição do magistrado Ousmane Diagne, que chefiava o departamento desde a formação do anterior governo, em abril de 2024.

O novo ministro do Interior é Mouhamadou Bamba Cissé, advogado do primeiro-ministro Ousmane Sonko.

"Este não será um governo de relaxamento, mas sim um governo de compromisso e de combate. Seremos intransigentes e muito exigentes. [Teremos de] trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, dada a situação que herdámos", declarou Ousmane Sonko.

O primeiro-ministro referia-se ao que considera ser o legado da administração do ex-presidente Macky Sall (2012-2024).

O Senegal mergulhou numa crise financeira depois de uma auditoria pública ter revelado que o Governo de Sall tinha subestimado o défice orçamental e os montantes de dívida pública por pagar.

Por outro lado, Ousmane Sonko explicou a mudança no Ministério da Justiça pelo desejo de que este "se reconciliasse com os senegaleses e recuperasse a [sua] confiança".

O primeiro-ministro e setores do partido no poder criticaram recentemente a demora nas investigações judiciais sobre a anterior administração e sobre a vaga de violência que fez dezenas de mortos entre 2021 e 2024.

Sonko foi reconduzido no cargo pelo Presidente Faye, que assumiu o cargo em abril de 2024.

A nova equipa está a ser formada numa altura em que o Senegal - país africano que faz fronteira com a Guiné-Bissau - enfrenta um défice orçamental de 14% e uma dívida pública pendente que representa 119% do Produto Interno Bruto.

A taxa de desemprego está estimada em 20%, enquanto a pobreza atinge 35,7% da população, de acordo com dados oficiais.

No início de agosto, Sonko revelou um "plano de recuperação económica e social" destinado a ser financiado em 90% por recursos domésticos para reforçar a soberania do país, que está actualmente em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para novos apoios financeiros.

A 27 de agosto, o FMI considerou que o Senegal foi resiliente face aos "grandes erros de contabilização da dívida" e elogiou as autoridades senegalesas "pelo seu compromisso com a transparência e a responsabilização fiscal".

Após a divulgação dos resultados da auditoria à administração Sall, o FMI congelou os desembolsos de um empréstimo ao Senegal e as agências de notação financeira desceram o rating do país, impedindo, na prática, o acesso aos mercados financeiros internacionais.


sábado, 6 de setembro de 2025

Hamas acusa Israel de querer "destruir completamente" cidade de Gaza... O grupo islamita palestiniano Hamas denunciou hoje que Israel pretende "destruir completamente" a cidade de Gaza, referindo-se aos últimos bombardeamentos lançados contra pelo menos dois edifícios altos que ficaram destruídos.

Por LUSA 

"Advertimos que a continuação destes crimes tem como objetivo destruir completamente a cidade de Gaza e impor o deslocamento forçado generalizado dos seus residentes, o que constitui um crime sem precedentes na história moderna", alerta o grupo islamita considerado terrorista pelos Estados Unidos e União Europeia num comunicado.

O exército israelita justificou estes ataques afirmando ter encontrado "infraestruturas terroristas" nestes edifícios, e advertiu que continuará a fazê-lo "nos próximos dias", se o grupo palestiniano não se desarmar e entregar os reféns que ainda mantém em cativeiro.

O Hamas refuta a tese de Israel e considera que "atacar torres residenciais cheias de deslocados" lhe "serve de cobertura" para continuar a perpetrar "crimes de guerra em toda a regra que constituem um genocídio".

"A ONU e o seu Conselho de Segurança devem quebrar o silêncio e agir imediatamente para deter o brutal ataque sionista que visa destruir a cidade de Gaza e deslocar a sua população, e para enfrentar as violações sem precedentes e contínuas" na Faixa de Gaza", apela o Hamas no mesmo texto.

A guerra em curso em Gaza foi iniciada quando o Hamas atacou o solo israelita, a 07 de outubro de 2023, provocando 1.200 mortos e fazendo 251 reféns.

Destes, 48 permanecem no enclave palestiniano, dos quais mais de metade estarão mortos, admitem as autoridades israelitas.

A retaliação de Israel já fez mais de 64 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.

As Nações Unidas declararam no passado mês de agosto uma situação de fome em algumas zonas do enclave.


Leia Também: Egito condena intenção de Israel de transferir palestinianos por Rafah

O ministro das Relações Exteriores egípcio condenou hoje a intenção de Israel de transferir moradores da Faixa de Gaza para o Egito através de Rafah depois do primeiro-ministro israelita ter acusado as autoridades egípcias de aprisionar a população palestiniana.


11 de setembro de 2025 - Inauguração da exposição “Laboratório do Atlântico - Arte Contemporânea de São Tomé e Príncipe” na UCCLA

Inauguração da exposição “Laboratório do Atlântico - Arte Contemporânea de São Tomé e Príncipe” na UCCLA

Vai ter lugar no dia 11 de setembro, às 17h30, a inauguração da exposição “Laboratório do Atlântico - Arte Contemporânea de São Tomé e Príncipe” na galeria de exposições da UCCLA.

Para assinalar o momento, decorrerá uma palestra no auditório, que contará com a intervenção de Esterline Gonçalves Género (Embaixador de São Tomé e Príncipe em Portugal e embaixador permanente junto da CPLP), Luís Álvaro Campos Ferreira (Secretário-Geral da UCCLA), Isabel Castro Henriques (historiadora) e João Carlos Silva (curador e presidente da Roça Mundo).

A proposta curatorial - por João Carlos Silva e Ricardo Barbosa Vicente - pretende revelar a riqueza e a complexidade da produção artística ligada ao arquipélago, destacando São Tomé e Príncipe como um autêntico entreposto de artes e um laboratório de criação artística. 

O território tem sido, ao longo dos tempos, um ponto de confluência de culturas, onde influências diversas se cruzam, se reinventam e se traduzem em expressões visuais únicas. Assim, a exposição não se limitará à obra de artistas santomenses, mas incluirá também aqueles que, ao passarem por São Tomé e Príncipe, incorporam a fusão cultural e contribuem para a contínua construção da sua identidade criativa.

A mostra pretende estabelecer um diálogo profundo entre passado, presente e futuro, celebrando a herança histórica e cultural do país enquanto projeta novas perspetivas e narrativas. A seleção de artistas procura evidenciar a diversidade de linguagens e abordagens artísticas que vão da pintura à fotografia, do vídeo à instalação, permitindo ao público uma experiência sensorial e imersiva.

A exposição reunirá obras dos seguintes artistas: Adilson Castro, Amadeo Carvalho, Conceição Lima, Daniel Blaufuks, Dário Pequeno Paraíso, Eduardo Malé, Emerson Quinda, Geane Castro, Inês Gonçalves, Ismael Sequeira, Ivanick Lopandza, Janik Santos, José Chambel, Kwame Sousa, Mafalda Santos, Mariana Maia Rocha, Marilene Mandinga, Miguel Ribeiro, Nuno Prazeres, Olavo Amado, Preta (Roxana Perreira), René Tavares, Valdemar Dória e Yuran Henrique. 

Este tecido artístico, composto por criadores locais e internacionais inspirados pela cultura santomense, traduz a multiplicidade de perspetivas que orbitam em torno do arquipélago e da sua diáspora.

As técnicas utilizadas nesta mostra são: desenho, fotografia, instalação, instalação sonora, pintura e vídeo-instalação.

A entrada é livre.

A exposição poderá ser visitada até ao dia 11 de dezembro de 2025, de segunda a sexta-feira, das 10 às 13 horas e das 14 às 18 horas.

Parceiros da exposição “Laboratório do Atlântico - Arte Contemporânea de São Tomé e Príncipe”:

Organização: UCCLA e Camões I.P.;

Parceiros: Roça Mundo, Embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal, Câmara Municipal de Lisboa, Comemorações Oficiais dos 50 anos da Independência de São Tomé e Príncipe e governo santomense; 

Apoio: DGArtes, Fundação Calouste Gulbenkian, Câmara Municipal de Loulé, Câmara Municipal do Porto, Atelie M, Coletivo Multimédia Perve, Galeria Vera Cortês, Innovarisk, Mén Non, MOVART e This is Not a White Cube; 

Media Partner: RTP, jornal Téla Nón e CST.

Com os melhores cumprimentos,

Anabela Carvalho

Assessora de Comunicação | anabela.carvalho@uccla.pt

Avenida da Índia n.º 110, 1300-300 Lisboa, Portugal | Tel. +351 218 172 950 | 

uccla@uccla.pt | www.uccla.pt Facebook Linkedin | Youtube | Instagram | Twitter |ISSUU

Faladepapagaio

Israel ataca uma das torres mais altas de Gaza, prédio implodiu em 7 segundos... De acordo com as forças israelitas, esta torre estava a ser usada pelo Hamas. Israel garante ter tomado medidas para mitigar o impacto do bombardeamento na população civil.

Por sicnoticias.pt

As forças israelitas estão a intensificar a incursão para tomar, no norte de Gaza, a cidade que descrevem como o último bastião do Hamas. Na sexta-feira fizeram implodir um prédio de 14 andares que alegam que era usado pelo grupo.

O prédio de 14 andares demorou sete segundos a implodir. Era uma das torres mais altas de Gaza. De acordo com as forças israelitas, estava a ser usada pelo Hamas.

Ataque israelita a edifício na Cidade de Gaza

Israel garante ter tomado medidas para mitigar o impacto do bombardeamento na população civil, mas está a ser acusado de não fazer o mesmo noutros locais do enclave.

“Netanyahu diz que não ataca alvos civis, mas nós somos civis, estamos a viver nestas tendas e fomos atacados. Há crianças pequenas.”

Só na sexta-feira, os ataques aéreos provocaram a morte a mais de 50 pessoas, das quais pelo menos sete eram crianças.

Israel destrói segunda torre em Gaza

Já este sábado, Israel destruiu mais uma torre em Gaza, alegando que também era utilizada pelo Hamas.

Testemunhas citadas pela agência de notícias francesa AFP afirmaram que o edifício destruído era a Torre Soussi, localizada no mesmo perímetro de evacuação da Torre Ruya, que o Exército israelita tinha anunciado anteriormente que pretendia atingir.

A mais recente incursão em Gaza está integrada na operação militar que visa a tomada da região que o Governo israelita descreve como o último reduto do Hamas.

Também na sexta-feira, o Hamas divulgou imagens de um dos 48 reféns que ainda mantém em cativeiro.

O vídeo terá sido gravado a 28 de agosto e está a ser usado para pressionar o Governo israelita a aceitar a última proposta de cessar-fogo que prevê a liberação de apenas metade dos reféns.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

OMS anuncia que mpox deixou de ser uma emergência de saúde pública... A mpox, causada por um vírus da mesma família da varíola, já não é uma emergência internacional de saúde pública, anunciou hoje o responsável da Organização Mundial da Saúde (OMS), citando o declínio no número de mortes e casos.

Por LUSA 

"Há mais de um ano, declarei a disseminação da mpox em África como uma emergência de saúde pública de interesse internacional, com base no parecer de um comité de emergência", mas na quinta-feira o comité decidiu que já não era assim e "aceitei esse parecer", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus numa conferência de imprensa.

Esta decisão baseia-se no declínio sustentado do número de casos e de mortes na República Democrática do Congo (RDCongo) e em outros países afetados, incluindo o Burundi, a Serra Leoa e o Uganda", disse.

O diretor-geral da OMS explicou que os especialistas compreendem agora também melhor as vias de transmissão e os fatores de risco. Além disso, "a maioria dos países afetados desenvolveu uma capacidade de resposta sustentável", observou.

Mas alertou que o levantamento do alerta "não significa que a ameaça tenha terminado", nem que a resposta da OMS cessará.

A mpox manifesta-se principalmente com febre alta e o aparecimento de lesões cutâneas, denominadas vesículas.

Identificada pela primeira vez na RDCongo em 1970, a doença esteve durante muito tempo confinada a cerca de dez países africanos.

Tem dois subtipos, o clado 1 e o clado 2. O vírus, há muito endémico na África Central, ultrapassou fronteiras em maio de 2022, quando o clado 2 se espalhou pelo mundo, afetando sobretudo homens que têm sexo com homens.


Leia Também: OMS acrescenta 35 fármacos à lista de medicamentos essenciais

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acrescentou 35 fármacos para várias doenças às listas de medicamentos considerados essenciais, que passam a incluir novos tratamentos para o cancro e a diabetes.


Exército israelita anuncia ataques contra edifícios altos em Gaza... O Exército israelita anunciou hoje que vai fazer, "nos próximos dias", um ataque contra edifícios altos na Cidade de Gaza antes de conquistar a cidade, argumentando que os prédios "se tornaram infraestruturas terroristas".

Por LUSA 

"Nos próximos dias, o Exército vai atacar estruturas que se tornaram infraestruturas terroristas na Cidade de Gaza: câmaras, centros de comando e observação, posições de atiradores 'snipers' e antitanques e complexos de comando e controlo", referiu, em comunicado, especificando que os edifícios altos serão alvos em particular.

Antes dos ataques, "serão tomadas várias medidas para minimizar ao máximo o risco de baixas civis, incluindo alertas direcionados, o uso de munições de precisão, vigilância aérea e inteligência melhorada", acrescentou.

O anúncio surge depois de o Exército ter afirmado na quinta-feira que já controla 40% da capital de Gaza, cidade que pretende ocupar na totalidade expulsando o milhão de pessoas concentradas na cidade a sul.

No seu comunicado, o Exército afirma que "realizou extensas operações de recolha de informações e identificou uma atividade terrorista significativa do [grupo islamita] Hamas em várias infraestruturas na Cidade de Gaza, particularmente em edifícios altos".

"Além disso, as infraestruturas terroristas subterrâneas do Hamas estão localizadas em locais adjacentes a estes edifícios, concebidas para facilitar as emboscadas contra as tropas israelitas e fornecer rotas de fuga dos centros de comando ali estabelecidos", explicou ainda.

Também o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, anunciou hoje que os ataques contra a capital de Gaza vão ser intensificados, referindo que "as portas do inferno" estão a abrir-se.

"Quando os portões se abrirem, não se fecharão, e a atividade do Exército aumentará até que os assassinos do Hamas aceitem as condições de Israel para o fim da guerra, começando pela libertação de todos os reféns e o desarmamento" do grupo, ameaçou.

Na última semana, os ataques à Cidade de Gaza já foram intensificados e, desde o início desta manhã, quase 20 palestinianos, incluindo sete crianças, foram mortos nos bombardeamentos israelitas contra casas e tendas, segundo a agência de notícias palestiniana Wafa, que cita fontes médicas.

O anúncio do Exército foi feito no mesmo dia em que o braço armado do Hamas divulgou um vídeo de dois reféns israelitas sequestrados durante o ataque do movimento islamita a solo israelita, a 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.

O vídeo, com mais de três minutos e meio de duração, mostra um refém num carro a conduzir por entre edifícios destruídos, pedindo em hebraico ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que não realize a planeada ofensiva militar israelita contra a Cidade de Gaza.

O refém, filmado a encontrar outro refém no final do vídeo, afirma estar na Cidade de Gaza e diz que o vídeo foi filmado a 28 de agosto, mas não foi possível verificar a autenticidade do vídeo nem a data em que foi gravado.

O governo de Israel lançou a ofensiva contra Gaza a 07 de outubro de 2023, após ataques do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, nos quais 1.200 pessoas morreram e 251 foram feitas reféns. Destes, 48 permanecem no enclave palestiniano, dos quais mais de metade estarão mortos, admitem as autoridades israelitas.

Nos 700 dias de ofensiva, mais de 64 mil palestinianos foram mortos por Israel em ataques contra casas, hospitais, escolas, universidades e abrigos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, considerados fiáveis pela ONU.

As Nações Unidas declararam no mês passado uma situação de fome em algumas zonas do enclave,

Países como a África do Sul denunciaram esta ofensiva perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) como genocídio, denúncia feita também por organizações de defesa dos direitos humanos internacionais e israelitas.


Leia Também: CE sublinha que classificação de genocídio em Gaza compete "a tribunais" 

Tailândia tem o terceiro primeiro-ministro em dois anos. Quem é?

Por LUSA 

O parlamento da Tailândia elegeu hoje o conservador Anutin Charnvirakul como novo primeiro-ministro, o terceiro em dois anos, uma semana depois da destituição de Paetongtarn Shinawatra por críticas ao exército no conflito com o Camboja.

O líder da formação Bhumjaithai ultrapassou os 247 votos necessários, numa câmara composta por 492 deputados, graças ao apoio do reformista Partido do Povo (PP), o de maior representação parlamentar, de acordo com a agência de notícias espanhola EFE.

Ex-ministro do Interior e da Saúde, Anutin Charnvirakul torna-se o 32.º primeiro-ministro da Tailândia, quase três meses depois de ter abandonado o governo de coligação liderado por Paetongtarn Shinawatra.

A agora ex-primeira-ministra foi destituída devido à divulgação de uma conversa em que criticou um general do exército tailandês pela gestão da disputa territorial com o Camboja, que degenerou num conflito armado em julho.

O governo tentou adiar a votação de hoje para dissolver o parlamento, mas o pedido foi rejeitado pelos deputados e a eleição realizou-se ao fim da tarde (hora local).

Nem Paetongtarn Shinawatra, nem os colaboradores mais próximos do executivo foram vistos na sessão de votação.

O PP ofereceu apoio a Anutin Charnvirakul com o compromisso de convocar novas eleições dentro de quatro meses, período em que a formação reformista permanecerá na oposição, disseram fontes do partido à EFE.

Horas antes, foi confirmado que o influente bilionário Thaksin Shinawatra, pai de Paetongtarn e primeiro-ministro entre 2001 e 2006, tinha deixado o país, onde tem uma audiência na Justiça na próxima semana.

Thaksin partiu de surpresa para o Dubai, onde viveu durante o exílio autoimposto a partir de 2008.

A viagem ocorreu dias antes de uma decisão judicial sobre o regresso à Tailândia em 2023, que poderá levar a uma nova pena de prisão.

A notícia da viagem gerou especulações de que estava a fugir novamente, embora tenha dito que ia apenas fazer exames médicos e que voltaria à Tailândia em poucos dias.

O novo primeiro-ministro, de 58 anos, é conhecido por ter feito lóbi pela descriminalização do uso da canábis para fins médicos, que está agora a ser regulamentada, indicou a agência de notícias Associated Press (AP).

Saxofonista, piloto amador e herdeiro de uma fortuna, Anutin Charnvirakul soube manobrar para se impor como uma personalidade-chave nos sucessivos governos da Tailândia ao longo dos tumultuosos últimos anos, até ser nomeado primeiro-ministro.

Tal como a antecessora, membro de uma família com influência considerável na Tailândia há duas décadas, Anutin Charnvirakul também faz parte de uma dinastia de elites políticas e económicas, referiu a agência de notícias France-Presse (AFP).

O pai foi primeiro-ministro interino durante a crise política de 2008 e, posteriormente, ministro do Interior durante três anos.

A família fez fortuna numa empresa de construção civil, que garantiu contratos públicos lucrativos durante décadas.

A empresa construiu, entre outras infraestruturas, o principal aeroporto de Banguecoque e o edifício do parlamento, onde Anutin Charnvirakul foi agora nomeado primeiro-ministro.

Depois de estudar engenharia industrial em Nova Iorque, entrou na política aos trinta e poucos anos como conselheiro do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Verdadeiro camaleão político, tornou-se posteriormente ministro da Saúde, ministro do Interior e, entre 2019 e 2025, vice-primeiro-ministro de três chefes de governo, uma estabilidade rara no reino, cuja vida política é bastante agitada.

Apelidado de "Noo", que significa "rato" em tailandês, Anutin Charnvirakul procura construir uma imagem de homem do povo, apesar da fortuna.

Nas redes sociais, mostra-se a cozinhar vestido com calções e t-shirt, ou a interpretar sucessos da música pop tailandesa ao saxofone e ao piano, segundo a AFP.


Leia Também: Antigo primeiro-ministro Thaksin Shinawatra abandona Tailândia 

Ucrânia? China "opõe-se firmemente" a qualquer pressão dos EUA ou Europa... A China disse hoje opor-se a qualquer tipo de coerção, depois dos Estados Unidos terem pedido aos líderes europeus para aumentar a pressão económica sobre Pequim devido ao alegado apoio à máquina de guerra russa.

Por LUSA 

A China "opõe-se firmemente às chamadas pressões económicas" contra o país, tal como "se opõe à tendência de ser invocada para tudo", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Guo Jiakun, em conferência de imprensa em Pequim.

"A China não está na origem desta crise, nem é parte envolvida", sublinhou.

Pequim reagia a declarações feitas na véspera pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, que instou a UE a "pressionar economicamente a China pelo apoio ao esforço de guerra da Rússia" na Ucrânia, de acordo com um responsável da Casa Branca.

O porta-voz escusou-se a comentar a recente decisão da Casa Branca de passar a referir o Departamento de Defesa como "Ministério da Guerra", por considerar tratar-se de "um assunto interno dos Estados Unidos".

Pequim tem evitado condenar explicitamente a invasão russa da Ucrânia, afirmando manter uma postura neutra e defendendo o papel de mediador no conflito.

No entanto, países ocidentais têm acusado a China de ajudar Moscovo a contornar as sanções, incluindo através da exportação de componentes tecnológicos que podem ser usados na produção de armamento.

Trump vai (mesmo) mudar nome do Pentágono para Departamento de Guerra... A ordem executiva prevê o uso do Departamento de Guerra como título secundário para o Departamento de Defesa, sediado no Pentágono. Já na semana passada, Trump tinha considerado que o nome "soava melhor".

Por LUSA 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai mesmo mudar o nome do Departamento de Defesa, sediado no Pentágono, para Departamento de Guerra. A ordem-executiva será assinada esta sexta-feira e surge dias após o republicano ter afirmado que Guerra "tinha um som mais forte".

A informação foi confirmada pela Casa Branca à Fox News, depois de Trump e o secretário de Defesa, Pete Hegseth, terem indicado que queria mudar o nome do departamento. 

A ordem executiva prevê o uso do Departamento de Guerra como título secundário para o Departamento de Defesa, bem como a nomeação de "secretário de Guerra" para Hegseth.  

Na quinta-feira, quando questionado sobre a mudança de nome, o (ainda) secretário de Defesa indicou também que poderia acontecer esta sexta-feira.

"Eu diria para ficarem atentos amanhã", disse, citado pela CNN. "É algo que — as palavras importam. Os títulos importam. As culturas importam. E George Washington fundou o Departamento de Guerra. Veremos."

Já na semana passada, a 25 de agosto, Trump também manifestou a sua intenção de mudar o Departamento de Defesa para Departamento de Guerra.

"Por que somos 'Defesa'? Antigamente, era chamado de Departamento de Guerra, e tinha um som mais forte", disse Donald Trump, durante uma conferência de imprensa na Casa Branca. "Soa melhor", frisou.

"Não quero ser apenas defesa. Queremos defesa, mas também queremos passar à ofensiva", atirou.

Trump argumentou, ainda, que durante as vitórias norte-americanas na 1.ª e na 2.ª Guerra Mundial o nome usado era Departamento de Guerra.

O Departamento de Guerra, sublinhe-se, foi criado por George Washington em 1789 e existiu até 1947, altura em que foi reorganizado pelo então presidente, Harry Truman.

Em 1949, passou a chamar-se Departamento de Defesa, mantendo a designação há mais de três quartos de século.

Apesar da sugerida mudança de nome, Trump enfatizou os seus esforços para mediar o cessar-fogo e as tréguas nos conflitos globais, destacando os sucessos nos conflitos entre a Índia e o Paquistão e a Arménia e o Azerbaijão, entre outros.

Putin rejeita presença de tropas estrangeiras na Ucrânia... O Presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou hoje a presença de tropas estrangeiras na Ucrânia, tanto antes como depois da assinatura de um acordo de paz que ponha fim ao conflito.

© Lusa   05/09/2025 

Se estas tropas forem enviadas agora, durante a guerra, Moscovo irá considerá-las "um alvo legítimo", disse Putin, durante o seu discurso no Fórum Económico do Leste, realizado na cidade portuária de Vladivostok. 

"E se forem tomadas decisões que conduzam à paz, a uma paz duradoura, simplesmente não vejo sentido na sua presença" em território ucraniano, acrescentou Putin, pedindo que "ninguém duvide que a Rússia respeitará integralmente" as futuras garantias de segurança para a Ucrânia.

Durante o seu discurso, Vladimir Putin convidou o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para conversações de paz em Moscovo, algo que este já rejeitou.

"Já disse: 'Estou disposto, por favor, venha, nós garantimos condições de trabalho e segurança completas e seguras. A garantia é de 100%'", disse.

A Rússia acusou hoje os estados europeus de "atrapalharem" a resolução do conflito na Ucrânia, um dia depois de 26 países se terem comprometido com uma "força de segurança" em caso de acordo de paz.

"Os europeus estão a obstruir a resolução na Ucrânia. Não estão a contribuir", disse o porta-voz da Presidência da Rússia.

Na quinta-feira, 26 países, na maioria europeus, comprometeram-se com a criação de uma "força de segurança" em caso de um acordo de paz no conflito da Ucrânia, anunciou o Presidente francês.

De acordo com Emmanuel Macron, o grupo de países, reunidos em Paris e por videoconferência no âmbito da Coligação dos Dispostos, prontificou-se para prestar garantias de segurança às autoridades da Ucrânia, com presença "em terra, no mar ou no ar".

Emmanuel Macron sublinhou que a força de segurança "não tem intenção nem objetivo de travar qualquer guerra contra a Rússia" e referiu que os Estados Unidos foram também "muito claros" sobre a disponibilidade para participar.

O líder francês observou que não se pretende que as forças a destacar estejam presentes na linha da frente, mas "prevenir qualquer nova grande agressão" por parte da Rússia e garantir a "segurança duradoura da Ucrânia".

Ao fim de três anos e meio da invasão russa da Ucrânia, as propostas para um acordo de paz entre Moscovo e Kyiv têm fracassado, apesar das iniciativas do Presidente norte-americano para aproximar as partes.

O líder russo, Vladimir Putin, exige que a Ucrânia ceda territórios e renuncie ao apoio ocidental e à adesão à NATO, condições que Kyiv considera inaceitáveis, reivindicando, pelo seu lado, um cessar-fogo imediato como ponto de partida para um acordo de paz, a ser salvaguardado por garantias de segurança que previnam uma nova agressão de Moscovo.


Leia Também: Kyiv acusa Rússia de ter atacado com 57 drones e sete mísseis

A Força Aérea ucraniana disse hoje que a Rússia lançou 157 aparelhos aéreos não tripulados e disparou sete mísseis contra a Ucrânia desde quinta-feira à tarde.

EUA denunciam voo de caças venezuelanos sob navio norte-americano nas Caraíbas... Num comunicado oficial divulgado na quinta-feira, o Pentágono descreveu o ato como uma "manobra provocatória" para interferir nos esforços de combate ao "terrorismo ligado ao tráfico de droga".

Stocktrek Images  Por sicnoticias.pt

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos alegou que dois caças F-16 do exército da Venezuela sobrevoaram o contratorpedeiro norte-americano USS Jason Dunham, que navegava em águas internacionais nas Caraíbas.

Num comunicado oficial divulgado na quinta-feira, o Pentágono descreveu o ato como uma "manobra provocatória" para interferir nos esforços de combate ao "terrorismo ligado ao tráfico de droga".

Um porta-voz do departamento, citado pelos meios de comunicação norte-americanos, descreveu a manobra como uma "demonstração de força desnecessária e perigosa" e garantiu que a marinha dos EUA "continuará a operar livremente e em segurança em qualquer parte do mundo onde o direito internacional o permita".

O USS Jason Dunham faz parte das operações de segurança marítima dos Estados Unidos no sul das Caraíbas, para onde o país destacou oito navios de guerra e três navios anfíbios com mais de 4.500 operacionais no âmbito do combate ao tráfico de droga. 

As forças armadas norte-americanas dispararam na terça-feira contra um "barco que transportava droga", que acabara de sair da Venezuela e estava na região das Caraíbas, anunciou o Presidente norte-americano, Donald Trump, pouco depois da operação.

"Assassinaram 11 pessoas sem passar pela justiça. Pergunto se isso é aceitável"

O ataque, alegadamente contra traficantes do cartel "Tren de Aragua", provocou a morte de 11 pessoas. Na quarta-feira, o ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, acusou os Estados Unidos de cometerem execuções extrajudiciais.

"Assassinaram 11 pessoas sem passar pela justiça. Pergunto se isso é aceitável", disse Cabello, no seu programa de televisão "Con el Mazo Dando" ("Dando com o Martelo").

"Nenhuma suspeita de tráfico de droga justifica execuções extrajudiciais no mar", denunciou Cabello, considerado o segundo dirigente mais importante na liderança da Venezuela. "Não é claro, não explicaram nada, anunciam pomposamente que assassinaram 11 pessoas. É muito delicado. E o direito à defesa?", insistiu o ministro.

Horas antes, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, avisou que Washington vai realizar mais operações militares contra cartéis de droga. Este "é um sinal claro para o 'Tren de Aragua', o 'Cartel dos Sóis' e outros oriundos da Venezuela, de que não permitiremos este tipo de atividade", sublinhou Hegseth.

No final de julho, os Estados Unidos classificaram como uma organização terrorista o "Cartel dos Sóis", um grupo que Washington alega estar ligado ao Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Maduro "não foi eleito e os Estados Unidos oferecem uma recompensa de 50 milhões de dólares [cerca de 43 milhões de euros] por ele", afirmou Pete Hegseth.

Também na quarta-feira, o Parlamento do Peru aprovou uma moção que declara o "Cartel dos Sóis" uma organização terrorista, alegando que representa uma ameaça externa à nação sul-americana.