quarta-feira, 26 de julho de 2023
#PtG: A coligação "PAI TERRA RANKA" continua negociar a possível entrada dos partidos políticos com assento parlamentar no Acordo Político de Incedência Parlamentar e Governativa.
Ucrânia. EUA vão partilhar informações sobre crimes de guerra com o TPI
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Notícias ao Minuto 26/07/23
A informação foi confirmada à CNN Internacional por duas autoridades norte-americanas e uma fonte familiarizada com o assunto.
O presidente norte-americano, Joe Biden, decidiu permitir que os Estados Unidos cooperem com a investigação do Tribunal Penal Internacional (TPI) a eventuais crimes de guerra russos na Ucrânia.
A informação foi confirmada à CNN Internacional por duas autoridades norte-americanas e uma fonte familiarizada com o assunto. "Pode ser profundamente consequente", referiu uma das fontes, acrescentando que o governo dos EUA agora tem "luz verde" para partilhar informações e evidências com o TPI.
A partilha dessa informação vai depender, em última análise, daquilo que forem os pedidos dos investigadores e do procurador do TPI.
Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional não quis comentar diretamente a decisão, mas disse, em comunicado, que Biden "foi claro". "É preciso haver responsabilização pelos perpetradores e facilitadores de crimes de guerra e outras atrocidades na Ucrânia", afirmou.
A decisão vem após meses de debate interno e marca uma mudança histórica, já que será a primeira vez que os EUA concordam em compartilhar provas com o TPI.
Ao longo da guerra, funcionários do governo de Biden obtiveram evidências de supostos crimes de guerra russos na Ucrânia, por meio de mecanismos de recolhe de informações, revelaram as autoridades aquele canal.
No entanto, o governo debateu internamente durante meses se deveria compartilhar essas evidências com o tribunal, uma vez que receavam que isso pudesse abrir um precedente que poderia ser usado contra os Estados Unidos.
Níger. Secretário-geral da ONU fala com presidente e transmite apoio
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POR LUSA 26/07/23
O secretário-geral da ONU, António Guterres, conversou hoje com o Presidente do Níger, Mohamed Bazoum, e transmitiu o seu apoio e solidariedade face à tentativa de golpe de Estado no país.
O anúncio foi feito pelo porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, numa mensagem no Twitter.
O diplomata português tinha anteriormente condenado "nos termos mais fortes" a tentativa de golpe de Estado no Níger e apelado à proteção da ordem constitucional no país africano.
Numa declaração emitida ao meio-dia, Guterres disse condenar "qualquer tentativa de tomar o poder pela força e de minar o sistema democrático, a paz e a estabilidade no Níger".
A conversa com Bazoum, segundo o porta-voz, teve lugar após a publicação desta nota.
A situação em Niamey está confusa desde o início da manhã, quando a Guarda Presidencial tomou o edifício do Palácio Presidencial, com Bazoum e a sua família no interior.
Trata-se da guarda dedicada à defesa do presidente do país, comandada por Omar Tchiani, que o governo se preparava para demitir hoje.
Por volta das 13:00 locais (12:00 TMG), soldados do Exército maliano, provenientes de bases fora da capital, estabeleceram um perímetro em torno do palácio presidencial.
O perímetro inclui também o gabinete do primeiro-ministro e vários ministérios, incluindo o ministério do Interior, cujos funcionários foram mandados para casa esta manhã. Os militares estão também a guardar a sede da estação pública de televisão ORTN.
Até ao momento, nenhuma autoridade comentou a tentativa de golpe de Estado, que é a segunda contra Bazoum desde a sua chegada ao poder em 2021.
No noticiário noturno, a televisão pública nigerina ORTN garantiu que o Presidente e a sua família "estão em segurança", embora tenha reconhecido que "a situação ainda é confusa".
Cabo Verde ausente da Cimeira Rússia/África em "protesto" contra guerra
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POR LUSA 26/07/23
O Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, sublinhou hoje que o país é de paz e defende a soberania dos Estados e explicou que não vai participar na Cimeira Rússia/África em "sinal de protesto" contra a guerra na Ucrânia.
"Cabo Verde não participou, digamos, em sinal de protesto por esta situação difícil por que passa a humanidade, sobretudo por causa desta guerra na Ucrânia", respondeu o chefe de Estado, ao ser questionado por jornalistas à margem de um evento em Santa Catarina, na ilha de Santiago.
A cimeira Rússia/África tem confirmada a presença apenas de dois chefes de estado lusófonos (Moçambique e Guiné-Bissau) e Cabo Verde não envia representação à cimeira que junta a Rússia e os países africanos.
"É um sinal que Cabo Verde dá, porque Cabo Verde é um país de paz, que quer que os conflitos sejam resolvidos de forma pacífica, de forma negociada, e respeitamos a integridade territorial dos países e achamos que esta guerra não faz sentido [...], e que devemos criar todas as condições para que haja diálogo entre as partes e que haja uma solução negociada deste conflito", afirmou.
José Maria Neves lembrou que, desde o primeiro momento, o país condenou de forma veemente a invasão da Ucrânia pela Rússia, reforçando que Cabo Verde defende a soberania dos Estados e a integridade territorial de todos os Estados e condena qualquer intervenção.
De manhã, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, justificou a ausência do país da cimeira, que decorre esta semana em São Petersburgo, para não ter nenhuma ação que possa ser interpretada como apoio à invasão da Rússia à Ucrânia.
"Nós somos e fomos coerentes desde o primeiro momento, nós condenamos a invasão da Rússia à Ucrânia nos fóruns próprios a nível das resoluções da Nações Unidas e continuamos com a mesma opção de até esta guerra terminar não termos nenhuma ação que possa ser interpretada como apoio a esta invasão", explicou.
De acordo com a recolha feita pela agência Lusa junto dos países lusófonos, a Guiné-Bissau e Moçambique estarão representados ao mais alto nível, com os Presidentes Umaro Sissoco Embaló e Filipe Nyusi, respetivamente, enquanto Angola enviou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Téte António, e São Tomé e Príncipe estará representado pelo embaixador em Lisboa, que está também acreditado em Moscovo.
O evento deverá ser marcado não só pela invasão da Ucrânia, mas também pela questão do acesso aos cereais russos e ucranianos (cujas vendas a África foram dificultadas ou mesmo suspensas devido à guerra), a presença do grupo paramilitar Wagner em vários países africanos, e a venda de armamento.
Na semana passada, o Presidente da Guiné-Bissau afirmou que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está preocupada com a presença de mercenários do grupo russo Wagner na região, nomeadamente no Mali.
Para além dos presidentes de Moçambique e da Guiné-Bissau, estarão também presentes na cimeira os presidentes da África do Sul e do Egito; o vice-presidente da Nigéria, Kashim Shettima, e os primeiros-ministros de Marrocos, Aziz Ajanuch, e da Argélia, Aimen Benabderrahmane.
De acordo com a agência russa de notícias, a TASS, Putin terá reuniões individuais com os presidentes das Comoros, Moçambique, Burundi, Zimbabué, Uganda e Eritreia.
O Presidente russo receberá entre quinta e sexta-feira os representantes de 49 dos 54 países africanos, incluindo 17 chefes de Estado, depois de criticar aquilo que chamou de "pressões sem precedentes" por parte dos Estados Unidos e da França para os países africanos não participaram.
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ASSINATURA DO ACORDO DE INCIDÊNCIA PARLAMENTAR
Kyiv anuncia reforço da contraofensiva com 1.700 'drones'
© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images
POR LUSA 26/07/23
O ministro ucraniano da Transformação Digital, Mikhailo Fedorov, anunciou hoje que a aquisição de 'drones' com doações privadas permitirá entregar 1.700 destes aparelhos ao Exército, reforçando a contraofensiva.
"Apoiamos a contraofensiva enviando 1.700 'drones' para a frente de combate", explicou Fedorov, no anúncio por ocasião do primeiro aniversário do projeto Exército de 'Drones', uma iniciativa para equipar as Forças Armadas Ucranianas com o maior número possível de aeronaves não tripuladas.
Entre os novos 'drones' adquiridos ou fabricados incluem-se equipamentos de reconhecimento e de ataque, alguns deles com recurso a inteligência artificial para identificar e destruir alvos inimigos, informou Fedorov.
O ministro da Transformação Digital lembrou que, desde a sua apresentação em julho do ano passado, a iniciativa possibilitou o treino de mais de 10.000 operadores de 'drones' e criou 11 unidades militares de assalto compostas por dispositivos não tripulados.
"Estamos a formar a primeira frota naval de 'drones' do mundo", disse Fedorov, lembrando que os primeiros resultados deste projeto já são visíveis em operações miliares, incluindo o ataque à ponte Kerch, que liga a Rússia à península ocupada da Crimeia, em 17 de julho.
Até abril, o projeto liderado por Fedorov tinha fornecido ao Exército mais de 3.300 'drones', permitindo o aumento da produção nacional através de um plano de colaboração entre os setores público e privado.
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𝗦𝗨𝗥𝗣𝗥𝗘𝗦𝗔‼️: O líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses (PTG), chegou a instante no local onde estão a reunir as Direções Superiores do PRS e PAI-TERRA RANKA para assinatura do acordo.
Botche Candé está acompanhado de uma das vice-presidentes da sua formação política, Fatumata Djau Baldé.
"PRS esta pronto para apoiar PAI_TERRA_RANKA e desposta para incedência Parlamentar" disse o Presidente em exercício de PRS Fernando Dias.
O Presidente Interino do PRS Fernando Dias convocou esta quarta-feira (26.07) os membros da comissão Politica dos Renovadores.
𝗡𝗢𝗧Í𝗖𝗜𝗔 𝗗𝗘 Ú𝗟𝗧𝗜𝗠𝗔‼️: PAI-TERRA RANKA E PRS ASSINAM ESTA TARDE ACORDO DE INCIDÊNCIA PARLAMENTAR
Por Rádio Jovem Bissau
Fontes partidárias e bem seguras avançaram à Rádio Jovem que hoje, 26-07-2023, o Plataforma Aliança Inclusiva, vencedora das legislativas de 04 de junho passado, vai assinar no final da tarde, um acordo de incidência parlamentar com Partido da Renovação Social, terceiro mais votado.
O acordo, segundo as mesmas fontes, vai abranger a governação.
Se consumar, o PAI TERRA RANKA contará com apoio de os 12 deputados de PRS no parlamento, o que lhe permitirá se sentir ainda mais a vontade no parlamento.
Mali critica sanções dos EUA relacionadas com o grupo Wagner
© Getty
POR LUSA 26/07/23
O primeiro-ministro de transição do Mali, Choguel Maiga, criticou hoje as sanções anunciadas pelos Estados Unidos contra dirigentes do seu país por terem permitido a implantação do grupo paramilitar russo Wagner no país.
Os três dirigentes malianos sancionados são o ministro da Defesa do Mali, coronel Sadio Camara, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, coronel Alou Boi Diarra, e o vice-chefe do Estado-Maior, tenente-coronel Adama Bagayoko.
Numa mensagem na rede social X (antigo Twitter), Maiga criticou as medidas anunciadas segunda-feira pelo Departamento de Estado contra os que classificou como "corajosos oficiais".
"Não tem outro objetivo senão o de distrair o povo maliano", escreveu Maiga, que assegura que "nada distrairá as autoridades do trabalho de reconstrução do Mali".
As sanções foram anunciadas pelo Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos por "facilitar a implantação e a expansão das atividades" da Wagner, sublinhando que as medidas "não são dirigidas contra o povo maliano".
"Estes funcionários tornaram o seu povo vulnerável às atividades desestabilizadoras do Grupo Wagner e às violações dos direitos humanos, ao mesmo tempo que abriram caminho à exploração dos recursos soberanos do seu país em benefício das operações do Grupo Wagner na Ucrânia", justificou o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Informações Financeiras, Brian Nelson.
A atual junta militar que governa o Mali desde o golpe de Estado de agosto de 2020, cortou as ligações com a França, antiga potência colonial, em 2022 e virou-se para a Rússia, abrindo a porta aos mercenários do Grupo Wagner, frequentemente acusado de cometer abusos de direitos humanos.
Esta opção conduziu ainda ao fim do destacamento da Missão Multidimensional Integrada de Estabilização das Nações Unidas no Mali (Minusma).
O Mali e os restantes países do Sahel registaram um recrudescimento da violência nos últimos anos, tanto por parte de organizações ligadas aos ramos da Al-Qaida e do grupo extremista Estado Islâmico que operam na região, como por parte da violência intercomunitária.
Além disso, os abusos cometidos pelas forças de segurança contribuíram para que estes grupos engrossassem as suas fileiras.
Leia Também: HUMANS RIGHT WATCH denuncia mais atrocidades pelo exército e grupo Wagner no Mali
Presidente do Níger confirma tentativa de golpe e ameaça com retaliação
© Lusa
POR LUSA 26/07/23
O Presidente do Níger denunciou uma tentativa de golpe de Estado hoje por parte de elementos da guarda presidencial e garantiu que o exército ripostará se não recuarem.
Na sua conta na rede social X (ex-Twitter), o Presidente Mohamed Bazoum escreveu que alguns elementos da guarda presidencial se envolveram numa "manifestação antirrepublicana" e tentaram em vão obter o apoio das outras forças de segurança.
Na mesma mensagem, Bazoum assegura que ele e a sua família estão bem, mas o exército e a guarda nacional estavam prontos para atacar se os envolvidos não mudassem de ideias.
Desconhece-se ainda o que desencadeou este movimento, mas as ruas em redor do palácio presidencial na capital, Niamey, foram bloqueadas, bem como alguns ministérios.
Bazoum foi eleito Presidente há dois anos, na primeira transferência pacífica e democrática de poder desde a independência do país de França, em 1960.
A ex-colónia francesa foi palco de quatro tentativas de golpe de estado, com o primeiro em abril de 1974, contra o Presidente Diori Hamani, e o último em fevereiro de 2010, que derrubou o Presidente Mamadou Tandja.
Bazoum frustrou uma tentativa de golpe de Estado dias antes de tomar posse.
O Níger é um país parceiro privilegiado da França no Sahel assolado pela violência fundamentalista islâmica em várias partes do seu território.
A história deste país vasto, pobre e desértico, tem sido pontuada por golpes de estado.
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Saúde - Director Geral do HNSM afirma que serviços da Maternidade assistiu 4.023 partos neste primeiro semestre de 2023
Bissau, 26 Jul 23 (ANG) – O director geral do Hospital Nacional Simão Mendes(HNSM) afirmou hoje que o serviço da maternidade daquela maior centro hospitalar do país, assistiu neste primeiro semestre do ano em curso, quatro mil e novecentos e vinte e três partos, na qual o número de nados vivos é de 4.880 e mortos é de 198.
Sílvio Caetano Coelho que fazia balanço dos seis meses de trabalhos feitos em todos os serviços do HNSM, onde o considerou de positivo, disse que, em comparação com o ano 2022, que era 216 nados mortos e contra 132 em 2021.
Informou que, no ano 2021 os nados vivos eram 2.780, em 2022 é de 4.371 e este ano é 4.880.
Em relação a Consulta Externa foram registados um total de 19.467 pacientes, respectivamente nos serviços de Cardiologia 395, Cirúrgia Pediátrica 52, Cirúrgia Geral 1.288, Dermatologia 756, Diabetologia 392, Medicina Geral 3.030, Medicina Interna 846, Nefrologia 41, Ortopedia 863, Urologia 237, Anestesiolofia 293, Ginecologia1.348, Consulta Externa de Pediatia 9.896, Estomastologia 30, Oftalmologia 1.264 e Asma 342 .
Coelho informou ainda que o laboratório do HNSM realizou exames de transfusões sanguineas num total de 2.974 numa média mensal de 496 de janeiro à junho deste ano, além doutras.
Em termos de constrangimentos, Silvio Coelho disse que, o Hospital Nacional Simão Mendes debate com número insuficiente de recursos humanos, principalmente dos profissionais especializados, falta de pagamento regular de salários aos funcionários contratados, de fundo de maneio insuficiente, falta de redefinição e atualização do comité de gestão e capacidade de resposta institucional insuficiente face as demandas dos utentes.
Pediu ao Governo para fazer maior disponibilização dos recursos humanos, efetivação e contração de acordo com as necessidades do Hospital, redefinição da política de gratituidade, para não limitar só para as urgências e emergências, atualização no preçário dos serviços prestados pelo Hospital, melhorar a linha orçamental e o estado dos edifícios desde eletrificação, cobertura e canalização.
Garantiu que ainda vão continuar com os desafios na área de formação contínua dos técnicos através de seminários, estágios de especializações.
Prometeu elevar io nível da satisfação dos utentes, apropriação e consolidação do uso da letemedicina, conclusão de informatização do sistema de atendimento e gestão hospitalar e redefinir a política de atendimento e custo de acordo com as normas de sub-região.
Sílvio Coelho pediu a todos para contribuirem no saneamento do hospital e na diminuição de aglomeraçao dos familiares dos pacientes nos diferentes serviços do hospital a fim de dar mais tranquilidade aos pacientes internados.
Migração - Director Geral considera de “falsas” as informações da detenção no aeroporto de Lisboa de uma mulher com 11 crianças provenientes de Bissau
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SENEGAL: Pelo menos 22 pessoas morreram e 52 ficaram feridas quando um autocarro que transportava passageiros capotou na manhã de hoje no norte do Senegal, disseram os bombeiros.
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POR LUSA 26/07/23
Capotamento de autocarro no Senegal faz 22 mortos e 52 feridos
Pelo menos 22 pessoas morreram e 52 ficaram feridas quando um autocarro que transportava passageiros capotou na manhã de hoje no norte do Senegal, disseram os bombeiros.
"O acidente ocorreu na aldeia de Ngeune Sarr, na região de Louga, e provocou 74 vítimas", entre as quais 22 mortos e 52 feridos, disse um responsável nacional dos bombeiros.
"Não terminámos de contar" as vítimas, disse à agência AFP um socorrista mobilizado no terreno.
O horário e as circunstâncias do acidente não foram referidos pelos bombeiros.
Dezenove pessoas morreram e 24 ficaram feridas em 16 de janeiro, no seguimento de uma colisão entre um autocarro e um camião na área ao redor de Louga, onde ocorreu o acidente de hoje.
Anteriormente, uma colisão entre dois autocarros tinha causado a morte de cerca de 40 pessoas, no dia 08 de janeiro, no centro do país.
A tragédia de 08 de janeiro, atribuída ao rebentamento de um pneu, tinha suscitado uma onda de críticas às autoridades pela incapacidade de fazer cumprir as regras de condução, mas também os regulamentos sobre o estado das viaturas, apesar da multiplicação de acidentes.
O Governo senegalês anunciou imediatamente cerca de 20 medidas, incluindo a proibição de viagens noturnas de autocarros e os pneus usados, mas os profissionais do ramo dos transportes consideram que estas eram inaplicáveis.
Esses acidentes no início do ano revelaram os problemas das estradas no Senegal, como em muitos países africanos, como a degradação dos veículos, uma condução imprudente ou mesmo a corrupção generalizada de agentes responsáveis pelo cumprimento das leis e a emissão da carta de condução.
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NÍGER: Golpe de Estado? Bloqueado acesso a Palácio Presidencial no Níger
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POR LUSA 26/07/23
Um grupo de soldados nigerinos terá bloqueado as ruas de acesso ao Palácio Presidencial da capital, Niamey, num momento em que se apontam suspeitas sobre uma possível tentativa de golpe.
Fontes citadas pelo portal noticioso nigerino ActuNiger dão conta de "uma situação confusa e ainda complicada", não adiantando mais pormenores, entre informações que apontam para uma tentativa de disputa no seio da Guarda Presidencial, sem que as autoridades se tenham pronunciado sobre o sucedido.
No entanto, este mesmo meio destacou que existe uma situação calma nas imediações do Palácio Presidencial e que não há circulação de pessoas armadas, tendo o tráfego sido retomado, após os bloqueios registados na madrugada.
Por seu lado, fontes citadas pelo canal de televisão britânico BBC indicaram que o Presidente, Mohamed Bazoum, teria mantido conversações com os militares responsáveis ??pelos bloqueios.
À agência AFP, fonte próxima da presidência referiu que existem "conversações" em curso e que "o Presidente está bem, está são e salvo".
"Ele e sua família estão na residência", acrescentou a mesma fonte, na condição de anonimato.
Por seu lado, a deputada do Partido Nigerino para Democracia e Socialismo (PNDS, no poder), Kalla Moutari, afirmou: "Falei com o Presidente e amigos do ministro, eles estão bem".
Na manhã de hoje foi proibido o acesso à residência do Presidente nigerino e aos gabinetes da Presidência que se encontram no mesmo perímetro.
Nenhum dispositivo militar em particular foi visível no distrito onde está localizada a presidência, o tráfego estava normal e nenhum tiro foi ouvido, adiantou a AFP.
O Níger, país parceiro privilegiado da França no Sahel assolado pela violência terrorista em várias partes do seu território, é liderado pelo presidente democraticamente eleito Mohamed Bazoum, no poder desde abril de 2021.
A história deste país vasto, pobre e desértico, tem sido pontuada por golpes de estado.
Desde a independência desta ex-colónia francesa, em 1960, foram quatro os golpes de estado, com o primeiro em abril de 1974, contra o Presidente Diori Hamani, e o último em fevereiro de 2010, que derrubou o Presidente Mamadou Tandja. Foram inúmeras as tentativas de golpe.
Leia Também: Presidente do Níger está detido no palácio em meio a revolta da guarda presidencial
Kyiv destina mais quase 1.000 milhões para produção nacional de 'drones'
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POR LUSA 26/07/23
O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmyhal, anunciou hoje que o Governo de Kyiv vai destinar cerca de 1.000 milhões de euros até ao final do ano para financiar a produção nacional de 'drones' (aparelhos não tripulados).
"Há um ano, graças à iniciativa UNITED24, apresentada pelo Presidente [da Ucrânia] Volodymyr Zelensky, arrecadamos 100 milhões de euros, que investimos em fabricantes de 'drones' ucranianos", disse Shmyhal num evento público, referindo-se à iniciativa presidencial de obter doações.
O primeiro-ministro ucraniano lembrou que, nessa altura, cerca de uma dezena de empresas participou no projeto.
"Hoje há mais de 40 empresas que têm contratos com o Estado, e a produção de 'drones' multiplicou por dez", explicou o chefe do Governo da Ucrânia, cujas autoridades têm como prioridade desenvolver a produção nacional em conjunto com o setor privado para abastecer o exército com milhares de aparelhos não tripulados.
Na intervenção, Shmyhal lembrou que a Ucrânia tem promovido reformas legislativas para tornar mais atraente o investimento privado na produção de 'drones'.
Uma delas elevou para 25% a margem de lucro das empresas do setor que recebem contratos públicos.
Na terça-feira, num discurso ao país, Zelensky destacou a importância do chamado "Exército 'Drone'" que a Ucrânia está a criar.
"A nossa defesa precisa desesperadamente de todos os 'drones', desde o relativamente simples 'Mavic' até aos drones marítimos e de ataque que podem operar a longas distâncias", declarou.
A Ucrânia tem atacado repetidamente a península ocupada da Crimeia com 'drones' marítimos e de longa distância.
Nas últimas semanas, estes últimos 'drones' também foram disparados contra alvos em Moscovo e noutras regiões da Federação Russa.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kyiv e com a imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas.
Embaixadores da UE alargam sanções à Bielorrússia pelo apoio à Rússia
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POR LUSA 26/07/23
Os embaixadores dos Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram hoje a acordo para alargar as sanções à Bielorrússia pelo apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia e pela repressão em Minsk, abrangendo 38 indivíduos e três entidades.
"Hoje, os embaixadores da UE chegaram a acordo sobre a adoção de medidas restritivas tendo em conta a situação na Bielorrússia e o envolvimento da Bielorrússia na agressão russa contra a Ucrânia", anuncia a presidência rotativa espanhola do Conselho da União Europeia numa mensagem publicada na rede social Twitter.
As medidas incluem o alargamento das listas de sanções e, de acordo com informação dada à agência Lusa por fonte da presidência espanhola, estão em causa mais 38 indivíduos e três entidades.
A UE tem vindo a condenar o envolvimento da Bielorrússia no apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia e, desde 2022, avançou já com sanções individuais e económicas dirigidas a 22 pessoas, restrições ao comércio, proibições no sistema internacional de pagamentos Swift para cinco bancos bielorrussos e em transações com o banco central bielorrusso, para além de limites aos fluxos financeiros bielorrussos para o espaço comunitário.
Paralelamente, na sequência das eleições presidenciais realizadas na Bielorrússia em agosto de 2020, consideradas como fraudulentas pelo bloco europeu, a UE tem vindo a alargar as sanções pela repressão no país.
Desde outubro de 2020, a UE impôs cinco pacotes de sanções relacionadas com a situação na Bielorrússia, num total de 195 pessoas e 34 entidades, respondendo assim à violência das autoridades bielorrussas contra manifestantes e aos ataques híbridos nas fronteiras europeias.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Apenas dois presidentes lusófonos confirmados na cimeira Rússia/África
faladepapagaio
POR LUSA 26/07/23
A cimeira Rússia/África, que decorre esta semana em São Petersburgo, tem confirmada a presença apenas de dois chefes de estado lusófonos (Moçambique e Guiné-Bissau) e há um, Cabo Verde, que nem sequer envia representação.
De acordo com a recolha feita pela agência Lusa junto dos países lusófonos, a Guiné-Bissau e Moçambique estarão representados ao mais alto nível, com os Presidentes Umaro Sissoco Embaló e Filipe Nyusi, respetivamente, enquanto Angola enviou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Téte António, e São Tomé e Príncipe estará representado pelo embaixador em Lisboa, que está também acreditado em Moscovo.
Pelo contrário, Cabo Verde não enviará qualquer representante à cimeira que junta a Rússia e os países africanos, e que deverá ser marcada não só pela invasão da Ucrânia, mas também pela questão do acesso aos cereais russos e ucranianos (cujas vendas a África foram dificultadas ou mesmo suspensas devido à guerra), a presença do grupo paramilitar Wagner em vários países africanos, e a venda de armamento.
Na semana passada, o Presidente da Guiné-Bissau afirmou que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está preocupada com a presença de mercenários do grupo russo Wagner na região, nomeadamente no Mali.
"Sim, estamos preocupados com essa presença e não só", disse Umaro Sissoco Embaló, quando questionado na última quarta-feira sobre se a 'troika' criada na última cimeira de chefes de Estado da CEDEAO para analisar e encontrar soluções para as questões de segurança na região estava preocupada com a presença daquele grupo de mercenários.
Para além de Moçambique e Guiné-Bissau, estarão representados pelos Presidente a África do Sul e o Egito; o vice-presidente da Nigéria, Kashim Shettima, e os primeiros-ministros de Marrocos, Aziz Ajanuch, e da Argélia, Aimen Benabderrahmane.
De acordo com a agência russa de notícias, a TASS, Putin terá reuniões individuais com os presidentes das Comoros, Moçambique, Burundi, Zimbabué, Uganda e Eritreia.
O Presidente russo receberá entre quinta e sexta-feira os representantes de 49 dos 54 países africanos, incluindo 17 chefes de Estado, depois de criticar aquilo que chamou de "pressões sem precedentes" por parte dos Estados Unidos e da França para os países africanos não participaram.
Num artigo publicado na segunda-feira no 'site' do Kremlin, o Presidente russo escreveu que "hoje, a parceria construtiva, confiante e voltada para o futuro entre a Rússia e a África é particularmente significativa e importante".
Espera-se desta segunda cimeira que a Rússia e os países africanos assinem um "plano de ação até 2026" e uma série de documentos bilaterais, como anunciou o Kremlin, tentando que a relação vá além dos acordos na área da defesa e venda de armas, que resumem, na maioria dos casos, até hoje a relação de Moscovo com África.
Contudo, para Moscovo o mais importante, segundo analistas internacionais ouvidos pela Lusa, é mostrar um entendimento com os Estados africanos, apesar do conflito na Ucrânia, que alguns condenaram nas Nações Unidas, e o fim do acordo dos cereais.
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Taiwan simula pela 1.ª vez ataque chinês ao principal aeroporto da ilha
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POR LUSA 26/07/23
As autoridades de Taiwan realizaram hoje pela primeira vez um exercício militar no aeroporto internacional de Taoyuan, que serve a capital Taipé, simulando um ataque de tropas da República Popular da China.
A iniciativa integra a semana de exercícios anuais 'Han Kuang' (Glória de Han), que este ano incluem a proteção de aeroportos civis, numa altura em que Pequim intensifica a pressão militar e política sobre a ilha.
Trata-se do primeiro exercício do género realizado no maior aeroporto de Taiwan, perto da capital, desde que entrou em funcionamento em 1979, segundo a agência francesa AFP.
O tráfego aéreo foi interrompido durante cerca de 30 minutos enquanto dezenas de soldados lutavam contra "inimigos" que chegavam em helicópteros de ataque à pista do aeroporto.
A polícia e os bombeiros do aeroporto também participaram na operação que, segundo o Governo, visa combinar forças civis e militares para proteger infraestruturas críticas.
"Devemos partir do conceito de 'defender a sociedade como um todo', integrar e utilizar os recursos do exército, do Governo central, dos governos locais e dos setores civis, e coordenar todas as unidades para que trabalhem em conjunto", disse a Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen.
Tsai, que participou num exercício numa refinaria de petróleo em Taoyuan, estava vestida de uniforme e usava uma máscara, tendo sido diagnosticada esta semana como positiva para a covid-19 com sintomas ligeiros.
De acordo com o especialista militar Alexander Huang, Taiwan está a inspirar-se na invasão russa da Ucrânia.
"A tomada do aeroporto do adversário é essencial para enviar um grande número de forças de assalto por via aérea como parte de uma operação de invasão", disse Huang, da Universidade Tamkang de Taipei, à AFP.
"Além de familiarizar as nossas forças com o comando e o controlo, este exercício pode também indicar aos potenciais inimigos que nos estamos a preparar para essa eventualidade", acrescentou.
Taiwan organiza frequentemente manobras militares num contexto de crescente pressão militar e política de Pequim.
Os caças chineses têm feito incursões cada vez mais frequentes na zona de defesa aérea de Taiwan desde que Tsai Ing-wen chegou ao poder em 2016.
No ano passado, as forças armadas chinesas fizeram exercícios em grande escala ao redor de Taiwan e intensificaram continuamente as patrulhas aéreas e navais nas proximidades da ilha, que tem 23 milhões de habitantes.
A China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM SÃO PETERSBURGO PARA PARTICIPAR NA CIMEIRA RUSSIA - ÁFRICA
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, efectuou uma viajem a São Petersburgo, Russia, para participar na 2ª Cimeira Rússia-África, que se realizará em São Petersburgo a 27 e 28 de julho.
A Cimeira terá como foco as perspectivas de um maior desenvolvimento das relações entre a Rússia e África, com ênfase na assistência russa ao desenvolvimento soberano nacional dos países africanos, garantindo o acesso equitativo a alimentos, fertilizantes, tecnologias modernas e recursos energéticos.🇬🇼🇷🇺
Membros do Serviço Secreto mordidos por cão de Joe Biden mais de 10 vezes
SIC Notícias 25.07.2023
Biden recebeu o Commander em dezembro de 2021, uma oferta do seu irmão James.
O cão Commander, do presidente dos EUA, Joe Biden, já mordeu membros do Serviço Secreto, encarregado da proteção presidencial, pelo menos 10 vezes, entre outubro de 2022 e janeiro, segundo registos do Departamento de Segurança Interna.
A informação foi divulgada pelo grupo conservador Observador Judicial, na terça-feira, depois de ter tido acesso a cerca de 200 páginas de registos do Serviço Secreto.
A Casa Branca e o Serviço Secreto minimizaram a situação.
Outro cão de Biden, chamado Major, também pastor alemão, foi enviado para casa de amigos, no Estado do Delaware, depois de incidentes similares com membros do Serviço Secreto e funcionários da Casa Branca.
A família também tem um gato, chamado Willow.
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Zelensky denuncia traição de deputado 'apanhado' em férias nas Maldivas
© Alexey Furman/Getty Images
POR LUSA 25/07/23
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky denunciou hoje "a traição" de um deputado recentemente descoberto num hotel de luxo nas Maldivas, insistindo na necessidade de as autoridades e líderes políticos darem o exemplo, em tempo de guerra contra a Rússia.
Yuri Aristov, deputado de 48 anos do partido no poder Servo do Povo, foi visto em meados de julho num hotel de cinco estrelas do arquipélago do oceano Índico, de acordo com o 'site' de notícias Slidstvo.info.
Na sequência destas revelações na imprensa, David Arakhamia, o presidente do grupo presidencial no Parlamento, destacou hoje em comunicado que pediu a "suspensão imediata" do deputado no seio do seu grupo parlamentar.
"Solicitei todos os documentos de viagens de negócios e que todas as informações sejam verificadas", acrescentou.
O presidente do Parlamento ucraniano, Rouslan Stefantchouk, revelou, por sua vez, que recebeu uma carta de demissão de Aristov, também vice-presidente da comissão parlamentar responsável pela segurança nacional, defesa e inteligência, cujo papel é eminentemente estratégico.
"[A situação] será avaliada na próxima sessão plenária" do Parlamento, referiu ainda, sem adiantar mais detalhes.
É necessária uma votação parlamentar para remover um deputado eleito do seu cargo na Ucrânia.
Volodymyr Zelensky abordou hoje à noite a polémica, referindo que preferir "ilhas e resorts em tempos de guerra" é "uma traição aos princípios do Estado".
"Qualquer traição interna, qualquer 'praia' ou qualquer enriquecimento pessoal, em vez de [defender] os interesses da Ucrânia vai provocar no mínimo raiva", sublinhou durante o habitual discurso noturno diário.
"Devemos trabalhar na Ucrânia e pelos interesses do povo ucraniano", destacou, numa mensagem dirigida a deputados, funcionários públicos e outros agentes do Estado.
As condições impostas às viagens para fora do país de funcionários públicos ou deputados foram amplamente regulamentadas desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022 e, em particular, da introdução da lei marcial.
Mali abandona o francês como língua oficial
© Radio TV Bantaba Julho 25, 2023
A nova constituição de Bamako substitui a língua dos seus antigos colonizadores por outras faladas localmente.
Mali removeu o francês como sua língua oficial, uma decisão que surge mais de seis décadas após Bamako ter conquistado a independência. A decisão está contida na nova constituição do país da África Ocidental, adotada no sábado.
Na sexta-feira, o tribunal constitucional de Bamako validou os resultados finais de um referendo em junho sobre um projeto de constituição, afirmando que recebeu a aprovação de 96,91% dos eleitores.
O francês servirá como a principal língua de trabalho, enquanto as 13 línguas nacionais faladas no país serão formalmente reconhecidas como línguas oficiais. Outras 70 línguas locais, incluindo Bambara, Bobo, Dogon e Minianka, algumas das quais receberam o status de língua nacional por meio de um decreto em 1982, serão mantidas.
O Mali tem sido governado por uma junta militar desde dois golpes em agosto de 2020 e maio de 2021, após uma década de instabilidade política marcada por insurgências jihadistas.
A junta insistiu que uma nova constituição é essencial para a reconstrução do país, prometendo retornar ao governo civil com eleições em fevereiro de 2024, após um plano anterior ter falhado.
O presidente interino Assimi Goita anunciou no sábado que a implementação do quadro constitucional sinaliza o início da Quarta República na antiga colônia francesa.
As relações entre Paris e Bamako têm deteriorado nos últimos anos, à medida que o sentimento anti-francês tem crescido nas antigas colônias da África Ocidental da França como resultado de alegações de falhas militares contra jihadistas e interferências políticas.
A França retirou suas últimas tropas do Mali em agosto, encerrando uma operação militar de nove anos no país para combater grupos armados.
No final do ano passado, o governo militar ordenou que todas as ONGs, incluindo grupos de ajuda financiados pela França, cessassem operações no país. A ação foi tomada em reação à decisão de Paris de suspender a ajuda ao desenvolvimento para Bamako devido a supostas preocupações sobre a cooperação do Mali com a companhia militar privada russa Wagner.
RTB/RT
terça-feira, 25 de julho de 2023
Republicanos dos EUA admitem iniciar processo de 'impeachment' a Biden
© Reuters
POR LUSA 25/07/23
O líder da maioria Republicana da Câmara de Representantes dos EUA, Kevin McCarthy, disse que o seu partido admite um processo de 'impeachment' contra o Presidente Joe Biden, por má conduta financeira.
Numa entrevista à cadeia televisiva Fox News, na noite de segunda-feira, McCarthy defendeu que as finanças da família Biden merecem ser investigadas, como está a ser pedido por numerosos membros da bancada Republicana no Congresso.
O líder da maioria Republicana admite mesmo que essa investigação possa ser realizada no âmbito de um processo de destituição, alegando que esse método "fornece ao Congresso um poder mais forte para conseguir as informações necessárias".
Um inquérito de 'impeachment' pela Câmara seria um primeiro passo para levantar novas questão políticas de destituição, disse McCarthy.
Os Republicanos no Congresso intensificaram as investigações sobre a família Biden, procurando dados sobre as suas finanças, nomedamente por causa das ligações do filho Hunter Biden a uma empresa de energia ucraniana, Burisma, que já tinha sido alvo de inquérito no primeiro processo de 'impeachment' do ex-Presidente Donald Trump.
Recentemente, Hunter Biden chegou a um acordo com os procuradores para se declarar culpado de acusações de contravenção por não ter pago imposto sobre rendimento por vários anos e deve comparecer numa sessão de julgamento ainda esta semana.
Mas os Republicanos dizem querer mais informações sobre alegadas suspeitas de que Joe e Hunter Biden teriam recebido luvas da Burisma no valor de vários milhões de euros, em troca de ajuda para afastar um procurador ucraniano que estava a investigar a empresa.
O Departamento de Justiça norte-americano chegou a abrir um processo sobre estas suspeitas, sob a liderança do procurador-geral de Trump, William Barr, mas acabou por arquivar o caso, por falta de provas.
Os Democratas no Congresso já disseram que se vão opor a este plano dos Republicanos, alegando que a investigação seria realizada em cima de puras especulações e lembrando que o caso já foi investigado por autoridades judiciais que nada conseguiram provar.
Líder do PTG diz que os partidos políticos devem aconselhar os deputados eleitos antes do dia da tomada de posse.
Testemunho raro revela a vida brutal dos condenados russos que lutam na Ucrânia
cnnportugal.iol.pt, 25/07/23
Um combatente foi atingido duas vezes e foi enviado do hospital para a frente de combate, onde bebeu neve derretida para sobreviver. Foi forçado a atacar repetidamente posições ucranianas, até que uma granada o deixou temporariamente sem visão. Foi salvo das trincheiras por um médico que o transformou num auxiliar de hospital. Um outro foi preso aos 20 anos por pequenas acusações de tráfico de droga e enviado para a frente de combate aos 23 anos. Quase sem treino, morreu três semanas depois. Foi um dos cerca de 60 russos mortos num ataque no mesmo dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, celebrava a derrota dos nazis na Praça Vermelha.
As duas histórias, de sobrevivência notável e morte prematura, simbolizam a perda de vidas em condições miseráveis e penosas nas trincheiras russas. No entanto, há uma distinção: os mortos são prisioneiros, aos quais foi prometido um alívio das suas penas de prisão se se juntassem aos chamados batalhões Storm-Z dirigidos pelo Ministério da Defesa russo.
A esperança de vida é curta, as condições de sobrevivência são difíceis e os condenados dizem que são utilizados como carne para canhão. Dezenas de milhares de condenados foram recrutados para servir na linha da frente, um esquema utilizado inicialmente pelo grupo mercenário Wagner, mas depois, assumidamente, pelo Ministério da Defesa.
A CNN falou com a mãe de um dos condenados, Andrei, que foi preso aos 20 anos, acusado de tráfico de droga, e enviado para a linha da frente no âmbito do programa de recrutamento do exército russo. A mãe forneceu vídeos, documentação e mensagens que comprovam a história do filho e a sua morte prematura, apenas três semanas após o destacamento.
A CNN também falou com um raro sobrevivente das unidades Storm-Z, Sergei - que foi entrevistado pela primeira vez por telefone num hospital militar meses antes e que, na semana passada, contou como era a vida nas trincheiras russas.
Embora as terríveis condições de combate sejam bem conhecidas, muitos dos testemunhos russos provêm de prisioneiros de guerra e são fornecidos através de mediadores ucranianos. Estas duas histórias representam testemunhos raros prestados diretamente por russos. A CNN alterou os nomes e retirou pormenores importantes destes dois relatos para segurança dos entrevistados.
Sergei, nome fictício, numa imagem fornecida pelo próprio. Diz que muitos dos membros da sua unidade foram mortos e feridos em combate na Ucrânia.
Atualmente, Sergei tem dois empregos para conseguir alimentar a família, mas diz que ainda aguarda uma indemnização militar pelos seus múltiplos ferimentos. Os seus ouvidos zumbem à noite devido ao impacto das bombas, o que torna difícil dormir no silêncio da sua casa.
Disse ter sofrido nove concussões devido a projéteis de artilharia que caíram nas proximidades quando estava na linha da frente, durante um período de oito meses. No inverno passado, foi atingido na perna e, após dez dias de tratamento, foi enviado novamente para a frente de combate. Voltou a ser atingido, no ombro, e devidamente hospitalizado. Dois meses mais tarde, por causa da falta de efetivos, foi novamente enviado para a linha da frente, onde descobriu que os amputados condenados tinham sido incumbidos de tarefas de rádio e que as tropas estavam a descartar os seus coletes à prova de bala, uma vez que tinham um valor de proteção mínimo.
"Não ajudam contra os projéteis, uma vez que a artilharia [ucraniana] ataca com grande precisão", disse Sergei. "A nossa artilharia pode disparar três ou quatro vezes e, se Deus quiser, alguma coisa explode. É torta e, na maioria das vezes, atinge-nos primeiro."
Horrores quotidianos
O número de baixas é difícil de calcular. Sergei conta que, da sua unidade de 600 prisioneiros recrutados em outubro, apenas 170 ainda estavam vivos e todos, exceto dois, estavam feridos. "Todos foram feridos, duas, três, algumas quatro vezes", disse. Lembra-se de ver os seus colegas a serem despedaçados por obuses que caíram perto deles e da sua admiração por terem sobrevivido. Um dos ataques foi particularmente marcante.
"Lembro-me claramente da última das nove concussões que tive", disse. "Atacámos. Havia lançadores de granadas, drones, alguns contra nós. O nosso comandante gritava pelo rádio: 'Não me interessa, avancem! Não voltem enquanto não ocuparem esta posição! Dois de nós encontrámos uma pequena trincheira e mergulhámos lá dentro".
Mas o seu calvário ainda não tinha terminado. "Um drone (ucraniano) atirou-nos uma granada, que caiu no espaço de 30 centímetros entre nós. O meu amigo ficou coberto de estilhaços por todo o lado. Eu não fui afetado. Mas perdi a visão durante cinco horas - apenas um véu branco à frente dos meus olhos. Levaram-me pela mão".
Por fim, encontrou médicos que tiveram pena dele e lhe deram emprego como auxiliar de hospital - transportando cadáveres, verificando os documentos de identificação dos corpos, limpando - até ao último mês do seu contrato.
Sergei recorda os horrores quotidianos das trincheiras russas. A comida era sobretudo carne enlatada com massa instantânea, mas a água era o mais difícil de obter. "Tinha de se andar três a quatro quilómetros para a conseguir. Por vezes, não comíamos durante vários dias, não bebíamos durante vários dias". No inverno, sobreviviam bebendo a neve derretida. "Não era muito agradável, mas tínhamos de o fazer".
Segundo ele, a disciplina era mantida através de execuções. "Por vezes, o comandante fazia um ‘reset’. Eliminava, matava. Só vi isso uma vez - uma luta com um homem que roubava e matava o seu próprio pessoal nas trincheiras. Não vi quem das quatro pessoas que o rodeavam disparou. Mas quando ele tentou fugir, uma bala atingiu-o na nuca. Eu vi o ferimento na cabeça. Levaram-no”.
"Apenas a liberdade"
Para Andrei, os horrores na linha da frente foram de curta duração. A sua mãe, Yulia, descreveu como ele, "ainda não era um homem", quando foi enviado, com 23 anos, para a linha da frente. As suas mensagens de voz - brincando sobre o tempo - e o seu ar de menino de uniforme traem um coração jovem apanhado num mundo feio.
"Ele não se lembrava da quantia que lhe tinham oferecido, disse que não tinha verificado. Por isso, não vi qualquer interesse financeiro para ele. Tratava-se apenas de liberdade. Ele tinha uma pena longa, de nove anos e meio, e já tinha cumprido três", conta Yulia.
Andrei, nome fictício, é visto na Ucrânia ocupada em abril de 2023, numa imagem enviada à sua mãe
Yulia partilhou um vídeo de Andrei num campo de treino na Ucrânia ocupada, a aprender brevemente táticas de assalto. O seu rosto mal barbeado foi fotografado em imagens fixas, queimado pelo sol, sob um grande capacete de camuflagem, na traseira de um camião do exército. As imagens eram poucas, pois o seu tempo na frente de combate foi curto.
Foi a 8 de maio que Andrei enviou uma mensagem à mãe a dizer que a sua unidade ia ser enviada para a frente, uma das partes mais disputadas do campo de batalha oriental. O assalto começaria ao amanhecer de 9 de maio - um dia festivo na história moderna da Rússia, em que o Kremlin assinala o aniversário da derrota dos nazis pelos soviéticos com a pompa e a grandeza de uma parada militar na Praça Vermelha. Este ano, Putin presidiu a uma versão reduzida da cerimónia, o que os analistas atribuíram ao facto de grande parte do arsenal de Moscovo ter sido danificado ou enviado para a frente ucraniana.
Yulia recordou com lágrimas a última troca de palavras. "Estávamos a discutir. É horrível dizê-lo, mas eu já pensava nele como se estivesse morto. Ele foi-se embora (da Rússia) sabendo tudo. Todos os dias eu dizia-lhe 'não, não, não'. E ele não me ouvia. Quando ele dizia 'vamos para a tempestade', eu escrevia-lhe 'Foge, Forrest, Foge'".
Depois, como tantos outros prisioneiros com acesso limitado a telemóveis na linha da frente, desapareceu completamente. Nas semanas que se seguiram, Yulia soube pelos familiares dos outros prisioneiros recrutados na sua colónia penal que cerca de 60 tinham morrido naquele ataque - um número difícil de corroborar, mas que corresponde às baixas extraordinárias registadas pelos observadores destas unidades constituídas por prisioneiros.
Yulia não recebeu nenhum corpo, nem pertences, apenas uma carta do Ministério da Defesa que regista a morte de Andrei como sendo o dia em que ele saiu da prisão para as linhas da frente.
"A parte mais difícil é que eu tinha medo de que ele matasse alguém", soluça Yulia. "Por mais ridículo que pareça, tinha medo que ele passasse por tudo isto e voltasse para mim como um assassino. Porque posso viver com o meu filho toxicodependente, mas com o meu filho assassino… Era difícil para mim aceitar isso".
Por vezes, os horrores que a invasão russa inflige à Ucrânia quase não têm paralelo com o que faz aos seus próprios cidadãos.