domingo, 30 de novembro de 2025

A Guiné-Bissau financiou integralmente as suas eleições, sem um único cêntimo de tutela externa. Ainda assim, há quem insista em acreditar que a chamada comunidade internacional terá poder de fogo, autoridade moral ou legitimidade política para ditar caminhos e “resolver” a crise. É delírio em alta voltagem.

O PAIGC continua a vender miragens, embalando expectativas vazias que ruem ao primeiro confronto com os factos. Essa recusa em enfrentar a realidade revela uma teimosia quase estrutural, um negacionismo pueril que já não convence ninguém. O país assumiu as rédeas - e quem ainda fantasia com salvadores externos apenas foge do óbvio.

Regime militar não é regime político constitucional. E os factos recentes na sub-região falam mais alto do que qualquer Comunicado diplomático: nenhum dos golpes foi resolvido pela Comunidade Internacional. Nenhum. E, paradoxalmente, todos esses países seguem hoje o seu curso, com ou sem bênção externa.

Chega de ilusão barata. Ou encaramos a realidade de frente, ou continuaremos presos à fantasia confortável de que milagres virão de fora. E, meu caro, milagres nunca vêm. O que vem é o peso da verdade - e ele está batendo à porta.

Abel Djassi Primeiro 

30/11/2025

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