Braima Camará demonstrou essa preocupação numa entrevista exclusiva a ANG, na qual afirmou que a região de Oio enfrenta dificuldades em vários domínios, mas que a maior preocupação tem a ver com a falta de uma jangada para o porto de Farim, cujas atividades de travessia do rio, asseguradas por pequenas embarcações, cessam a partir das 20 horas.
.“Isso complica a situação, por exemplo, em casos da evacuação dos doentes para Mansoa ou Bissau durante a noite, temos que recorrer a Guarda Nacional para diligências de pirogas a remo para levar o doente para outra margem do rio”, disse.
Camará lançou um apelo ao ministro das Obras Públicas no sentido de resolver o problema da ponte sobre o rio Farim.
Segundo este responsável, as fortes chuvas deste ano estragaram o arroz plantado nas bolanhas e prevê-se que a população da região de Oio, na maioria das tabancas, passe forme.
Por isso, o governante regional pediu ao Ministério da Agricultura para encetar diligências junto dos seus parceiros no sentido de apoiar os agricultores que neste momento se encontram sem espaço de manobra devido aos prejuízos sofridos.
O governador da região de Oio pede ao ministro do Interior para reforçar as forças de segurança sobretudo policias nas diferentes esquadras da região, bem como infraestruturas e meios de transportes para que possam combater o crime organizado.
Braima Camará lamentou a falta de técnicos de laboratório e de médicos bem como técnicos farmacêuticos no Hospital Regional de Oio, situado em Mansoa.
Disse que está a deparar-se ainda com falta de ambulância e de oxigênio, cujas as botijas são são enviadas para Bissau para reabastecimentos.
Este responsável apelou ao ministro da Saúde a fazer o possível para equipar o Bloco Operatório do Hospital de Farim e lamentou a corte das estradas que ligam Farim-Cuntima, Bissorã-Burufa entre outras, devido as fortes chuvas, e lamentou a falta da água potável e da energia elétrica naquela zona sobretudo nos setores de Mansoa, Mansabá, Nhacra e na própria sede regional, em Farim.
O governador de Oio lamentou ainda a retirada do projeto de saúde denominado “Programa Integrado para Redução da Mortalidade Materna Infantil (PIME)”, que ajudava grávidas e crianças de 0 a 5 anos de idade e adultos de 70 a 80 anos, que eram isentas de pagamento de consultas , análises e ecografia.
Falando do sector educativo, Braima Camará lamentou a falta de professores nas tabancas com grande número de população, casos de Guedadje, Cambantam, Djirbam e Bircama, e pediu a recuperação do Internato de Morês e aproveitou a oportunidade para apelar ao chefe de Estado a incluir a região de Oio no seu projeto de infraestruturar o país, para minimizando o sofrimento do povo .
Falando na reabilitação da estrada que liga Farim à Dungal, na linha fronteiriça com a República do Senegal cujas as obras de reabilitação foram lançadas no ano passado pelo Chefe de Estado Umaro Sissoco Embalo, o governador de Oio disse que os materiais para a execução da obra já se encontram no local mas que devido as chuvas, os trabalhos só vão recomeçar na época seca.
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