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Por LUSA 28/09/22
O Conselho de Segurança da ONU irá reunir-se na sexta-feira, a pedido da Rússia, para discutir a alegada sabotagem dos gasodutos Nord Stream 1 e 2 no Mar Báltico, anunciou hoje a diplomacia sueca.
"A França, na qualidade de presidente do Conselho de Segurança, informou-nos que a Rússia solicitou uma reunião sobre as fugas do Nord Stream e que a reunião está marcada para sexta-feira", informou a ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, numa conferência de imprensa.
A Suécia e a Dinamarca foram convidadas a fornecer informações aos membros do Conselho de Segurança sobre as fugas detetadas nos gasodutos - que ligam diretamente a Alemanha à Rússia -- nas respetivas zonas económicas exclusivas, referiu a mesma fonte.
Na terça-feira foram detetadas três fugas de gás, das quais duas foram sinalizadas nos tubos do Nord Stream 1, junto à Suécia. Outra foi detetada num tubo do Nord Stream 2, a sudeste da ilha dinamarquesa de Bornholm.
As autoridades dinamarquesas e suecas detetaram as fugas no gasoduto Nord Stream 1, que a Rússia encerrou no início de setembro, e no gasoduto Nord Stream 2, que nunca foi posto em funcionamento, devido à falta de autorização da Alemanha, na sequência da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro.
Apesar de não estarem operacionais, os dois gasodutos operados por um consórcio da gigante russa Gazprom estavam cheios de gás.
A presidência francesa (rotativa e mensal) do Conselho de Segurança da ONU confirmou, posteriormente, que a reunião será realizada sexta-feira à tarde na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.
A reunião está agendada para as 15:00 locais (20:00 hora de Lisboa), precisou um adjunto do representante russo junto da ONU, Dmitri Polianski, na sua conta na rede social Telegram.
A Europa e a Ucrânia suspeitam de alegadas manobras de sabotagem por parte da Rússia.
A Ucrânia acusou na terça-feira a Rússia de responsabilidade pelas fugas nos gasodutos, denunciando um "ataque terrorista" contra a União Europeia (UE).
A Rússia, membro permanente do Conselho com poder de veto, contra-atacou hoje ao convocar a reunião do Conselho de Segurança da ONU, tendo apontado as suspeitas em direção aos Estados Unidos.
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