Por Jorge Herbert
Já tenho denunciado vezes sem conta a linha editorial da RTP África, um canal financiado pelos contribuintes portugueses e quiçá através de Acordos de Cooperação, que insiste em querer travestir-se em instrumento ora de propaganda, ora de anti-propaganda política, em quase todos os acontecimentos relativos à minha pátria-mãe Guiné-Bissau.
Desta feita, a linha editorial da RTP ÁFRICA fez questão de intencionalmente assumir ser-se ignorante, ao ponto de não perceber ou não querer perceber a diferença entre o CELEBRAR um acontecimento numa data diferente daquela que marca o acontecimento, independentemente do motivo, com a “MUDANÇA” da data do dia da independência!
Engane-se quem achar que foi por ignorância ou lapso que a notícia foi veiculada dessa forma, no seu componente visual, enquanto que, no seu componente áudio, ter sido bem explicado! O circo está montado e a necessidade de exibição da macacada é mais forte que eles, talvez mandados por um acrobata político ou de um certo lobbie português com interesses económicos na Guiné-Bissau e, se repararem, o palhaço animador de serviço é sempre o mesmo a dar a cara e a voz...
Dizia eu que o circo está montado para cumprir uma agenda e para animar os guineenses política e culturalmente alienados e aqueles que, pese embora não estarem imbuídos dessa alienação, consomem informações veiculadas por qualquer órgão, sem antes “mastigá-la”. Para além desses conterrâneos, a empreitada desse circo conta com a plateia dos portugueses ignorantes em relação à política dos PALOP’s e que têm a imagem estereotipada de África, principalmente das antigas colónias “que eram nossas, até aqueles macacos tomarem conta daquilo e estragarem tudo...” Destes dois últimos grupos, limito-me apenas a sentir alguma pena, porque não é nada fácil mudar a cabeça de quem andou anos a viver na ignorância! Mas, em relação aos guineenses política e culturalmente alienados e saudosistas, muitos até com formação universitária, sinto um misto de nojo é pena, porque são uns autênticos barcos a vela, levados pelo vento, sem qualquer timoneiro a mostrar-lhes o caminho e sem terem consciência do Porto em que partiram...
Tenho mais dificuldades em perceber e aceitar o motivo pelo qual os políticos portugueses não tenham adiado nem suspenso as comemorações do 25 de Abril em pleno pico da Pandemia, arriscando a saúde e a vida de toda a população, do que os motivos apresentados pelo Presidente da República da Guiné-Bissau, para adiar a comemoração do dia da Independência do país, conquistada com sangue e suor de muitos guineenses, curiosamente contra aqueles que acham que aquilo era deles...
O circo esse não será desmontado tão cedo, enquanto um determinado lobbie português não ter mãos sobre os nossos recursos naturais e humanos, a preço de chuva. E, obviamente, o palhaço de animação será sempre o mesmo alienado de um outro PALOP. Resta-nos apenas esperar os espetáculos, palhaçadas e macaquices seguintes que, por enquanto, até podem ser gratuitos aos guineenses.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminar